EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE AÇÚCAR E ÁLCOOL
Eduardo Fernandes Pestana Moreira
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Este cenário, o segundo mais provável dentro do campo selecionado, é pensado na hipótese de um crescimento mais acelerado da economia mundial, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, tendo como base entre outros fatores a continuidade do sistema de poder internacional liderado pelos USA e preços do petróleo mais baixos (na média dos últimos 25 anos). Neste cenário o consumo de açúcar é impulsionado pelo aumento na renda dos países mais pobres, nos quais a elasticidade-renda deste produto ainda é alta. Por outro lado, os preços mais baixos dos derivados do petróleo tendem a diminuir a efetividade das pressões ambientais por substituição. Preços baixos do petróleo indicam um mercado com forte concorrência de fornecedores (membros e não-membros da OPEP) e o exercício de seu poder de pressão contra alternativas em larga escala de utilização de biocombustíveis, inclusive com o desenvolvimento do mercado de alternativas sintéticas ao álcool agrícola. Foi adotada como premissa o piso das políticas de utilização de álcool declaradas pelos países desenvolvidos e de 2% do total para os países em desenvolvimento.
Observa-se no último quadro que o consumo de álcool cresce substancialmente mesmo sem o apoio de políticas agressivas de substituição, influenciado tanto pelas políticas já em andamento (principalmente no Brasil e nos USA) quanto pelo crescimento mais acelerado no consumo de combustíveis. Quando olhamos o impacto destes crescimentos (na demanda por combustível e no consumo de açúcar) na área adicional necessária de cana, no Quadro 4.9, vemos um resultado maior que no cenário anterior, mostrando a existência de um potencial já deslanchado de crescimento, que está além de incentivos adicionais ou de níveis de preço do petróleo.