Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352


EDUCAÇÃO FINANCEIRA: ANALISE COMPARATIVA ENTRE OS ENSINOS MÉDIO E SUPERIOR NA CIDADE DE PARINTINS

Autores e infomación del artículo

Fernanda Alcantara da Silva*

Clêuber Pimentel Barbosa**

Universidade Federal do Amazonas, Brasil

alcantarafernanda63@gmail.com

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RESUMO

No atual cenário econômico, a situação financeira das pessoas tem grande significância para estabelecer uma economia mais equilibrada entre o consumo e o endividamento. Diante disso, o artigo teve como problemática a seguinte questão: qual é a realidade da educação financeira nos níveis de ensino médio e superior, na cidade de Parintins? Para isso, o estudo teve como objetivo geral apresentar um comparativo entre a educação financeira dos acadêmicos do curso de Administração UFAM/ICSEZ e com os participantes do Programa Jovens aprendizes em Parintins. A metodologia, abordou uma pesquisa quantitativa, com a utilização de questionário como instrumento na coleta de dados, tendo como participantes os acadêmicos do curso superior de administração, e os integrantes do Programa Jovem Aprendiz, que são jovens com apenas o ensino médio. O resultado evidenciou que o controle financeiro dos dois públicos investigados conseguem alcançar o mesmo percentual na pesquisa, pois os dois público-alvo participantes afirmaram realizar tal controle, mesmo sendo de maneira simples a elaboração desse controle.

Palavras-chave: Educação Financeira, Finanças pessoais, Ensino Superior e Ensino Médio

ABSTRACT

In the current economical scenery the financial standing of the people has great meaningfulness to establish a more balanced economy between the consumption and the debt. In view of this, the article had as problematic the following subject, which is the reality of the financial education in the levels of education, secondary and higher, in the Parintins city? For that, the study had as general objective to present a comparative one among the academics' of the administration course financial education UFAM/ICEZ and with the participants of the Program of Young learners of Parintins. The methodology, approached a quantitative research, with the use of a questionnaire as instrument in the data collection of the research, having as participants senior management academics, and Young Apprentice Program members who are young people with only high school education. The results evidenced that the financial control of the two audiences managed to reach the same percentage in the research, since the two target audience affirmed to carry out such control, even being in a simple way the elaboration of this control.

Keywords: Financial Education, Personal Finance, Higher Education and Secondary Education

RESUMEN

En el actual escenario económico, la situación financiera de las personas tiene gran significación para establecer una economía más equilibrada entre el consumo y el endeudamiento. Por lo tanto, el artículo tuvo como problemática la siguiente cuestión: ¿cuál es la realidad de la educación financiera en los niveles de enseñanza media y superior, en la ciudad de Parintins? Para ello, el estudio tuvo como objetivo general presentar un comparativo entre la educación financiera de los académicos del curso de Administración UFAM/ICSEZ y con los participantes del Programa Jóvenes aprendices en Parintins. La metodología, abordó una investigación cuantitativa, con la utilización de cuestionario como instrumento en la recolección de datos de la investigación, teniendo como participantes los académicos del curso superior de administración, y los integrantes del Programa Joven Aprendiz, que son jóvenes con apenas la enseñanza media. Los resultados evidenciaron que el control financiero de los dos públicos investigados logran alcanzar el mismo porcentaje en la investigación, pues los dos públicos destinatarios participantes afirmaron realizar tal control, aun siendo de manera simple la elaboración de ese control.

Palabras clave: Educación Financiera, Finanzas personales, Enseñanza Superior y Enseñanza Media

Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Fernanda Alcantara da Silva y Clêuber Pimentel Barbosa (2018): "Educação financeira: analise comparativa entre os ensinos médio e superior na cidade de Parintins", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (noviembre 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/oel/2018/11/educacao-financeira.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1811educacao-financeira


INTRODUÇÃO

A educação financeira pode ser definida como um conjunto de conhecimentos utilizados para o gerenciamento dos recursos financeiros, proporcionando uma visão sobre investimento, poupança ou simplesmente sobre o manuseio adequado dos recursos diários.
A educação financeira possui grande relevância para as pessoas, uma vez que suas atitudes poderão ser afetadas mediante as decisões financeiras a serem tomadas, pois compreender a forma e os conceitos financeiros dá aos indivíduos oportunidades de administrar suas dívidas e habilidades para o gerenciamento de suas rendas (COLADELI et al,2013).
Campbell (2006) afirma que as pessoas com mais capacitações ou conhecimentos, podem realizar um desempenho mais consciente sobre a tomada de decisões financeiras, podendo também obter bom desempenho em atividades existentes no mercado.
Seguindo essa linha de raciocínio, Manton et al. (2006) constatou em seus estudos que o ensino básico não consegue suprir o conhecimento necessário sobre finanças, encarregando para as universidades abranger a temática financeira ou orçamentária em suas atividades profissionais.
No entanto, outros autores destacam que a tomada de decisão ou comportamento financeiro podem ter influência de fatores internos e externos para o nível de consumo, na qual muitas vezes as pessoas comprometem suas finanças e o seu bem-estar. Para Souza (2017), a educação financeira é um instrumento de desenvolvimento econômico que promove informações a respeito de um comportamento básico para a qualidade de vida.
O comportamento econômico pode sofrer influências interpessoais ou intrapessoais, a primeira refere-se à questão sociocultural e a segunda aos fatores subjetivos e pessoais de cada indivíduo (SAMARA e MORSCH, 2005).
De acordo com os autores supracitados, procurou-se identificar as práticas de educação financeira na cidade de Parintins, tendo como problema o seguinte questionamento: Qual a realidade da educação financeira nos níveis de ensino, médio e superior, na cidade de Parintins?
A importância desse estudo é conhecer a realidade da educação financeira das pessoas que possuem escolaridades diferentes, a fim de compreender a noção financeira que esses indivíduos possuem diante das decisões de consumo, controle ou planejamento
O objetivo geral é apresentar um comparativo entre a educação financeira dos acadêmicos do curso de Administração UFAM/ICSEZ com os participantes do Programa Jovens aprendizes em Parintins, tendo como objetivos específicos :identificar o nível de educação financeira do aprendizes e descrever o nível da educação financeira dos acadêmicos do curso de administração UFAM/ICSEZ com base nos estudos de Barbosa et al (2017), para assim demostrar nos comparativos os pontos que mais diferenciam os níveis de educação financeira, entre o acadêmicos do ensino superior e os aprendizes com ensino médio.
O estudo, é classificado como uma pesquisa quantitativa e descritiva em sua abordagem metodológica, tendo como amostra os acadêmicos do curso de administração e um senso dos integrantes do programa jovem aprendiz em Parintins, utilizando questionário estruturado como instrumentos na coleta de dados.
Esse estudo está dividido em três etapas, a primeira é a parte introdutória, com a formulação dos objetivos e a justificativa. A segunda parte será direcionada a metodologia e ao referencial teórico sobre os conceitos de educação financeira, finanças pessoais e comportamento consumidor. E por fim a terceira etapa estão os resultados e as considerações finais.

2 METODOLOGIA

2.1 Modalidade da Pesquisa

A pesquisa é classificada como um estudo quantitativo, pois abrange um resultado percentual das respostas obtidas, constituindo de um comparativo numérico entre dois públicos alvos distintos. Segundo Oliveira (2002) a abordagem quantitativa permite na coleta de dados quantificar dados e opiniões, visto que nesta abordagem é possível o uso de recursos técnicos estatístico, desde os mais simples como porcentagens até os mais complexos.
Para isso, será necessário realizar uma pesquisa descritiva com os participantes do programa e com os universitários, visando descrever as respectivas realidades em suas finanças pessoais de acordo com os dados.

As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. (GIL, 2002, p. 42).

            Esta pesquisa possibilita descrever a tomada de decisões dos entrevistados, compreendendo as prioridades financeiras diante de seu comportamento consumidor, assim, identificar se os indivíduos com ensino superior conseguem obter um comportamento diferente dos jovens que possuem apenas o ensino médio.

2.2 Participantes

A pesquisa foi realizada por meio de dois públicos alvos. O primeiro, diz respeito aos participantes do Programa Jovem Aprendiz da cidade de Parintins, que condiz a um senso de 15 integrantes do programa no município, visto que existem apenas 15 empresas cadastradas neste programa, sendo assim esses 15 estão na faixa etária de 14 a 24 anos. Destaca-se que o Programa Jovem Aprendiz, visa desenvolver profissionalmente seus participantes, tendo duas vertentes de ensino, a primeira ocorre em sala de aula com orientações sobre o mercado de trabalho, e a segunda refere-se ao ambiente organizacional, ou seja, a empresa que de fato proporciona ao jovens seus direitos e obrigações trabalhistas respaldo pela CLT. O Programa Jovem aprendiz é coordenado em Parintins pelo SENAC, que organiza e orienta os aprendizes para o mercado de trabalho. Esses jovens, também possuem a responsabilidade de lidar financeiramente com seus respectivos salários, possuindo total controle de seus gastos e despesas.
O segundo público alvo diz respeito aos acadêmicos do curso de administração da UFAM- Campus Parintins, representando uma amostra de 78 alunos da população total do curso, obtido por meio da pesquisa de Barbosa et al (2017). Os acadêmicos de administração possuem, em sua grade curricular, disciplinas diversificadas que proporcionam base para futuras responsabilidades organizacionais. Essas disciplinas também estão voltadas para a temática financeira e orçamentária. Assim, no Projeto Pedagógico do Curso de Administração (2010), essas disciplinas estão inseridas na matriz curricular como conteúdo de formação profissional e estudo quantitativo, como Administração Financeira I e Administração Financeira II, Métodos Quantitativos Financeiros e Estatística Aplicada à Administração.
Os participantes desta pesquisa, portanto, possuem o níveis de escolaridade diferentes, possuindo uma perspectiva diversificada sob ponto de vista de finanças pessoais, dando ênfase aos resultados obtidos para compreender a realidade de ambas as partes.

      2.3Instrumento da Coleta de Dados

Os instrumentos utilizados na coleta de dados da pesquisa, foi um questionário estruturado, empregado no estudo de Barbosa et al (2017) a fim de realizar um comparativo na integra por meio do mesmo instrumento. Todavia, para alcançar os objetivos da presente pesquisa, foi incluída a informação referente ao nível de escolaridade no questionário, para a viabilidade da aplicação aos jovens aprendizes.
“O questionário é um formulário, previamente construído por uma série ordenada de perguntas em campos fechados e abertos, que devem ser respondidos por escrito e sem a presença do entrevistador.” (MICHAEL, 2009, p. 71-72).
Para aplicação deste instrumento, foi solicitado com a instituição Senac/Parintins a permissão para a aplicação deste questionários em sala de aula, para assim obter os dados de todos os participantes do programa jovens aprendizes. 
Para tabulação de ambos os dados, foi utilizado o software Excel, que permitiu a análise comparativa dos dados encontrados durante a pesquisa, facilitando a compreensão dos fatos e a relação das respostas dos dois públicos investigados. Segundo Gil (2002) para a análise quantitativa existem softwares que dão suporte para a descrição de fenômenos tais como atitudes, valores, representações e ideologias, de maneira a obter mais precisão nos textos analisados.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Educação Financeira

A educação financeira é um conjunto de conhecimentos que as pessoas possuem para a manipulação financeira de seu dinheiro, investimentos ou aplicações. Esta educação é um processo de aprendizagem básica do cotidiano ou um conhecimento especifico adquirido por meio de capacitações.
Martins (2004), destaca que o assunto “dinheiro” é ignorado pelo sistema educacional do país, pois uma criança passa oito anos no ensino fundamental, três anos no ensino médio e durante esses onze anos o aluno não estuda noções de comércio, economia ou impostos. O mesmo autor afirma que, pela falta de noções básicas sobre finanças, muitas pessoas sofrem consequências, quando adultas continuam a ignorar os assuntos sobre dinheiro e seguem sem instruções ou habilidades para o manuseio ou comportamento adequado sobre suas próprias finanças.
“[...] O sistema educacional ignora o assunto “dinheiro”, algo incompreensível, já que a alfabetização financeira é fundamental para as pessoas serem bem-sucedidas em um mundo complexo “(MARTINS, 2004, p. 5).
Na educação financeira, são estabelecidos os pontos de finanças pessoais e conhecimentos voltados ao mercado financeiro. Para Negri (2010) a educação financeira tem como objetivo auxiliar os indivíduos a inserir-se na vida social, propondo informações sobre o setor financeiro, e que deve ser estabelecida, primeiramente, pela motivação familiar.
Amadeu (2009) destaca que a Educação Financeira desempenha um papel muito importante na manipulação dos poucos recursos que as famílias possuem, estimulando as pessoas a obterem um objetivo econômico em suas vidas. De acordo com o autor, esta educação atua na gestão de fluxo de caixa, fluxo de riscos e no planejamento de futuros gastos.
“Todos cidadãos podem desenvolver habilidades para melhorar sua qualidade de vida e a de seus familiares, a partir de atitudes comportamentais e de conhecimentos básicos sobre gestão de finanças pessoais aplicados no seu dia a dia” (BRASIL, B. C, 2013, p. 04,).
Amadeu (2009) expõe sobre o processo da educação financeira:

No entanto, a Educação financeira ultrapassa a noção de se tratar de um simples instrumento de obtenção de informação financeiras e conselhos. Educação Financeira é um processo que estimula o desenvolvimento de conhecimento, aptidão e habilidades, transformando indivíduos e cidadãs críticos, informados sobre os serviços financeiros disponíveis e preparados para administrar suas finanças pessoais evitando ser manietado pelas propagandas que levam a um consumo desenfreado e seu consequente endividamento pessoal. (AMADEU, 2009, p. 26).

A educação financeira se trata de conhecimentos e habilidades, que auxilia o indivíduo a fazer escolhas inteligentes, a importância dessa educação está ligada a qualidade de vida individual, familiar e da própria sociedade como menciona Ferreira (2017). O autor afirma que é preciso colocar em evidencia os parâmetros da qualidade de vida e o conhecimento financeiro básico pessoal e organizacional, para que assim as pessoas e o governo busquem mais conhecimentos financeiros e possam proporcionar uma sociedade mais consciente e promissora.
Atualmente, o debate sobre a educação financeira na vida das pessoas tem expandido expressivamente. Massaro (2015) mostra a importância desse cuidado com o próprio dinheiro.

Nos últimos anos, muito tem se falado da importância da educação financeira e de como a inabilidade das pessoas em cuidar do próprio dinheiro vem causando perdas a elas mesmas, às organizações onde trabalham e à sociedade como um todo.” (MASSARO, 2015, p. 07).

A base da educação financeira é formada pela atuação familiar e escolar, visto que algumas vezes a família possui um conhecimento restrito sobre finanças, tendo a escola a responsabilidade para repassar conhecimentos para a formação de cidadãos mais preparando para o meio acadêmico e para própria vida, incluindo a vivencia financeira que essas crianças um dia terão (LUCENA e MARINHO, 2013).
Os mesmo autores afirmam, que as escolas necessitam inserir atividades ou disciplinas voltadas a educação financeira, que há urgência na implantação destas ações no currículo escolar. Entretanto, há medidas em nível nacional que garantem o ensino para crianças, jovens e adultos sobre temas voltados a crédito, investimento e poupança instituídos pelo Decreto n° 7.397/2010.

3.2 Finanças Pessoais

As finanças pessoais são atividades financeiras que podem gerar sucesso ou insucesso na vida dos indivíduos, enfatizando ainda que essas finanças pessoais podem ser compreendido como as aplicações na tomada de decisões dos indivíduos ou das famílias (CONTO et al, 2015).
Cerbasi (2012) destaca o princípio básico das finanças pessoais.

O que parece ser uma atitude sensata e coerente com os princípios básicos das Finanças Pessoais pode, porém, negligenciar uma escolha mais relevante, que deve ser feita antes de se procurar garantir a preservação do futuro: a necessidade de garantir a preservação de nossa condição presente. (CERBASI, 2012, p. 114).

O manuseio das finanças pessoais dependerá de uma série de fatores, a base desse comportamento financeiro sempre será a família, porém outras condições propiciaram a tomada de decisões financeiras. Martins (2004) enfatiza três pontos importantes na relação com o dinheiro: como ganhamos, como gastamos e como conversamos com o dinheiro.
O impacto da falta de orientação financeira na vida das pessoas, pode provocar inadimplência e endividamento descontrolado, o que afetará diretamente a qualidade de vida de todos os indivíduos nesta situação. Massaro (2015) aponta que as finanças pessoais estão relacionados com a vida pessoal, e que o impacto dessas finanças atinge a saúde, a educação e vida profissional das pessoas.
No momento em que uma pessoa se depara com a segurança de suas finanças pessoais, sua preocupação ficará voltada apenas em permanecer nesse estado de equilíbrio econômico e de bem estar (CERBASI, 2012).
A tomada de decisão consciente nas finanças pessoais, gera ao indivíduo a aversão a perda, decidindo poupar ao invés de consumir e pôr em risco o seu patrimônio, correndo menores risco em se tratando de perda. O conhecimento possibilita maiores controles sobre as finanças pessoais, optando por ações que não prejudique o seu financeiro, evitando endividamento (LUCENA e MARINHO, 2013).

3.3 Comportamento do Consumidor

O ato de consumir está sujeito a vários fatores, na qual impulsionam a tomada de decisões financeiras e influenciam um comportamento na hora da compra.
“O comportamento de compra do consumidor é influenciado por diversos fatores, como os fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos” (BARBOSA et al, 2017, p. 05).
Na concepção de Giglio (2005) existem pressupostos que referem-se ao comportamento humano, esses pressupostos podem ser a racionalidade, o emocional, o social, o dialético, e os complexos.
Kotler e Armstrong (2007) destacam os fatores que mais influenciam o comportamento do consumidor, que são os culturais, sociais, pessoais e psicológicos.
Assim, os fatores culturais envolvem os valores básicos, percepções e desejos da família e dos grupos sociais que os indivíduos estão inseridos. Neste fator, está empregada a subcultura, que é direcionada a grupos de pessoas que compartilham de ideias ou princípios semelhantes. No fator cultural estão inseridas as classes sociais, que são divisões de uma sociedade com os interesses similares, como por exemplo: classes alta, classe média, classe trabalhadora e classe baixa.
Por sua vez, os fatores sociais dizem respeito aos grupos de referências que exercem influências diretas no comportamento consumidor, porém podem ou não estar inseridos dentro deste grupo, mas que influenciam no estilo de vida, nas atitudes pessoais e na autoimagem. A família também faz parte, por ser bastante influente no comportamento consumidor de cada membro da família. O último aspecto são os papéis e status, sendo ações voltadas ao desempenho individual na sociedade, direcionando a grupos com papeis e status diferentes.
Os fatores pessoais consideram as características pessoais de indivíduo, como a idade e o estágio da vida, estas características influenciam ao consumo de acordo com o padrão de vida das pessoas. Neste fator, o ciclo de vida dos indivíduos determinarão os objetivos e as finalidades das despesas realizadas. A ocupação também faz parte do fator pessoal, pois leva os indivíduos a adquirir gastos referentes à ocupação cotidiana, como trabalho, estudos ou qualquer outra forma de ocupação. A situação financeira é um fato pessoal que afetará a escolha da compra, pois as pessoas consomem conforme os recursos que possuem ou o estilo de vida que escolhem levar.
Por fim, os fatores psicológicos são as motivações dos impulsos, que podem ser biológicos ou psicológicos, mas que se tornam necessidade dependendo da intensidade dos impulsos de cada indivíduo. No fato psicológico ocorre a influência da percepção, pois as informações que são recebidas podem gerar o desejo de consumo, as percepções são a visão, audição, olfato, tato e paladar. O que ocorre neste mesmo fator é o desenvolvimento de aprendizagem, que são associados as experiências em que as pessoas já passaram, tendo assim, uma mudança de comportamento por uma série de impulsos, estímulos e sinais. E por último há crenças e atitudes que são desenvolvidas neste fator, são o conhecimento, opinião e uma posição de um indivíduo, que afeta no comportamento da compra.
Portanto, os fatores abordados acima elucidam os aspectos que poderão influenciar diretamente o comportamento consumidor, levando o indivíduo a sofrer impactos com informações e acontecimentos que afetarão ou não as tomadas de decisões, mas que determinará o comportamento no consumo.
O comportamento do consumidor afeta diretamente a vida financeira das pessoas, gastando muitas vezes mais do que seus recursos financeiramente. Martins (2004) ressalta esse tipo de comportamento:
“[...] A pessoas que tem compulsão ao consumo não são pessoas que apenas desejam coisas; elas compram por impulso, compram em exagero e, por conseguinte, compram o que não precisam com o dinheiro que não tem” (MARTINS, 2004, p.52).
A sobrevivência da população depende do consumo, entretanto, para que as pessoas não prejudiquem sua vida financeira ou seu bem-estar com gastos exorbitantes, é necessário ter a preocupação de quanto e como se deve gastar.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 

A análise e discussão dos resultados está subdividida em três tópicos específicos, o primeiro apresenta características dos participantes, como informações socioeconômicas ou demográficas que mostram os perfis diferenciados entre os dois públicos desta pesquisa, a segunda parte é constituída na análise da decisão de consumo dos entrevistados e a terceira e última refere-se as discussões das informações coletadas, enfatizando os pontos mais relevantes da educação financeira dos entrevistados.

4.1 Perfil dos Participantes

A pesquisa foi realizada sob duas perspectivas, a análise do estudo de Barbosa et al (2017), que indagou a situação financeira dos acadêmicos do curso de administração da UFAM em Parintins e a investigação da educação financeira dos participantes do Programa Jovem Aprendiz. Esse estudo, foi concretizado por meio do mesmo instrumento para fim de uma análise comparativa.
Nisso, o perfil desses sujeitos mostrado na tabela 1 aponta que a maior participação dos acadêmicos do curso de administração é do sexo feminino com 54%, e de 46% do sexo masculino, já com os alunos do ensino médio a participação do sexo feminino também está em maior evidencia com 53% e 47% do sexo masculino. Verificou-se também, que na pesquisa com os universitários 85% dos estudantes se declararam pardos, 11% brancos e apenas 2% negros, diferentemente dos jovens aprendizes, que 93% dos sujeitos se declararam pardos e apenas 7% como negros.

De acordo com os dados coletados, evidencia-se na tabela 2 (abaixo) que o maior número de acadêmicos do curso de administração está na faixa entre 20 a 30 anos de idade, englobando 58% da amostra da pesquisa. Por sua vez, a maior parte dos aprendizes entrevistados alcança 62%, com a idade de menos de 20 anos. Assim, a maior parte do público pesquisado tem menos de 30 anos de idade.
Outra informação obtida é que a maioria dos respondentes se declarou como solteira (84% dos universitários e 100% dos jovens são solteiros).

Conforme os dados, o nível de escolaridade dos universitários obtém 95% dos sujeitos em ensino superior incompleto, ou a maior parte dos sujeitos está cursando sua primeira graduação. Na escolaridade dos participantes do programa jovem aprendiz, evidencia-se que 70% dos jovens tem o ensino médio completo e 30% ainda estão cursando o ensino médio. A seguir será feita a análise sobre a renda dos participantes como mostrada na tabela 3.

Em relação a renda dos participantes, a tabela 3 mostra números bem expressivos, visto que a população universitária possui a renda bem diversificada, obtendo um porcentagem em cada uma das alternativas disponibilizadas, destacando a renda de até R$ 1.000,00 com 76% dos acadêmicos. No entanto, a renda dos jovens aprendizes manteve-se apenas em até R$ 1.000,00 com 80% dos entrevistados já que os outros 20% não responderam esta pergunta. Nota-se que os universitários lidam com um salário ou renda maior que a dos aprendizes, sendo assim, quanto mais se ganha maior a responsabilidade de saber gerenciar o seu dinheiro, para que não haja um alto endividamento.

4.2 Decisões de consumo

Na pesquisa, foi questionado aos sujeitos pontos sobre o controle de consumo, o costume e a forma de pagamentos, oportunizando identificar as responsabilidades de dividas que os sujeitos adquirem, para assim compreender como lidam com suas finanças.

A tabela 4 mostra o posicionamento dos respondentes na hora da compra, evidenciando o costume de comprar ou não por impulso. Para os universitários, os dados mostram que o maior percentual é de 81% das respostas adquiridas, com a resposta de comprar por impulso algumas vezes. No caso dos aprendizes, a resposta alternativa citada acima, também foi a mais escolhida pelos jovens, destacando 80% nesta pergunta. Observa-se que no caso das compras por impulso, houve semelhança no percentual das respostas dos dois públicos, avaliando um comportamento similar no controle de consumo.
Em relação a dívidas, foi indagado aos sujeitos da pesquisa qual o tipo de dívida ou financiamento utilizado para a obtenção de algum recurso. Os acadêmicos do curso superior, informaram que cerca de 49% utilizam uma renda familiar, 1% cheque especial, 4% financiamento bancário, 14% crediário, 5% crédito pessoal/consignado e 32% cartão de crédito. Para os aprendizes, nota-se a utilização de poucos recursos, pois 40% recorre para a renda familiar, 20% ao crediário, 7% a outro recurso não informado e 33% dos restante se absteve de responder essa pergunta.

No questionamento sobre o costume de pagamentos de compras, constatou-se uma diferença entre as respostas dos públicos, onde a alternativa mais destacada dos universitários evidenciou que 60% realizam pagamentos “as vezes a prazo, as vezes à vista, mas normalmente à vista”. Em relação aos aprendizes, a alternativa mais respondida sobre o pagamento com 47%, foi a forma pagamento sempre à vista. Notou-se que os jovens aprendizes, possuem um percentual maior nas compras à vista, evitando juros ou valores parcelados na hora de consumir.

Na abordagem sobre o a forma de pagamentos, verificou-se que não há muitas diferenças nas alternativas escolhidas sobre pagamentos, sendo que 86% dos acadêmicos do curso superior optaram por 86% pela forma de pagamento em dinheiro, 14% por cartão de crédito, 21% cartão de débito, 5% carnê da loja e apenas 1% utiliza outra forma de pagamento, diferentemente dos jovens aprendizes, que optaram apenas por duas alternativas entre as demais. Sendo assim, verifica-se que a maior parte desses jovens, cerca de 93% utilizam a forma de pagamento em dinheiro e apenas 7% no cartão de crédito, dispensando as outras formas de pagamento disponíveis.

4.3 Educação Financeira dos Participantes

Neste tópico, são apresentadas questões direcionadas ao planejamento, controle financeiro e ao grau de conhecimento sobre finanças. Diante disso, foi realizado um comparativo de dados entre ambas as partes, para obter uma visão percentual dos pontos pertinentes sobre a educação financeira dos sujeitos com escolaridade do ensino superior e com ensino médio.
Ao iniciar uma discussão sobre a educação financeira desses sujeitos, foi questionado a seguinte pergunta: Você tem responsabilidade em lidar com o dinheiro?
Para responder tal questionamento, os universitários responderam com 49% que concordam totalmente e 59% concordam parcialmente, ou seja, para os acadêmicos de administração eles possuem responsabilidade com o dinheiro. No entanto, os dados mostram que 43% dos aprendizes escolherem em concordar totalmente, 21% em concordar parcialmente e 36% optaram pela alternativa em que diz que não discordo e nem concordo sobre ter responsabilidade com dinheiro.

É importante ressaltar que, tabela 7, os dados indicam que o percentual entre os dois públicos pesquisados foi o mesmo, sendo 75% dos sujeitos de ambas partes realizam algum tipo de controle, os outros 25% não, mostrando que a escolaridade não intervém na escolha de um indivíduo em adquirir um controle mensal. A tabela seguinte apresenta os métodos de controle usados pelos públicos pesquisados.

Aos que responderam que possuem um controle mensal, analise-se os tipos de métodos que usam para gerenciar suas finanças. O método escolhido pelos universitários, teve 36% das respostas, relatando ter a organização dos gastos de acordo com o que ganha, sendo a mesma alternativa mais selecionada pelos aprendizes, com 68% das respostas obtidas. Nesta pergunta, nota-se que os acadêmicos do ensino superior teve todas as alternativas selecionadas, o que mostra que possuem maneiras diferentes ou até mesmo um controle mais técnico para o controle de seus recursos financeiros, enquanto os jovens do ensino médio optaram apenas por 3 alternativas, sendo elas as mais simples e básicas de se realizarem.
No entanto, aos que responderam que não possuem o controle mensal, foi solicitado o motivo de não usarem ou adquirirem algum recurso. O público com ensino superior teve 41% na primeira resposta, informando que guardam na memória os gastos da familiares, por isso não precisam ter controle manual. Em relação aos jovens aprendizes, houve um percentual muito próximo entre as repostas, pois houve 34% optou pela primeira resposta, já citada acima, e a segunda alternativa mais destacada com 33% fala sobre os sujeitos não precisarem de controle, pois o dinheiro paga todas as despesas mensais, sobrando uma quantia de dinheiro para usufruírem e com 33% a última alternativa aponta não haver necessidade em fazer esse tipo de controle.
Na pergunta acima, observa-se que os 33% dos jovens participantes de um programa nacional, na qual recebem um valor para seus respectivos salários, acham desnecessário um controle financeiro. Para Acquesta (2009) apud a Silva (2014) a falta de controle torna os indivíduos vulneráveis em sua administração financeira pessoal, deixando sem defesa em casos de crise, sendo assim, esse descontrole poderá transformar qualquer acontecimento em situações piores do que poderia ser.

Em relação a planejamento, conforme a tabela 9, o comparativo entre as opções mais selecionadas entre os dois públicos mostra que o planejamento dos gastos pessoais é realizado “Sempre” por 40% das duas partes. Porém, a segunda alternativa entre os sujeitos se diferencia, pois para 31% dos universitários o planejamento é feito “Raramente” e para 33% dos aprendizes é feito “Frequentemente”.
Buscou-se analisar também, como define o controle dos gastos dos entrevistados. Para os acadêmicos do ensino superior 57% dos entrevistados afirmaram que anotam todas as despesas e sabem dizer para onde está indo o seu dinheiro, já os aprendizes possuem uma estimativa de 60% nesta pergunta, não distanciando muito entre as duas respostas. No entanto, a segunda alternativa mais destacada teve 27% das respostas para os dois públicos distintos, com a resposta que já tentaram anotar as despesas, mas sempre acabam esquecendo.
É possível identificar nesta última pergunta, que mesmo os indivíduos possuindo um nível de escolaridade diferente, ainda assim, conseguem ter o mesmo percentual na definição de controle de seus gastos.

A tabela 10, é composta pela pergunta sobre o gerenciamento do dinheiro, na qual os acadêmicos de administração declaram com 13% que não se sentem nada seguro, 44% dos entrevistados não muito seguro, e o 44% dos restantes afirmaram se sentirem razoavelmente seguro quanto ao gerenciamento de seu dinheiro. Para os que possuem apenas o ensino médio, as respostas teve um percentual diferente, pois cerca de 33% não se sentem nada seguro, 20% não muito seguro e 47% razoavelmente seguro.
É importante ressaltar na pergunta acima que, entre os comparativos de dados, os jovens com ensino médio alcançou uma porcentagem maior na primeira alternativa com 33%, do que os acadêmicos do ensino superior com apenas 13%, compreendo que esses jovens possuem maior insegurança nos seus gerenciamento financeiros, mas que gostaria de possuir um nível melhor de educação financeira.
Para compreender a importância do dinheiro para os sujeitos da pesquisa, foi feita a seguinte pergunta: Depois de tomar uma decisão sobre o dinheiro, tendo a me preocupar muito com a minha decisão. Obteve-se então como resposta, que 65% dos universitários preocupasse com suas decisões financeiras e 29% não se preocupam com os seus gastos.
Na relação com os aprendizes, 40% dos entrevistam preocupasse, porém 40% não tenham esse tipo preocupação e o restante declarou que não discorda e nem concorda com tal afirmação sobre o dinheiro. Nota-se então, que a porcentagem dos jovens aprendizes sobre não ter preocupação sobre seus gastos é maior do que os universitários.

Na tabela cima, questiona-se sobre a preocupação com o futuro, sendo levado em consideração o fator financeiro desses sujeitos. Como resposta, os acadêmicos de administração apresentaram 72% que discordam totalmente, 15% discordam parcialmente e apenas 6% concordam parcialmente. Para os aprendizes, 53% discordam totalmente, 7% discordam parcialmente e 33% concordam parcialmente, 7% concordam totalmente. Nota-se que a porcentagem dos jovens aprendizes em concordar com a preocupação apenas com o presente é maior que os universitários, compreendendo que as pessoas que cursam o ensino superior preocupasse mais com seus respectivos futuros.
Ao afirmar que é mais satisfatório gastar dinheiro do que poupar, os acadêmicos do curso superior discordaram com 69% das respostas sobre este questionamento, quanto aos jovens com ensino médio, houve um percentual de53% que optaram em discordar de tal afirmação, evidenciando que as duas respostas não ficam distantes uma da outra, já que a maior parte dos dois públicos não concordam com esta afirmativa.
Outro questionamento interessante, é sobre a visão que esses indivíduos possuem quanto a sua administração financeira. Nisso, foi feita a seguinte afirmação: Eu acredito que a maneira como administro o meu dinheiro vai afetar o meu futuro. Os acadêmicos do curso superior concordaram com 79%, sendo que 14% discordaram. Para os que possuem o ensino médio, 60% concordaram com esta afirmação e apenas 27% discordaram, e o restante não discorda e nem concorda.
Portanto, para concluir tal investigação, os sujeitos posicionaram-se diante da seguinte questão: Reserva de recursos para aposentadoria. Os acadêmicos de administração, 51% ainda não se preocupam com aposentadoria, 37% tem planos para começar, 10% já possui e 2% pensam em se aposentar pelo governo. Nos dados dos aprendizes, 53% ainda não se preocupam com isso, 20% pretende ter apenas aposentadoria do governo, 7% tem planos para iniciar e 20% dos restantes se absteve nesta pergunta.
A partir desses dados, comprovou-se não haver tanta diferença na educação financeira entre escolaridades desiguais, pois o nível percentual das perguntas não foram distantes entre os públicos pesquisados, porém, notou-se que as pessoas que possuem ensino superior conseguem ter uma visão mais consciente sobre o futuro de seus recursos financeiros, a preocupação é maior e talvez a tomada de decisão também é mais precisa para realizar um planejamento mais consistente. No entanto, ambos os públicos conseguem ter controle financeiro, e consequentemente evitar transtornos de endividamento ou inadimplência.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo buscou demostrar a partir dos resultados da pesquisa, a realidade da educação financeira nos níveis de ensino médio e superior em Parintins. Verificou-se por meio dos dados que a maior parte dos participantes possuem uma renda até R$ 1.000,00 para administrar, sendo 76% dos universitários e 80% dos aprendizes, neste caso, ambos possuem um percentual equilibrado para manuseio financeiro. Em relação ao fator consumo, teve-se um resultado muito igualitário na pesquisa, pois cerca de 81% dos acadêmicos de administração afirmaram realizar compras por impulso, e 80% dos jovens aprendizes também optaram pela mesma resposta, mostrando que ao se tratar de consumo a escolaridade não influencia nas tomadas de decisões.
Nas questões relativas a finanças, pode-se perceber algumas diferenças no posicionamento dos dois públicos participantes, porém ao se tratar de controle financeiro, tanto os acadêmicos do ensino superior, quanto os que possuem o ensino médio tiveram 40% de afirmação em realizar algum planejamento dos gastos.
Entretanto, no questionamento sobre os métodos de controle mensal, houve uma porcentagem mais distante entre as respostas, pois 68% organizam seus gastos de acordo com o que se ganha e apenas 36% dos universitários realizam o mesmo método. Nesta pergunta, também foi possível identificar que os aprendizes possuem somente a utilização de controles básicos, como bloco de notas, gastos conforme o que se ganha e controle por meio de extratos. No entanto, as respostas dos acadêmicos de administração obtiveram o maior número de respostas, que mostrou a utilizam desses controles básicos e também de recursos mais técnicos, como cálculos para identificar quanto se pode gastar, controlando despesas a partir desses parâmetros e a utilização de planilhas de receitas e despesas.
Na pesquisa, a maior diferença obtida entre os públicos foi nos questionamentos sobre o futuro financeiros desses respectivos indivíduos, com a seguinte afirmação: Não me preocupo com o futuro, apenas vivo o presente. Para esta afirmativa, apenas 6% dos universitários concordaram parcialmente, no entanto, os aprendizes concordam parcialmente com cerca de 33% e 7% concordaram totalmente. É possível constatar, que uma parcela dos aprendizes ainda não se preocupam com seu futuro, sendo de certa forma algo negativo, pois o comportamento financeiro de indivíduo poderá afetar drasticamente o seu futuro, comprometendo seus recursos financeiros, bem estar social ou sua vida profissional.
Portanto, a educação financeira dos indivíduos com ensino médio e superior que foram investigados neste estudo, não apresentou diferenças significativas entre os dois grupos pesquisados, mas a realidade apresentada mostrou que ambos públicos conseguem ter noção da importância do dinheiro. Sabe-se, que a tomada de decisões de consumo ou controle podem ser motivadas por muitos fatores, que influenciam um comportamento inadequado para as finanças pessoais dos indivíduos. Para isso, é necessário haver cada vez mais investigação sobre a temática em debate, para que haja a constatação dos tipos de fatores que mais condicionam influências no comportamento das pessoas.

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*Graduanda em Administração pela UFAM-Universidade Federal do Amazonas. E-mail: alcantarafernanda63@gmail.com
** Professor do curso de Administração da UFAM-Universidade Federal do Amazonas. E-mail: cleuberpimentel@gmail.com

Recibido: 23/10/2018 Aceptado: 05/11/2018 Publicado: Noviembre de 2018

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