Revista académica de economía
con
el Número Internacional Normalizado de
Publicaciones Seriadas ISSN
1696-8352
Thassyo Pereira
thassyo@ymail.com
Rodrigo Rangel
rodrigorangel_rr@hotmail.com
Artur Rodrigues
artur_r.s@hotmail.com
Romulo Azevedo
romulo_az@hotmail.com
Heriberto Wagner Amanajás Pena (CV)
heripena@yahoo.com.br
Resumo
Com a crescente preocupação com o meio-ambiente, bancos e instituições financeiras têm aumentado a oferta de crédito a iniciativas rurais que visam uma plantação sustentável aliada ao reflorestamento. Desta forma, este artigo busca analisar um projeto de implantação de uma cultura de 1 ha de eucalipto (E. urophila) sob os seguintes indicadores de viabilidade econômica: TIR, VLP, VPLa, ILL, ROIA, Relação Benefício-Custo e tempo de payback . Os resultados encontrados apontam para a grande viabilidade do projeto, entretanto tendo um tempo de payback alto (12 anos e 4 meses), este deve apenas ser intentado por empresas sólidas que não necessitem ter seu investimento restaurado em curto prazo.
Palavras-Chave: Análise de Investimentos, Eucalipto, Empreendimentos Rurais
Abstract
With the growing concern about the environment, banks and financial institutions have increased the supply of credit to rural initiatives aimed at a sustainable plantation combined with reforestation. Thus, this article seeks to analyze a project to establish a culture of 1 ha of eucalyptus (E. urophila) under the following indicators of economic viability: IRR, NPV, ANPV, ILL, Roia, Benefit-Cost and payback time . The results point to the great viability of the project, however with a payback time of high (12 years and 4 months), this should only be brought by solid companies that do not need to have your investment in a short time restored.
Keywords: Investment Analysis, Eucalyptus, Rural Enterprise.
Para ver el artículo completo en formato pdf pulse aquí
Pereira, Rangel, Rodrigues, Azevedo y Amanajás Pena: " Análise de viabilidade econômica de uma plantação de eucalipto no Pará –Amazônia- Brasil", en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 159, 2011. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/
1. INTRODUÇÃO
Estimular o plantio de madeira reflorestada e a exportação de produtos madeireiros é primordial para um setor que já movimenta 3,5% do PIB nacional (IBGE, 2005). Portanto este trabalho visa analisar com base nos gastos de produção, ganho real e período de retorno de acordo com o investimento ou o porte da floresta de eucalipto, utilizando dos indicadores de avaliação e desempenho.
O eucalipto, uma árvore da maior importância para o mundo, em virtude de seu rápido crescimento, produtividade, grande capacidade de adaptação e por ter inúmeras aplicações em diferentes setores além da relação de que um hectare de floresta plantada de eucalipto produz a mesma quantidade de madeira que 30 hectares de florestas tropicais nativas (BRACELPA, 2009). Sendo assim com a expansão da necessidade do eucalipto em empresas do setor (Tabela 3), as plantações industriais estão crescendo consideravelmente (Tabela 1 e 2), portanto a utilização de modernas técnicas de plantio e alta qualidade da madeira, obtida a partir de sementes geneticamente melhoradas e adaptadas para as condições climáticas e ecológicas do nosso país são necessárias, além de uma excelente análise de investimento.
O gênero Eucalyptus envolve mais de 600 espécies que estão adaptadas a diferentes climas e solos, podendo ser utilizadas para diferentes finalidades. Os eucaliptos podem ser plantados como árvores ornamentais em parques e jardins; as folhas podem ser usadas em arranjos florais e para extração de óleo e as flores são utilizadas para produção de mel. O uso mais comum é o aproveitamento da madeira como lenha, postes, moirões de cerca, construções rurais, produção de madeira serrada, fabricação de painéis e fabricação de papel e celulose.
Nenhum gênero foi tão largamente plantado em todo o mundo como o Eucalyptus. Estima-se que existam em torno de seis milhões de hectares de eucaliptos plantados em todo o mundo, dos quais a metade está plantada no Brasil (tabela abaixo). Isso representa mais da metade de toda a área reflorestada no Brasil.
O eucalipto foi introduzido no Brasil, em 1904, de acordo com associação brasileira de silvicultura. O objetivo era suprir as necessidades de lenha, postes e dormentes das estradas de ferro, na região Sudeste. Na década de 50, passou a ser usado como matéria prima no abastecimento das fábricas de papel e celulose. Apresentando-se como uma espécie vegetal de rápido crescimento e adaptada para as situações edafo-bioclimáticas brasileira, que são as diferenças climáticas do nosso país. O eucalipto teve um crescimento expressivo durante o período dos incentivos fiscais, nas décadas de 60 e 70 e perdurou até meados dos anos 80. Esse período foi considerado um marco na silvicultura brasileira, dado os efeitos positivos que gerou no setor. A partir do término dos incentivos fiscais houve um crescimento marginal negativo no plantio de eucaliptos. Exceção disso ocorreu naqueles feitos, independentes dos investimentos, nas indústrias de papel e celulose onde o investimento em sua cultura se perdura até os dias atuais com um novo índice de expansão e nas siderúrgicas a carvão vegetal moderado a sua aplicação por plantio, mas contínuo em sua extração. Atualmente, a área ocupada com eucaliptos atinge mais de 4.000.000 de hectares. Seu potencial econômico e financeiro, dado o potencial de diferentes usos, pode ser um atrativo para investidores internos e externos. Observa-se que de 1995 a 2000 ocorreu uma variação entre 16,67% até 37,78% no crescimento dos preços de produtos de origem florestal. Isso se explica em conseqüência do tipo de madeira demandada pelo mercado. Aqueles eucaliptos que são comercializados mais jovens, com menor diâmetro, obtêm um preço médio mais baixo, enquanto os que se destinam para os usos mais nobres obtém um preço mais elevado. Assim, a produção destinada à energia e celulose tem um preço inferior àquela matéria-prima destinada para madeiras serradas e aglomerados. Logo, os interessados em aumentar a renda na produção florestal deveriam optar para produzir eucaliptos em ciclos mais longos.
2. O MERCADO
A produção de eucaliptos é interessante para aqueles produtores que querem diversificar as culturas em sua propriedade, hoje a cultura de florestas plantadas junto com a pecuária, plantio de milho, mandioca é um ótimo negócio, mas que não sejam tão imediatistas na obtenção da primeira receita na cultura de florestas plantadas onde essas outras culturas trarão esse retorno imediatista. O tempo de desenvolvimento do eucalipto pode ser um pouco maior, dependendo da finalidade para a qual foi plantado, mas em geral tem um ciclo de produção de 5 a 6 anos. Para a construção civil, por exemplo, o eucalipto pode ser utilizado a partir de dois anos; para a lenha, podem ser realizados cortes a partir de cinco anos; e para a utilização de matéria-prima para a fabricação de móveis, o tempo de desenvolvimento deve ser maior, acima de dez anos, dependendo do manejo dado à floresta. E são muitos os produtos derivados do eucalipto, produzidos a partir da madeira, da celulose, do etanol celulósico, das folhas, das flores, e inclusive a comercialização de créditos de carbono. O custo de implantação é muito variável e dependerá da tecnologia empregada pelo produtor. No entanto, o eucalipto é uma cultura de fácil administração, manejo e baixo custo, e segundo O Conselho de Informações sobre Biotecnologia que é uma organização não governamental e uma associação civil sem fins lucrativos e sem nenhuma conotação político partidária ou ideológica. Seu objetivo básico é divulgar informações técnico-científicas sobre a Biotecnologia e seus benefícios, aumentando a familiaridade de todos os setores da sociedade com o tema. Em comparação com a agricultura, a produção de eucalipto apresenta o consumo hídrico parecido com o do café e inferior ao da cana-de-açúcar, tornando-se bastante atrativa e lucrativa.
3. OS PRINCIPAIS INDICADORES DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Os investidores dispõem de diversos métodos para a análise de um investimento. Cada um destes enfoca uma variável diferente. O Pay Back– PB é extremamente voltado para a variável tempo enquanto o Valor Presente Líquido - VPL volta-se para o valor dos fluxos de caixas obtidos a data base. A idéia da Taxa Interna de Retorno - TIR surgiu como mais um modelo de análise de investimento, dessa vez voltada para a variável taxa. A utilização da TIR tenta reunir em apenas um único número o poder de decisão sobre determinado projeto. Esse número não depende da taxa de juros de mercado vigente no mercado de capitais (Daí o nome taxa interna de retorno). A TIR é um número intrínseco ao projeto e não depende de nenhum parâmetro que não os fluxos de caixa esperados desse projeto.
3.1 O VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL
O valor presente líquido é o valor dos fluxos financeiros trazidos à data zero. Na disponibilidade de índices e critérios de avaliação utilizados atualmente, o VPL se constitui no mais importante e clássico método para tomada de decisões quando envolve o tratamento com fluxos monetários futuros (PENA et.al, 2011).
A importância na utilização deste método é que ele não restringe o número de fluxos, o que engloba os projetos em diferentes horizontes de tempo (curto, médio e longo prazos), é possível também simular diferentes cenários a partir da alteração da taxa de desconto, o que estaria associado a modificações no cenário econômico do país, região ou estado. No entanto, existem algumas limitações no uso da técnica, entre as quais, a que o projeto de investimento deve ter uma escala temporal para que VPL seja determinado e nenhum critério de risco esta associado ao cálculo, tendo que para complementar tal questão adicionar uma análise sensibilidade sobre as mudanças de custo de capital ou projeção de receita.
Para efeito de dedução matemática, o modelo VPL de avaliação de investimentos, podeser visualizado melhor através do seguinte equacionamento,onde cada fluxo de caixa do projeto é trazido para o momento inicial, independente da quantidade de movimentações periódicas que se estabeleça no horizonte de planejamento. Cada fluxo descrito no modelo abaixo deve ser líquido, ou seja, as operações algébricas consideram as diferenças entre receitas e custos envolvidos na operação (PENA et.al, 2011).
De acordo com cada período os fluxos de caixa são descontados e a taxa de desconta é mantida constante, e também recebe o nome de taxa mínima de atratividade, o conjunto das operações objetiva indicar o saldo líquido dos fluxos subtraído do investimento inicial para recomendar se o projeto é viável ou inviável.
A interpretação da primeira condição assegura ao produtor rural que o seu custo de oportunidade estará sendo coberto, ou seja, além de cobrir os investimentos iniciais e administrativos com uma determinada estrutura de custo, o projeto ofereceuuma remuneração acima da taxa de desconto utilizada ou de outro modo, se a Taxa Mínima de Atratividade -TMA do empreendimento foi superada por rendimentos positivos ao final do projeto, a viabilidade é atestada (PENA et.al, 2011).
Na situação em que o VPL< 0, a recomendação é para desistir do investimento exatamente porque os fluxos líquidos descontados no presente a uma determinada taxa de desconto não cobriram ou remuneraram o custo de capital de forma suficiente, neste caso atesta-se a inviabilidade do projeto. No ultimo caso, a igualdade a zero do VPL cria uma situação de área inconclusiva, no entanto dificilmente os produtores bem orientados investiram esforços para trocar dinheiro no tempo (PENA et.al, 2011).
3.2 A TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR
Os indicadores de avaliação das alternativas de investimento tem na TIR um método para comparar pelo confronto puro e simplese de forma direta o retorno sobre modelo de produção diferentes, mas no entanto com horizontes de planejamento iguais. Sua importância é crucial ao sistema econômico porque discrimina a que percentual ocorre a remuneração do capital. Portanto, este é o fator de crescimento da economia na medida em que atrair novos capitais, mas precisamente porque promove o crescimento dos capitais atuais (HESS, 1982).
A TIR é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao valor presente das saídas de caixa do investimento. Isso quer dizer que a TIR é a taxa que "zera" o seu investimento. É uma taxa tal que se utilizada fará com que o lucro do seu projeto seja nulo ou VPL = 0. Esse índice relativo tem como objetivo medir a rentabilidade por unidade de tempo e o seu resultado e auferido em percentual (MOTTA, 2002).
De outro modo, a Taxa Interna de Retorno é a taxa de desconto que iguala o valor atual líquido dos fluxos de caixa de um projeto a zero, a taxa que com o valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas.Para fins de decisão, a taxa obtida deverá ser confrontada a taxa que representa o custo de capital da empresa e o projeto só deverá ser aceito quando a sua taxa interna de retorno superar o custo de capital, significando que as aplicações da empresa estarão rendendo mais que o custo dos recursos usados na entidade como um todo (PENA et.al, 2011).
Para Gitman (2004, p. 344), “a taxa interna de retorno (TIR) talvez seja a mais utilizada técnica sofisticada de orçamento de capital. Entretanto, seu cálculo manual é muito mais difícil que o do VPL”. Ela representa a taxa de desconto, em determinado momento (geralmente o momento zero – início do investimento) as entradas com as saídas previstas de caixa. É composta de retorno anual que a empresa obteria se concretizasse o projeto e recebesse as entradas de caixa previstas.
Segundo Assaf Neto (2006, p. 310), a TIR, ao considerar o valor do dinheiro no tempo, representa a “rentabilidade do projeto expressa em termos de taxa de juros composta equivalente periódica”. Em todos os projetos de investimento a TIR é indispensável como índice de decisão, principalmente porque relativizam numa taxa os ganhos ou perdas do empreendedor.
A TIR pode ser representada pela seguinte fórmula, supondo-se a atualização de todos os movimentos de caixa para o momento zero, matematicamente, a TIR é obtida resolvendo-se a equação (5) a partir da dedução da equação (4).
A TIR representa também uma medida comparativa com várias proposta de investimento e deve ser analisada em conjunto com outros índices como por exemplo o VPL.
3.3 VALOR PRESENTE LÍQUIDO ANUALIZADO - VPLa
O valor presente líquido anualizado é um índice que responde as questões de ganhos anuais, tendo em vista que o VPL é uma medida de valor monetário para toda a vida do projeto, ou seja, o saldo final, enquanto o VPLa anualiza esses ganhos levando em consideração a mesma taxa de desconto ou TMA para cada ano de vigência do projeto, essa medida é importante porque estabelece uma dimensão mais real para o produtor ou investidor, isto permite uma visualização clara e objetiva durante o ciclo do produto.
Trata-se de uma variação do VPL, cuja função é demonstrar quanto de ganho líquido um projeto de investimento poderá propiciar período a período. Esta técnica somente é usada quando se comparam projetos com fluxos de caixa de vidas úteis diferentes, pois, quando os projetos possuem vidas úteis iguais, o VPLa sempre acompanhará o VPL. Também conhecido por Valor Anual Uniforme Equivalente – VAUE (DAISY, 2004)
A determinação do índice só é possível utilizando as formulas dos juros compostos, a partir dos conceitos de Valor Presente – VP;Valor Futuro – VF e o valor das prestações ou pagamentos uniformes – PMT. Nesse sentido, algebricamente temos:
Com o valor presente – PV do fluxo de caixa da serie não uniforme do projeto considerado, procede-se a anualização do fluxo, considerando para isso o VPL como valor atualizado submetido ao horizonte do planejamento a uma determinada taxa de desconto – TMA, obtendo-se assim, o fluxo de caixa anual uniforme equivalente ao tempo de duração do projeto (PENA et.al, 2011).
3.4 ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE LÍQUIDA – ILL
O índice de Lucratividade - ILL é uma variante do VPL, e é determinado por meio da divisão do valor presente dos benefícios líquidos de caixa pelo valor presente dos dispêndios (desembolso de capital). O método indica, em termos de valor presente, quanto o projeto oferece de retorno para cada unidade monetária investida (Neto, 2006).
O índice de lucratividade líquida orienta o investidor qual será o retorno adicional oriundo do seu empreendimento para cada 1 unidade monetário empregada, esta medida oferece uma nova interpretação de retorno, precisamente esclarecendo em quantas vezes o investimento inicial será multiplicado (PENA et.al, 2011).
3.5 RETORNO ADICIONAL SOBRE O INVESTIMENTO – ROIA
É a melhor estimativa da rentabilidade para um projeto de investimento, representa, em termos percentuais, a riqueza gerada pelo projeto. O ROIA é o análogo percentual do conceito de Valor Econômico Agregado - EVA. Esta medida deriva da taxa equivalente ao Índice de Benefício Custo - IBC para cada período do projeto (PENA et.al, 2011).
O retorno adicional só pode se observado a partir do cálculo do ILL, e sua medida se apresenta em percentual, fazendo um paralelo com a TIR, uma vez que sua interpretação também é anual. A comparação direta com a TIR é importante porque traz uma resposta mais realista sobre o percentual de ganhos, no entanto relativizada pelo investimento inicial do empreendimento.
A resolução matemática do ROIA considera primeiramente o calculo do ILL, que passa a ser entendido como FV dos fluxos do projeto, depois desse procedimento a aplicação da expressão matemática é direta. O ROIA enquanto índice de analise de investimento nivela por baixo a taxa de rendimento do projeto, apresentando uma leitura mais condizente com o percentual anual de ganhos em relação ao investimento inicial que representa uma indagação real do investidor, produtor, entre outros (PENA et.al, 2011).
3.6 O RETORNO DO INVESTIMENTO – PAYBACK
Os períodos de payback são comumente utilizados na avaliação de investimentos. Segundo Gitman (2004, p. 339), trata-se do tempo necessário para que a empresa recupere seu investimento inicial, calculado com suas entradas de caixa. Ratificado por Assaf Neto (2006, p. 305) que o define como a “determinação do tempo necessário para que o dispêndio de capital (valor do investimento) seja recuperado por meio dos benefícios incrementais líquidos de caixa (fluxos de caixa) promovidos pelo investimento.
De a importância do índice reside no fato de que atualmente os empreendimentos estão priorizando aplicações em negócios que sejam pagáveis em menor período, isto possibilita por exemplo novas negociações para novos investimentos com outras taxas e prazos que visem expandir o negócio. Os ganhos do empreendimento associados a um rápido retorno ou pagamento do investimento inicial pode representar mais competitividade ao negócio, e de fato tem contribuído para o sucesso de muitos empreendimentos (PENA et.al, 2011).
Este índice de fácil manuseio tem grande potencial de decisão comparativo entre empreendimentos, orientando o investidor/produtor as melhores alternativas, seu calculo é relativamente simples e aqui segue a expressão empregada para fluxos de caixa regulares (PENA et.al, 2011).
Existem empreendimentos que os maiores rendimentos só aparecem nos últimos fluxos, neste caso deve-se ponderar o uso do índice, principalmente quando o objetivo for analisar comparativamente alternativas de investimento. Isto ocorre para investimentos de longo prazo, e aí o procedimento adotado para o calculo leva em consideração o VPL vis-à-vis (ano a ano) e quanto do investimento inicial é amortizado em cada novo calculo do VPL.
4. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DO CULTIVO DE EUCALIPTO
Para a análise, considerou-se um tempo de desenvolvimento de 5 anos para corte, o que resultou em um ciclo final de 18 anos, considerando as produtividades para o primeiro, segundo e terceiro cortes de 300m², 270m² e 250m², respectivamente. Foi considerada uma densidade de 1660 plantas (1 ha), com espaçamento de 3x2 m da espécie E. urophila. Foi considerado um fator de atualização de 8,5%.
A tabela abaixo resume os fluxos de caixas ano-a-ano e abaixo dela encontra-se os medidores de viabilidade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os dados, encontra-se um VPL de R$ 3.445,59, significando que, estando no ano 0, receberíamos este valor ao investir no projeto. A taxa interna de retorno é superior a 0, o que indica viabilidade e pode ser considerada com taxas de retorno de outros investimentos (TMA). O payback revela-se longo (12 anos e 4 meses), não tornando este projeto indicado para empresas que buscam retornos imediatos. O ILL indica que, a cada unidade monetária inicialmente investida neste projeto, há um retorno de, aproximadamente, 5 um. A relação benefício custo também é superior a 1, indicando que ganha-se quase o dobro de cada unidade monetária investida. O VPLA também é benéfico, retornando um resultado não negativo, de R$ 896,12. Finalmente, o ROIA apresenta que haverá um retorno de 3,47% sobre o investimento inicial.
Desta forma, concluí-se que o projeto analisado é viável e relativamente rentável, possuindo, entretanto, um tempo de payback longo, superior a 10 anos. Assim, o projeto seria indicado por empresas sólidas que não dependem dele para retornar seu investimento em curto prazo.
Referências
ANUÁRIO DE INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS DA AGRICULTURA. 2003.Disponível em :http://www.iea.sp.gov.br.
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 2.ed., 2. Reimpressão – São Paulo: Atlas, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL. BRACELPA: estatísticas. Disponível em:< http://www.bracelpa.org.br/bra2/sites/default/files/estatisticas/rel2009.pdf>. Acesso em 24 de novembro de 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL. BRACELPA: estatísticas. Disponível em:http://bracelpa.org.br/bra2/sites/default/files/public/RA02-RelatorioFlorestal_2009.pdf. Acesso em 24 de novembro de 2011.
CASARITTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de Investimentos. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
DAISY, Raebelatto. Projeto de Investimento.1ª ed. São Paulo:Manole, 2004.
DOSSA, Derli; SILVA, Helton Damin; BELLOTE, Antonio Francisco Jurado; RODIGHERI, Honorino Roque. Comunicado Técnico. Produção e Rentabilidade do Eucaliptos em Empresas Florestais. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Acesso em: 18 nov. 2011. Disponível em:
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec83.pdf
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. – 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de administração financeira. 10.ed. Tradução técnica AntonioZorattoSanvicente. – São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2004.
HESS, Geraldo. Engenharia Econômica. 15ª ed. São Paulo: Difel,1982.
IBGE. Acesso em: 24/11/2011. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=497. Comunicação social, 06 de dezembro de 2005.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Embrapa Florestas. Acesso em:19 nov.2011.Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Eucalipto/CultivodoEucalipto/01_01_historico.htm
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Embrapa Florestas. Acesso em: 19 nov. 2011. Disponível em: http://www.cnpf.embrapa.br/publica/seriedoc/edicoes/doc54.pdf
MOTTA, Denilson; DA SILVA, Wanderson Fernandes; DINIZ, Edílson Nascimento. Rentabilidade na plantação do eucalipto. VII simpósio de excelência em gestão e tecnologia. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos10/371_rentabilidade%20na%20plantacao%20de%20eucalipto.pdf
PENA, H. W. A; HOMMA, A. K. O; SILVA, F. L. Análise de Viabilidade Econômica: Um Estudo Aplicado a Estrutura de Custo da Cultura do Dendê no Estado do Pará. Revista OIDLES - Vol 5, Nº 11 (Diciembre 2011)- Málaga – Espanha.
PIRES, José Claudio Linhares. Desafios da Reestruturação do Setor Elétrico
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio de pesquisa em administração. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ROSS, Stephen A; WESTERFIELD, Randolph W; JAFFE, Jeffey F. Administraçãofinanceira.TraduçãoAntonioZorattoSanvicente. – 2.ed. – 6. Reimpressão – São Paulo: Atlas, 2007.
SANTANA, A. C. Elementos de economia, agronegócio e desenvolvimento local. Série Acadêmica. 01. Belém- GTZ- TUD- UFRA. 2005.
ROSS, Stephen A; WESTERFIELD, Randolph W; JAFFE, Jeffey F. Administraçãofinanceira.TraduçãoAntonioZorattoSanvicente. – 2.ed. – 6. Reimpressão – São Paulo: Atlas, 2007.
SANTANA, A. C. Elementos de economia, agronegócio e desenvolvimento local. Série Acadêmica. 01. Belém- GTZ- TUD- UFRA. 2005.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA. Estatísticas do Setor Florestal Brasileiro. São Paulo, 2000 e 2001. Disponível em: http://www.sbs@sbs.org. Acesso em 24 de novembro de 2011.