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ABERTURA EXTERNA E LIBERALIZAÇÃO FINANCEIRA: IMPACTOS SOBRE CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL DOS ANOS 90
Tese submetida ao Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Economia.
ABERTURA EXTERNA E LIBERALIZAÇÃO FINANCEIRA: IMPACTOS SOBRE CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL DOS ANOS 90
Tese submetida ao Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Economia.
Aprovada por:
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Prof. Reinaldo Gonçalves (UFRJ – orientador)
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Prof. Theotônio dos Santos (UFF)
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Prof. Wilson Cano (Unicamp)
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Prof. Paulo Nakatani (UFES)
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Prof. Franklin Serrano (UFRJ)
Rio de Janeiro, novembro de 2002.
Este trabalho pretende analisar os impactos sobre o crescimento econômico e o perfil distributivo na economia brasileira nos anos 90, após a implementação de uma estratégia neoliberal de desenvolvimento ao longo dessa década. Em termos específicos, objetiva-se mostrar que a abertura comercial e a liberalização financeira externa provocaram o aumento da fragilidade financeira e da vulnerabilidade da economia do país, definindo uma restrição externa ao crescimento ao longo do período, e uma maior suscetibilidade à ocorrência de crises de balanço de pagamentos. Em segundo lugar, o trabalho procura testar a hipótese convencional, segundo a qual a abertura externa tenderia a melhorar o perfil distributivo do país, observando indicadores tradicionais de concentração de renda, mas também os impactos da abertura sobre a distribuição funcional da renda, a estrutura do mercado de trabalho e a concentração de riqueza no país.
Palavras-chave: neoliberalismo, abertura externa, crescimento, distribuição de renda e riqueza.
The aim of this Dissertation is to analyse how the neoliberal policies implemented in Brazil during the 90’s affected the country’s economic growth and income distribution. More specifically, it will be discussed how trade and financial liberalization caused an increasing financial fragility and economic vulnerability in Brazil, posing an external constraint to economic growth during the last decade and increasing the probability of balance of payment crisis. The conventional hypothesis, which states that liberalization would reduce income inequality, will also be tested. This will be done by observing the usual indicators that reflect income distribution and also indexes that reflect changes in the functional distribution of income, in labor market structure and in wealth distribution in Brazil during the 90’s.
Key words: neo liberalism, economic liberalization, economic growth, income inequality and wealth distribution.
“ Por estos muertos, nuestros muertos,
pido castigo.
Para los que de sangre salpicaron la
Patria,
pido castigo.
Para el verdugo que mandó esta
muerte,
pido castigo.
Para el traidor que ascendió
sobre el crimen,
pido castigo.
Para el que dio la orden de agonía,
pido castigo.
Para los que defendieron este crimen,
pido castigo.
No quiero que me den la mano
empapada con nuestra sangre,
pido castigo.
No los quiero de embajadores,
tampoco en sus casas tranquilos;
los quiero ver aquí juzgados,
en esta plaza,
en este sitio.
Quiero castigo,
quiero castigo.”
(Pablo Neruda)
Ao Prof. Reinaldo Gonçalves que sempre incentivou a intensificação da perspectiva crítica no estudo dos problemas e destinos de nosso país.
A todas as pessoas com as quais convivi na UFRJ, o que inclui tanto professores quanto funcionários.
Aos colegas da pós-graduação no IE-UFRJ, em específico a André e Juan Pablo, com quem tive o prazer de discutir assuntos teóricos e políticos a respeito de nossos trabalhos.
Ao IE-UFU, que me sustentou, em todos os sentidos, nesse tempo todo de doutorado mas, principalmente, por manter o ambiente agradável de trabalho, principal satisfação no meu regresso.
A todos os que tive o prazer de conhecer no Rio de Janeiro, e à própria cidade, da qual me sinto fazendo parte. Especial agradecimento merece o pessoal da “pelada das quartas”, no “Clube dos Macacos”, evento que me permitiu espairecer e revigorar as forças, aliás, a verdadeira função da pelada.
A todos os companheiros do grupo de estudos sobre Filosofia da Ciência (“Grupo de Niterói”: Mário, Juan, Joãozinho, Sônia e Clician) pelos momentos compensadores de reflexão e engajamento.
Àqueles que fui conhecendo por essa minha peregrinação nas terras tupiniquins e hoje considero como meus irmãos: Nicolás (irmão de peregrinações latino-americanas), Fabiano, Dida, Bernardo, Carlão, Robson, Juan, Márcio e Marcelo (Mané).
Aos amigos que fiz na minha terra natal, que passei a (re)conhecer só depois de 30 anos.
A Grasiela, pelo companheirismo no apagar das luzes deste trabalho.
A meus avós, pessoas que mais sentiram nossa ausência por tanto tempo.
COMO SEMPRE, À MINHA FAMÍLIA,
E A TODAS AQUELAS QUE PASSARAM
PELA DURA PROVA DO EXÍLIO,
NEM SEMPRE COM SUCESSO.