Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352


EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO MODERNO: O CASO DOS ESTADOS UNIDOS

Autores e infomación del artículo

Elaine Carvalho de Lima *

Calisto Rocha de Oliveira Neto **

Universidade Federal de Uberlândia, Brasil

elainecarvalhoonline@hotmail.com

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RESUMO:
A etapa do capitalismo concorrencial manifestou-se pela disseminação de uma técnica ainda simples e uma maior concorrência industrial e comercial. A reprodução do aparelho produtivo inglês foi facilitada pelas características dessa etapa do capitalismo. Assim, a Inglaterra poderia liderar os movimentos econômicos a nível mundial e favorecer cada vez mais o livre cambismo. Neste contexto, a primeira onda de industrializações atrasadas, nos Estados Unidos, Alemanha e França, foram oportunizadas pela importação de capital, maquinaria e força de trabalho inglesa. As características que marcaram essa fase de industrialização perpassam pela construção de um aparelho industrial integrado, pela existência de crédito para tais industrializações, por uma tecnologia conhecida e dominada pelos trabalhadores, além da emergência das chamadas sociedades anônimas em um período de livre cambismo. Ademais, a construção de um sistema bancário potencializou o processo de investimento capitalista nessas nações, com a eminência sobrepujança das sociedades por ações e intervenção do crédito governamental.
Palavras-chave: Industrialização; Revolução Inglesa; Capitalismo.

ABSTRACT:
The stage of competitive capitalism manifested itself through the dissemination of a still simple technique and greater industrial and commercial competition. The reproduction of the English productive apparatus was facilitated by the characteristics of this stage of capitalism. Thus, England could lead the world economic movements and favor more and more free trade. In this context, the first wave of backward industrialization in the United States, Germany, and France was made available by the importation of English capital, machinery and labor. The characteristics that marked this phase of industrialization are the construction of an integrated industrial apparatus, the existence of credit for such industrialization, a technology known and dominated by workers, and the emergence of so-called corporations in a period of free trade. In addition, the construction of a banking system has potentialized the process of capitalist investment in these nations, with the eminence of corporate bonds and government credit intervention.
Keywords: Industrialization; English Revolution; Capitalism.


Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Elaine Carvalho de Lima y Calisto Rocha de Oliveira Neto (2018): "Evolução do capitalismo moderno: o caso dos Estados Unidos", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (febrero 2018). En línea:
//www.eumed.net/2/rev/oel/2018/02/capitalismo-moderno.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1802capitalismo-moderno


1- INTRODUÇÃO

Diante da emergência do capitalismo concorrencial, os países de industrialização atrasada foram capazes de se constituir com tecnologia equivalente a da nação hegemônica, Inglaterra. Assim, a Alemanha, Estados Unidos e França, por meio de suas estreitas relações com a Inglaterra possibilitaram a importação de maquinários e mão de obra inglesa, resultando no desenvolvimento industrial nessas nações. Uma vez que, “a crescente independência tecnológica do continente resultou largamente da transmissão homem a homem dos conhecimentos técnicos” (LANDES, 1975, p. 150). Ademais, torna-se necessário o entendimento das particularidades envolvidas no processo de industrialização nos países atrasados.
Quanto à canalização de capitais para o financiamento da industrialização dos países atrasados, alguns pontos são importantes se destacar. Em primeiro lugar, enquanto na Inglaterra, os investimentos no sistema ferroviário foram resultados do avanço da dominância do capital, nos países atrasados esse processo não se reproduziu devido as características de suas atividades, estas eram pré-industriais e o capital estava ligada ao comércio e agricultura. Em segundo lugar, ao passo que na Inglaterra os investimentos do ciclo ferroviário foram efetivados por capitais da iniciativa privada, na Alemanha, Estados Unidos e França o papel do Estado foi fundamental nesse processo (OLIVEIRA, 2003).
No século XIX, a Alemanha não acompanhava o desenvolvimento capitalista vigente, diante do atraso dessa nação, o papel do Estado fora crucial nos investimentos industriais e na centralização de capitais. Além disso, disseminação das sociedades por ações atenuaram as dificuldades de financiamento para essas industrializações. Dessa maneira, “nos países atrasados, a sociedade por ações foi a forma típica de organização dos bancos, das estradas de ferro, das companhias de utilidade pública etc” (OLIVEIRA, 2003, p. 224).
Oliveira (2003) destaca que os bancos de investimentos foram fundamentais no processo de centralização de capitais nos países atrasados. Se por um lado, na Inglaterra o sistema bancário era caracterizado por crédito de curto prazo. Por outro lado, nos países de industrialização tardia em meio aos obstáculos de financiamento, se fazia necessário a criação de bancos que viabilizassem crédito de longo prazo.
Nos Estados Unidos, tais bancos foram decisivos para a construção das ferrovias que, posteriormente, com as relações associadas as indústrias contribuíram para a crescente trustificação dessa nação. A França foi pioneira no avanço dos bancos de investimento, no qual ampliou sua atuação no financiamento de “estradas de ferro e companhias de utilidade pública, estabelece relações com certos setores da indústria pesada, financia a dívida pública e abrem filiais no exterior, alimentando a exportação de capitais” (OLIVEIRA, 2003, p. 226). Todavia, foi na Alemanha que os bancos de investimentos atuaram de forma mais ativa, inclusive viabilizando crédito industrial. Dessa forma:

O importante é frisar que, pelo crédito, pela importação de capitais, pela formação de sociedades por ações e mesmo pelas empresas familiares formadas com capitais previamente acumulados, os países atrasados puderam realizar o bloco de inversões da industrialização. Esse movimento implicou verdadeira revolução, pois, ao findar o processo de industrialização, a estrutura econômica dos Estados Unidos, da França e Alemanha era qualitativamente semelhante àquela da Inglaterra. Ou seja, contavam com um aparelho produtivo integrado, com um sistema bancário avançado, com moderno sistema de transportes, além de terem construído a infra-estrutura básica. Por sua vez, o aparelho industrial que foi implantado contava com os mesmos ramos produtivos que a Inglaterra (OLIVEIRA, 2003, p. 229).

Dessa maneira, a industrialização atrasada se delineou pela estrutura econômica inglesa, que ao final, produziu um capitalismo análogo ao capitalismo nacional da Inglaterra. Assim, foi rompido o monopólio da indústria inglesa, em meio a concorrência de capitais a nível mundial e o surgimento de novos países industriais (OLIVEIRA, 2003).
Nesse sentido, alguns pontos devem ser levantados, uma peculiaridade dos países de industrializações atrasadas era passado comum feudal, a exceção dos Estados Unidos. Quanto a este país, a sua forma de colonização do norte e nordeste se assemelhava com as características socioeconômicas da Inglaterra, a saber, pequenas propriedades, produção artesanal e manufatura. Nesse contexto, a expansão da agricultura por intermédio da colonização do Oeste pelas plantações dos escravos ou pelas pequenas propriedades, intensificaram o desenvolvimento industrial. Além disso, após a independência, o escravismo nos Estado Unidos, atuou como componente relevante no desenvolvimento capitalista, seja pelos mercados que surgiam ou pela acumulação bancária e comercial.
Na Alemanha, havia algumas condições desfavoráveis, especialmente, em virtude da ausência de unidade econômica e política nessa nação, uma vez que existiam pequenos Estados autônomos que dificultavam a constituição plena do capitalismo nesse território. O processo que resultou na modificação da propriedade junker em capitalista, bem como a frágil agricultura do Sul e Oeste alemão disponibilizaram, mesmo que tênue, um apoio a industrialização. Já o Leste e Noroeste tinham uma agricultura que se modernizava e assegurava o abastecimento nacional e algum nível de exportação. Como saliente Oliveira (2003), a vitalidade da indústria da Alemanha, teve além da intervenção do Estado e, especialmente, o apoio de formas superiores de organização. Nesse sentido, “o motor da expansão industrial alemã centrava-se no próprio movimento de acumulação, que era potenciado pelos recursos financeiros colocados à disposição dos industriais” (OLIVEIRA, 2003, p. 234).
A França era considerada a nação mais debilitada da primeira onda de industrialização atrasada. Se tinha por um lado, camponeses protegidos pelo capitalismo do rápido processo de proletarização, por outro, ainda se constituía um capitalismo com pouca dinamicidade em evoluir seu poderio para a população. Em certa medida, a Revolução Francesa suprimiu o feudalismo e poder aristocrático, o que resultou em maiores poderes para a burguesia (OLIVEIRA, 2003).
Dessa maneira, podemos observar que a primeira onda de industrializações atrasadas propiciou que o capitalismo concorrencial difundisse a estrutura econômica inglesa naqueles países que cumprissem algumas condições prévias, resultando na internalização das técnicas que até então eram dominadas pelo capitalismo inglês.
Assim, o objetivo do presente trabalho é analisar a expansão do processo de industrialização no território dos Estados Unidos, visto que, diferentemente das outras nações atrasadas (como Alemanha e França), tal nação possui peculiaridades que a diferencia nesse processo.

2- O CASO DOS ESTADOS UNIDOS

O autor John Atkinson Hobson faz parte do pensamento social inglês e seus escritos foram importantes na percepção das transformações da sociedade industrial. Em 1894, no livro “A evolução do Capitalismo Moderno”, o autor investiga a relação entre o dinheiro, as combinações financeiras e industriais de capitais, o financista e desenvolvido capital trustificado. A análise de Hobson foi pioneira ao desenvolver e desvelar os elementos que formam o capitalismo moderno.
Hobson descreve o âmbito conceitual daquilo do que viria a ser o capitalismo trustificado. Este “capitalismo moderno” foi desenvolvido por meio das transformações manifestadas na economia americana. O autor chama atenção que é nos níveis mais altos da organização, com maiores aportes de capital, que se registra a competição de forma mais cruel e intensa. Nessa perspectiva, os empréstimos de capital, a constituição de sociedade por ações e demais formas de cooperação, tem se firmado como “um esforço para fugir aos riscos e perigos que se interpõem à produção em pequena escala no curso das modificações industriais modernas” (HOBSON, 1996, p. 176). Dessa forma, as dificuldades geradas pela acentuada competição no capitalismo tem resultado na busca por acordos entre os diversos concorrentes. De acordo com Hobson, trusts, cartéis, monopólios, e as instituições financeiras são as criações de um sistema econômico que sofre subconsumo. A combinação é uma tentativa de evitar a competição feroz resultantes de crise de subconsumo.
Hobson (1996) destaca que a finalidade econômica das alianças, acordos, pools e combinações, é consolidar algum grau de “monopólio”, com o consentimento em estabelecer um preço de venda e evitando concorrer entre o grupo por meio da redução de preços.
Com isso, o autor cita que a combinação dos interesses dos mineradores que tinham como objetivo o impulso do comércio de exportação. Ademais, na Alemanha o desenvolvimento do comércio exportador de manufaturados foi em grande medida derivado de uma política de cartel.
Nesse sentido, o autor enfatiza a existência de diferenças entre os cartéis e trust. Dessa forma, o “trust” é empregado “(...) como o mais conveniente para representar uma consolidação de capital dentro de uma organização econômica suficientemente grande e forte para controlar, em medida apreciável, a oferta e o preço de venda dos artigos que negocia” (HOBSON, 1996, p. 191). Enquanto, que o cartel e o pool industrial, são combinações que tornam-se inferiores quando comparadas ao truste, em termos do controle dos preços e produção.
O autor destaca o fato de que a possibilidade de formação de um cartel, além de ser informal, não há garantia da participação e cumprimentos das “regras” por todos os participantes. Ou seja, não é possível confirmar a participação contínua dos seus membros. Entre os pontos fracos do cartel, existe a resistência de alguns produtores quanto ao ingresso no sindicato, optando por preservar sua liberdade e aderir a uma política alternativa de vendas. Também há uma desproporção na cota de participação (produção) dada aos pequenos proprietários, se comparada com a dos proprietários mais fortes.
Hobson (1996) elenca os sustentáculos da estrutura dos trustes, que são os seguintes: acesso especial à matérias-primas; controle especial de meios de transporte e distribuição; vantagens diferenciais na produção ou comercialização, em virtude da posse de patentes, marcas registradas, processos especiais; franquias, licenças ou outros privilégios públicos, com a concessão de monopólios ou diminuindo a concorrência; legislação tarifária.
Ademais, alguns fatores fizeram com que os trustes apresentassem uma importância maior nos Estados Unidos do que em qualquer outra parte. O primeiro motivo deve-se ao papel da ferrovia no apoio ao comércio, manufatura e mineração. O segundo fator diz respeito a existência da tarifa aduaneira, que garante aos produtores o mercado interno e torna as associações lucrativas. Por fim, a corrupção política em prol dos interesses empresariais e a audácia nas operações empresariais (HOBSON, 1996).
Um ponto importante a levantar é que apesar do “truste” representar o monopólio de capital, suas influências econômicas acabam sendo as mesmas, em graus diversos, das quais possuem as outras formas de associação. Dessa maneira, os poderes de monopólio podem ser agrupados em quatro tipos: empresas mercantis que se dedicam a um processo anterior ou posterior da produção; concorrentes reais ou potenciais; público consumidor; empregados do truste ou outro monopólio (HOBSON, 1996).
Por essas razões é que o poder de um truste ou outro tipo de monopólio sobre o nível de preços é definido por vários fatores que operam uns sobre outros, à medida que a oferta sofra variações. Entretanto, o truste sempre consegue cobrar preços maiores do que os da concorrência (HOBSON, 1996).
Com o aumento da concentração e centralização do capital, especialmente com a expansão de combinações mais regulares, como os trustes e cartéis, passa a ganhar destaque os “financistas” que possuem papel de dirigir estrategicamente os fluxos de capital para ampliar seus métodos de ganho privado. Dessa forma, possibilita empréstimos públicos, privados, ferroviários, para mineração, entre outros. Assim, como o crédito se tornou a mola propulsora da indústria moderna “(...) a classe dos que controlam o crédito torna-se mais poderosa e embolsa como “ganhos” um percentual maior do produto industrial” (HOBSON, 1996, p. 253).
Diante disso, Hobson ressalta o controle financeiro na indústria capitalista se daria pelos bancos, e os Estados Unidos era o lugar que isso ocorreria de uma maneira totalmente aberta. Assim:

O triângulo de forças do capitalismo norte-americano, representado por fusões de ferrovias, trustes industriais e corporações bancárias, inclina-se cada vez mais para assumir a forma de um poder puramente financeiro: uma massa de crédito, orientada para qualquer ponto do sistema econômico em que é chamada para forçar uma associação industrial, financiar um coup no ramo da mineração ou ferroviária ou esmagar qualquer ameaça de invasão em uma de suas “esferas de influência” (HOBSON, 1996, p. 256).

Além disso, a figura do financiador se apresenta como autoridade monetária do sistema econômico, que em busca de uma taxa que lhe assegure sua rentabilidade, esse desempenha um papel intermediário entre os investidores anônimos e os entrepreneurs. Assim, o grande financista controla o capital ocioso de alguns para financiar diversas formas de investimento produtivo, sob a forma de ativos financeiros, dos outros.
Na obra O Capital Financeiro, Hilferding estrutura o conceito de capital financeiro, que envolve uma etapa mais avançada da concentração do capital. Esta etapa é marcada pela intensa mobilização dos capitais, por meio de novas formas de associações, tais como, os cartéis e trusts.
Hilferding chama de capital financeiro

(...) o capital bancário, portanto o capital em forma de dinheiro que, desse modo, é na realidade transformado em capital industrial. Mantém sempre a forma de dinheiro ante os proprietários, é aplicado por eles em forma de capital monetário- de capital rendoso- e sempre pode ser retirado por eles em forma de dinheiro. Mas na verdade, a maior parte do capital investido dessa forma nos bancos é transformado em capital industrial, produtivo (meios de produção e força de trabalho) e imobilizado no processo de produção. Uma parte cada vez maior do capital empregado na indústria é capital financeiro, capital à disposição dos bancos e, pelos industriais” (HILFERDING, 1985, p. 219).

Assim, o capital financeiro é resultado do processo de concentração e centralização do capital, bem como do surgimento da sociedade anônima. Além disso, o aparecimento das novas empresas não só significa separação da propriedade e controle, que em última instância transforma as formas de gestão do negócio, como também o controle do capital financeiro sobre a emissão e circulação de capital fictício. Ademais, o controle do capital fictício, que inclui ações, títulos e demais valores mobiliários, é controlado não apenas pelos bancos, mas também pelas grandes empresas ligadas a indústria.
Hilferding (1985) conduz com detalhes como a expansão do capital financeiro está intimamente vinculada com a centralização e concentração do capital industrial. Assim, a constituição de cartéis e trustes atinge seu mais alto poder, simultaneamente o capital comercial é degradado, finalizando um novo ciclo do capitalismo. O capital financeiro teve seu desenvolvimento atrelado ao advento da sociedade anônima, na qual disponibiliza uma sucessão de pequenos capitais para o financiamento da produção, atingindo o apogeu com a monopolização da indústria.
Em suma, o final do século XIX apresenta novas particularidades que delimitam uma nova fase do sistema capitalista, marcada pelo monopólio financeiro e centralização de capitais orientada pelo surgimento de bancos, indústrias, comércio e uma acirrada concorrência. Um período marcado por uma concorrência predatória, na qual se seguiu um rápido processo de fusão, trouxe enormes riquezas para um pequeno número de industriais. Dessa forma, o processo de concentração e centralização do capital progride com certa rapidez sobre todos os campos industriais em que prevaleçam métodos capitalistas de produção. Nesse sentido, a análise de Hobson e Hilferding converge para enfatizar o papel exercido pelo capital financeiro e a emergência da grande empresa americana com a hegemonia que passará a exercer sobre o mundo. Igualmente, Hobson traz à tona o processo de superacumulação que é intensificado pelo poderio financeiro, que se dissemina para o mercado externo, algo que posteriormente passou a ser chamado de “imperialismo”. Inclusive, utilizando-se de influência financeira e política para estimular o comércio externo, seja por meio pacífico ou violente, desde que atenda aos seus objetivos.

3- CONCLUSÕES

Em suma, os mecanismos da livre concorrência propagavam o capitalismo mundialmente. Porém, a industrialização não ocorrera de modo uniforme nas regiões do mundo no século XIX, ou seja, a hegemonia do capitalismo concorrencial no mundo não garantia a total constituição do capitalismo nos diversos países. Pois a disseminação do capitalismo também dependia de fatores internos, assim os países que possuíam as precondições favoráveis (revolução industrial, formação do Estado Nacional, articulação externa, entre outros fatores) o processo de industrialização ocorrera. Ademais, alguns antecedentes históricos fizeram com que a Inglaterra se tornasse a potência industrial do mundo com a condução de uma política liberal e o apogeu do padrão-ouro.
Por fim, A história revela que muito antes da Revolução Industrial, a Europa Ocidental já era rica se comparada a outras áreas do mundo naquela época. A riqueza era fruto vários períodos de lenta acumulação, com base no investimento e exploração do capital, além do ouro e demais riquezas advindas da exploração de dívidas das colônias e países europeus, na apoderação de recursos e mão de obra de indivíduos fora da Europa, bem como no desenvolvimento tecnológico que dinamizou o processo produtivo.
Em suma, a Revolução Industrial foi revolucionária porque mudou a capacidade produtiva da Inglaterra e Europa. Contudo, a revolução foi mais do que apenas novas máquinas, fábricas, aumento da produtividade e aumento do nível de vida. Foi uma revolução que transformou e originou a sociedade ocidental moderna, ou seja, não foi uma mera sequência de mudanças nas técnicas industriais e de produção, mas uma revolução social com causas sociais, bem como profundos efeitos sociais.

REFERÊNCIAS

LANDES, D. Prometeu desacorrentado. Transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, de 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005.

OLIVEIRA, C. A. B. de. Processo de industrialização. Do capitalismo originário ao atrasado. São Paulo, Editora Unesp, 2003.

HOBSON, J. A. A evolução do capitalismo moderno: um estudo da produção mecanizada. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Os Economistas). (Caps. 7, 8, 9 e 10)

HILFERDING, R. O capital financeiro. São Paulo: Nova Cultural, col. Os Economistas, 1985. (Capítulo 14).

* Doutoranda em economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Mestre e graduada em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
**Professor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Mestre e graduado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Graduando em ciências contábeis pela UFRN.

Recibido: 29/12/2017 Aceptado: 07/02/2018 Publicado: Febrero de 2018



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