EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE AÇÚCAR E ÁLCOOL
Eduardo Fernandes Pestana Moreira
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No que foi visto no decorrer deste capítulo, o comércio e a produção do açúcar desde os primórdios da colonização da América, bem como do álcool combustível no último quartel do século XX, estiveram sempre ligados a mecanismos de controles de mercado e de produção, mesmo após o fim do sistema colonial europeu. As mudanças técnicas decorrentes do surgimento do açúcar de beterraba no século XIX e dos adoçantes de milho e artificiais no século XX também representaram momentos de disputa nos mercados internacionais associados à defesa dos interesses de grupos de produtores internos, a despeito de critérios de custo ou de eficiência econômica.
Esta dupla característica do açúcar, de comércio internacionalizado desde o início de sua produção em massa no século XVI e de manutenção de práticas mercantilistas de comércio até os dias de hoje, dificilmente será mudada nas próximas décadas, condicionando a participação da produção brasileira no consumo mundial à evolução de acordos bilaterais e multilaterais, tanto com os países desenvolvidos como com os consumidores importantes do produto no mundo em desenvolvimento.
O álcool combustível sofre ainda o efeito das práticas protecionistas, pois vimos que seu mercado já surgiu regulamentado, seja por fatores ambientais, seja pelo histórico apoio à atividade açucareira da qual ele nasceu. Por outro lado, este mercado interage com o mercado do petróleo, cujo funcionamento é fortemente condicionado pelas variáveis geopolíticas.