Embriões zigóticos retirados in vitro de sementes de Eryngium duriaei colhidas em duas localidades, Mata da Margaraça e Serra da Estrela (Figs. 50a, 50b) originaram plântulas (Fig. 50c) decorridos 30 dias de cultura em meio base MS. O ápice caulinar destas plântulas foi cortado e cultivado em meio com 0,2 mg/L BA ocorrendo a produção de rebentos foliares (Fig. 50d) decorridos cerca de três meses de cultura in vitro.
Os quatro taxa mais vulneráveis, Daucus carota subsp. halophilus, Angelica pachycarpa, Distichoselinum tenuifolium e Seseli montanum subsp. peixotoanum foram propagados e mantidos in vitro (Tabela 30). Para cada taxon foram aplicadas duas técnicas de micropropagação, embriogénese somática e multiplicação de meristemas. Ensaios deorganogénese foram também realizados em Distichoselinum tenuifolium, tendo sido iniciada a cultura in vitro de Eryngium duriaei.
A seguinte tabela resume os melhores resultados obtidos nos diferentes casos para o tipo de explante, reguladores de crescimento e metodologia utilizados.
Tabela 30: Resultados dos protocolos otimizados para a micropropagação dos quatro endemismos mais vulneráveis das Apiaceae endémicas ibéricas, representadas em Portugal.
Técnicas de micropropagação/ Meio de cultura-explante |
Seseli montanum subsp. peixotoanum |
Angelica pachycarpa |
Distichoselinum tenuifolium |
D. carota subsp. halophilus |
Embriogénese somática |
0,1 mg/L 2,4-D |
0,1 mg/L 2,4-D |
1 mg/L 2,4-D |
1 mg/L 2,4-D |
Multiplicação de meristemas |
2 mg/L BA |
2 mg/L BA |
2 mg/L BA |
2 mg/L BA |
Organogénese |
- |
- |
2 mg/L BA |
- |
A conservação ex situ dos quatro taxa mais vulneráveis foi conseguida pela preservação em banco de sementes do JBUC e outras instituições congéneres e pela aclimatização das plantas micropropagadas em estufa e posterior integração das plantas nas coleções vivas do JBUC, viveiros e canteiro da escola médica, onde algumas já completaram o ciclo de vida.
Todos os taxa foram igualmente integrados no Herbário COI.
A instalação in situ foi bem-sucedida para as plantas micropropagadas de Daucus carota subsp. halophilus, que completaram o ciclo de vida em habitat natural originando plantas com sementes viáveis, que foram retiradas e preparadas para ser integradas em Herbário COI.
A instalação de Angelica pachycarpa foi conseguida nos viveiros do JBUC produzindo sementes viáveis, que foram posteriormente utilizadas nas culturas in vitro e preservadas no banco de sementes. A curto prazo a instalação in situ foi positiva, pois cinco das nove plantas demonstravam boas condições após dois meses de plantação, mas no ano seguinte não resistiram, em grande parte devido à intervenção negativa da imensa população de gaivotas que se instalou na zona de plantação incompatibilizando a manutenção das plantas vivas.
Seseli e Distichoselinum apenas se instalaram ex situ nas coleções vivas do JBUC, onde completaram o ciclo de vida, conforme referido, não tendo ainda sido ensaiada a instalação in situ, que contudo será menos urgente que nas outras duas espécies, cujas populações nativas são em quantidade mais reduzida.
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