Seguindo a mesma metodologia descrita previamente (Daucus carota subsp. halophilus) procedeu-se a ensaios para multiplicação in vitro através da proliferação de meristemas axilares e de organogénese em meios com BA, bem como por embriogénese somática em meios com 2,4-D.
Sementes recolhidas em habitat natural germinarm in vitro durante 30 dias, sendo os ápices caulinares retirados e cultivados in vitro sob a ação da BA, em dois ciclos seguidos de 30 dias de cultura, conforme metodologia descrita para D. carota. Ao final do primeiro ciclo, as plântulas produzidas (Fig. 37d) foram cortadas e a parte basal foi cultivada nas mesmas condições de cultura, sendo as plântulas preparadas para a fase seguinte de enraizamento .
O nível de resposta foi 100% visto todos os explantes inoculados terem respondido com produção de rebentos, nos dois ciclos de cultura, embora em número reduzido (Tabelas 19 e 20).
Verificou-se que a média do número de rebentos produzidos por explante foi semelhante na primeira inoculação de 30 dias, seguida de uma segunda inoculação de outros 30 dias com 1mg/L de BA (1,67 na primeira inoculação e 1,18 na segunda). Idênticos resultados foram obtidos utilizando 2 mg/L de BA (1,32 na primeira inoculação e 1,14 na segunda), nas mesmas condições de cultura (Tabelas 19 e 20).
Tabela 19: Efeito da concentração de BA na proliferação de rebentos em ápices caulinares de Distichoselinum tenuifolium, após 4 semanas de cultura.
BA (mg/L) |
Nº de explantes inoculados |
Indução (%) |
Nº de rebentos/explante* |
1 |
37 |
100 |
1,67 ± 0,15 |
2 |
51 |
100 |
1,32 ± 0,03 |
*Cada valor é a média com erro padrão de três réplicas.
Tabela 20: Proliferação de rebentos em ápices caulinares de Distichoselinum tenuifolium, num segundo ciclo de cultura.
BA (mg(l) |
Nº de explantes inoculados |
Indução (%) |
Nº de rebentos/explante* |
1 |
36 |
100 |
1,18 ± 0,11 |
2 |
22 |
100 |
1,14 ± 0,08 |
*Cada valor é a média com erro padrão de três réplicas.
Seguindo a metodologia descrita para D. carota, a cultura in vitro de segmentos foliares de Distichoselinum tenuifolium em meios com 2,4-D (1 ou 2 mg/L), durante três meses, originou a formação de calos , a partir dos quais se produziram embriões somáticos exibindo vários estádios morfológicos, desde torpedo a cotiledonar.
A avaliação in vitro foi feita relativamente aos explantes com resposta, pelo que a taxa de indução foi de 100%.
Os melhores resultados (6,4 embriões/explante) foram conseguidos no meio com 1 mg/L, embora resultados idênticos tenham sido obtidos em meio base.
Tabela 21: Efeito de 2,4-D na indução de embriogénese somática em segmentos foliares de Distichoselinum tenuifolium.
2,4-D (mg/L) |
Nº de explantes inoculados |
Indução (%) |
Nº de embriões /explante* |
0 |
17 |
100 |
7, 2 ± 0,84 |
1 |
12 |
100 |
6, 4 ± 1,08 |
2 |
26 |
100 |
4, 8 ± 1,81 |
*Cada valor é a média com erro padrão de três réplicas.
Os embriões formados em meio com 2,4-D foram subcultivados em meio base MS, o que permitiu a germinação e o alongamento das plantas para a fase seguinte, de aclimatização e envasamento em estufa (fitotrão) , ocorrendo a posterior cultura em espaço exterior , seguindo os mesmos procedimentos descritos para D. carota.
Segmentos foliares de Distichiselinum tenuifolium foram extraídos conforme procedimentos descritos para os ápices caulinares e cultivados in vitro sob a ação de BA (1 e 2 mg/L). Verificou-se a formação direta de rebentos na zona de corte (Fig. 40a), em que vários rebentos eram produzidos num mesmo explante . Os rebentos caulinares desenvolveram-se em altura e decorridas seis semanas foram cortados para enraizamento em meio base MS.
A produção de rebentos em segmentos foliares de Distichoselinum tenuifolium (Tabela 22) foi favorecida com a maior concentração de BA (2 mg/L) onde foram produzidos em média 2,48 rebentos, para 1,98 no meio com a concentração de 1 mg/L.
Tabela 22: Efeito de BA na indução de rebentos caulinares em segmentos foliares de Distichoselinum tenuifolium.
BA (mg/L) |
Nº de explantes inoculados |
Indução % |
Nº de rebentos/explante* |
1 |
47 |
100 |
1,98 ± 0,33 |
2 |
21 |
100 |
2,48 ± 0,45 |
*Cada valor é a média com erro padrão de três réplicas.
A formação de raízes nos rebentos caulinares formadas in vitro por proliferação de meristemas e por organogénese, ocorreu mesmo na ausência de auxinas e os rebentos (1,5 cm ou 6 cm de comprimento, respetivamente). Plântulas formadas por organogénese puderam enraizar após 1,5 meses de cultura em meio MS base (Fig. 41a).
A fase seguinte de aclimatação na câmara de cultura ocorreu nas mesmas condições descritas para D. carota subsp. halophilus, seguida da instalação das plantas no exterior, nos viveiros e na escola médica do Jardim Botânico, onde puderam completar o ciclo de vida decorridos dois anos, com a produção de flores e frutos .
Relativamente às plantas micropropagadas por embriogénese somática foram instaladas em viveiro consoante procedimentos descritos para D. carota. Decorrido cerca de um ano de cultura nos viveiros , evoluiram no seu desenvolvimento , com a produção das primeiras umbelas de morfologia idêntica às da plantas-mãe.
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1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores) Este libro es producto del trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER). Libro gratis |
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