Introdução
A migração para grandes centros urbanos, ainda que não seja um movimento recente, se intensificou principalmente depois da década de 1950. A busca por um melhor padrão de vida e melhores oportunidades de trabalho foram alguns dos motivos de tal migração (Mocellin, 2006; Azevedo, 2007). As metrópoles dos países desenvolvidos modificaram a pirâmide da economia, influenciando assim os países menos desenvolvidos a copiar esse sistema econômico, devido à necessidade de gerar riquezas e desenvolvimento (Koshiba, 2006; Frayze, 2006).
No entanto, mudanças culturais intensificadas a partir da década de 1990 provocou uma inversão desta migração, estimulando uma reflexão acerca das consequências deste movimento. A busca por um melhor padrão de vida nas grandes cidades, em alguns casos, tornou-se um pesadelo para estas famílias; vindas de gerações futuras e sem aptidões para o trabalho rural, se viram obrigadas a manter-se nesse sistema. A predominância do regime capitalista e da sua lógica mercadológica atrelada a cobranças por resultados tem, no seu lado adverso, resultado no acúmulo de alto nível de estresse psicológico nos trabalhadores das grandes cidades. Médicos, psicólogos, sociólogos, entre outros, passaram a estudar o comportamento do homem contemporâneo dando ênfase ao tema qualidade de vida (Furtado, 2009; Teixeira, 2009; Bock, 2009).
Principalmente no final do século XX e início do século XXI, áreas ecológicas preservadas, locais propícios para práticas de lazer ou esportivas, contato com animais, qualidade do ar, passaram a ser praticamente inexistentes ou extintos nas grandes cidades. Na busca por maior qualidade de vida, verifica-se o crescimento de um nicho no mercado turístico, os ecoresorts e a prática do ecoturismo. A ascensão deste tipo de atividade econômica deve-se ao fato dela conseguir conciliar a comodidade dos serviços prestados pelos hotéis em um ambiente que busca propiciar o maior contato do homem (ou do turista) com a atividade ligada ao campo (Barbosa, 2007; Pêra, 2007, Santiago, 2007).
O ecoturismo, por sua vez, não deve ser interpretado como um modismo; em alguns casos, a preservação não é apenas um clichê e sim uma necessidade para a manutenção de todo um sistema econômico integrado. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (UNWTO, 2010), algumas regiões são extremamente dependentes de seus recursos naturais (biodiversidade) para atrair turistas, como é o caso de países do Caribe, do sudeste asiático, do Mediterrâneo, e da África.
Há aqui uma conjugação entre, por um lado, benefícios advindos do ecoturismo para a economia de regiões e, de outro, a satisfação de turistas que optam por este tipo de atividade. O ecoturismo configura uma modalidade que representa ainda uma fatia pequena do destino do turismo internacional; estima-se que cerca de 5% do volume total dos mais de 700 milhões de pessoas que viajaram pelo mundo em 2003 tiveram como motivação o ecoturismo . Entretanto, esta tem sido uma atividade que vem ganhando notoriedade pelo seu rápido crescimento e aumento da representatividade na atividade econômica; dados da Organização Mundial do Turismo revelam que enquanto o turismo mundial cresce cerca de 7,5% ao ano, as atividades ligadas ao ecoturismo crescem mais de 20% ao ano (UNWTO, 2011).
Entender as razões deste crescimento é uma das formas de estimular ainda mais este tipo de atividade econômica. Nesta perspectiva, este artigo tem por objetivo compreender quais são os fatores associados à decisão do consumidor na escolha dos produtos relacionados ao ecoturismo.
O presente trabalho está estruturado em cinco seções, incluindo esta introdução. A próxima seção apresenta o referencial teórico utilizado para apoiar esta análise, o qual se centra em dois temas: na definição das expressões turismos e ecoturismo; e na abordagem sobre comportamento do consumidor. A seção seguinte apresenta os procedimentos metodológicos adotados na pesquisa, com destaque para a escolha do método de análise fatorial para interpretar os dados coletados na pesquisa, conforme exposto na seção 4. Por fim, a última seção traz as considerações finais deste estudo, com sugestões para pesquisas futuras.
Turismo e Ecoturismo: definições e características
Segundo o Ministério do Turismo do Brasil – MTur (2004) “turismo é uma atividade econômica representada pelo conjunto de transações de compra e venda de serviços turísticos efetuadas entre os agentes econômicos do turismo”, e é caracterizado pelo deslocamento voluntário e de caráter não definitivo delimitado pelo local onde a pessoa reside, por qualquer motivo.
A atividade econômica decorrente do turismo gera milhares de empregos; contudo, para explicar o que é turismo e de que maneira essa atividade interage com os diferentes setores presentes na sociedade, há um problema de definição. Por ser uma atividade multifacetada e de ampla dimensão, ela tem contado com práticas econômicas distintas. É fundamental que se façam tentativas no sentido de definir a atividade turismo, tanto para possibilitar um sentido de credibilidade àqueles que estão envolvidos na área, quanto para considerações práticas de legislação e avaliação. (UNWTO, 2011)
As tentativas de definir o turismo têm sido motivadas pela necessidade de diferenciar as viagens de turismo de outras formas de viagens. Tais definições técnicas exigem que a atividade passe por testes, antes de serem consideradas turismo. Esses testes incluem: período mínimo e máximo de estadia; categorias precisas de propósito de visita; e, às vezes, até uma avaliação de distância (Leiper, 1990).
Em termos conceituais, o turismo poderia ser apresentado como atividade de pessoas que viajam ou permanecem em lugares que não seja o seu ambiente natural por menos de um ano, por lazer, trabalho ou qualquer outra razão. Em outras palavras, o turismo surge de um movimento de pessoas para lugares e destinações diversos, de forma que essa prática faz surgir atividades diferentes daquelas das populações residentes e que trabalham nos lugares das quais os turistas viajam e permanecem. O movimento para as destinações é temporário e de curto prazo, além de não se ter a intenção de se estabelecer residência fixa nestes locais.
Na perspectiva da oferta, por sua vez, o setor de turismo consiste em todas aquelas empresas, organizações e instalações destinadas a servir as necessidades e os desejos específicos dos turistas (Leiper, 1990).
Então, à medida que o número de visitantes aumenta e se mantém ao longo dos anos, a comunidade local tende a se familiarizar com as necessidades e demandas turísticas. As instalações e os serviços são desenvolvidos direta ou indiretamente para suportar a indústria do turismo. Quanto mais a indústria cresce, mais crescem também os benefícios econômicos, financeiros e outros criados pelo turismo. Cria-se certa dependência em relação aos recursos advindos do turismo, de tal modo que ele pode sustentar de forma considerável as economias locais ou nacionais.
O turismo é um fenômeno econômico que atua tanto como determinante do progresso econômico quanto como força social. É muito mais que um setor; configura-se mesmo como uma indústria, a qual afeta um amplo conjunto de setores.
Portanto, a importância econômica do turismo tem garantido crescente atenção governamental e internacional, acompanhada por um reconhecimento cada vez maior da significação e importância do turismo e da necessidade de sermos capazes de definir e avaliar todos os seus aspectos. O segmento de ecoturismo é uma das dimensões da atividade do turismo, a qual tem recebido maior importância nos últimos anos. Entretanto, definir ecoturismo não é tarefa trivial, visto que tem se observado uma variedade de definições em diferentes épocas.
O grande passo para o ecoturismo surgiu no ano de 1872 com a criação do Parque Nacional de Yellowstone, localizado nos EUA. O local deu-se pela vontade e preocupação humana de preservação. O parque proporcionava uma experiência única de exploração a um local ainda considerado virgem por não ter tido modificação humana. Visitas a este local tinham como principal propósito o contato com a natureza, razão esta pela qual este parque seja considerado pioneiro no debate do ecoturismo (Fennel, 2002).
Mesmo os safáris na África, bastante comum entre as classes elitistas europeias no final do século XIX, mantêm relação com o ecoturismo. Isto ocorreu no XX quando os safáris de caça deram lugar aos safáris fotográficos, os quais passaram a pregar a não destruição ambiental local, a favor de um convívio harmonioso e de contemplação.
Não obstante estas evidências, o termo ecoturismo surgiu apenas em 1965 no trabalho de Hetzer que buscou "explicar o intricado relacionamento entre turistas, o meio ambiente e as culturas nos quais eles interagem" (Fennel, 2002). Neste estudo, Hetzer identificou quatro características fundamentais a serem seguidas pelo ecoturismo: impacto ambiental mínimo; respeito máximo às culturas anfitriãs; máximo benefício econômico às comunidades locais; e satisfação “recreacional” aos turistas (Fennel, 2002).
Na base desta definição está o fato do ecoturismo ter, como ponto principal, a prática desta atividade em ambiente natural, com pouca intervenção do ser humano, fornecendo ao turista experiências bem diferentes de seu dia a dia. Este contato com a natureza, na maioria das vezes, tende a ocorrer por meio de diversas atividades físicas.
De forma complementar, Campos e Filetto (2011) argumentam que não se deve usar a expressão ecoturismo para qualquer atividade na qual o bem natural é o atrativo principal. Ao contrário, deve-se ampliar esta definição para que a expressão ecoturismo somente seja usada quando, além do atrativo natural, verificar-se a finalidade de promoção da conservação, o desenvolvimento sustentável, e a participação da comunidade local na tomada de decisões.
Tendo em vista tais definições, é importante dizer que o ecoturismo por vezes é associado, confundido ou até mesmo agregado a outros dois tipos de turismo: o de aventura e o turismo esportivo, mas sempre que tais atividades não causem danos ao meio ambiente. As comunidades envolvidas devem buscar o equilíbrio entre o crescimento da atividade econômica relacionada ao ecoturismo e os princípios de sustentabilidade, considerando como ponto chave a conservação do sistema para a manutenção da atividade econômica. (Rudzewicz & Lanzer, 2008 p.16)
Por conta desta similaridade, neste estudo estamos considerando estas práticas (turismo de aventura e esportivo) como integrantes do ecoturismo, desde que suas atividades estejam diretamente ligadas ao objetivo de se relacionar com o meio ambiente explorado de forma plenamente sustentável.
Segundo Salvati (2003), as principais atividades do ecoturismo incluem: bóia cross; cachoerismo; canoagem; cicloturismo; caminhadas e travessias; mergulho livre e flutuação; montanhismo; observação astronômica; observação da fauna e flora; observação de pássaros; passeio equestre; e visita a cavernas. Verifica-se, portanto, que o ecoturismo pode ser tanto uma atividade fim em uma viagem, quanto uma atividade meio. Ou seja, mesmo que o ecoturismo não seja a motivação principal viagem, é possível ao turista executar alguma atividade relacionada ao ecoturismo.
De acordo com Dias (2008, p. 2-3) o ecoturismo possui um potencial muito grande para se desenvolver, porem é necessário investimento tanto em infraestrutura quanto em capacitação de mão de obra, pois a atividade normalmente é desenvolvida em pequenas comunidades e por empresas familiares. Por tais características, o maior profissionalismo desta atividade requer um desenvolvimento paralelo de ações de fortalecimento do setor. Dias (2008) também destaca a importância do marketing verde neste processo, definido como a atividade não restrita ao atendimento das necessidades dos consumidores por meio de produtos ou serviços ecologicamente corretos. De forma mais ampla, o autor argumenta que toda a cadeia envolvida com a atividade do ecoturismo tenha uma integração positiva em termos de ética, sustentabilidade e economia (Dias, 2008 p. 3).
Considere também que algumas regiões têm se tornado extremamente dependentes da atividade econômica decorrente do turismo, tais como: Madagascar, Uganda, Tanzânia, África do Sul, Costa Rica, Equador e Belize. A rica biodiversidade característica destas regiões acabam sendo o maior atrativo para a escolha dos visitantes para tais destinos (UNWTO, 2010 p.9).
Os dados apresentados pela UNWTO (2010) exploram a dimensão macroeconômica da importância do turismo em relação à biodiversidade. Detalhando um pouco mais esta relação, pode-se verificar uma dependência considerada ainda mais relevante, pois algumas comunidades são extremamente dependentes deste tipo de atividade. Dependência esta que, em alguns casos, acaba sendo pouco explorada por comunidades que possuem grande potencial para este tipo de turismo (Almeida & Suguio, 2011 p. 1211). Considere que este tipo de turista, que busca por passeios atrelados ao ecoturismo, está à procura de experiências diferentes das encontradas em pólos turísticos tradicionais e já conhecidos; estes turistas buscam alternativas que lhes proporcionem experiências únicas.
Comportamento do consumidor de Turismo: motivações e condicionantes
Segundo Engel, Blackwell & Miniard (1995), o comportamento do consumidor consiste nas atividades envolvidas na obtenção, consumo e distribuição de produtos e serviços, incluindo os processos de tomada de decisão que procedem e seguem essas ações. Solomon (1996) agrega ainda aspectos psicológicos, definindo o comportamento do consumidor como sendo o processo pelo qual os indivíduos ou grupos selecionam, adquirem, e usam produtos, serviços, ideias ou experiências, ou deles dispõem, para satisfazer suas necessidades e desejos.
O consumidor de turismo é também consumidor de outros bens e serviços, logo, o produto turístico somente será consumido após termos satisfeito as necessidades primeiras do indivíduo, tais como alimentar-se e vestir-se. Seguindo esta lógica, o produto turístico pode ser classificado como supérfluo na escala de necessidades do individuo, na definição elaborada por Maslow (1962) em sua pirâmide de necessidades. Portanto, o que predispõe o consumo do indivíduo por turismo é a existência de tempo livre e a disposição de recursos econômicos para fazê-lo.
A escolha de um destino em detrimento a outro se dá por diversos motivos, com destaque para o status proporcionado ou pelo modismo que envolve o local, e a experiência de vivenciar o lugar e a sua cultura, tendo assim interesses peculiares. As destinações turísticas também podem ser consumidas em função de uma padronização do local e do tipo de serviço oferecido, que em sua maioria exerce grande poder de atratividade, levando a esse local um maior número de pessoas em um fluxo intenso, definido por turismo de massa. Sendo assim, só será possível ter conhecimento do comportamento do consumidor com relação ao turismo se houver entendimento claro acerca das motivações que levam os indivíduos a adquirirem este ou aquele produto turístico.
Para Vaz (1999), a motivação no turismo pode ser representada por um campo que se abre em três áreas principais: o turista; as motivações; e as opções para atendimento às motivações. Detalhando estas áreas, temos: 1) Turista: Quem são as pessoas que viajam?; 2) Motivações: por que as pessoas viajam? O que as pessoas buscam nas viagens? Como as pessoas pretendem realizar o que desejam através do turismo? Onde as pessoas entendem que vão conseguir melhor o benefício que esperam?; 3) Opções para atendimento às motivações: quando é a ocasião mais propícia para a viagem? O quanto as pessoas estão dispostas a pagar/ gastar?
De acordo com Ruschmann (1994), as principais motivações das pessoas na compra de produtos de ecoturismo incluem o contato com a natureza, seguidas da busca por aventura e emoções. Ainda conforme Ruscmann (1994), os consumidores desses produtos são sobretudo pessoas oriundas de grandes centros urbanos, cujo cotidiano é agitado, estressante e isento de contato com a natureza. Este consumidor está, portanto, ávido por um contato mais próximo com o meio ambiente e também por atividades de relaxamento, contemplação e lazer.
Como ilustração, estudo realizado pelas operadoras de turismo com foco em ecoturismo do estado de São Paulo (Brasil), revela alguns motivos que influenciam a escolha deste tipo de atividade, assim como os locais preferidos pelos turistas, conforme indicados por Scorsatto (1998) e descritos a seguir:
Salvati (2009) reforça esta constatação, ao definir o perfil do consumidor de produtos ligados ao ecoturismo como aquele que inclui pessoas oriundas de grandes centros urbanos, sem muita experiência de contato com a natureza e normalmente em busca de relaxamento para fugir do estresse da metrópole; são ávidos por um contato positivo com o meio ambiente e atividades de relaxamento, contemplação e lazer; procuram acesso às informações sobre o meio ambiente e sobre problemas ambientais; procuram ambientes e culturas diferentes, incomuns e até exóticos, inclusive sobre o pretexto do "antes que acabem"; possuem bom nível cultural e educacional e financeiro; estão situados na faixa etária de 25 a 40 anos; possuem consciência de que pagam mais caro por programas culturalmente e ambientalmente corretos; são preocupados com a qualidade do ambiente e com a qualidade de vida da comunidade local; alguns se postam a contribuir, interagindo ou consumindo na comunidade.
Conhecer melhor o consumidor e proporcionar algo que possa diferenciar a prestação de serviços e a sua experiência é o que diferencia uma simples prestação de serviços e a sensação de superação das expectativas (Oliveira, 2011). Especificamente sobre o consumidor de serviços ligados ao ecoturismo, é essencial conhecer os seus desejos quando o mesmo busca por experiências inerentes a esta atividade de ecoturismo, podendo assim diferenciar e ampliar a qualidade na prestação de serviços.
Procedimentos Metodológicos
A proposta desta pesquisa buscou compreender quais são os fatores que influenciam na decisão do turista ao escolher por opções sustentáveis ao programar suas viagens de lazer.
Para a definição do tipo de pesquisa, este estudo tomou como base a taxonomia apresentada por Vergara (2006) que classifica quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa foi exploratória, pois buscou ampliar o conhecimento sobre um assunto em evidência a partir de uma técnica mais sofisticada de análise. Uma pesquisa exploratória implica explorar temas novos, ou pouco explorados, através da experiência de terceiros (Collado; Lucio & Sampieri, 2006; Gil, 2010). Quanto aos meios, utilizou-se a pesquisa de campo, com a aplicação de questionário aos turistas que buscam como opção viagens com foco em sustentabilidade.
O universo da pesquisa foi composto por consumidores de produtos ligados ao ecoturismo. A amostra escolhida foi do tipo não-probabilística e por acessibilidade, pois neste tipo de amostra não utilizou-se de procedimentos estatísticos para selecioná-la, assim como a escolha do elemento depende de causas relacionadas com as características da pesquisa ou de quem faz a amostra (Collado; Lucio & Sampieri, 2006).
Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado (fechado) contendo 48 perguntas, sendo: a primeira parte composta por 8 perguntas a fim de caracterizar o perfil dos respondentes da amostra, e a segunda parte, por 40 perguntas que buscaram identificar quais são os fatores associados à escolha de viagens relacionadas ao ecoturismo. Nesta segunda parte do questionário, as perguntas foram elaboradas em escala de 5 pontos do tipo Likert sendo: 1-Discordo Totalmente; 2-Discordo Parcialmente; 3-Nem Concordo, Nem Discordo; 4-Concordo Parcialmente; e 5-Concordo Totalmente (Cervo & Bervian, 1996).
O questionário foi desenvolvido por meio da ferramenta Google Docs® e o link de acesso ao mesmo foi enviado para os possíveis respondentes, os quais devolveram com as respostas também pela internet. O público alvo foi escolhido em função de um critério: serem adultos, clientes e conhecedores do ecoturismo, tendo utilizado ou mostrarem intenção de utilizar produtos associados ao ecoturismo.
A amostra final foi composta por 134 respondentes que responderam ao questionário no período entre outubro e novembro de 2011. Vale destacar que foi aplicado um pré-teste em 10 consumidores que normalmente preferem atividades ligadas ao ecoturismo em suas viagens de lazer; esta atividade foi fundamental para validar o questionário da pesquisa.
Para a análise dos dados foi utilizada a técnica multivariada de dados chamada Análise Fatorial. Segundo Hair et al. (2009), o uso dessa técnica propicia duas funções principais: resumir e reduzir dados. Para Manly (1986), a análise fatorial estuda as relações entre os conjuntos de muitas variáveis inter-relacionadas, representando-as em termos de alguns fatores ou componentes principais. Dessa forma, os melhores resultados são obtidos quando as variáveis originais estão altamente correlacionadas, seja positivamente ou negativamente. Nesse sentido, cabe ressaltar que não existe relação entre os fatores, mas sim entre as variáveis agrupadas dentro de cada fator.
Para elaborar a análise fatorial, foi utilizado o software SPSS – Statistic Packages for Social Science versão 19, uma vez que este tipo de tratamento de dado proporciona o inter-relacionamento entre as variáveis, sendo estas descritas em fatores que são o objeto de estudo deste trabalho.
Resultados da Pesquisa
As perguntas iniciais do questionário foram destinadas a caracterizar o perfil dos 134 respondentes da amostra em relação a variáveis como: sexo, faixa etária, estado civil, e renda familiar. Em relação ao gênero, a amostra foi composta por 52% de homens e 48% de mulheres. As duas faixas etárias de maior relevância foram de jovens entre 20 a 29 anos com 57% das respostas e de adultos entre 30 a 39 anos com 30%. Ademais, 72% dos respondentes são solteiros e 24% casados (4% são divorciados, separados ou viúvos); 81% dos respondentes não possuem filhos. Praticamente ¾ dos respondentes possuem escolaridade de nível superior, concluído ou não: 43% dos respondentes já concluíram o curso superior, sendo que 26% possuem superior incompleto/cursando. A renda familiar desta amostra indica a predominância da classe média e alta; cerca de 26% dos respondentes revelaram renda entre R$ 2 mil e R$ 4 mil reais; 24% entre R$ 4 mil e R$ 6 mil reais; e 22% acima de R$ 10 mil reais.
A segunda parte do questionário, composta por frases assertivas (10 a 49, conforme exposto na relação 1), conformam as variáveis que permitiram a análise fatorial.
Relação 1: Variáveis relacionadas às assertivas do questionário
Na Relação 2 observa-se que apenas as variáveis V24, V22, V49 e V30, entre uma escala de 1 a 5 pontos, obtiveram aderência de mais de 80%. Em outros termos, considerando que a escala da pesquisa possuía 5 pontos, o que equivale a 20% cada pondo, a incidência de 4 pontos representa 80% de assertividade. Já as variáveis V11, V48 E V42 tiveram aderência inferior a 60%, atingindo pontuação menor que 3. Nenhuma variável foi retirada da análise, pois, não foi encontrado nenhuma comunalidade ou correlação de anti-imagem inferior a 0.5. A amostra da pesquisa foi de 134 respondentes.
Relação 2: Estatística Descritiva de Variáveis
Posição Variável Média Desvio Padrão
1º V24 4,25 0,937
2º V22 4,22 0,923
3º V49 4,07 1,02
4º V30 4,03 1,033
5º V17 3,83 1,073
6º V26 3,83 1,008
7º V12 3,81 1,107
8º V45 3,81 1,079
9º V25 3,78 1,101
10º V32 3,78 1,006
11º V35 3,77 1,003
12º V47 3,77 0,988
13º V44 3,69 1,013
14º V39 3,67 1,067
15º V38 3,65 1,006
16º V23 3,63 0,962
17º V27 3,63 1,23
18º V41 3,6 0,927
19º V10 3,57 1,14
20º V37 3,51 1,002
21º V40 3,5 1,067
22º V29 3,49 1,2
23º V33 3,49 1,074
24º V46 3,49 1,009
25º V21 3,37 1,148
26º V43 3,36 0,999
27º V28 3,3 1,22
28º V16 3,29 1,068
29º V18 3,25 1,319
30º V13 3,23 1,232
31º V36 3,17 1,242
32º V34 3,13 1,192
33º V19 3,07 1,066
34º V15 3,06 1,243
35º V31 3,03 1,15
36º V14 2,94 1,046
37º V20 2,84 1,105
38º V11 2,73 1,077
39º V48 2,66 1,048
40º V42 2,01 1,238
A medida de adequação da amostra (KMO) foi considerada boa atingindo 0.833, e a significância foi de ,000 com 780 graus de liberdade. De acordo com Hair et al. (2009, p. 242), para que se tenha uma amostra adequada à análise fatorial, é necessário uma medida de adequação de no mínima de 0,6 ou superior, portanto adequada para o estudo.
Após a Análise Fatorial elaborada por meio do Software SPSS19, foram extraídos 09 fatores conforme apresentados a seguir. É importante mencionar que, após rodar a análise fatorial, a variável V11 acabou sendo retirada da análise pois apresentou aderência em todos os fatores; contudo, com uma carga fatorial baixa, o critério utilizado para a rotação foi o Varimax.
As análises a seguir mostram a composição destes 09 fatores, a sua composição e os resultados encontrados na pesquisa.
O fator F1: Fuga dos Grandes Centros e Cotidiano, foi composto pelas variáveis: V38 (Locais preservados – Carga Fatorial= 0,731), V24 (Relaxar – Carga Fatorial= 0,683), V30 (Atividades Sustentáveis – Carga Fatorial= 0,665), V39 (Locais Afastados – Carga Fatorial= 0,645), V49 (Fugir da Poluição – Carga Fatorial= 0,642), V23 (Culturas Diferentes – Carga Fatorial= 0,584), V47 (Educação para Preservação – Carga Fatorial= 0,582), V26 (Autoconhecimento e Reflexão – Carga Fatorial= 0,565), V32 (Atividades Físicas – Carga Fatorial= 0,534), V35 (Contato com a Natureza – Carga Fatorial= 0,528) e V41 (Melhores Práticas – Carga Fatorial= 0,515). Este fator aponta que os praticantes de ecoturismo o fazem para fugir de grandes centros que apresentam problemas como poluição, cotidiano agitado e para se manterem mais próximos com a natureza, aprendendo melhores práticas sobre sua preservação. Estas motivações corroboram as constatações de Hetzer (1965, apud Fennell, 2002, p. 42) e Trigueiro (2008).
O fator F2: Férias em Família, foi composto pelas variáveis V17 (Diminuir o Ritmo – Carga Fatorial= 0,691), V19 (Ecoturismo nas Férias – Carga Fatorial= 0,598), V18 (Desligar das Tecnologias – Carga Fatorial= 0,585) e V25 (Momentos em Família – Carga Fatorial= 0,535). Este fator mostra que o ecoturismo é uma escolha feita por famílias que desejam nas férias aproveitar momentos em um ambiente alternativo, corroborando com Scorsatto (1998); Ruschmann (1994).
O fator F3: Preço foi formado pelas variáveis: V27 (Preço Pacote – Carga Fatorial= 0,785), V28 (Planejamento Financeiro – Carga Fatorial= 0,714), V34 (Valor Abusivo – Carga Fatorial= 0,701) e V22 (Pacotes Acessíveis – Carga Fatorial= 0,582). Este fator claramente mostra que o preço é um fator decisivo na busca por viagens de ecoturismo e que acaba ficando atrás de outras necessidades. Ressalta-se que a variável V27 apresentou uma das maiores cargas fatoriais entre todas as variáveis analisadas neste estudo, confirmando os estudos de Engel, Blackwell & Miniard (1995).
O fator F4: Esportes, foi formado pelas variáveis: V21 (Adrenalina no Ecoturismo – Carga Fatorial= 0,780), V46 (Atividades Proporcionam Adrenalina – Carga Fatorial= 0,663), V20 (Ecoturismo com Cultura – Carga Fatorial= 0,605) e V13 (Esportes na Natureza – Carga Fatorial= 0,533). Este fator aponta que muitas vezes o ecoturismo é procurado para se praticar esportes e atividades que proporcionam adrenalina, conforme já afirmado por Fennel (2002); Rudzewicz & Lanzer (2008); Salvati (2003).
O fator F5: Interação foi formado pelas variáveis: V16 (Conhecer Pessoas – Carga Fatorial= 0,628), V44 (Novas Amizades – Carga Fatorial= 0,618), V40 (Atividades Coletivas – Carga Fatorial= 0,524). Este fator nos mostra a importância da interação entre pessoas nas atividades de ecoturismo, conforme já afirmado por Larrman & Durst (1987); Salvati (2003); Rudzewicz & Lanzer (2008); Dias (2008).
O fator F6: Isolamento foi formado pelas variáveis: V15 (Lugares pouco Explorados – Carga Fatorial= 0,712), V12 (Contato com a Natureza – Carga Fatorial= 0,706) e V43 (Busca de Autoconhecimento – Carga Fatorial= 0,507). Este fator mostra que o ecoturismo é procurado para que as pessoas possam conhecer locais exóticos com pouca intervenção do homem, conforme apontado por Fennell (2002); Salvati (2003).
O fator F7: Valor Justo foi formado pelas variáveis, V31 (Valor Justo Ecoturismo – Carga Fatorial= 0,786) e V14 (Justo o Valor – Carga Fatorial= 0,741). Este fator indica que alguns respondentes não são sensíveis aos preços praticados na atualidade e que o preço está ligado diretamente à qualidade percebida pelo consumidor. Autores como Lovelock & Wirtz (2006) e Ruschmann (1994) corroboram tal afirmação. Almeida & Suguio (2011) apontam ainda a importância econômica da atividade turística ligada a ecologia e sustentabilidade. O turista busca uma atividade que respeite os princípios da sustentabilidade, contudo não está disposto a pagar valores muito elevados para a prática desta atividade.
O fator F8: Cultura e Comodidade. Este fator foi formado pelas variáveis V37 (Proximidade com Práticas e Hábitos Locais – Carga Fatorial= 0,653) e V48 (Preços Agências de Turismo – Carga Fatorial= 0,557). O fator expressa duas vontades distintas: a primeira, indicando que os respondentes preferem viagens para conhecer diferentes culturas, como é defendido por Fennel (2002). O segundo, que os respondentes são motivados à escolha do ecoturismo devido ao preço, mais uma vez evidenciando como o preço está intrinsecamente ligado à percepção de qualidade de cada consumidor, já evidenciado por Lovelock & Wirtz (2006).
O fator F9: Distância da Tecnologia, foi formado pelas variáveis V35, (Contato com a Natureza – Carga Fatorial= 0,511) e V36 (Menor contato com Tecnologias – Carga Fatorial= 0,647). Esta indicação mostra os respondentes que tendem a optar por viagens de ecoturismo em que se afastem das tecnologias e se aproximem da natureza com pouca intervenção humana (Ziffer apud Fennell, 2002, p. 49); Ruschmann (1994).
A variância total explicada pelos fatores relacionados na Análise Fatorial. Os 9 fatores que foram apresentados na anteriormente explicam mais de 60,71% dos motivos que levam os consumidores a escolherem passeios relacionados ao ecoturismo em suas viagens de lazer.
Considerações Finais
Em um cenário cada vez mais competitivo, em que a disputa dos clientes tem se acirrado, , conhecer melhor o perfil do consumidor e oferecer serviços que agreguem valor para o cliente é fator de vantagem competitiva para as organizações. Pôde-se auferir, pelos resultados da pesquisa aqui apresentada, que os principais fatores que influenciam a decisão de compra do consumidor de turismo pelos produtos relacionados ao ecoturismo são: fugir das preocupações do dia a dia e da poluição; busca por atividades sustentáveis; reduzir o ritmo e o estresses do dia a dia; e a busca por autoconhecimento. Uma constatação importante desta pesquisa acentua a preocupação do consumidor que, mesmo optando por praticar atividades ligadas ao ecoturismo, não abre mão de um preço justo. Isso é evidenciado pela análise fatorial, a partir de duas constatações: a maior pontuação média foi verificada na V22 “Valores deveriam ser mais acessíveis”; enquanto que as variáveis que constam que “os valores cobrados pelas atividades vinculadas ao ecoturismo são justos”, ocuparam as últimas posições nas médias.
Outro fato relevante é a constatação de que o praticante de ecoturismo, embora valorize e busque por um contato mais próximo com a natureza e com locais preservados, não abre mão de conforto. Para os turistas que compuseram esta amostra, a energia elétrica apareceu como um item fundamental em suas viagens. Portanto: aventura sim, mas com conforto.
Ademais, a Análise fatorial apresentou 9 fatores principais associados à decisão de compra do ecoturista, sendo: Fuga dos Grandes Centros; Férias em Família; Preço; Esportes; Interação; Isolamento; Valor Justo; Cultura e Comodidade; Distância de Tecnologia.
Pode-se auferir, pelas análises realizadas, que o homem contemporâneo busca em seus momentos de lazer, experiências distintas das vividas no seu cotidiano, mas ao mesmo tempo não abre mão do conforto e considera importante a sua percepção de que o valor pago pelo serviço está em consonância com o que lhe é oferecido – valor percebido.
Os resultados apresentados neste artigo na sua maioria tendem a ratificar pesquisas anteriores, realizadas há décadas. Contudo, não obstante tais evidências, percebe-se ainda uma miopia por parte dos gestores, principalmente dos proprietários de pequenos negócios, pois a dependência do ecossistema para esta atividade é ponto crucial para o sucesso do negócio e a conservação por vezes é colocada em segundo plano, em detrimento de lucros de curto prazo. Outro ponto a ser destacado é a necessidade urgente de capacitação (pessoal e gerencial), pois o consumidor busca cada vez mais produtos e serviços com padrão de qualidade superior aos que comumente são oferecidos. O consumidor dos produtos e serviços ligados ao ecoturismo, mesmo buscando contato com a natureza ou atividades esportivas em locais preservados, não abre mão do conforto.
A contribuição da presente pesquisa repousa no fato de o estudo ter como foco o consumidor de produtos ligados ao ecoturismo, por ser um segmento ainda considerado novo, embora em granca expansão e com muito a ser explorado e entendido. Para estudos futuros, sugere-se um enfoque nos demais stakeholders da cadeia de ecoturismo, de forma a captar um ponto de vista distinto do ora apresentado neste artigo, abrindo a possibilidade de que tais informações possam ser analisadas sob óticas distintas. Também sugere-se que as pesquisas analisem as ações governamentais voltadas ao desenvolvimento local; conforme evidências desta pesquisa, a capacitação das comunidades para o recebimento dos turistas é ponto estratégico neste tipo de atividade econômica, e esta tarefa deveria fazer parte de um plano estratégico de desenvolvimento, seja ele regional ou nacional. A maior profissionalização dos serviços e produtos atrelados ao ecoturismo certamente tem potencial de ampliar a geração de renda de toda a cadeia produtiva envolvidas com esta atividade.
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