EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE AÇÚCAR E ÁLCOOL
Eduardo Fernandes Pestana Moreira
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Tentamos mostrar neste capítulo que o mercado do açúcar e outros adoçantes e o mercado do álcool deverão continuar sofrendo forte regulação no futuro previsível, pois são muito poucos os países que hoje mantêm o mercado totalmente livre. Mesmo a Tailândia, um grande exportador e produtor dos mais competitivos, utiliza-se de mecanismos disciplinadores da produção e do comércio, não só no caso do álcool, mas também no do açúcar.
Algumas mudanças podem vir a ocorrer no mercado europeu, por razão de sua derrota na disputa na OMC e pelo volume de subsídios que atingiu o setor açucareiro na PAC, e no mercado americano, caso o aumento na demanda por milho para a produção de álcool possa afetar o abastecimento de adoçantes para a indústria alimentícia. Nos dois casos, entretanto, será a proteção à produção de álcool que criará espaço para a abertura do mercado de açúcar.
Vimos também que há hoje seis grandes exportadores com produção altamente competitiva e capacitados, não obstante seus problemas pontuais e temporários, para aumentar sua parcela no abastecimento mundial de açúcar e que podem vir a tornar-se também grandes exportadores de álcool. A China e a Índia possuem um bom potencial de crescimento, mas este potencial deverá ser canalizado para seus mercados internos em alta expansão.
Por fim, esperamos ter mostrado que o grande motor do mercado internacional de álcool será a pressão ambiental em favor da redução no aquecimento global, aliada à pressão dos setores rurais de várias regiões do globo por um mercado alternativo a suas produções agrícolas. O pânico pelo esgotamento das reservas petrolíferas já se mostrou infundado no passado e deverá se arrefecer á medida que os altos preços atuais induzam não somente a redução no consumo, mas principalmente novos investimentos que removam os atuais estrangulamentos da oferta.