Silvana Aparecida de Souza*
Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE, Brasil
silvana.souza@unioeste.br
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RESUMEN
En los últimos años ha habido diversas iniciativas de implantación de la enseñanza de emprendedorismo en la educación brasileña, que se basan en el presupuesto de que éste auxiliaría en el desarrollo económico de la población involucrada. Para esta investigación, de naturaleza documental y teórica, la búsqueda ocurrió en los sitios electrónicos de la Asociación Nacional de Postgrado en Administración (Anpad) y Asociación Nacional de Postgrado en Economía (Anpec). Esta elección ocurrió por ser entidades científicas destacadas en las áreas de administración y economía en Brasil. Se examinó el contenido de trabajos científicos, publicados en revistas y anales de eventos de administración y economía de esas entidades, de 1990 a 2013, para verificar si sus conclusiones corroboran o refutan la supuesta relación positiva entre espíritu emprendedor y desarrollo económico. Los estudios encontrados demuestran que el emprendedorismo en Brasil está ampliamente relacionado al desempleo.
Palabras clave: Emprendedor-Desarrollo económico-Educación-Emprendedorismo-Educación brasileña
CRITICAL INTRODUCTION TO THE POSITIVE RELATIONSHIP BETWEEN ENTREPRENEURSHIP, ECONOMIC DEVELOPMENT AND EDUCATION IN BRAZIL
ABSTRACT
In recent years there have been several initiatives to implement the teaching of entrepreneurship in Brazilian education, which are based on the assumption that this would help the economic development of the population involved. For this research, of documentary and theoretical nature, the search took place in the electronic sites of the National Association of Postgraduate in Administration (Anpad) and National Association of Postgraduate in Economics (Anpec). The choice of these occurred because they are outstanding scientific entities in the areas of administration and economics in Brazil. The content of scientific papers, published in journals and annals of management and economy events of these entities, from 1990 to 2013, was analyzed to verify if their conclusions corroborate or refute the alleged positive relationship between entrepreneurship and development economic. On the contrary, the studies found demonstrate that entrepreneurship in Brazil is largely related to unemployment.
Keywords: entrepreneur-Economic Development-Education-brazilian education-Entrepreneurship
Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:
Silvana Aparecida de Souza (2018): "Introdução crítica à suposta relação positiva entre empreendedorismo, desenvolvimento econômico e educação no Brasil", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (octubre 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/oel/2018/10/empreendedorismo-educacao-brasil.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1810empreendedorismo-educacao-brasil
Não parece haver na literatura um conceito único para a expressão “empreendedorismo”. No entanto, há alguns pontos de aproximação entre os diferentes autores que abordam a temática. Tratando justamente dessa diversidade conceitual do empreendedorismo, Souza e Lopes Junior afirmam que os diferentes conceitos carregam “algo de comum que é o ato de empreender com a capacidade de inovar, a qual está vinculada ao conceito de empreendedorismo” (2011, p.122).
Há também de maneira geral entre os autores consultados1 o reconhecimento dos estudos intitulados Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Trata-se de uma pesquisa de escala internacional sobre a atividade empreendedora, realizada regularmente desde 1999, a partir da iniciativa conjunta entre a Babson College e a London Business School e apoio do Kaufman Center for Entrepreneurial Leadership, que tem como objetivo facilitar as comparações entre os países a respeito da atividade empreendedora, estimar o papel da atividade empreendedora no crescimento econômico, determinar as condições responsáveis pelas diferenças entre os países em relação ao nível de empreendedorismo e facilitar políticas que possam ser eficazes no incremento dos negócios. (SOUZA e LOPEZ JUNIOR, 2011).
Nesse sentido, apresenta-se a seguir um comentário acerca do conceito de empreendedorismo do GEM, que representa, portanto, de certa forma, um consenso entre vários autores consultados:
Tendo como foco principal o comportamento do indivíduo, a pesquisa GEM adota como definição de empreendedorismo: qualquer tentativa de criação de um novo negócio ou novo empreendimento, como, por exemplo, uma atividade autônoma, uma nova empresa ou a expansão de um empreendimento existente por um indivíduo, grupos de indivíduos ou por empresas já estabelecidas (IBPQ, 2009). (SOUZA; LOPES JUNIOR, 2011, p.125)
Os autores da área da administração que defendem a implantação do empreendedorismo na educação se apoiam em Schumpeter, um economista inglês cuja produção ganhou destaque na primeira metade do século XX, para afirmar que o empreendedorismo é uma atividade fomentadora de inovação, mudanças econômicas e geradora de empregos. Segundo tais autores, a criatividade impulsiona inovações, que são essenciais às mudanças socioeconômicas, sendo os empreendedores a força motriz do crescimento econômico:
Schumpeter (1942) expandiu o conceito de empreendedorismo com a introdução da noção de “destruição criativa”, na qual demonstrava que o empreendedor, ao incorporar inovações e novas tecnologias contribuía para a substituição de produtos e processos ultrapassados. Assim, o empreendedor assumia não apenas um papel central no avanço e desenvolvimento da economia e da sociedade, como protagonizava também um papel fundamental na evolução da vida empresarial e na substituição das empresas estabelecidas por novas organizações mais capazes de aproveitar as inovações (FONTENELE; SOUZA; LIMA, 2011, p. 3).
Ainda com base na concepção de Schumpeter, de que a inovação do empreendedor gera o desenvolvimento econômico, a pesquisa do GEM passa a se basear na premissa de que “o ato e o processo de empreender geram desenvolvimento econômico, o que é amplamente difundido e aceito por estudiosos do tema” (SOUZA; LOPES JUNIOR, 2011, p. 121).
Pressupondo, portanto, uma relação direta de positividade do empreendedorismo no desenvolvimento, no prefácio do relatório do GEM de 2003 consta a afirmação de que empreendedorismo é a “alavanca endógena do desenvolvimento social e econômico” (INSTITUTO BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE, 2004, p. v).
As pesquisas do GEM classificam a motivação que leva o indivíduo a empreender em duas categorias: empreendedor por oportunidade, aquele indivíduo motivado pela percepção de um nicho de mercado em potencial, e o empreendedor por necessidade, ou seja, aquele motivado pela falta de alternativa satisfatória de trabalho e renda. (GRECCO et al, 2010)
Tais pesquisas têm mostrado ainda uma diferença na natureza do empreendedorismo nos países considerados desenvolvidos e nos em desenvolvimento, que consiste no fato de que os países desenvolvidos tem menor Taxa Total Empreendedora (TEA), composta por uma proporção maior pelo empreendedorismo por oportunidade, enquanto que os países em desenvolvimento tem maior TEA, composta por uma proporção maior de empreendedorismo por necessidade:
Os diferentes relatórios publicados pela pesquisa GEM apresentam um resultado comum que são as taxas relativamente altas do TEA para os países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos e baixas taxas para os países desenvolvidos, o que caracteriza os primeiros como mais empreendedores que os segundos (SOUZA; LOPES JUNIOR, 2011, p. 127).
Considerando os indicadores de desenvolvimento, é amplamente sabido que o Brasil se enquadra na categoria de países em desenvolvimento, estando, portanto, segundo o GEM, dentre os que possuem alta TEA, conforme se pode ver a seguir:
Os resultados demonstrados no Relatório GEM-Brasil (2008) confirmaram a vocação empreendedora dos brasileiros, apresentando uma taxa de atividade empreendedora de 12,7%. No entanto, os dados demonstram que dos 7,5 milhões de brasileiros que empreendem, 41,6% fazem-no por necessidade (FIORIN; MELLO; MACHADO, 2010, p. 418).
Na continuidade os mesmos autores afirmam que:
Esse dado leva à dedução de que os indivíduos que se aventuram pela via da sobrevivência pode ser uma das causas do baixo crescimento qualitativo da economia do país, na qual não acontecem as transformações no sentido schumpeteriano, da inovação e da ruptura com o existente (FIORIN; MELLO; MACHADO, 2010, p. 418).
Há então uma contradição com o princípio schumpteriano de que o empreendedorismo é necessariamente positivo para o desenvolvimento econômico, pois com base nos próprios estudos do GEM essa relação só existe no caso dos países desenvolvidos.
Some-se a isso, o fato de que a presente pesquisa constatou que a afirmação de que a relação entre empreendedorismo e desenvolvimento econômico no Brasil seja positiva não é acompanhada de dados científicos ou elementos que sustentem tal afirmação. Pelo contrário, os estudos localizados são unânimes em demonstrar que o empreendedorismo no Brasil é caracterizado como saída para o desemprego, e, consequentemente, relacionado com pobreza e problemas sociais: “Além disso, uma maior atividade empreendedora por necessidade geralmente reflete uma situação de estagnação ou crise econômica no país, a falta de empregos ou mesmo a redução de empregos” (DEGEN, 2008, p.17).
Os autores que tratam do empreendedorismo atualmente têm defendido que a assunção da postura empreendedora deve ocorrer para o conjunto da população e não somente para os empresários ou executivos de empresas, como se propunha inicialmente pela teoria da administração (Cf. DRUCKER, 1986).
Nesse sentido, tem surgido diversas iniciativas de implantação do empreendedorismo na educação, seja como tema transversal, seja como disciplina propriamente dita, constante inicialmente do currículo de escolas de educação básica da rede particular, de cursos superiores de administração, passando progressivamente para escolas da rede pública2 .
O movimento de defesa do ensino de empreendedorismo na escola está ligado, portanto, ao argumento/pressuposto da existência de uma relação positiva entre empreendedorismo e desenvolvimento econômico. A pesquisa aqui relatada objetivou buscar a existência de sustentação científica deste pressuposto.
Para atingir o objetivo estabelecido, realizou-se pesquisa qualitativa de natureza teórica e documental, que se desenvolveu mediante a realização de busca, seguida de análise de textos científicos da área de economia e de administração, que tratam do empreendedorismo e sua relação com o desenvolvimento econômico.
Foram utilizados como fonte de dados os estudos científicos publicados nos sites da Associação Nacional de Pós-graduação em Administração (Anpad) 3 e Associação Nacional de Pós-graduação em Economia (Anpec)4 . A escolha destas ocorreu pelo fato de serem destacadamente entidades científicas de grande importância das áreas de administração e economia, respectivamente.
Utilizando a palavra empreendedorismo como chave inicial de busca e depois empreendedorismo e desenvolvimento econômico, a pesquisa teve início no site da Anpad, que publica quatro revistas cientificas, sendo elas: Revista de Administração Contemporânea (RAC); Brazilian Administration Review (BAR); Tecnologias de Administração e Contabilidade (TAC); RAC-Eletrônica; e o portal Scientific Periodicals Electronic Library (Spell)5 . A Anpad também anualmente, promove dez eventos acadêmicos, sendo eles: Encontro da Anpad (EnANPAD), Evento da Divisão de Estudos em Marketing da Anpad (EMA), Evento da Divisão Acadêmica de Estudos em Estratégia (3Es), Evento da Divisão de Estudos Organizacionais da Anpad (EnEO), Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica da Anpad, Evento das divisões acadêmicas de Políticas Públicas e Gestão Pública e Governança da Anpad (EnAPG), Evento da Divisão Acadêmica de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho (EnGPR), Encontro de Administração da Informação (EnADI), Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade (EnEPQ), Annual Meeting(AIB). Todos os trabalhos apresentados nestes eventos foram verificados utilizando a chave de busca em todas as suas edições. Seguindo a mesma metodologia, a pesquisa seguiu pelo site da Anpec, que publica apenas uma revista, intitulada Revista da Anpec, que conta com 13 edições e promove apenas um evento anual, o Encontro Nacional de Economia.
De um universo total de mais de 11 mil documentos, tanto no formato de artigos publicados nas revistas das duas entidades anteriormente mencionadas quanto os trabalhos apresentados nos diversos eventos científicos realizados pelas mesmas, ao usar a palavra empreendedorismo como chave de busca, teve-se acesso no site da Anpad a 114 artigos científicos oriundos das revistas, dos quais 11 relacionavam os temas empreendedorismo e desenvolvimento econômico. Já na categoria de trabalhos apresentados em eventos científicos realizados por esta mesma entidade, a busca com a palavra-chave empreendedorismo deu acesso a 159 trabalhos científicos apresentados e apenas 2 deles relacionavam os temas empreendedorismo e desenvolvimento econômico. Já no site da Anpec a pesquisa não deu acesso a nenhum artigo publicado na revista ou trabalho científico que tratasse do empreendedorismo. No entanto, a busca na entidade da economia se justifica pelo fato de que o tema pesquisado-empreendedorismo e desenvolvimento econômico-tem ligação evidente com a área de economia.
Há, portanto, 11 artigos publicados e 2 trabalhos apresentados pela Anpad, e nenhum pela Anpec, de 1990 a 2013, que discutem o assunto empreendedorismo associado ao desenvolvimento econômico, trazendo, cada um, as conclusões que serão tratadas a seguir.
O primeiro artigo publicado em revista científica analisado é intitulado Empreendedorismo, competitividade e crescimento econômico: evidências empíricas. Este artigo foi localizado no portal Spell e trata-se de uma análise da taxa de empreendedorismo total medida pelo GEM, avaliando quais as variáveis que possuem mais relevância na explicação do empreendedorismo em 64 países com dados transversais referentes ao ano de 2007.
A questão principal que os autores buscam analisar neste artigo é a influência dos níveis de renda per capita e de competitividade nas diferentes taxas de empreendedorismo e para isso utilizaram análise estatística multivariada composta pela regressão linear múltipla.
Dos países analisados, 27 eram Europeus, 14 Asiáticos, 4 Africanos, 9 Sul-americanos, 4 da América Central, 3 Norte-americanos, e os 3 restantes na Oceania. No que se refere à suposição de que o empreendedorismo auxilia no desenvolvimento da economia os autores afirmam:
Para os países menos ricos, a renda per capita tem relação negativa com a taxa de atividade empreendedora total, indicando que quanto menor a renda per capita de um país, maior é a propensão de pessoas em busca de oportunidades de negócios por conta própria: empreendedorismo por necessidade. Nos países mais ricos a renda per capita tem pouca influência na taxa de empreendedorismo, o que leva a supor que a atividade empreendedora tem maior associação com a inovação (empreendedores schumpeterianos) (empreendedorismo de oportunidade) (FONTENELE, 2010, p. 1109).
O segundo artigo encontrado e analisado intitula-se Empreendedorismo e desenvolvimento: uma relação em aberto e foi localizado no portal Spell. Trata-se também de um estudo dos indicadores de empreendedorismo divulgados pelo GEM, relacionando-os com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de alguns países, e classificando-os em maiores e menores taxas de empreendedorismo no mundo do ano de 2003 a 2008. O estudo traz uma tabela relacionando os países com maiores taxas de empreendedorismo no mundo, dos quais consta: Uganda, Venezuela, Argentina, Chile, Peru, Equador, Nova Zelândia, Jordânia, Jamaica, Tailândia, Colômbia, Filipinas, Indonésia, República Dominicana, Angola, Bolívia; e os países com menores taxas de empreendedorismo no mundo, onde consta Hong Kong, Itália, Japão, Croácia, França, Suécia, Bélgica, Eslovênia, Hungria, Emirados Árabes, Porto Rico, Rússia, Áustria, Dinamarca, Romênia e Alemanha (SOUZA; LOPEZ JUNIOR, 2011, p. 120).
O artigo contou ainda com dados dos relatórios do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os dados disponibilizados pelo GEM dos anos 2001, 2002, 2003 e 2004 foram correlacionados com a variável IDH e propiciaram aos pesquisadores chegarem à seguinte conclusão no que diz respeito à hipótese de que o empreendedorismo auxilia no desenvolvimento da economia:
O principal resultado deste estudo mostra que todas as correlações encontradas são negativas. Com isso, foi possível inferir que países considerados na pesquisa GEM como mais empreendedores, ocupando os primeiros lugares no ranking de empreendedorismo, portanto com alto índice TEA, são países com IDH mais baixo. Isso remete a uma reflexão sobre a relação estabelecida de empreendedorismo com desenvolvimento (SOUZA; LOPEZ JUNIOR, 2011, p. 120).
O terceiro artigo analisado é intitulado Empreendedorismo como marco solidário na esfera do desenvolvimento. Este artigo foi localizado no portal Spell e trata-se de um fórum que agrupou 10 artigos oriundos dos Anais do VI Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Egepe) e procurou compreender o papel do empreendedorismo nas ações adotadas pela sociedade civil e pelo governo em seus vários níveis de promoção do desenvolvimento. Após discussões sobre o papel do empreendedorismo, no que diz respeito ao interesse específico deste estudo, os autores afirmam apenas que:
A reestruturação produtiva provocada pela crise capitalista, além de instituir a especialização flexível com apoio das tecnologias de informação, contribui para o surgimento do fenômeno denominado “fim do emprego”, consequência do aprofundamento dos processos associados à globalização, downsizing e reengenharia, no final do século XX (RIFKIN, 2004). [...] O empreendedorismo surge, nesse cenário como mais um caminho a ser ofertado para a geração de empregos [...] (PAIVA JR; GUERRA, 2010, p. 269).
Na sequência foi analisado o artigo Empreendedorismo: uma filosofia para o desenvolvimento sustentável e redução da pobreza. Este artigo foi localizado no portal Spell e trata-se de uma reflexão do autor (que é considerado a pessoa que introduziu o ensino do empreendedorismo no Brasil por meio de uma aula que foi convidado a dar na Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 1980) dos motivos pelos quais seus objetivos de incentivar os alunos brasileiros a empreender e assim promover o desenvolvimento econômico no país, não prosperaram. Trata também dos motivos que o levaram a escrever o livro O Empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial, e sua prática efetivada após este período. Segundo o autor:
A pobreza continua sendo no Século XXI o maior desafio para o desenvolvimento econômico, a proteção do meio ambiente, a preservação dos recursos escassos da natureza, a estabilidade política, a evolução da democracia e a segurança pessoal. Se não for possível reduzir a pobreza coloca-se em risco a sustentabilidade de toda a humanidade (DEGEN, 2008, p.15).
Ao refletir sobre as razões pelas quais seus objetivos não foram alcançados no Brasil, apesar da atividade empreendedora na América Latina ser maior do que em países como os Estados Unidos da América, a explicação a que ele chega está na natureza da motivação da atividade empreendedora,
O empreendedorismo por oportunidade tem um significante maior impacto sobre o crescimento econômico de um país do que o empreendedorismo por necessidade. Geralmente, o crescimento econômico de um país de baixa renda é inversamente proporcional a sua atividade empreendedora por necessidade e o crescimento econômico de um país de alta renda é diretamente proporcional a sua atividade empreendedora por oportunidade. (DEGEN, 2008, p. 11)
E o curioso é que a proposta indicada pelo autor para solucionar a questão de ordem absolutamente material e concreta, qual seja o desemprego, que impele o empreendedorismo por necessidade no Brasil, é a mudança de currículo dos cursos de empreendedorismo:
A solução [...] é as escolas técnicas e as universidades reestruturarem os seus cursos de empreendedorismo, que não atingiram o seu objetivo de promover o crescimento econômico, e incentivar mais o empreendedorismo por oportunidade orientado para o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza e o empreendedorismo por necessidade para eliminar a pobreza extrema. (DEGEN, 2008, p. 11)
Atente-se para o fato de que, apesar do autor reconhecer que “uma maior atividade empreendedora por necessidade geralmente reflete uma situação de estagnação ou crise econômica no país, a falta de empregos ou mesmo a redução de empregos força as pessoas a empreender para sobreviver” (DEGEN, 2008, p. 17), a solução para o baixo índice de empreendedorismo no Brasil seria para ele o “incentivo” à que as escolas o desenvolvam. Ou seja, contra a estagnação econômica, o autor recomenda a reestruturação curricular dos cursos de ensino de empreendedorismo no país.
Situado no campo de uma relativa crítica ao empreendedorismo, o quinto artigo analisado é intitulado A dimensão histórica dos discursos acerca do empreendedor e do empreendedorismo, que foi localizado na revista RAC. Trata-se de um ensaio teórico sobre a apropriação da ideia de empreendedorismo no mundo no decorrer da história, mais precisamente no período clássico de formação do capitalismo, no advento do capitalismo monopolista e no capitalismo em sua atual configuração.
No que se refere a atual situação do empreendedorismo e sua grande popularidade na sociedade capitalista os autores concluem:
Como justificar e ou legitimar essa situação? Quais seriam as justificativas que, de alguma forma, sustentam as premissas capitalistas e que fazem com que os indivíduos se comprometam com elas? Assumimos neste trabalho que, sob a lógica e o controle das empresas, a ideia de empreendedorismo adquire papel primordial na sociedade: assegurar que cada indivíduo assuma, como suas, as metas de reprodução do sistema capitalista. Pode-se argumentar então que esse procedimento se desvia da busca pela emancipação humana e, ao contrário, promove formas opressivas de comportamentos individuais por meio de expectativas adequadas e formas certas de conduta, que buscam alcançar – em última análise –apenas os objetivos do capital (grifo do autor) (COSTA; BARROS; CARVALHO, 2011, p. 192).
A análise dos autores levou em consideração também o quesito inovação, tendo em vista que a ausência desta caracteriza o empreendedorismo que não impulsiona o desenvolvimento econômico, e que se traduz pelo empreendedorismo por necessidade, que apenas reproduz a situação econômica vigente.
Já o artigo intitulado O Perfil do empreendedorismo nos países Latino-Americanos na perspectiva da capacidade de inovação, localizado no portal Spell, tratou do perfil do empreendedorismo nos países latino-americanos na perspectiva da capacidade de inovação.
Os autores utilizaram as pesquisas efetivadas pelo GEM no período de 2002 a 2006 para realizar as análises comparativas entre esses países. No que se refere a suposição de que o empreendedorismo auxilia no desenvolvimento da economia os autores nada concluem. Porém, para o interesse específico do presente estudo, afirmam que:
A América Latina constitui uma das regiões mais empreendedoras, baseando-se nos resultados da Pesquisa GEM, mas em razão de suas idiossincrasias econômicas, sociais e políticas o perfil desses empreendimentos é pouco inovador. Esse aspecto é típico de regiões em desenvolvimento, que são dependentes de padrões tecnológicos dos países desenvolvidos (MEZA et al, 2008, p. 74).
O sétimo artigo publicado em revista, encontrado neste levantamento, é intitulado Empreendedorismo e inovação: análise dos índices de inovação dos empreendimentos brasileiros, com base nos relatórios do GEM de 2006, 2007 e 2008. Este artigo foi localizado no portal Spell e trata-se de um estudo que buscou analisar e descrever aspectos relacionados à inovação dos empreendimentos brasileiros.
Após as análises os autores citam que:
É possível notar que os empreendedores brasileiros, na sua maioria, não são inovadores. Essas características apresentadas na tabela [os autores referem-se a tabela que mostra os resultados obtidos em 2007 e publicados em 2008 sobre o potencial empreendedor], justificam, em parte, o fato de o Brasil estar entre as últimas posições no ranking mundial quando se trata de potencial tecnológico (FIORIN; MELLO; MACHADO, 2010 p. 419).
Capital humano, empreendedorismo e desenvolvimento: evidências empíricas nos municípios do Ceará é o título do oitavo artigo analisado e também foi localizado no portal Spell. Trata-se de estudo realizado em 2006, com base em indicadores sociais, demográficos econômicos e de infraestrutura dos 184 municípios do Ceará, com o intuito de verificar a influência do capital humano e do empreendedorismo no desenvolvimento econômico.
O artigo contou com dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e utilizou três técnicas de análise para trabalhar com os dados obtidos: análise fatorial, análise de regressão e modelo de equações estruturais.
Quanto à suposição de que o empreendedorismo auxilia no desenvolvimento da economia, as análises nos municípios do Ceará levaram os autores à seguinte conclusão:
É evidente que a variável empreendedorismo, medida pela proporção de trabalhadores por conta própria, pode não representar corretamente o dinamismo na economia local, visto que esses trabalhadores são constituídos em sua grande maioria por indivíduos de baixa produtividade e renda, que buscam uma ocupação alternativa ao desemprego, conforme Earle (2000). Porém, apesar das limitações da medida do empreendedorismo pela atividade dos trabalhadores por conta própria, os resultados do estudo confirmam conclusões obtidas em outros trabalhos: o empreendedorismo pode ser diferente, dependendo do estágio do desenvolvimento do país (AGHION; HOWITT, 2005), e o impacto do empreendedorismo sobre as taxas de crescimento econômico é negativo (BARROS; PEREIRA, 2008) (FONTENELE; MOURA; LEOCADIO, 2011, p. 203).
Como se pode notar, o empreendedorismo por necessidade prevalece em nosso país, neste caso o estudo apontou que nos municípios do Ceará o empreendedorismo se faz apenas como mais uma saída ao desemprego e não serve para explicar, e, portanto, não está relacionado com o “dinamismo da economia local”.
O nono artigo encontrado é intitulado Perfil do empreendedorismo formal de Aracati/CE. Este artigo foi localizado no portal Spell e trata-se de um estudo descritivo que traça o perfil do empreendedorismo formal da Cidade de Aracati, com base na identificação das micro e pequenas empresas que solicitaram alvará de funcioidnto no ano de 2005 naquela cidade.
Para tal foram também entrevistados os proprietários de 21 empresas do total de 39 que solicitaram alvará de funcioidnto junto a prefeitura naquele ano. Neste estudo também foram utilizados documentos de alguns órgãos oficiais sendo eles: Serviço de Apoio a Micro Empresas (Sebrae); Prefeitura Municipal de Aracati; Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Junta Comercial do Estado do Ceará (Jecec); entre outros órgãos.
No que diz respeito ao interesse deste estudo, os autores concluem:
Grande parte dos negócios gerados é baseado no empreendedorismo de necessidade, ou seja, não são baseados na identificação de oportunidade de negócios e na busca da inovação com vistas a criação de negócios diferenciados, mas no suprimento das necessidades básicas de renda daquele que empreende, para que tenha condições de subsistência, mantendo a si e a sua família (PESSOA; SOARES NETO; NASCIMENTO, 2009, p. 1).
Outro artigo analisado é intitulado Empreendedorismo e crescimento econômico: uma análise empírica. Este artigo também foi localizado no portal Spell e seus autores estudaram os efeitos da atividade empreendedora no crescimento econômico e na taxa de desemprego de 853 municípios do Estado de Minas Gerais.
Utilizando o modelo de regressão múltipla e considerando que a taxa de empreendedorismo de cada município se refere à proporção dos trabalhadores autônomos na população economicamente ativa, foi analisado o impacto desta taxa no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios.
No que diz respeito à suposição de que o empreendedorismo auxilia no desenvolvimento da economia, a análise nos 853 municípios de Minas Gerais levou à seguinte conclusão:
Os resultados revelam forte associação entre empreendedorismo e desemprego: quanto maior a atividade empreendedora do município, menor a taxa de desemprego. Mas a influência do empreendedorismo sobre o crescimento econômico local é negativa: onde havia maior atividade empreendedora em 2000, o crescimento do PIB nos três anos seguintes foi menor (BARROS; PEREIRA, 2008, p. 976).
O décimo primeiro e último artigo publicado em revista encontrado é intitulado Empreendedorismo e políticas públicas em pequenos municípios paranaenses: interpretações, participações e desdobramentos. Este artigo foi localizado no portal Spell e seus autores levantaram qual é a compreensão de empreendedorismo por gestores e participantes de processos empreendedores nos seguintes municípios do Estado do Paraná: Astorga; Colorado; Floresta; Ivatuba; Munhoz de Melo e Presidente Castelo Branco.
O estudo de caráter qualitativo teve o recorte temporal de 1995 a 2005. Utilizou como instrumento de coleta de dados entrevistas abertas com secretários municipais da indústria e comércio e lideranças de projetos ou instituições e empresários presidentes das associações comerciais dos seus respectivos municípios.
No que diz respeito à suposição de que o empreendedorismo auxilia no desenvolvimento da economia este estudo nada afirmou, porém os autores concluem:
Por fim, destaca-se que o empreendedorismo, conforme apresentaram as análises, é visto como uma alternativa de geração de emprego e renda, e de consequente melhoria da condição social do município (SILVA; MACHADO, 2008, p. 30).
Note-se que se trata tão somente da interpretação dos gestores e participantes de processos empresariais e não da constatação por meio de dados empíricos e ou analíticos e, este estudo, assim, como os cinco últimos, que trata de diferentes aspectos da realidade brasileira, reafirma que grande parte do empreendedorismo efetivado no país se enquadra na categoria de empreendedorismo por necessidade, ligado, portanto, às parcas condições de subsistência material dos que o realizam.
Partindo agora para a análise dos trabalhos apresentados nos eventos sediados pela Anpad, tem-se o primeiro trabalho científico analisado que intitula-se Empreendedorismo, crescimento econômico e competitividade dos BRICS: uma análise empírica dos dados do GEM e GCI. Apresentado no XXXV EnANPAD, trata-se de uma investigação empírica que se efetivou através de análise estatística multivariada, composta pela regressão linear multivariada, que buscou analisar a influência da renda per capita, saúde e educação primária, educação superior e treiidnto, tecnologia e sofisticação dos negócios nas diferenças da taxa de empreendedorismo total entre países componente do BRICS, que é um grupo político de cooperação econômica, cuja sigla é formada pela inicial de cada um dos países que o compõe: Brasil, Rússia, Índia, China, e África do Sul.
Após de realizadas as análises os autores concluem,
Os resultados do estudo revelaram ainda uma associação negativa entre a atividade empreendedora e os níveis de renda, visto que os cinco países analisados apresentaram nos modelos uma correlação negativa da renda per capita com a taxa de empreendedorismo [...] Por fim, os dados obtidos nos modelos apresentam uma correlação negativa entre taxa de empreendedorismo e educação superior e treiidnto, o que corrobora com outros estudos que afirmam que nestes países o empreendedorismo predominante é o tipo por necessidade, tendo em vista que, à medida que se investe em educação superior e treiidnto, a taxa de empreendedorismo tende a se reduzir nestas nações (FONTENELE; SOUZA; LIMA, 2011, p. 14).
O segundo trabalho encontrado e analisado é intitulado Empreendedorismo e crescimento econômico: evidências empíricas para o Estado de Goiás. Apresentado no EnANPAD, trata-se de um estudo que procurou investigar o papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico do Estado de Goiás, tomando as informações referentes a novas empresas registradas na junta comercial daquela unidade da federação. Os dados analisados são relativos ao número de empresa criadas em 30 municípios de Goiás no período de 10 anos e os autores chegaram à seguinte conclusão:
Os principais resultados postulam uma significância para o PIB defasado na determinação do produto per capita, todavia, a variável empreendedorismo apresenta um sinal negativo e não significativo estatisticamente (TEIXEIRA; BORGES, 2012, p. 7).
Concluída a apresentação descritiva e analítica da totalidade dos estudos científicos publicados pelas significativas entidades científicas das áreas Administração e Economia, a Anpad e a Anpec, de 1990 a 2013, pode-se agora tirar alguma consequência do amplo levantamento realizado.
Dentre os artigos analisados foram encontradas diferentes abordagens do tema empreendedorismo que vão desde a análise dos dados das pesquisas do GEM, que englobam o perfil do empreendedorismo em quatro continentes, até uma análise específica dos países emergentes que compõem o BRICS, até mesmo dos países da América Latina. Há também análises de nível nacional, especificamente sobre a inovação dos empreendimentos brasileiros, o nível de formação dos novos empreendedores, o setor de atuação dos mesmos, até a influência do empreendedorismo na economia de estados brasileiros, no caso o Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná.
Todos os artigos encontrados apontam para a mesma direção: a de que o empreendedorismo nos países em desenvolvimento tem baixa ocorrência de inovação e se caracteriza como uma saída para o desemprego, o que está em acordo com a clara diferenciação entre empreendedorismo por oportunidade e empreendedorismo por necessidade, que estão ambos ligados ao nível de desenvolvimento do país.
Deste modo, conclui-se que, ao contrário do alegado pelos autores que defendem a tese de implantação do empreendedorismo na educação, os dados levantados mostram que a suposição sustentada por Schumpeter e seus intérpretes atuais de que o empreendedorismo auxiliaria no desenvolvimento econômico da população, só se aplica no caso de países já desenvolvidos economicamente, o que não é o caso do Brasil, país caracterizado como em desenvolvimento, onde predomina o empreendedorismo por necessidade.
Dito em termos mais precisos: a análise realizada e aqui relatada permite concluir que a justificativa que ampara a defesa da introdução do ensino de empreendedorismo no Brasil é falsa, pois não se sustenta cientificamente.
BIBLIOGRAFIA
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