Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352


COMPARATIVO DE DUAS SAFRAS NO AGRONEGÓCIO DE SÃO LUIZ GONZAGA – RS- BRASIL

Autores e infomación del artículo

Roberto Carlos Dalongaro*

Mateus Garcia de Oliveira**

Daniel Knebel Baggio***

Universidade Regional Integrada – URI – Brasil

robertocarlosad@hotmail.com

Archivo completo en PDF


RESUMEN
Se abordó en el presente trabajo de investigación, la gestión de stock y ventas en la empresa SB RUBENICH, donde fue identificado el comportamiento de las compras y ventas de la empresa en las dos últimas cosechas, desde la gestión, control e identificación correcta de los ítems hasta el levantamiento del costo total y medio de los ítems en stock, con el auxilio de tablas también fue posible mostrar la evolución de las ventas comparando de una cosecha a otra. Se obtuvo resultados en donde se verificó el aumento de las ventas de los productos que representan mayor retorno financiero a la empresa. Hubo la colaboración de todos los miembros involucrados en este proceso, empleados de la empresa auxiliando en el suministro de datos. El mercado agrícola se encuentra muy competitivo en los días actuales, entonces, la empresa que desea mantenerse en esta rama de negocios necesita estar altamente preparada para atender las exigencias y mantenerse competitivo. Tener el control de su stock es fundamental para cualquier empresa, pues allí está su renta. La metodología utilizada en el estudio fue predominantemente de abordaje cuantitativo, y los datos levantados se basaron en los documentos contables de la empresa, caracterizando así una investigación documental.

Palabras clave: Gestión de stocks. Logística. Comercialización de Productos.

ABSTRACT

The present research was the management of inventory and sales at SB RUBENICH, where it was identified the behavior of the company's purchases and sales in the last two harvests, from the management, control and correct identification of the items until the cost survey total and average of the items in stock, with the aid of tables it was also possible to show the evolution of sales comparing from one harvest to another. Results were obtained where it was verified the increase in sales of the products that represent greater financial return to the company. There was the collaboration of all the members involved in this process, employees of the company assisting in providing data. The agricultural market is very competitive today, so the company that wants to stay in this business must be highly prepared to meet the requirements and remain competitive. Having control of your inventory is critical for any company, because there is your income. The methodology used in the study was predominantly a quantitative approach, and the data collected were based on the company's accounting documents, characterizing a documentary research.

Key-words: Inventory Management. Logistics. Marketing of Products.  

Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Roberto Carlos Dalongaro, Mateus Garcia de Oliveira y Daniel Knebel Baggio (2018): "Comparativo de duas safras no agronegócio de São Luiz Gonzaga –RS- Brasil", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (julio 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/oel/2018/07/safras-agronegocio-brasil.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1807safras-agronegocio-brasil


1 INTRODUÇÃO

No respectivo contexto do presente trabalho, se desenvolve uma pesquisa teórico e prática, focada na gestão de estoques e vendas na empresa SB RUBENICH. A gestão de estoques está relacionada as disciplinas de Administração de materiais e logística, ambas disciplinas são extremamente importantes para a construção do conhecimento gerenciais e operacionais dentro da logística interna e externa.
A delimitação do estudo se detém na armazenagem e gestão dos estoques, o presente trabalho apresenta a conceituação teórica de armazenagem, suas características, a sua importância. Já na temática relacionada a gestão dos estoques, é apresentado a importância dos estoques, os níveis de estoques pertinente a atividade empresarial e suas demandas, agregando teorias sobre o giro dos estoques, constructos estes que embasarão o trabalho para a pesquisa de campo, como também o tratamento dos dados coletados na empresa pesquisada.   
A problemática de estudo está baseada no contexto da temática proposta na respectiva pesquisa, que está relacionado com a armazenagem e gestão de estoques de uma empresa do setor agrícola. O presente estudo levanta o seguinte questionamento:
Quais foram os itens de maior representatividade para a empresa SB RUBENICH & CIA Ltda nas safras 15/16 e 16/17? Quais foram os custo médios dos itens em estoques da empresa SB RUBENICH & CIA Ltda nas safras 15/16 e 16/17?
Os Objetivos estão centrados em analisar o comportamento das compras e vendas da empresa SB RUBENICH & CIA Ltda nas safras 15/16 e 16/17.
A gestão dos estoques vem sendo definida como um importante instrumento para redução de custos nas empresas. Assim como, a armazenagem contribui para o ajuste interno do processo logístico.
A relevância do conhecimento teórico relacionado a logística interna de armazenagem e gestão dos estoques, faz jus a escolha do tema, pois, as referidas teorias contribuem significativamente para a construção dos conhecimentos que embasam a pesquisa de campo, assim como, a pesquisa é fundamental para identificar o comportamento dos estoques, ela também contribui para a gestão dos mesmos dentro da empresa estudada.

2 REVISÃO TEÓRICA

2.1 Alguns aspectos conceituais da logística

Para Porter (1989), a logística faz parte das atividades principais da cadeia de valor da empresa. É por meio da cadeia de valor que as organizações constroem sua vantagem competitiva, ou seja, agregam maior valor para o cliente. Ballou (2006) destaca a grande importância da logística para o mercado, assegurando que a logística é a essência do comércio e contribui indubitavelmente para a melhoria do padrão econômico de vida.
Existem várias definições para logística. Dornier et al. (2000, p. 29) apresenta uma definição bastante ampla: “a gestão de fluxos entre marketing e produção”. Ainda de acordo com os autores, essa definição atual engloba maior quantidade de fluxos do que no passado. Antes, incluía-se apenas a entrada de matérias- -primas ou o fluxo de produtos acabados. Hoje, considera-se o fluxo de matérias-primas, produtos semiacabados, ferramentas ou máquinas, produtos acabados, equipamentos de suporte de vendas, entre outros.
Outra definição é apresentada por Christopher (2009). Para o autor, a logística é responsável por gerenciar estrategicamente a aquisição, o transporte e a armazenagem de matérias-primas, componentes e produtos acabados, além dos fluxos de informação relacionados.
Alves (2001) considera que a logística é responsável pela movimentação geral dos produtos, que se dá pelas três áreas: suprimento, apoio à produção e distribuição física, enfrentando os problemas decorrentes da distância que separa clientes e fornecedores.
É fundamental que haja a integração dessas partes da empresa para que a logística possa alcançar a sua missão, que é, segundo Ballou (2006), colocar o produto certo no lugar certo, na hora certa e nas condições desejadas. Ou seja, a logística deve reduzir o hiato que existe entre a produção e a demanda (DALMÁS, 2008).
Do ponto de vista da logística, as atividades a serem gerenciadas estão divididas em atividades-chave e atividades de suporte. Essas atividades são separadas devido ao fato de que algumas delas irão ocorrer em todos os canais logísticos, enquanto que outras acontecerão conforme as circunstâncias (BALLOU, 2006).
Dentre as atividades-chave estão: transporte, gerência de estoques, processamento de pedidos e os serviços ao cliente. Essas atividades são responsáveis por maior parte dos custos logísticos, além de serem essenciais para o alcance da missão da logística. Alves (2001) chama essas atividades de atividades básicas, porém considera apenas as atividades de transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos. 

2.2 A gestão de armazenagem

A armazenagem é uma das atividades mais antigas e importantes da humanidade. Mas somente há algumas décadas esta função passou a ter papel preponderante nas empresas, que juntamente com o desenvolvimento da logística é usada como estratégia para atingir uma vantagem competitiva no mercado.
A armazenagem é a guarda temporária de produtos para posterior distribuição. Os estoques são necessários para o equilíbrio entre a demanda e a oferta. No entanto, as empresas visam manter níveis de estoques baixos, pois estes geram custos elevados: custos de pedir, custos administrativos associados ao processo de aquisição das mercadorias, custos de manutenção, referentes a instalações, mão-de-obra e equipamentos, custo de oportunidade, associado ao emprego do capital em estoque (HONG, 1999).
Por definição de Moura (1997), “armazenagem é a atividade de estocagem ordenada e a distribuição de produtos nos seus locais de fabricação ou nos locais destinados a esse fim pelos produtores, ou por meio de um processo de distribuição”.
Com a evolução dos negócios e da tecnologia que resultou na considerável melhora da qualidade dos bens e serviços, aumentaram também as razões para a estocagem e armazenagem de produtos, dentre as quais quatro são citadas por Ballou (2004): “redução de custos de transportes e de produção; coordenação da oferta-demanda; auxílio no processo de produção; ajuda no processo de marketing”.
A armazenagem passa por profundas mudanças que se refletem na adoção de novos sistemas de informação aplicados à gestão de armazenagem, em sistemas automáticos de movimentação e separação de produtos, até na revisão do conceito do armazém como uma instalação com a principal finalidade de estocar produtos (FLEURY 2000).
Analisando conjuntamente a necessidade de altos níveis de serviço logístico a um custo adequado e a redução de desperdícios, a armazenagem se destaca devido ao aumento da variedade de produtos, lotes menores com entregas mais freqüentes, menores tempos de atendimento e menor tolerância a erros de separação de pedidos (FLEURY et al., 2000).
A armazenagem é uma das áreas mais tradicionais de suporte ao processo logístico, que segundo Pozo (2002), são as que dão apoio ao desempenho das atividades primárias propiciando às empresas sucesso, mantendo e conquistando clientes com pleno atendimento do mercado e com remuneração satisfatória para o acionista. Envolve a administração dos espaços necessários para manter os materiais estocados que podem ser na própria fábrica, como também em locais externos (centros de distribuição). Essa atividade envolve localização, dimensionamento, arranjo físico, equipamentos e pessoal especializado, recuperação de estoque, projeto de docas ou baías de atracação, embalagens, manuseio, necessidade de recursos financeiros e humanos, entre outros.
A armazenagem tem passado por profundas transformações nos últimos anos. Essas mudanças se refletem na adoção de novos sistemas de informação aplicados à gestão da armazenagem, em sistemas automáticos de movimentação e separação de produtos e até mesmo na revisão do conceito do armazém como uma instalação com a principal finalidade de estocar produtos (FLEURY et al., 2000).
As estratégias no processo de armazenagem mais utilizadas, a fim de atingir os objetivos logísticos, segundo Rago (2002), são: verticalização e gestão dos estoques, automatização e automação na armazenagem e endereçamento móvel.
Sistemas de informação mais modernos e completos sob o ponto de vista do controle de estoque e gestão de armazenagem são discutidos por Spekman e Sweeney (2006), que avaliam os custos da implantação de sistemas de armazenagem.
Ainda segundo os respectivos autores, a busca para a melhoria do nível de serviço junto à logística continua sendo um dos grandes desafios gerenciais, ao qual a gestão de armazenagem é um fator preponderante na geração de custos e níveis de eficácia dos objetivos que se deseja alcançar junto aos clientes. Embora a tendência atual, just in time, provoque uma redução nos armazéns, este ainda se mostra de suma importância nas atividades da indústria e comércio por ser a base do fluxo de negócios, ao qual influenciam diretamente na rentabilidade da empresa.

2.3 As atividades no processo de armazenagem

As atividades envolvidas no processo de armazenagem são: recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos e inventários, que, agindo de forma integrada, atendem às necessidades logísticas, evitando falhas e maximizando os recursos, afirmam (GUARNIERI ET AL, 2006).
Para Guarnieri et al (2006), a atividade de picking, é responsável pela coleta do mix correto de produtos, em suas quantidades corretas na área de armazenagem - é uma atividade crítica no processo devido à necessidade de um trabalho manual e movimentação de materiais intensiva e pela redução do tempo de ciclo.
Segundo o autor, no sistema de picking é traçada uma estratégia para a coleta e separação de produtos de modo a atender as exigências de produtividade e flexibilidade do sistema. O objetivo do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões (comprimento, largura e altura), de maneira eficaz. As instalações do armazém devem propiciar a movimentação ágil de suprimentos desde o recebimento até a expedição. 
A movimentação para Lambert et al. (1998), trata de todos os aspectos do manuseio ou fluxo de matérias-primas, estoques de produtos dentro de uma fábrica ou armazém. A movimentação de materiais procura atingir os seguintes objetivos: eliminar o manuseio onde possível; minimizar distâncias e estoque de produtos em processo; proporcionar um fluxo uniforme, livre de gargalos; e minimizar perdas com refugo, quebra, desperdício e desvio.
Moura (1997) menciona que a maior parte do trabalho executado num armazém consiste na movimentação de materiais. É nessa área que as soluções para os problemas devem ser buscadas. O modo pelo qual os materiais são localizados, estocados e movimentados, tem uma influência decisiva sobre como é efetivamente utilizado o espaço. A integração entre equipamentos de movimentação, estruturas de estocagem, espaço físico e produtos, é necessária na caracterização do sistema de armazenagem.
Ainda segundo Moura (1997), os conjuntos de estantes, estruturas do tipo cantilever, porta-paletes etc, são denominados módulos de estocagem. Eles podem ser classificados em rígidos e dinâmicos. A decisão sobre utilização destes módulos dependerá das características do produto que está sendo armazenado.
Para Moura (1997), a maneira pela qual os materiais são localizados e estocados tem uma grande influência sobre como são efetivamente utilizados os espaços.

2.4 Aspectos globais da logística de armazenagem

Segundo Pozo (2004), a abordagem logística tem como função examinar de que modo a administração de uma organização pode otimizar seus recursos de suprimento, estoques e distribuição dos produtos e serviços por meio de planejamento, organização e controle efetivo de suas atividades correlatas flexibilizando o fluxo de produtos.
Entretanto para Guarnieri (2006), para que se obtenha sucesso no processo logístico é muito importante ter um sistema de informações que possa atender e dar suporte a todos os processos que compõem sua estrutura. A administração de materiais, o planejamento de produção, o suprimento e a distribuição física devem assim integrar-se para remodelar o gerenciamento dos recursos fundamentais.
Dentro do processo logístico a armazenagem é considerada uma das atividades de apoio que dão suporte ao desempenho das atividades primarias, para que a empresa possa alcançar o sucesso, mantendo-se e conquistando clientes com pleno atendimento de mercado e satisfação total do acionista em receber seu lucro. (POZO 2004)
A armazenagem é tida como uma importante função para atender com efetividade a gestão da cadeia de suprimentos. Sua importância reside no fato de ser um sistema de abastecimento em relação ao fluxo logístico que serve de base para sua uniformidade e continuidade assegurando um adequado nível de serviço e agregando valor ao produto (BARNEY ET Al., 2011).
Bertáglia (2003), afirma que a busca para a melhoria do nível de serviço junto a logística continua sendo um dos grandes desafios gerenciais, ao qual a gestão de armazenamento é um fator preponderante na geração de custos e níveis de eficiência e eficácia dos objetivos que se deseja alcançar junto aos clientes.

2.5 O gerenciamento dos estoques

As organizações devem trabalhar com produtos que maximizem seus lucros, reduzam os custos e satisfaçam os clientes, além de estarem atentas ao condicionamento e à demanda de mercado, que influenciam no processo de administração de materiais e controle de estoque. Enganam-se as empresas que acham que os estoques remuneram e geram dinheiro ao longo prazo. Com a mudança de comportamento e de mercado constantes, o ideal seria que as organizações implementem sistemas e ferramentas de controle de estoque eficazes, para minimizar os estoques, assim, automaticamente minimizar os custos e aumentar os lucros organizacionais. (MEDEIROS, 2007).
Questões relacionadas ao controle de estoques, e sua influência para alcançar os objetivos, dentro das organizações são amplas. Com tudo, a Administração de Materiais bem aparelhada, é sem dúvida, uma ferramenta de gestão muito importante a ser analisada, pois oferece condições fundamentais ao equilíbrio financeiro e econômico de uma organização, além de “tratar adequadamente do abastecimento, do planejamento e do reaproveitamento de materiais” e contribuir para a melhoria dos resultados de qualquer empresa (FRANCISCHINI; GURGEL, 2002).
Uma das mais importantes funções da administração de materiais está relacionada com o controle de estoques (POZO, 2002). Sem estoques, nenhuma organização consegue trabalhar. Contudo, deve-se otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido em estoque, implementar um sistema de controle eficaz e assim obter vantagem competitiva em relação aos concorrentes (DIAS, 2009).

2.6 A importância dos estoques

Para Slack et. al. (2002), os estoques são elementos fundamentais na administração de empresas, visto que é quase impossível prever quais são exatamente as necessidades dos consumidores, e é por essa razão que existem os estoques. Slack et. al. (2002, p.381) define estoque como “a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformações”. Para Francischini e Gurgel (2002, p.81) define-se estoque como "quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo".
Estoques são materiais, mercadorias, suprimentos, matérias-primas, produtos acabados ou semiacabados que estão acumulados, e demais suprimentos que uma empresa mantém para vender aos clientes, ou fornecer insumos para seu processo de produção (BALLOU, 2007), e são muito importantes para as organizações, pois permitem disponibilidade de mercadorias sempre que forem requisitadas, além de protegê-las quanto a possíveis altas nos preços, incertezas de demanda, na entrega e eventuais fatores que provoquem perda de clientes (SLACK ET. AL., 2002).
Na visão de Dias (2009, p.7) o objetivo do estoque é “otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente de meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido em estoques”. Nessa mesma linha de pensamento, Ballou (2007) complementa ainda estoques tem como objetivos primários garantir a disponibilidade de produtos com qualidade e no tempo certo, a fim de minimizar as incertezas do processo logístico, de produção e da administração de materiais.
É interessante ressaltar que “o estoque é o acumulo de recursos transformados em materiais, informação, dinheiro e, às vezes em clientes” (SLACK et. al., 2008, p.299). Moreira (2004) concordando com essas definições corrobora em seus estudos ao dizer que estoques são bens físicos conservados por algum intervalo de tempo dentro da organização, e que podem reduzir custos de produção e regular o ritmo entre processos. Para Slack (2008) “os estoques proporcionam estabilidade aos níveis de produto, o que possibilita que a produção ocorra em larga escala, reduzindo os custos unitários de produção, além de ocasionar descontos nas compras e nos transportes”.
Em contrapartida, Medeiros (2007, p.12) afirma que “quando o nível de estoques é alto em relação ao faturamento total, e a empresa conta com uma quantidade considerável de produtos com baixa demanda, tem um acúmulo de capital sem giro”. O mesmo autor (2007) enfatiza ainda que algumas empresas erram quando persistem em acreditar que estoques geram lucros a longo prazo, e que a maioria são acumuladores de dinheiro sem giro.
Vasconcelos (2011) salienta ainda nessa mesma linha de pensamento que muitas empresas não conseguem gerenciar seus estoques e recursos parados, e muitas vezes acabam perdendo lucros e até mesmo falindo, quando buscam reduzir seus estoques a zero. Para Ballou (2007, p.204) “o ideal seria uma perfeita sincronização entre oferta e demanda, de maneira a tornar a manutenção dos estoques necessários”. Com isso, surge a necessidade de uma boa administração e gestão de estoques, a fim de proporcionar soluções e melhorias, visando o aumento de lucro e obtenção dos objetivos organizacionais.

2.7 A gestão e o controle dos estoques

O gerenciamento de estoques é muito importante para as organizações, pois todas devem ter um almoxarifado para controlar os seus pertences, e poder administrar tudo que entra e sai. Visto isso, o gerenciamento de estoque surgiu com o objetivo de suprir as necessidades das empresas em controlar tudo o que acontecia com seus materiais desde a entrada na organização até a entrega para o consumidor final (MARTINS; ALT, 2009).
De acordo com Pozo (2002), a gestão de estoques tem, além da preocupação com quantidades, a busca constante da redução dos valores monetários de seus estoques, atuando para mantê-los os mais baixos e dentro de níveis de segurança, tanto financeiro, quanto aos volumes para atender à demanda. Para o referido autor, “a gestão correta de estoques proporciona à organização maior agilidade no momento da produção e também nos casos de produtos finais, que o cliente sai satisfeito e que a empresa não perde a venda por falta de produto”.
Para que haja um equilíbrio sobre as questões de estoques na organização, deve-se administrar corretamente os estoques. O objetivo da Administração de estoques é maximizar o efeito feedback das vendas e ajustar o planejamento da produção (Dias, 2009). Concordando com Dias (2009), Bernardi (2008, p.211) afirma que “administrar estoque significa decidir os níveis de estoques que podem ser mantidos economicamente, de modo que a empresa consiga o melhor retorno de seus investimentos, isso implica programa de compras, consumo, vendas e níveis de estoque”. Corrêa e Dias (2008, p.24) complementam ainda que:
A administração de estoques determina as quantidades e os prazos para cada item a ser pedido, tanto para produção como para compra, a fim de atender as necessidades do planejamento mestre, tem por objetivo atingir um nível de ocupação adequado a minimizar o estoque em processo e os prazos de produção.
Conforme Pozo (2002, p. 33) A administração de estoques ainda “procura manter um volume de materiais e produtos em estoques para atender à demanda de mercado bem como suas variações, servindo o estoque como um pulmão”. Controlar as disponibilidades e necessidades do processo de produção, envolvendo almoxarifado, auxiliares, matéria-prima, intermediários e produtos acabados com objetivo de não deixar faltar material no processo de produção, nem materiais e produtos acabados na hora da venda, é a função primordial da administração de estoques (POZO, 2002).
Dias (2009) complementa que a preocupação da administração de estoques vai mais além do que apenas o fluxo diário entre vendas e compras, mas há grande interesse e observação com a relação lógica entre cada integrante desse fluxo, trazendo mudanças na forma tradicional de como são definidos os estoques, pois se trata de um novo sistema de organização.
Bertáglia (2003) conclui então que toda organização deve manter e definir uma estratégia adequada para administrar o estoque, pois uma estratégia bem aplicada e bem gerida pode minimizar custos e garantir um desempenho apropriado dos diferentes processos conciliado a demanda de produtos.

2.8 O controle dos estoques

O Controle de estoque surgiu para suprir uma necessidade das organizações de controlar melhor seu material. A função do controle de estoques é saber quanto material manter em cada almoxarifado, ela nada mais é que um fluxo de informações (oral, visual ou determinado) que determinam comparar o resultado real de acordo com o que foi planejado (FRANCISCHINI; GURGEL, 2002).
O controle de estoques “permite ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados [...] bem manuseados e bem controlados” (MARTINS; ALT, 2009, p.198) além de ajudar a identificar o quanto de material e suprimentos a empresa ainda tem disponível, o que falta, quais matérias tem maior saída, qual o giro e a rotação de estoques, entre outros (FRANCISCHINI; GURGEL, 2002).
O controle de estoques é uma questão de balancear os custos de manutenção de estoques, de aquisição e de faltas. Estes custos têm comportamentos conflitantes. Por exemplo, quanto maiores as quantidades estocadas, maiores serão os custos de manutenção. Será necessária menor quantidade de pedidos, com lotes maiores, para manter os níveis de inventário. Lotes maiores implicam custos menores de aquisição e de faltas (CHING, 2010).
O controle de estoques na visão de Pozo (2002) refere-se à razão pela qual são tomadas as decisões acerca das quantidades de matérias a serem mantidos em estoques, levando em conta os parâmetros econômicos associados aos custos de se manter um estoque. O controle de estoques “supervisiona a organização dos estoques, assegurando uma boa utilização do espaço, fácil acesso aos materiais estocados e informação correta das quantidades disponíveis” (CORRÊA; DIAS, 2008, p.26).
Pozo (2002) afirma que o controle de estoque “é um procedimento adotado para registrar, fiscalizar e gerir a entrada e saída de mercadorias e produtos seja numa indústria ou no comércio, sendo utilizado tanto para matéria-prima como mercadorias produzidas ou vendidas”, além de organizar o posicionamento destes materiais no almoxarifado (VASCONCELOS, 2011).
Entretanto, o trabalho dos gestores e controladores de estoques não é tão simples assim (VASCONCELOS, 2011), eles devem apontar quais dos itens do estoque requerem maior atenção, “levando em consideração sua importância para o processo produtivo, volumes mantidos e valores de cada item estocado” (SLACK, CHAMBERS; JOHNSTON, 2002 apud VASCONCELOS, 2011, p.17).
Costa (2002) e seus estudos apresentam alguns pontos em que os gestores de estoques devem estar atentos: Qual valor do estoque atual da empresa? Quantas unidades de cada produto existem em estoque? Quais são os materiais de maior valor no estoque? Quais matérias tem maior saída? Qual a rotação do estoque? Que materiais devem ser eliminados do estoque? Que estratégias de gerenciamento devem ser adotadas para o controle de estoque? Qual o melhor momento para comprar?
De acordo com Dias (2009, p.13) para se organizar um setor de controle de estoque da melhor forma deve-se descrever suas funções que são:
determinar “o que” deve permanecer em estoque; “quando” se deve reabastecer os estoques período; “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado; acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoque; receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; controlar os estoques em termos de quantidades e valor e fornecer informações sobre a posição do estoque; manter inventários periódicos para avaliações das quantidades e estocados; e identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados (DIAS, 2009).
Os estoques se bem controlados, podem oferecer várias vantagens às organizações como melhor aproveitamento de capital para investimento, redução de custos de armazenagem, redução de prejuízos decorrentes de falta de material, redução de custos de estoque por diminuição de número de itens em estoque, redução dos riscos de perdas por deterioração ou obsoletismo, protegem alterações inesperadas na demanda, antecipa-se a incertezas, melhoria na qualidade dos processos organizacionais, entre muitos mais (DIAS 2009).
Ballou (2007) concorda e complementa ainda que uma boa gestão de controle de estoques melhora a economia de escala nas compras, protegem contra aumento de preços e contingencias, melhoram os serviços de atendimento ao consumidor, e servem como amortecedores entre a demanda e o suprimento.
Outras vantagens muito importantes geridas através de uma ótima gestão de controle de estoques na visão de Costa (2002) são: a) reduzir e anular perdas ou roubos de matérias; b) permitir o conhecimento prévio da quantidade de matérias que será necessária para atender a demanda no futuro; c) evitar compras desnecessárias; d) repor os materiais no momento certo; e) traçar estratégias de compras e vendas eficientes; f) reduzir o capital de giro da empresa; g) promover aumento na rotação dos estoques; h) proporcionar maior competitividade para a empresa.

2.9 Custos de aquisição dos estoques

Francischini e Gurgel (2002, p.162) apontam que o custo de aquisição “é o valor pago pela empresa compradora pelo material adquirido”. Esse custo não é responsabilidade direta do administrador de materiais, mas pode implicar diretamente no valor do material em estoque, e com isso a área de compras tem que buscar minimizar o preço pago por cada unidade adquirida (FRANCISCHINI; GURGEL, 2002).
O custo do processamento de pedidos representa os valores envolvidos no processo de aquisição de mercadoria, com isso, Ching (2007, p.29 apud SANTOS, 2013) define custo de aquisição como:
Um custo fixo administrativo associado ao processo de aquisição das quantidades requeridas para reposição dos estoques (custo do preenchimento do pedido de compra; processamento de serviço burocrático, custos na contabilidade, custos no almoxarifado, em receber os pedidos, custos em verificar a quantidade física em comparação com a nota, etc).

2.10 Custos de pedido dos estoques

Slack et. al. (2008) afirma que cada vez que um pedido é emitido através de comprar, existem alguns custos que influenciam esse processo na empresa. Pozo (2002, p.37) complementando a visão de Slack et al (2008) corrobora ao dizer “cada vez que uma requisição ou pedido é emitido, incorrem custos fixos e variáveis referentes a esse processo”.
O custo de pedido de acordo com Francischini e Gurgel (2002) refere-se ao valor gasto por uma empresa quando solicita ao fornecedor um determinado lote de compra que será entregue na empresa compradora.
As despesas que compõe o custo total dos pedidos podem ser segundo Pozo (2002, p.36): “a) Mão-de-obra (para emissão e processamento); b) Material (utilizado na confecção do pedido como formulários envelopes); c) Custos indiretos (despesas ligadas diretamente com o pedido como telefone, energia, etc”.

3 METODOLOGIA

3.1 Tipologia da pesquisa quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos a pesquisa foi exploratória, na concepção de Gil (2002), estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem um levantamento bibliográfico.
No caso da pesquisa em pauta, ela leva um caráter exploratório por conter conceitos relacionados a teoria dos custos de armazenagem, as suas características, e por explorar os dados quantitativos que que tangem elucidar a problemática proposta.
O objetivo de pesquisa explicativo se conecta com a pesquisa desenvolvida, pelo fato de, com base nos dados levantados nos registros da empresa, ela explicou os custos médios dos estoques, revelando também o total em estoque no final da última safra, levou em consideração as unidades vendidas e o valor dos estoques, como também os custos dos principais itens estocados, oriundos da atividade desenvolvida pela empresa SB RUBENICH. 

3.2 Tipologia da pesquisa quanto aos procedimentos

Neste trabalho foi realizado o desenvolvimento da pesquisa documental, na pesquisa documental, as fontes são muito mais diversificadas e dispersas. Há, de um lado, os documentos "de primeira mão", que não receberam nenhum tratamento analítico.
De outro lado, há os documentos de segunda mão, que de alguma forma já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas etc.
No caso da pesquisa realizada, a base documental foi encontrada nos documentos contábeis da empresa SB RUBENICH.   
A pesquisa documental, segundo Gil (2002), assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa.

3.3 Tipologia de pesquisa quanto abordagem

A pesquisa foi predominantemente quantitativa, pelo fato de apresentar números absolutos e em percentuais relacionados aos custos dos estoques e as vendas de produtos levantados na empresa SB RUBENICH nas duas últimas safras.
Segundo Roesch (2015), a pesquisa quantitativa é apropriada para avaliar mudanças em organizações. Quando se trata de programas abrangentes, com resultados do trabalho, sistema participativo, que acompanha a evolução dos acontecimentos de forma continua. Também explora dados numéricos, relacionados a percentuais e números absolutos que mostram a realidade do cenário pesquisado.
A pesquisa também abordara aspectos qualitativos, em função da necessidade de se embasar teoricamente os conceitos relacionados a logística, a armazenagem, aos custos de estoques, a logística integrada, aos transportes, etc, entre outros constructos teóricos relevantes para o desenvolvimento conceitual do presente trabalho de pesquisa.
Argumenta-se que a pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e análise de dados são apropriados para a fase exploratória da pesquisa. A pesquisa qualitativa também é apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou plano, e também quando se trata de relatar uma evolução histórica de determinado tema e construir considerações críticas sobre o seu aspecto evolutivo (ROESCH, 2015).

3.4 Coleta analise e interpretação dos dados

O estudo foi desenvolvido através de uma análise de compra de produtos, como também as vendas de produtos nas duas últimas safras na empresa SB RUBENICH em São Luiz Gonzaga RS, no período que considerou as safras de 2015/2016 e 2016/2017.
A pesquisa foi embasada em dados fornecidos pela empresa pesquisada, apresentados os dados relacionados a movimentação dos estoques na empresa SB RUBENICH.
Segundo Roesch (2015, p.128), “o tipo de dado coletado delimita as possibilidades de analise”. Nessa fase o pesquisador fará a descrição e análise dos resultados da pesquisa.
Para Gil (2002, p.141), “entre os vários itens de natureza metodológica aquele que apresentar maior carência de sistematização terá a analise e interpretação dos dados”.
As analises foram realizadas a partir dos dados levantados na empresa pesquisada, estas analises elucidaram a problemática proposta, como também contemplar os objetivos de pesquisa estabelecidos.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nessa análise estão os resultados da movimentação dos estoques com as compras e vendas das duas últimas safras da empresa pesquisa, relacionados aos eventos de compras e vendas de produtos respectivos as safras de 2015/2016 e 2016/2017.

4.1 Análises referente a safra 15/16

Segundo a tabela 1 o total de itens comprados na safra 2015/2016 foi de 45 itens, alcançando um total de 92.203 unidades compradas. Essas unidades são medidas em LT (litros), PCT (Pacotes), KG (Kilogramas), SC (Sacas). Já o valor total das compras na safra de 15/16 chegou a R$ 8.549.385,76.
Em negrito estão os produtos que se destacaram em termos da representatividade de valor de compra nesta respectiva safra, aparecendo como líder o item 43128- ELATUS 10x1, que com a compra de 5.000 unidades alcançou o valor total de R$ 2.378.183,00.
O custo médio total das 92.203 unidades compradas foi de R$ 92,72

Conforme mostra a tabela 2, o total dos 10 itens mais comprados na safra 2015/2016 alcançou 45.895 unidades compradas, o equivalente a 49,77% do total de unidades compradas na respectiva safra.
Já em valores financeiros, os 10 itens mais comprados acumularam R$ 6.895.038,25, o equivalente a 80,64% do valor total das compras da respectiva safra.
Por sua vez o custo médio total dos 10 itens mais comprados na safra 2015/2016 foi de R$ 150,23. Tendo como itens de maior representatividade no custo médio do estoque o - 43111-ELATUS 4x5 KG, com o custo médio unitário de R$ 490,28, o - 43128- ELATUS 10x1 com o custo médio unitário de R$ 475,63, e o 19162 – CRUISER 350 FS 4X5 LT, com o custo médio unitário de R$ 382,72.

Segundo a tabela 3 o total de itens vendidos na safra 2015/2016 foi de 44 itens, alcançando um total de 68.355 unidades vendidas. Essas unidades são medidas em LT (litros), PCT (Pacotes), KG (Kilogramas), SC (Sacas). Já o valor total das vendas na safra de 15/16 chegou a R$ 6.995.187,53.
Em negrito estão os produtos que se destacaram em termos da representatividade de valor de vendas nesta respectiva safra, aparecendo como líder o item 43128- ELATUS 10x1, que com a venda de 4.459 unidades alcançou o valor total de R$ 2.469.435,42.

Conforme mostra a tabela 4, o total dos 10 itens mais vendidos na safra 2015/2016 alcançou 54.579 unidades comercializadas, o equivalente a 79,84% do total de unidades vendidas na respectiva safra.
Já em valores financeiros, os 10 itens mais vendidos acumularam R$ 5.961.035,52, o equivalente a 85,21% do valor total das vendas da respectiva safra.
Por sua vez os itens em de destaque nas vendas da safra 2015/2016 tendo maior representatividade na receita foi o 43128- ELATUS 10x1 com 4.459 unidades vendidas e uma receita de R$ 2.469.435,42, em segundo ficou o - 43111-ELATUS 4x5 KG, com 1.750 unidades vendidas e uma receita de R$ 920.679,80, e em terceiro lugar nas vendas da safra 15/16 ficou o - 428 – ENGEO PLENO 20 LT, com 4.540 unidades vendidas gerando uma receita de R$ 728.832,80.

Segundo a tabela 5 o total de itens comprados na safra 2016/2017 foi de 40 itens, alcançando um total de 103.649 unidades compradas. Isso significou 11,04% em relação ao total de unidades compradas na safra anterior, correspondendo a 11.446 unidades compradas a mais que a safra 2015/2016.
Já o valor total das compras na safra de 16/17 chegou a R$ 9.181.929,04, esse valor teve um incremento de R$ 632.543,28 em relação as compras da safra anterior, significando um aumento percentual de 6,88%.
Em negrito estão os produtos que se destacaram em termos da representatividade de valor de compra nesta respectiva safra, aparecendo como líder o item 43111- ELATUS 4x5 KG, que com a compra de 7.900 unidades alcançou o valor total de R$ 3.827.993,60.
O custo médio total das 103.649 unidades compradas foi de R$ 88,58

Conforme mostra a tabela 6, o total dos 10 itens mais comprados na safra 2016/2017 alcançou 67.204 unidades compradas, o equivalente a 64,83% do total de unidades compradas na respectiva safra.
Já em valores financeiros, os 10 itens mais comprados acumularam R$ 7.822.858,28, o equivalente a 85,19% do valor total das compras da respectiva safra.
Por sua vez o custo médio total dos 10 itens com mais representatividade no estoque da safra 2016/2017 foi de R$ 116,40. Tendo com item de maior representatividade no custo médio do estoque o - 43111- ELATUS 4x5 KG, com o custo médio unitário de R$ 484,55.

Segundo a tabela 7 o total de itens vendidos na safra 2016/2017 foi de 50 itens, alcançando um total de 86.024 unidades vendidas. Isso significou 17.669 unidades vendidas a mais em relação à safra anterior, correspondendo a um aumento de 25,84% das vedas em unidades. Já o valor total das vendas na safra de 16/17 chegou a R$ 7.434.246,29. Esse valor representou R$ 439.058,76 de incremento nas vendas em relação à safra anterior, que percentualmente significou um aumento nas respectivas vendas de 6,27%.  
Em negrito estão os produtos que se destacaram em termos da representatividade de valor de vendas nesta respectiva safra, aparecendo como líder o item 43111- ELATUS 4x5 KG, que com a venda de 5.346 unidades alcançou o valor total de R$ 2.936.650,00.

Conforme mostra a tabela 8, o total dos 10 itens mais vendidos na safra 2016/2017 alcançou 65.356 unidades comercializadas, o equivalente a 75,97% do total de unidades vendidas na respectiva safra.
Já em valores financeiros, os 10 itens mais vendidos acumularam R$ 6.059.333,05, o equivalente a 81,5% do valor total das vendas da respectiva safra.
Por sua vez os itens em de destaque nas vendas da safra 2016/2017 tendo maior representatividade na receita foi o 43111- ELATUS 4x5 KG com 5.346 unidades vendidas e uma receita de R$ 2.936.650,00, em segundo ficou o – 313 -PRIORI XTRA 4x5 LT, com 4.125 unidades vendidas e uma receita de R$ 637.233,60.

Conforme mostra a tabela 9, o saldo financeiro no final da última safra 2016/2017 em 31/05/2017, foi de R$ 3.161.093,24, já o saldo físico final do estoque foi de 27.858 unidades, e por sua vez o custo médio do estoque nesta data foi de R$ 113,47.

CONCLUSÃO

Através da pesquisa realizada no presente trabalho é possível relatar que, os resultados apresentados contribuem significativamente para a academia, para a respectiva área de pesquisa, como também para a empresa envolvida na pesquisa.
A problemática de pesquisa foi elucidada, mediante as respostas das respectivas perguntas: Quais foram os itens de maior representatividade para a empresa SB RUBENICH & CIA Ltda nas safras 15/16 e 16/17? Quais foram os custo médios dos itens em estoques da empresa SB RUBENICH & CIA Ltda nas safras 15/16 e 16/17?
Os objetivos do estudo também foram contemplados, pois, os dados revelados pela pesquisa foram satisfatórios para contemplar os respectivos objetivos: Analisar o comportamento das compras e vendas da empresa SB RUBENICH & CIA Ltda nas safras 15/16 e 16/17. Comparar as receitas com vendas da empresa SB RUBENICH & CIA Ltda nas safras 15/16 e 16/17; Foram identificados os itens mais comprados nas duas safras analisadas na empresa SB RUBENICH & CIA Ltda; Foram identificados os itens mais vendidos nas duas safras analisadas na empresa SB RUBENICH & CIA Ltda.
Por fim, o estudo foi pertinente e enriquecedor para os pesquisadores e todos os demais envolvidos, pois, neste momento foi possível identificar as movimentações de compra e venda entre dois períodos referentes as safras de 15/16 e 16/17, com também se identificou o saldo financeiro e físico, assim como, o custo médio dos itens que foi de R$ 113,47 no final do mês de maio de 2017.
Foi possível observar também o destaque do produto ELATUS, carro chefe da empresa, que se destacou como o mais vendido nas duas safra analisadas. Essa movimentação de estoques e comercialização reforça o destaque do agronegócio na região.    

REFERÊNCIAS

ALVES, M. R. P. A. Logística agroindustrial. In: BATALHA, M. O. (Org). Gestão agroindustrial. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2001. 

BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.

_____________. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 616 p.

_____________. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007.

BARNEY, J.B.; HESTERLY, W.S. Administração estratégica e vantagem competitiva: conceitos e casos. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

BERNARDI, L. A. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégia e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2008.

BERTÁGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da cadeia de Abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003.

CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: criando redes que agregam valor. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

CORRÊA, L. H.; DIAS, G.P.P. De volta à gestão de estoques: as técnicas sendo usadas pelas empresas. Fundação Getúlio Vargas. Anais... SIMPODI, 2008.

COSTA, F. J. C. L. Introdução à Administração de Materiais em sistemas informatizados. São Paulo: Atlas, 2002.

DALMÁS, S. R. S. P. A logística de transporte agrícola multimodal da região oeste paranaense. Toledo, 2008. 115 p. Dissertação (Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Agroindustrial) - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional e Agronegócio, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, 2008. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp058902.pdf. Pagina visitada em 15/03/18.

DIAS, M.A.P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

DORNIER, P. P. et al. Logística e operações globais. São Paulo: Atlas, 2000.

FLEURY, P. F., WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.

FRANCISCHINI, P.G.; GURGEL, F. A. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson Pioniera, 2002.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.  

GUARNIERI, P.; CHRUSCIAK, D.; OLIVEIRA, I. L.; HATAKEYAMA, K. ; SCANDELARI, L.; BELMONTE, D. L. WMS - Warehouse Management System: adaptação proposta para o gerenciamento da logística reversa. In: Produção, v. 16, n. 01, p. 126-139, 2006.

____________. A logística e gestão de armazenagem. In: Produção, v. 16, n. 01, p. 126-139, 2006.

HONG, Yuh C. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada: supply chain. 1a ed. São Paulo: Atlas, 1999. 182p.

LAMBERT, Douglas, STOCK, James, VANTINE, José. Administração Estratégica da logística. São Paulo: Vantine Consultoria, 1998.

MEDEIROS, S. B. Gestão de estoque no comércio varejista de materiais de construção. 2007. 87f. Monografia de conclusão de curso (Graduação em Administração). Universidade do Extremo Sul Catarinense. Criciúma: UNESC, 2007. Disponível em: < file:///C:/Users/Giovani/Downloads/gestao-de-estoques-no-comercio-varejsta-de-materiais-de-construcao%20(1).pdf>. Pagina acessada em 22/01/18.

MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campus. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2009.

MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. São Paulo: Tompson Pioneira Learning, 2004.

MOURA, R. A. Manual de logística: armazenagem e distribuição física. São Paulo: IMAM, 1997. v. 2.

PORTER, M. E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 33. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1989. 512 p.

POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais. São Paulo: Atlas, 2002.

_______. A logística e gestão de armazenagem no fluxo de estoque. São Paulo: Atlas, 2004.

RAGO, S.F.T. LOG&MAN Logística, Movimentação e Armazenagem de Materiais. Guia do visitante da MOVIMAT 2002. Ano XXIII, Setembro, n.143, p.10-11.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: estágios, tcc, dissertações e estudos de caso. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

SANTOS, S. G. dos. Gestão de armazenagem e estoques em instituição federal de ensino superior: estudo na Universidade federal de Ouro Preto. 2013. 80f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Administração). Faculdade Novos Horizontes. Belo Horizonte, 2013. Disponível em: http://www.unihorizontes.br/mestrado2/wp-content/uploads/2014/03/DISSERTA%C3%87%C3%83O-MESTRADO-SALVADOR-GENTIL-DOS-SANTOS.pdf. Pagina acessada em: 10 de novembro de 2017.

SLACK, Nigel et al. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

SLACK, Nigel et al. Gerenciamento de operações e de processos. São Paulo: Bookman, 2008.

SPEKMAN, R. E.; SWEENEY, P. J. RFID: From concept to implementation. In: International Journal of Physical Distribution & Logistics Management. Vol. 36, número 10, pp.735-754. 2006.

VASCONCELOS, R. S. A gestão de estoques como ferramenta para redução de custos: um estudo de caso na CIPAN. 2011. 33f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Administração). Faculdade do Vale do Ipojuca, Caruaru, 2011. Disponível em: <https://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Diversos/Custos-493157.html>. Pagina acessada em 23/11/17.

*Doutor em Administração – UNaM – Argentina Professor da Universidade Regional Integrada – URI E-mail: robertocarlosad@hotmail.com CV: http://lattes.cnpq.br/4949432187560448
** Graduado em Administração – Universidade Regional Integrada – URI Técnico Agrícola da SB RUBENICH E-mail: mateusgarcia2012@bol.com.br
*** Doutor em Contabilidade e Finanças- Universidad de Zaragoza – Espanha Professor do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional – UNIJUI Rua do Comércio, 3000, Bairro Universitário. Ijuí – RS. CEP: 98700-000 E-mail: baggiod@unijui.edu.br CV: http://lattes.cnpq.br/4185695953545371

Recibido: 29/05/2018 Aceptado: 17/07/2018 Publicado: Julio de 2018

Nota Importante a Leer:
Los comentarios al artículo son responsabilidad exclusiva del remitente.
Si necesita algún tipo de información referente al articulo póngase en contacto con el email suministrado por el autor del articulo al principio del mismo.
Un comentario no es mas que un simple medio para comunicar su opinion a futuros lectores.
El autor del articulo no esta obligado a responder o leer comentarios referentes al articulo.
Al escribir un comentario, debe tener en cuenta que recibirá notificaciones cada vez que alguien escriba un nuevo comentario en este articulo.
Eumed.net se reserva el derecho de eliminar aquellos comentarios que tengan lenguaje inadecuado o agresivo.
Si usted considera que algún comentario de esta página es inadecuado o agresivo, por favor, escriba a lisette@eumed.net.

URL: https://www.eumed.net/rev/oel/index.html
Sitio editado y mantenido por Servicios Académicos Intercontinentales S.L. B-93417426.
Dirección de contacto lisette@eumed.net