Desde o principio da ocupação espacial do homem, se tem noticia de que se buscou as margens aquáticas tanto para sobrevivência quanto para a prosperidade, de fato “tendo desde o princípio estado a serviço dos homens para facilitar os contatos, a água teve todo o tempo um papel considerável no desenvolvimento da civilização” (CARNAC; Pierre, 1989), a medida que o que se viu foi um processo de colonização baseado em grande parte na navegação e descoberta de novos territórios através da água. Com tudo, grande parte dos combates e disputas de território aconteceram e contaram muito com a tecnologia marítima.
Avaliando um pouco mais a origem e a evolução desta tecnologia, percebemos que essas águas para nossos antepassados apareciam como uma barreira, pois, qualquer tentativa mal sucedida de navegação representaria no mínimo um risco de morte (LICHT 1986), analisando estes obstáculos podemos perceber o porquê de varias fronteiras territoriais delimitadas por estas barreiras geográficas, como morros, rios, lagos e o próprio mar. Mais tarde estas mesmas barreiras passaram a ser utilizadas para o lazer com diversos esportes, alguns criados com intuito de transpor estas barreiras e outros simplesmente pelo lazer, Oliveira (2005, p.203-204), diz que “em sua jornada para controlar o mundo, historicamente o homem moderno se esforçou para reduzir ao máximo o número de variáveis sobre as quais não tem controle. Avanço e dominação caminharam de mãos dadas”. Além disso, o desejo de uma maior dificuldade nesses esportes e conhecer novos lugares para essas práticas esportivas levam a um fluxo de viajantes motivados por estes, e desde então se insere no contexto do turismo em diversos segmentos, como por exemplo, o turismo de aventura, turismo náutico e o turismo esportivo.
Em Jaguarão, o que vemos é o mesmo, de acordo com o site da cidade “A povoação do município teve suas origens em um acampamento militar, às margens do Rio Jaguarão”( site da Prefeitura do município acesso aos 23 dias do mês de julho de 2011). O município teve na época de seu auge um grande fluxo de turistas chegando pelas águas deste mesmo rio, além disso, teve em 1916, de acordo com Linch (1986, p. 121) a fundação do Club de Regatas Jaguarense, um dos primeiros do estado.
Já no balneário do Lago Merin (Lagoa mirim) vemos hoje que suas potencialidades para o lazer são inquestionáveis, à medida que a incidência de pessoas das redondezas regionais é enorme, é um local de segunda residência e principalmente de balneário de Jaguarão e Rio Branco. Isto mostra toda a afinidade que estas cidades têm com o tema proposto e, além disto, o motivo pela qual deveria aproveitar melhor estes recursos hídricos para o turismo e o lazer de forma sustentável.
O estudo tem como objetivo propor possibilidades dentro do segmento do turismo de esportes e aventura para o espaço em questão estudado, além disso, formas de como planejar e fazer acontecer esta atividade da forma mais sustentável possível, driblando, possíveis obstáculos que possam ser apresentando já nesta primeira fase de reconhecimento do problema.
Espaços turísticos
Inicialmente é necessário o entendimento do espaço proposto como um espaço turístico não uma região, pois, de acordo com Boullón (2002), o conceito de região turística é um erro, por que o espaço turístico e descontinuo diferentemente da região que necessita da abrangência de toda uma superfície a ser estudada.
O espaço turístico é conseqüência da presença e distribuição territorial dos atrativos turísticos que, não devemos esquecer, são a matéria prima do turismo. Este elemento do patrimônio turístico, mais o empreendedorismo e a infra-estrutura turística, são suficientes para definir o espaço turístico de qualquer país. (BOULLÓN, 2002 p. 79)
Além disto, o autor também coloca diversos tipos de espaços, dentre os quais dois se destacam por estarem presentes a todo o momento em qualquer espaço, o espaço real e o espaço potencial. O espaço real seria tudo aquilo que é e foi, por isto, está sempre presente, bem como o espaço potencial, que é definido como sendo uma possibilidade de uso diferente da atual através de planejamento. Este uso diferente do espaço real, que é o espaço potencial, proposto pelo autor cabe muito bem a sua utilização nos espaços das aguas da Lagoa Mirim e Rio Jaguarão, onde se pode praticar o turismo de aventura ou o próprio turismo de esporte, haja vista que qualquer local, por mais natural ou sem estrutura que seja, tem possibilidade de se fazer determinadas práticas destes segmentos do turismo, desde que haja, no mínimo, um núcleo turístico, que são “todos os agrupamentos com menos de dez atrativos turísticos de qualquer hierarquia e categoria, [...](BOULLÓN, 2002 p. 96).
Turismo e lazer
Para propor dentro do turismo se optou pelo turismo esportivo por ser uma atividade de lazer que pode ser praticada tanto pelo turista quanto pela comunidade para entender a ligação do turismo com o lazer, o que é e como ela acontece para os turistas e a comunidade autóctone, se usou o conceito de Marcellino (1996) que define lazer como sendo:
“a cultura-compreendida no seu sentido mais amplo-vivenciada (pratica ou fluída), no “tempo disponível”. É fundamental como traço definidor, o caráter “desinteressado” dessa vivência. Não se busca, pelo menos basicamente, outra recompensa além da satisfação provocada pela situação. A “disponibilidade de tempo” significa possibilidade de opção pela atividade prática ou contemplativa” (MARCELLINO, 1995b: p.31)
Dessa forma vemos como forma de lazer não só o fato de se fazer turismo, é importante entendermos o lazer como forma de vivencia no tempo disponível, mesmo que isso não envolva uma viajem em si.
Mostrando assim a necessidade do entendimento da importância inserção da comunidade autóctone nas atividades turísticas realizadas na localidade que é ressaltada por Krippendorf (2009) de acordo com o autor o turismo se torna mais social e sustentável a medida que há interação entre a comunidade e o turista, e, de certa forma, há realmente a troca de culturas.
Como existe a obrigação do governo proporcionar lazer a comunidade, por que não, ser uma coisa que também beneficiara o turismo na cidade, ou seja, resumindo, as atividades que vão ser propostas tem um grande potencial pela possibilidade de ser uma forma de lazer ao turista que chega e a comunidade da localidade, causando dessa forma, uma interação maior da comunidade com o turista e com a atividade turística propriamente dita melhorando a sustentabilidade da atividade pelo interesse da comunidade nas atividades de lazer.
Esportes e turismo
Como vimos inicialmente, o homem esta desde cedo tentando transpor barreiras, vencer desafios e conhecer novos lugares e este fato sempre o ligou e liga diretamente ao turismo e aos esportes. Assim o que vemos é uma possibilidade de se propor dentro desta segmentação do turismo, além do contexto histórico do interesse do homem neste tipo de turismo, este, é também uma possibilidade de uma atividade mais sustentável a medida que é uma segmentação que vai ser aproveitada tanto pela comunidade como pelos turistas causando a interação anteriormente mencionada e a participação da comunidade, se mostrando assim, uma segmentação que tem uma possibilidade maior de dar certo.
Apesar disto, vemos que o entendimento da existência do turismo esportivo e bem recente, “Turismo e esporte se interligam historicamente desde o surgimento dos esportes de inverno nos Alpes, início do século XX. Mas o turismo esportivo como uma entidade em si mesma apenas emerge nos anos 1950. O termo turismo esportivo, por sua vez aparece finalmente em meados da década de 1970” (PIGEASSOU, BUI-XUAN e GLEYSE Apud JESUS S.d. p. 2).
Além disto, veremos que dentro do segmento dos esportes os esportes de aventura são uma grande possibilidade nova, pois, pode se também trabalhar nos locais da pratica do turismo de esportes com a preservação das áreas naturais ou sítios naturais no turismo de aventura que são definidos como melhorando a qualidade de vida da comunidade através de ações pro meio ambiente que são: para que os locais fiquem aptos a tal pratica de acordo com Jesus (S.d, p. 2) “A busca de sítios naturais para fins de recreação adquire hoje múltiplas facetas. Uma delas está diretamente associada ao advento dos “esportes de aventura”, que, apoiados na banalização de conquistas tecnológicas, geram novas visões e possibilidades de experiência junto à natureza”, contudo, há uma diferença implícita neste tipo de esporte, diferente dos esportes tradicionais estes, tem uma incerteza na sua territorialidade.
A busca pela aventura difere em muito o desejo pela competição e exibição, assim com a idéia de aventura se subentende desafiar novas situações e, ao contrário, os esportes tradicionais necessitam locais fixos para sua realização (JESUS, S.d), por isto entendemos que os esportes de aventura têm grande afinidade com o turismo e são dentro dos esportes uma possibilidade latente a medida que as duas cidades tem pelas paisagens naturais.
Turismo de aventura
É importante ressaltar a falta de material sobre o tema e a dificuldade encontrada ao se fazer uma pesquisa sobre o mesmo, pela falta de publicações e estudos.
Entretanto, é de extrema importância o entendimento da segmentação para trata-lo com uma possibilidade real para as cidades, dessa forma, um dos conceitos encontrados sobre esta modalidade foi o seguinte:
“Segmento do mercado turístico que promove a prática de atividades de aventura e esporte recreacional, em ambientes naturais e espaços urbanos ao ar livre, que envolvam emoções e riscos controlados, exigindo o uso de técnicas e equipamentos específicos, a adoção de procedimentos para garantir a segurança pessoal e de terceiros e o respeito a o patrimônio ambiental e sociocultural.” (COSTA, 2002. p.44)
Além disso, a autora ressalta também, a união entre o ecoturismo e os esportes, fazendo assim dois segmentos turísticos vinculados ao ecoturismo, o turismo desportivo e o turismo de aventura.
Um dos princípios do turismo é promover experiências através da viagem, bem como no turismo de aventura, a idéia central é se ter uma experiência nova e desafiadora para a superação de limites e realização pessoal. De fato “A aventura, que era parte inerente do estar vivo do passado, aparentemente está distante do dia a dia do homem contemporâneo, agora é algo a ser buscado como uma experiência, uma vivência.” (OLIVEIRA, 2002 p. 202), isto mostra o porquê da grande procura atual por este tipo de turismo no intuito de se ter uma experiência inovadora e diferente, o homem contemporâneo busca no turismo a possibilidade de uma mudança na rotina já não tão perigosa como antes, e esta modalidade de turismo propicia com riscos hoje muito mais controlados, dando esta sensação de vivencia.
O perfil do profissional do turismo e a importância do planejamento participativo com a comunidade para a sustentabilidade da atividade.
O que vimos no contexto da discussão feita até então foi toda a afinidade e potencialidade dos espaços escolhidos e descritos para as praticas do turismo e do lazer, o porquê da escolha do turismo esportivo e de aventura para propor, que se mostrou como uma possibilidade que pode ser mais bem explorada e desenvolvida de forma sustentável por toda a possiblidade de integração cultural e partição da comunidade, beneficiando assim a qualidade de vida da mesma, sendo mais sustentável, à medida que possibilita que a comunidade queira o desenvolvimento desta atividade como defende Kripendorf (2009) a atividade também deve ser social levando em consideração a comunidade não só o turista e os empresários.
Para tanto há a necessidade para se desenvolver a atividade um planejamento que aja de forma compartilhada entre as entidades publicas, a comunidade, e o setor privado ou empreendedores, todos envolvidos e trabalhando de forma harmoniosa, com princípios de marketing e com o entendimento real da atividade que esta para se planejar.
Assim inicialmente mostra se a necessidade para o planejamento de alguém que tenha total entendimento da atividade para estar na base do processo e trabalhar de forma a dar o entendimento a todos os envolvidos no planejamento da atividade, para que, esta, ocorra de uma forma a se manter o mais sustentável possível nos níveis econômicos, ambientais, sociais e de longevidade. Isso mostra a necessidade do profissional do turismo que de acordo com o site da UNIPAMPA no curso de Tecnologia em Gestão de turismo visitado aos 05 dias de setembro do ano de 2012 define o perfil de egresso desse profissional como sendo: O tecnólogo em Gestão de Turismo da Universidade Federal do Pampa estará habilitado para desempenhar diversas funções operacionais e reflexivas no âmbito do turismo, dentre as quais:
“reconhecer que o enfoque principal da atividade turística é o ser humano; atuar como agente multiplicador do conhecimento turístico; preservar e valorizar o patrimônio natural, histórico e cultural; atuar com base em valores de responsabilidade social, justiça e ética profissional. compreender a importância de atualização e contínuo aperfeiçoamento profissional; ministrar cursos e treinamentos para atividades turísticas; elaborar e implementar roteiros turísticos; empreender, analisando criticamente as organizações, antecipando e promovendo suas transformações e gerindo-as com competência; identificar e analisar os impactos do turismo sob diferentes contextos espaciais; coordenar e acompanhar trabalhos técnicos, estudos, pesquisas e projetos dos setores turísticos em órgãos públicos ou iniciativa privada; participar na elaboração e análise de planos e projetos para o desenvolvimento do turismo, considerando fatores e influências externas e internas, tendo presente a legislação brasileira pertinente a esta área; ,atuar na gestão dos serviços em hospitalidade; desenvolver ações no patrimônio nas suas distintas manifestações, potencializando e identificando cenários para o desenvolvimento da atividade turística.” Site do curso de turismo da UNIPAMPA Visitado aos 5 dias de setembro de 2012. http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/turismo/perfil-do-egresso/
E além disso o curso de Bacharel em turismo da FURG define este profissional como sendo:
Art. 3º O curso de graduação em Turismo deve ensejar, como perfil desejado do graduando, capacitado e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais, econômicas e culturais, relacionadas com o mercado turístico, sua expansão e seu gerenciamento, observados os níveis graduais do processo de tomada de decisão, apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação profissional (MEC, 2006).
O futuro Bacharel em Turismo Binacional é um profissional com qualificação para atuar na gestão e na administração de empreendimentos, projetos e planos turísticos, desempenhando atividades de pesquisa, planejamento, avaliação, coordenação, qualificação e promoção.” Site do Curso de Bacharel em Turismo Da FURG visitado aos 5 dias de setembro de 2012. http://www.turismobinacional.furg.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5&Itemid=5
Sendo estes os dois cursos de turismo da região de fronteira que abrange os espaços em questão, acredita-se que existam já na localidade pessoas competentes para que este planejamento aconteça de forma sustentável levando em consideração o perfil descrito nos sites dos cursos da região.
Entretanto se mostra também no planejamento a necessidade de uma conjunção dada entre os três eixos da atividade descritos anteriormente, e como foi dito é importante que seja dado pelo turismologo todo o entendimento real da atividade, pois, de acordo com Frederico Yuri Hanai e Evaldo Luiz Gaeta Espíndola S.D. por diversas vezes quando se da o planejamento para a comunidade sem que esta tenha o conhecimento real da atividade, se cria a situação de um planejamento participativo ilusório, onde a comunidade simplesmente concorda com o proposto sem responder criticamente sobre a atividade.
O que se mostra então é a importância deste profissional na atividade, como base para a participação de todos os envolvidos de forma critica, além disso, há necessidade de que ele incentive empreendedores junto à comunidade, e que o planejamento aconteça com ideias de marketing para uma efetivação real da atividade na localidade, assim sendo, precisamos de um do entendimento do empreendedorismo e dos princípios de marketing a seguir descritos.
A cidade de Jaguarão tem sua povoação às margens do rio, que dá nome ao município, um rio que foi o motivo do auge da cidade, que trouxe riqueza e reconhecimento, e também um rio que separa e une o território brasileiro e uruguaio, e este mesmo rio que tem ligação com a Lagoa Mirim onde hoje o interesse público e pessoal de cada um tornou-a o balneário e o espaço de lazer e veraneio da região, mas infelizmente, o rio Jaguarão não esta sendo tratado com tanto respeito ou com o mínimo de interesse, muito menos, esta sendo utilizado todo o seu potencial para o turismo, haja vista que é o motivo da cidade estar situada neste local, e também a porta de entrada para todo o patrimônio de pedra e cal, tão bem divulgado aqui instalado, o que vemos atualmente, é um completo descaso, além de toda a poluição nele depositada nem mesmo como possível atrativo é divulgado no site da cidade, além disso a possibilidade de se instalar aqui um turismo mas responsável socialmente, já que há a grande possibilidade e oportunidade de interação entre a comunidade autóctone e o turista através das atividades de lazer da comunidade e do turista, a realidade que vemos do lado uruguaio agrada um pouco mais por já existir o interesse de empreendedores em um esporte de aventura e em investir no turismo nessa área entretanto estes empreendimentos não estão sendo bem estruturados e o que se enxerga como possibilidade e adicionar o marketing para um investimento mais seguro e a exploração e interação entre as aguas utilizando mais esportes.
Segundo Boullón (2002), espaço potencial é a possibilidade de se dar ao espaço um uso diferente do atual, e juntamente com o empreendedorismo, pode vir a se tornar atrativo, pois bem, o rio por si só já é um atrativo, o que vou fazer é propor algumas outras possibilidades. Como o núcleo do turismo é promover a experiência através da viajem, e como vimos antes, o turismo de aventura propicia uma vivência fora da rotina, vou propor dentro deste segmento:
Kitesurf: De acordo com o site How stuff work, visitado no dia 23 de julhos de 2011, “O kitesurf une todos os ‘melhores momentos’ de vários esportes em um só: é possível saltar em lagos e rios que não possuem ondas. [...] O kitesurf é praticado com uma prancha e uma pipa.” Isto mostra a possibilidade da pratica no rio Jaguarão e Lagoa Mirim.
Windsurf: De acordo com o site How stuff work, visitado no dia 23 de julhos de 2011, “Como o próprio nome já diz, o windsurf é uma mistura de surfe e vento (Wind, em inglês), isto é, surfar utilizando a força do vento em uma prancha a vela.” Pode também sem utilizado para velejar em um rio.
Wakeboard: De acordo com o site spiner.com.br, visitado no dia 23 de julho de 2011, “O esporte se resume a uma prancha puxada por um barco onde o wakeboarder, usando a marola, realiza suas manobras.”
Como eixo central, se optou por três grandes obstáculos, mas durante a pesquisa se pode perceber que obstáculos menores estariam diretamente ou indiretamente ligados aos grandes, e de certa forma interligados entre si.
O primeiro grande obstáculo que se pode perceber foi a poluição, que apesar de não se terem pesquisas exatas sobre, constata-se pelo fato da existência de um acordo da Prefeitura com a CORSAN para tratamento da água e esgoto que deságua no rio. Contudo, se pode perceber que com as novas medidas tomadas pela Prefeitura municipal e alguns tipos de equipamentos específicos, por exemplo, o neopreme é possível a pratica desses esportes, e além disso, alivia um outro obstáculo encontrado que é o frio.
Durante a pesquisa se pode perceber que o fator econômico é um obstáculo, aja vista que a compra de equipamentos e o aluguel de barcos requer um mínimo alto de capital, além disto, o fato de ser uma fronteira requer alguns documentos dos barcos que por ali transitarem, gerando assim, gastos um pouco maiores portanto o que se enxerga como possibilidade é um acordo entre as duas cidades que propiciasse a transição de forma mais barata e fácil favorecendo o turismo e o lazer.
Através de discussões em palestras em sala de aula, obtivemos a informação de que durante uma época do ano uma parte do rio fica vazia ou com água muito baixa e sem a possibilidade de navegação, gerando assim uma sazonalidade durante o ano pela falta da possibilidade de navegação necessária em muitos desses esportes de aventura e consequentemente para o turismo de aventura e o que vemos de possibilidades e a convivência com esta sazonalidade, através de estratégias de marketing, trocando os esportes conforme a época do ano, por exemplo, além disso, as atividades que forem feitas do lado brasileiro podem ser complementadas pelas feitas do lado uruguaio e vice-versa desta forma tendo um turismo complementar e não excludente.
O que vimos são possibilidades e seus obstáculos e para contornar estes obstáculos se precisa de empreendedores bem informados, com iniciativa e vontade de fazer acontecer estas possibilidades, entretanto estes empreendedores tem que estar bem instruídos e saber que para que de certo é necessário, pesquisas de marketing, um plano estratégico e um plano tático de marketing bem definido, estruturado e estudado, pois, como vimos, partindo daí se dificulta a possibilidade do erro e de falha; mas pra que esta instrução aconteça para as pessoas interessadas, seria interessante a participação e o interesse do governo para fomentar a atividade de lazer e turismo de esportes aquático de aventura nas aguas.
Como vimos esta breve pesquisa buscou mostrar formas para possibilitar o implemento de atividades turísticas aproveitando o potencial espaço turístico e de lazer que é o rio Jaguarão e a Lagoa Mirim. Pode-se observar que apesar de alguns obstáculos a serem vencidos, na realidade o que falta é um pouco de vontade, e análises bem estruturadas do mercado potencial, junto com as novas ações do governo, estas possibilidades poderão se tornar realidade.
Com essa pesquisa já pudemos, brevemente, alcançar alguns dos objetivos específicos propostos, mostrando algumas possibilidades seus obstáculos e formas de contorná-los, entretanto, para que o objetivo principal seja alcançado é necessário alcançar os outros objetivos específicos que faltam, portanto deixamos como proposta para pesquisa que se faça as entrevistas com os órgãos competentes, associações, e empreendedores para a confirmação destas possibilidades, e propor formas para promover e incentivar os empreendedores do local.
Além disto, se pode perceber de forma muito gratificante, a possibilidade da utilização de autores consagrados da área do turismo para justificar e identificar as potencialidades do local, mas, contudo, seriam necessários estudos mais aprofundados sobre o rio e a lagoa para maiores conclusões, pudemos ver que a quantidade de estudos e pesquisas sobre ele são realmente escassas, porém percebemos que o rio Jaguarão e a Lagoa Mirim como atrativo turístico e de lazer pode e deve ser melhor explorado para este fim.
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Recibido: 11/04/2014
Aceptado: 10/05/2014
Publicado: Junio de 2014
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