Luiz Alves*
Universidade de Coimbra. CEGOT. Brasil
luizalves90@hotmail.com
Resumo: Ao longo das últimas décadas, o espaço rural europeu, no geral, e português, em particular, tem registado dinâmicas que se vão traduzindo na crescente importância da sua multifuncionalidade, nas mudanças paisagísticas e numa alteração clara da sua função principal. Sobretudo desde 1980 e a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), o rural tem sido objeto de um interesse iminentemente urbano que visa inverter a tendência regressiva, com a valorização dos seus recursos e a indução de processos e dinâmicas de desenvolvimento territorial, numa transição da versão produtivista à versão pós-produtivista, da produção à fruição.
Os territórios rurais, na atualidade, são palco de novas dimensões funcionais e representações (estética, lúdica e edílica) nas quais o turismo e o lazer assumem um papel muito importante, como são caso disso as Aldeias do Xisto de Góis (Serra da Lousã), fruto da sua inclusão na Rede das Aldeias do Xisto (Centro de Portugal).
Palavras-chave: Espaço rural. Multifuncionalidade. Turismo. Lazer. Aldeias do Xisto de Góis.
Abstract: Over the past decades, the european rural areas, in general and portuguese, in particular, has experienced dynamic that will reflecting the growing importance of its multifunctionality, the landscape changes in a clear change of its principal function. Especially since 1980 and Portugal's accession to the then European Economic Community (EEC), the country has been a subject of an imminently urban interest that aims to reverse the downward trend, with the development of its resources and induction processes and dynamics of territorial development, in a transition from production-version to post-production-version, from production to the fruition.
Rural areas, at the present, are the scene of the new functional dimensions and representations (aesthetic, playful and idyllic) in which tourism and leisure play a very important role, like the case of the Aldeias do Xisto de Góis (Serra da Lousã), the result of its inclusion in the network of Rede das Aldeias do Xisto (Central Portugal).
Key-words: Rural areas. Multifunctionality. Tourism. Leisure. Aldeias do Xisto de Góis.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Luiz Alves (2018): “Da produção à fruição – as trajetórias do espaço rural em Portugal. O caso das Aldeias do Xisto de Góis (Serra da Lousã)”, Revista Turydes: Turismo y Desarrollo, n. 24 (junio / junho 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/turydes/24/producao-fruicao.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/turydes24producao-fruicao
Aos territórios rurais são reconhecidas várias mutações, com variações temporais, com diferentes níveis de intensidade dos fenómenos ocorridos, e com alguns padrões geográficos, em dinâmicas que não terão sido (ou que não são) similares em todas as regiões de Portugal.
O espaço rural, ao longo das últimas décadas, tem sofrido um processo mais ou menos profundo de descaracterização e de enfraquecimento. O desenvolvimento polarizado pelos centros urbanos e industriais e a sobrevalorização de atividades dos setores transformador e dos serviços, face às atividades agrícolas tradicionais, resultaram numa forte atração quer pelas cidades, quer pelas funções associadas a estas (Alves, 2015). A própria mecanização da agricultura, com resultados no aumento da produtividade, libertou grande parte da mão-de-obra agrícola.
Estas dinâmicas, embora com diferentes níveis de intensidade, ocorreram um pouco por toda a Europa. De facto, como afirmam André Torre e Jean-Baptiste Traversac (2011:x), “in all the industrialized countries, and particularly in Europe, rural areas have shared the same evolutionary tendencies since the Second World War. They first of all find themselves increasingly dependent on urban areas, with a process of periurbanization (urban sprawl) and linking with neighbouring towns, and by a greater and greater submission to decisions taken by urban populations, including those far from rural zones, whether it be tourists, migrants or consumers of agricultural spaces and products. Furthermore, the rural areas are themselves becoming more and more urbanized, as we can see from the increase in small towns, and the diffuse process of urbanization that is affecting many areas still classified as rural. Two striking results emerge: a downward trend in their traditional productive roles – as revealed by losses in value and in employment in the primary sector, and the increasing assignment of rural areas to housing and recreation”.
De modo geral, vários autores defendem que grande parte das mudanças que ocorreram na sociedade rural nas primeiras décadas após 1950 explicam-se, maioritariamente, pela evolução da agricultura e suas relações com a ação do Estado e o funcioidnto do mercado.
A atividade agrícola foi perdendo importância social, mas também peso económico, especialmente quando comparada com o crescimento dos serviços, e começou a ser questionada na sua relação com o ambiente e a natureza, numa clara rutura com a visão tradicional (produtivista) que parecia vigorar até então, na generalidade do território rural nacional. Em resultado, começa a assumir-se a importância de outra atuação (pós-produtivista) para os territórios rurais (Robinson, 2008), levando “a uma crescente preocupação com a diversificação das economias rurais e, logicamente, a novas perspetivas quanto à valorização dos recursos locais, naturais e outros. A ideia de diversificação da economia rural está hoje muito associada com o reconhecimento de que o espaço rural é bem mais do que um simples fornecedor de alimentos” (Cristóvão; 1999:22).
Face a estas novas perspetivas, em meados dos anos 80 (século XX), parecem irromper no seio dos territórios rurais novos processos de mudança, que ganharam peso ou começaram-se a manifestar, como nos dá conta Rodrigues, referindo que “foi a partir da década de 80 que se começaram a alertar consciências para a necessidade de intervir nos espaços rurais. Começaram então a valorizar-se cada vez mais as características, as potencialidades, os recursos, as mais-valias locais, no processo de desenvolvimento (Rodrigues, 2007:33; citando Cavaco, 1999), ainda que o uso do espaço rural, para “recreation and leisure is tied to an idea of in some way consuming rurality, or, at least, consuming attributes associated with an imagined rural idyll” (Woods; 2011:105).
Concomitantemente, a melhoria do bem-estar geral da população, a crescente mobilidade geográfica introduzida pelo desenvolvimento dos meios de transporte, em particular a massificação do uso do automóvel, a generalização das tecnologias de informação e comunicação, uma certa deterioração do modo de vida urbano e crescente melhoria da qualidade de vida no meio rural, levaram a sociedade urbana a "redescobrir" o rural procurando impor-lhe novos usos e funções, novas atividades produtivas, de consumo ou de simples fruição (Alves, 2015).
Neste sentido, uma das expressões mais utilizadas desde meados dos anos 80 (século XX), no seio dos contextos rurais, “é a «multifuncionalidade do espaço rural», que, em princípio, seria geradora de novos recursos e de melhoramentos das condições de vida das populações” (Almeida, 2007:310) que, na ligação do triângulo virtuoso – turismo, ambiente e agricultura – integra as atividades que melhor podem contribuir para um desenvolvimento rural sustentável das zonas mais desfavorecidas (Covas, 2008).
O desenvolvimento rural, sobretudo nas últimas duas décadas, tem ganho visibilidade e tem sido alavancado por diversas iniciativas e programas, de base nacional mas, especialmente, de incidência comunitária, onde as novas funcionalidades, maioritariamente as relacionadas com o turismo e lazer, têm tido um percurso relevante no processo de desenvolvimento dos territórios ruais, impulsionados pela crescente procura da população citadina (Sharpley,2004; Richards, 2007; Cawley e Gillmor, 2008).
De facto, “o turismo tem sido o eixo de intervenção mais privilegiado pelas políticas e estratégias de desenvolvimento rural. A atividade turística foi a que mais beneficiou, nos últimos anos, dos apoios financeiros de programas comunitários, sobretudo em territórios onde é mais difícil atrair investimentos” (Pais e Gomes, 2008:15; citando Moreno, 1999).
A atividade turística tem sido um setor de elevado potencial no estímulo ao desenvolvimento das áreas rurais, cujas caraterísticas específicas (paisagísticas, ambientais e socioculturais) são cada vez mais valorizadas (e apropriadas), em especial pela população urbana (Hall e Page, 2006). Neste sentido, “the rural areas have attracted increasing interest as a space for leisure and tourism, as a result of recent trends in tourism demand, especially from urban populations” (Kastenholz e Lima; 2011:1).
O lazer tem assumido uma importância crescente na sociedade contemporânea, muito impulsionado pelo aumento dos índices de qualidade de vida associado à modernização do trabalho, que tem gerado uma maior disponibilidade para tempos livres (Jafari, 2000; Wearing, Stevenson e Young, 2010). Pela sua oferta diversificada, os espaços rurais assumem-se como locais preferenciais nas práticas de lazer, no seio do mercado urbano, quer seja pelos seus ecossistemas particulares, ricos em fauna e flora, quer pelas paisagens humanizadas, modos de povoamento, sítios históricos, aldeias exemplares, tradições, manifestações ancestrais, entre outros (Covas, 1999).
Têm sido múltiplos os lazeres turísticos procurados e oferecidos pelos territórios rurais, em consequência das condições que estas áreas geográficas oferecem. A busca de ambientes calmos, com capacidade de oferecer atividades de lazer em diversas vertentes, com graus de exigência diferenciada, com possibilidade de usufruição durante todo o ano, a custos acessíveis, com acesso facilitado e com uma complementaridade em termos de oferta de equipamentos e serviços capazes de dar resposta às necessidades da prática de lazer, tornam os territórios rurais locais muito procurados (Alves, 2015).
O turismo e o lazer, na versão pós-produtivista dos territórios rurais, tem contribuído e poderá continuar a contribuir para o desenvolvimento do espaço rural (Sharpley, 2015). No mesmo sentido apontavam Neves et al. (2002:6), que “as novas formas de turismo, assentes em valores como a criatividade, o intercâmbio cultural, a promoção de recursos locais e o reforço da identidade dos territórios, podem reforçar as dinâmicas das áreas rurais, a nível demográfico, social e económico”. A redescoberta dos territórios rurais, assente no turismo e lazer, fortemente impulsionada pela população urbana, tende a funcionar como uma alavanca dinamizadora da economia dos territórios rurais.
As quatro Aldeias do Xisto1 de Góis (Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena), integradas num contexto de proximidade e de funcionalidade, localizam-se no setor norte da Serra da Lousã, na Região Centro de Portugal (Figura 1).
A leitura da evolução da população residente nestes lugares, desde 1527 até 2013, aponta a três estágios. O primeiro, entre 1527 e 1911, é marcado por um crescimento considerável do efetivo populacional. O máximo populacional, no período em análise, regista-se em 1911 (com exceção de Comareira que apenas atinge o seu máximo populacional em 1940). No quadro global das quatro aldeias o ano de 1911 marca o auge populacional do conjunto, com uma população total de 160 habitantes. O segundo momento, com uma escala temporal entre 1912 e 1960, verifica um ligeiro decréscimo, embora com alguma estabilização dos efetivos populacionais (com exceção da Pena, que a partir de 1940 já começa a perder população de forma acentuada). O terceiro estágio baliza-se entre 1961 e 2013, sendo que, durante estes 53 anos a regressão demográfica é muito expressiva, com uma perda superior a 80% dos residentes, marcando o despovoamento nestes territórios (igualmente afetados pelo envelhecimento populacional).
Com o intuito de inverter a situação de declínio demográfico, económico, social e cultural, o Município de Góis aproveitou a possibilidade de integrar estas quatro aldeias na Rede das Aldeias do Xisto. Desde o início das intervenções do projeto, que principiou com a recuperação dos lugares (edificado, requalificação do espaço público, arruamentos, infraestruturas de água e saneamento, entre outros) seguiu-se uma fase de aposta na animação turística, dinamização da base económica, e criação de pontos de interesse para a visitação, para além do património edificado, procurando valorizar e dinamizar o restante património dos lugares.
Figura 1- Esboço de localização das Aldeias do Xisto da Serra da Lousã, inseridas na Rede Natura 2000, com destaque para as Aldeias do Xisto de Góis.
Na sequência da integração na Rede das Aldeias do Xisto, as quatro Aldeias do Xisto de Góis, têm apresentado uma trajetória de afirmação no contexto do turismo e lazer, sobretudo a nível regional, e com peso crescente no mercado nacional. Até meados de 2001, estes lugares não tinham qualquer equipamento ou infraestrutura vocacionada para o turismo e/ou lazer e, ao contrário de outras aldeias (mesmo na Serra da Lousã), não eram alvo de visitação nem eram objeto de interesse por parte de investidores e/ou políticas públicas.
Mesmo após a requalificação das aldeias, e com a consequente integração na Rede das Aldeias do Xisto e das mais-valias decorrentes da inclusão nos circuitos de divulgação, marketing e comunicação da Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR) 2, com ampla abrangência à escala nacional, e com importante reflexo à escala internacional (sobretudo no mercado europeu), as Aldeias do Xisto de Góis, continuavam sem dispor de infraestruturas e equipamentos de turismo e/ou lazer, impossibilitando uma capitalização mais capaz do potencial destes lugares no circuito que agora se via aberto.
Neste sentido, o Município de Góis convidou, em 2009, a Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã3 a assumir a gestão da Loja das Aldeias do Xisto de Aigra Nova e da Casa de Campo da Comareira, ambas propriedade desta. Em resultado da sediação desta entidade em Aigra Nova, começou a ser dinamizado um calendário anual de animação das quatro aldeias, a par do desenvolvimento de vários projetos que dotaram as aldeias, de equipamentos e infraestruturas de turismo e lazer, desde 2009 até ao presente, procurando potenciar o investimento global de 1.381.469,48 milhões de euros (Quadro Comunitário de Apoio III, 2000-2006) executados na recuperação dos lugares no concelho de Góis.
A par da gestão dos dois equipamentos propriedade da Câmara Municipal de Góis, o desenvolvimento do projeto Ecomuseu Tradições do Xisto, a criação da rede de percursos pedestres de Góis e a implementação de uma rede de geocaching nas Aldeias do Xisto de Góis, assumiram-se como elementos diferenciadores do território e, essencialmente, possibilitaram a criação de um produto turístico e a colocação destes lugares nos principais roteiros do lazer em Portugal, e já com algum reflexo no mercado internacional.
De igual modo, o powertrail4 promovido pela Lousitânea, localiza-se na envolvência das quatro Aldeias do Xisto do concelho de Góis e da aldeia de Povorais. Apresenta um total de 12 caches5 , posicionadas ao longo de dois percursos pedestres circulares, de pequena rota (PR) (Figura 2), que em conjunto totalizam uma extensão de cerca de 22 quilómetros por trilhos serranos, que se cruzam, num perfil vertical com alguma exigência física associada, com vários desníveis, desenvolvendo-se numa média de 743 metros de altitude. “Este percorrido acaba por criar um corredor de observação da forma como o Homem e a natureza interagiram, modelando uma paisagem cultural na qual o geocaching e os geocachers são apenas mais um acrescento à complexidade existente (Alves e Fernandes, 2015:7).
No que diz respeito aos registos de visitantes que percorrem as Aldeias do Xisto do concelho de Góis (Figura 3), podemos constatar que se tem verificado um nível constante do número de visitantes que procuram estes lugares. Variando entre o mínimo de 3915 pessoas no ano de 2011 e o valor máximo de 5474 visitantes em 2015, apresenta uma média de 4514 indivíduos nos cinco anos em análise, num total agregado de 22574 visitantes. Neste contexto, os meses de Verão são aqueles em que se registam o maior volume de visitantes às aldeias (julho e agosto), registando-se, porém, um período relativamente homogéneo de visitantes entre os meses de maio e outubro.
Entre 2011 e 2015, 9987 indivíduos visitaram o Ecomuseu Tradições do Xisto, com especial relevância no ano de 2013 e 2015 (3051 e 3056 visitantes, respetivamente), com uma média superior a 1800 entradas por ano, correspondendo os meses de julho e agosto, ao período de maior número de visitantes (Figura 3).
A análise ao calendário anual de animação das quatro Aldeias do Xisto de Góis revela que, entre 2006 e 2013, decorreram 166 atividades, numa média de 20,75 atividades por ano, correspondentes a 1,73 atividades por mês, predominado atividades de natureza e atividades de índole cultural (Alves, 2015).
Figura 2- Equipamentos e/ou infraestruturas turísticas e de lazer nas Aldeias do Xisto de Góis, em dezembro de 2015.
Por sua vez, as dormidas registadas na Casa de Campo da Comareira, entre 2007 e
2012, totalizavam as 184 reservas, ao qual corresponde um total de 444 pessoas e de 408 noites. Em termos médios registou, nos cinco anos em análise, uma média de 3,1 reservas por mês, as quais correspondem 7,4 pessoas e 6,8 noites, em média por mês (Alves, 2015).
Por fim, no quadro de análise da procura no seio de turismo e/ou lazer nestes lugares, destaque para os dados apresentados por dois projetos estruturantes na captação de fruidores: percursos pedestres e geocaching. Neste contexto, de acordo com os dados disponibilizados pela Lousitânea, entre 2011 e 2015, o percurso pedestre PR1 GOI (único com registo, embora precário, do número de utilizadores), verificou-se a utilização de 2949 pedestrianistas. Relativamente aos praticantes de geocaching, entre setembro de 2013 e 2015, já foram validados 768 registos, no conjunto total de 12 geocaches.
A análise dos múltiplos indicadores das estruturas de turismo e/ou lazer sitos nestas aldeias, constituem-se como elementos fulcrais na atração de turistas e visitantes, cuja oferta de múltiplos motivos de interesse são elementos chave no processo de desenvolvimento do território.
A trajetória de afirmação do caráter multifuncional dos territórios rurais tem aberto caminho a novas atividades como o lazer e o turismo. Esta valorização decorre também de uma procura cada vez maior por parte da população urbana que pretende ocupar e usufruir do seu tempo livre, incrementando uma dinâmica cada vez mais importante no processo de revitalização dessas realidades geográficas, com uma vinculação aos recursos ecoculturais, designadamente os de dimensão patrimonial.
Neste sentido, os novos usos e produtos associados ao lazer e ao turismo têm-se assumido como uma oportunidade para a revitalização destes territórios, dotando e diversificando a sua economia local, capacitando um aumento da qualidade de vida das populações, e valorizando os seus recursos endógenos.
As Aldeias do Xisto de Góis, são um dos vários casos paradigmáticos de (re)valorização de territórios rurais, em decadência, através da patrimonialização, fruto da aplicação de políticas públicas de desenvolvimento. De facto, estes lugares inseridos na Serra da Lousã têm-se assumido como um território relevante no seio do contexto regional e com grande impacto no mercado nacional, sobretudo nos mercados da Grande Lisboa e do Grande Porto.
A análise das múltiplas estruturas de turismo e lazer existentes nos lugares referenciados, quanto à oferta e relativamente à procura, revelam a capacidade atrativa destes lugares que, se bem recordarmos apresentam um quantitativo demográfico de vinte residentes. Assim, os cerca 23 mil visitantes registados na Loja das Aldeias do Xisto de Aigra Nova são, per si, um valor revelador do impacto do produto Aldeias do Xisto no panorama nacional, que os múltiplos atores sediados no território procuram capitalizar, como é o caso da Lousitânea - Liga de Amigos da Serra da Lousã.
Almeida, Maria Antónia Pires de (2007). O mundo rural e os novos desafios. In Perifierias e Espaços Rurais. Comunicações Apresentadas ao II Congresso de Estudos Rurais, pp. 295-318. Editora Principia. Estoril.
Alves, Luiz Rodolfo (2015). Processos de Mudança, Turismo e Desenvolvimento Rural: As Aldeias do Xisto do Concelho de Góis e o Papel da Lousitânea. Eumed.net – Enciclopédia. Disponível em: http://www.eumed.net/librosgratis/2015/1434/index.htm.
Alves, Luiz; Fernandes, João Luís (2015). Geocaching e percepção da paisagem: retratos da ruralidade portuguesa a partir de um powertrail Serra da Lousã (Portugal). In Turydes - Revista Turismo y Desarrollo local sostenible Vol. 8, N° 18, Junho 2015. Disponível em: http://www.eumed.net/rev/turydes/18/geocaching.zip
Cawley, Mary e Gillmor Desmond A. (2007). ‘Culture Economy’, ‘Integrated Tourism’ and ‘Sustainable Rural Development‘: Evidence from Western Ireland. In Richards, Greg e Wilson, Julie (Ed.). Tourism, Creativity and Development, pp. 145-159. Routledge. Estados Unidos da América.
Covas, António (1999). As amenidades rurais um contributo para o desenvolvimento de zonas desfavorecidas. Direcção-Geral de Desenvolvimento Rural. Lisboa.
Covas, António (2008). Ruralidades III - Temas e Problemas da Ruralidade Pós-agrícola e Pós-convencional. Universidade do Algarve. Faro.
Cristóvão, Artur (1999). Para a valorização dos recursos naturais do vale do Douro. In DOURO – Estudos & Documentos, vol. IV (8), 1999 (2º), pp. 19-31. Vila Real.
Hall, C. Michael e Page, Stephen J. (2006). The Geography of Tourism and Recreation. Environment, Place and Space. 3ª Edição. 530 pp. Routledge. Inglaterra.
Jafari, Jafar (Ed.) (2000). Encyclopedia of Tourism. 683 pp. Routledge. Estados Unidos da América.
Kastenholz, Elisabeth; e Lima, Joana (2011). The Integral Rural Tourism Experience from the Tourist’s Point of View – A Qualitative Analysis of its Nature and Meaning. In Tourism & Management Studies, nº 7, International English Edition. Faro. Disponível em:http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?pid=S218284582011000100007&script=sci_arttext
Neves, A. Oliveira das (2002). A Competitividade das Áreas Rurais – uma abordagem na perspectiva das estratégias de marketing. In 1º. Congresso de Estudos Rurais – Ambiente e Usos do Território.
Pais, Carina; e Gomes, Bruno (2008). O Espaço Rural no âmbito das Políticas de Desenvolvimento – o caso do Pinhal Interior. In Colóquio Ibérico de Estudos Rurais. Coimbra.
Richards, Greg (2007). Sustainable Rural Systems: An Introduction. In Richards, Greg e Wilson, Julie (Ed.). Tourism, Creativity and Development, pp. 3-39. Routledge. Estados Unidos da América.
Robinson, Guy M. (Ed.) (2008). Sustainable Rural Systems Sustainable Agriculture and Rural Communities. 210 pp. Ashgate. Inglaterra.
Rodrigues, José Augusto Ferreira (2007). Turismo e Espaço Rural: Convivências, Conflitos e Harmonia – o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Coimbra.
Santos, Norberto; e Cunha, Lúcio (2007). Novas oportunidades para o espaço rural. Análise exploratória no Centro de Portugal. In VI Congresso da Geografia Portuguesa. Lisboa.
Sharpley, Richard (2004). Tourism and the Countryside. In Lew; Hall e Williams (Ed.). A Companion to Tourism, pp. 374-386. Blackwell Publishing. Inglaterra.
Sharpley, Richard (2015). Tourism: A Vehicle for Development?. In Sharpley, Richard e Telfer, David J. (Ed.). Tourism and Development: Concepts and Issues. 2ª Edição, pp. xi-xxii. Channel View Publications. Inglaterra.
Torre, André; Traversac, Jean-Baptiste (Ed.) (2011). Territorial Governance Local Development, Rural Areas and Agrofood Systems. Physica-Verlag. 207 pp. França.
Veiga, José Francisco da (2007). Que actores para o desenvolvimento rural?. In Periferias e Espaços Rurais. Comunicações Apresentadas ao II Congresso de Estudos Rurais, pp. 351-362. Editora Principia. Estoril.
Wearing, Stephen; Stevenson, Deborah e Young, Tamara (2010). Tourist Cultures: Identity, Place and the Traveller. 169 pp. SAGE. Inglaterra.
Woods, Michael (2011). Rural. Routledge. 336 pp. Inglaterra.