Revista: CE Contribuciones a la Economía
ISSN: 1696-8360


ECONOMIA SOLIDÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: UM PANORAMA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO BANCO DE DADOS DA WEB OF SCIENCE (WOS).

Autores e infomación del artículo

Julia Rodrigues Esmerio*

Ricardo Alberti**

Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, BRASIL

juliaesmerio@gmail.com.

RESUMO

A ideia da Economia Solidária é minimizar as desigualdades sociais e as mazelas da sociedade, e para que isso ocorra da melhor maneira possível ela deve valer-se do auxílio de políticas públicas. O presente estudo tem como objetivo proporcionar um cenário das publicações internacionais, que englobam conjuntamente os temas internacionais políticas públicas e economia Solidária conjuntamente, na base de dados Web Of Science(WOS). Desenvolve-se como uma pesquisa de cunho exploratório e descritivo, de natureza bibliométrica, com técnica quantitativa de análise de dados. Foram analisados 23 artigos. O número de publicações sobre os temas variou com os anos na década. Predominam publicações na área de economia e de geografia, também verificou-se uma grande heterogeneidade nos quesitos autores e instituições. Brasil é o país com maior número de publicações sobre o tema, perfazendo 7 artigos, entretanto o idioma da predominante é o espanhol, com 11 publicações no referido idioma.

Palavras-chave: Economia Solidária, Políticas Públicas, Estudo Bibliométrico.

ECONOMÍA SÓLIDARIA Y POLÍTICAS PÚBLICAS: UNA VISIÓN GENERAL DE LA PRODUCCIÓN CIENTÍFICA EN LA BASE DE DATOS DE WEB OF SCIENCE (WOS).
RESUMEN

La idea de la Economía Solidaria es minimizar las desigualdades sociales y los males de la sociedad, y para que esto ocurra de la mejor manera posible, debe contar con la ayuda de las políticas públicas. Este estudio tiene como objetivo proporcionar un escenario de publicaciones internacionales, que abarcan conjuntamente los temas internacionales de política pública y economía solidaria, en la base de datos de Web Of Science (WOS). Se desarrolla como una investigación exploratoria y descriptiva, de naturaleza bibliométrica, con técnica de análisis cuantitativo de datos. Analizamos 23 artículos. El número de publicaciones sobre los temas varió con los años en la década. Predominan las publicaciones en el área de economía y geografía, también hubo una gran heterogeneidad en los autores e instituciones. Brasil es el país con el mayor número de publicaciones sobre el tema, conformando 7 artículos, sin embargo, el idioma predominante es el español, con 11 publicaciones en ese idioma.

Palabras clave: Economía Solidaria, Políticas Públicas, Estudio Bibliométrico.

SOLID ECONOMY AND PUBLIC POLICY: AN OVERVIEW OF SCIENTIFIC PRODUCTION IN THE WEB OF SCIENCE (WOS) DATABASE.
ABSTRACT

The idea of ​​the Solidarity Economy is to minimize social inequalities and the ills of society, and for this to occur in the best possible way, it must rely on the aid of public policies. This study aims to provide a scenario of international publications, which jointly encompass the international themes public policy and Solidarity economy together, in the Web Of Science (WOS) database. It develops as an exploratory and descriptive research, bibliometric in nature, with quantitative data analysis technique. We analyzed 23 articles. The number of publications on the subjects varied with the years in the decade. Publications in the area of ​​economics and geography predominate, there was also a great heterogeneity in the authors and institutions. Brazil is the country with the largest number of publications on the subject, making up 7 articles, however the predominant language is Spanish, with 11 publications in that language.

Keywords: Solidarity Economy, Public Policies, Bibliometric Study.

JEL Classification System / EconLit Subject Descriptors: B55          Social Economics, F6 Economic Impacts of Globalization.


Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Julia Rodrigues Esmerio y Ricardo Alberti (2019): “Economia solidária e políticas públicas: um panorama da produção científica no banco de dados da web of science (WOS)”, Revista Contribuciones a la Economía (octubre-diciembre 2019). En línea:
//eumed.net/2/rev/ce/2019/4/economia-solidaria-politicas.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/ce194economia-solidaria-politicas


1 INTRODUÇÃO

A sociedade que nos rodeia apresenta um estupendo desenvolvimento tecnológico e socioeconômico, garantindo abastança e riqueza em algumas regiões, entretanto a mesma é também é palco de desigualdades, miséria e fome. Como arma para esta discrepância surge uma nova maneira de pensar a aferição de renda, à Economia Solidária, uma maneira autônoma de administrar os recursos humanos e naturais de modo que as desigualdades sociais reduzam-se a médio e longo prazo.

Desde o início deste século, a muitos dos países sul-americanos modificaram sua posição frente sociedade, desafiando a natureza auto-reguladora dos mercados e intervindo em questões de cunho social. Essa abordagem ampara a transição para um modelo de “terceira geração” para o campo da política social, no qual a Economia Solidária destaca-se. (CARUANA; SRNEC, 2013).

 Uma das inovações mais proeminentes nessa tendência foi o reconhecimento por vários estados nacionais de que não é somente possível, mas preferível, promover uma economia plural. Nos últimos anos, diversas políticas públicas incluíram a economia solidária em seu âmbito, buscando abordar os principais problemas das sociedades em desenvolvimento: o desemprego e a pobreza. (CARUANA; SRNEC, 2013).

 Outro grande benefício da Economia Solidária é que ela repensa a dinâmica com o lucro, transformando todo o resultado do trabalho empregado em prol da sociedade como um todo e não somente para uma pequena minoria.

A ideia da Economia Solidária é minimizar as desigualdades sociais.  Entretanto, ainda que todas as cooperativas cooperassem mutualmente, inevitavelmente umas lograriam mais êxito que outras, em razão das eventualidades e das diferenças de destreza e aptidão dos indivíduos que as compõem. Por isso, existiriam tanto empresas vencedoras quanto perdedoras. As vantagens e desvantagens angariadas deveriam ser regularmente igualadas para que não passem a acentuar-se as diferenças, o que demanda políticas públicas para redistribuição de renda e proventos, através de impostos, subsídios ou crédito. Diante do exposto percebe-se que para que a economia solidária prospere, deve estar munida de políticas públicas para sustenta-la.

Por meio desta contextualização, nasceu o seguinte questionamento:  de que modo configuram as publicações internacionais que tratam políticas públicas e economia Solidária de modo conjunto? para tal, este artigo objetiva proporcionar um cenário das publicações internacionais, que relacionam ambos os temas na base de dados Web Of Science(WOS).  Após esta introdução, o artigo expõe o referencial teórico sobre o tema estudado. Em seção seguinte, é apresentada a metodologia da pesquisa que traz o enquadramento metodológico e os procedimentos empregados. Após, apresenta uma análise e discussão dos resultados, por último, apontam-se considerações finais, trazendo suas limitações e sugestões para novas pesquisas.  

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste tópico serão abordados os conceitos basilares do estudo. Essa base teórica subdivide-se nos seguintes temas: Economia Solidária e Políticas Públicas.

2.1 ECONOMIA SOLIDÁRIA

Antes de começar a discorrer sobre o tema é pertinente dizer que a economia solidária é um processo aberto, um convite. O conceito não surgem de uma única tradição política ou corpo de ideias. Sua própria natureza e definição estão em contínuo desenvolvimento, discutidos e debatidos entre seus defensores. Buscando "fazer a estrada a pé" ao invés de empurrar uma ideologia fechada ou finalizada, a economia solidária é um “movimento de elementos” que busca continuamente conexões e possibilidades enquanto ao compromisso transformador de valores compartilhados (MILLER, 2010).

A economia solidária é um ato pedagógico em si mesmo, na medida em que propõe uma nova prática social e um entendimento novo dessa prática. A única maneira de aprender a construir a economia solidária é praticando-a. Mas seus valores fundamentais precedem sua prática. (SINGER, 2005). Segundo Moacir Gadotti:

A economia solidária não se resume a um produto, a um objeto. Ela se constitui num sistema que vai muito além dos próprios empreendimentos solidários. Ela é, sobretudo, a adoção de um conceito. A economia solidária respeita o meio ambiente, produz corretamente sem utilizar mão de obra infantil, respeita a cultura local e luta pela cidadania e pela igualdade. A economia solidária implica comércio justo, cooperação, segurança no trabalho, trabalho comunitário, equilíbrio de gênero e consumo sustentável (produzido sem o sofrimento de pessoas ou de animais). Além disso, a margem de lucro é discutida coletivamente entre o produtor e o vendedor. O que cada um ganha é discutido coletivamente. A economia solidária envolve pessoas comprometidas com um mundo mais solidário, ético e sustentável. Por isso a economia solidária está estreitamente ligada à educação transformadora e à democracia econômica (GADOTTI, 2009).

No Brasil, assim como em outros países, a economia solidária incorpora empreendimentos econômicos que praticam a autogestão, ou seja, aplicam a democracia em sua gestão. Ela engloba muitas cooperativas (não todas), associações produtivas, clubes de troca, cooperativas de crédito, bancos do povo e outras instituições. A economia solidária apoia a ampla intervenção do Estado na macroeconomia para sustentar o crescimento da produção e do consumo, a pesquisa científica e sua aplicação prática etc. (SINGER, 2007).

A economia solidária não diz respeito a um setor de atividades, mas vários. Pesquisadores e autores ainda têm que concordar exatamente quantos são, mas há um acordo geral sobre certas atividades como poupança e financiamento solidário (microcrédito solidário), comércio justo, intercâmbio local, redes, serviços pessoais, etc. Essas iniciativas, que podem variar de cooperativas de reciclagem a sites da internet projetados para reduzir a exclusão digital, possuem quatro elementos comuns que foram identificados são elas: Eles ligam uma atividade produtiva às necessidades sociais em vez de rentabilidade; Eles produzem bens e serviços baseados no participação de mulheres e homens; Eles constroem locais, nacionais e internacionais redes sociais baseadas em consenso e cooperação; Eles trabalham para a regulação democrática da atividade econômica. (DACHEUX; GOUJON, 2011)

Esses quatro elementos englobam todas as atividades que operam de acordo com os seguintes princípios: uma propriedade coletiva indivisível; A distribuição de riqueza para atender às necessidades de pessoas em vez de capital; Liberdade de associação e democracia gestão; Tomada de decisões e gestão autônomas em relação aos estados. (DACHEUX; GOUJON, 2011)

A empresa solidária recusa a separação entre labor e detenção dos meios de produção, que é conhecidamente o alicerce do capitalismo. As corporações capitalistas pertencem aos investidores, aos responsáveis pela aquisição dos meios de produção e tem como finalidade gerar lucro para os mesmos.  Já o capital da empresa solidária é tido pelos que nela laboram e somente por eles. Labor e capital estão fundidos uma vez que todos os colaboradores também são donos da empresa. A propriedade das empresas solidarias é segregada igualmente entre todos os colaboradores para que cada um deles tenha o mesmo acesso e poder de decisão sobre ela (SINGER, 2002).

Outrossim, a economia solidária reflete-se em experiências que se sustentam sobre o desenvolvimento de atividades econômicas para a efetivação de objetivos sociais, ao passo que estimula para a afirmação de ideais de cidadania, passando a implicar em uma maneira de democratizar a economia por meio do engajamentos cidadãos. A economia solidária integra um movimento de renovação e de atualização histórica da economia social (FRANÇA FILHO, 2002).

2.2 POLÍTICAS PÚBLICAS

Não existe uma única, nem melhor, definição sobre o que seja política pública. Para Mead (1995) trata-se de um campo dentro do estudo da política que avalia o governo à luz de grandes questões públicas. Já para Lynn (1980) e  Peters (1986),  é um conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos específicos.  Já Dye (1984) sintetiza a definição de política pública como “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”.  Para Laswell, saber sobre políticas públicas é entender: quem ganha o quê, por quê e que diferença faz (SOUZA, 2006).

A maneira na qual se compreende uma política pública está diretamente relacionada com a percepção do conceito de Estado. Comumente, entende-se a política pública como uma ação ou conjunto de ações por meio das quais o Estado altera a realidade fática, geralmente visando combater atacar algum problema. No âmbito do Estado estão integrados atores que dispõem de interesses, valores, ideologias e projetos políticos diversos. O Estado é um espaço de sistemática disputa política.logo, não pode ser entendido como um ente independente da sociedade e imune aos conflitos que nela se despontam. Essa significação se exibe de modo simplista, uma vez que faz do Estado um ator que trabalha de maneira autônoma e beneficia a sociedade como um todo através de suas ações (BENINE, 2012)

A partir disso é possível conceituar política pública como o campo do conhecimento que visa, simultaneamente, “colocar o governo em ação” e/ou ponderar sobre essa ação e, quando necessário, elaborar alterações no rumo ou curso dessas ações (SOUZA, 2006).

Na constituição e implementação de qualquer política pública, e em especifico de economia solidária, necessita-se uma ação integrada, complementar e descentralizada tanto de ações quanto de recursos entre os entes federativos, identificando, elaborando e fomentando, políticas públicas de desenvolvimento de economia solidária, considerando a intersetorialidade e articulação das instâncias de governo (PRAXEDES, 2009). Entretanto, o cenário não é promissor, conforme Marcio Pochmann:

Na maior parte das vezes, todavia, a política governamental terminou por reproduzir um certo assistencialismo improdutivo, pois ao operar como um fim em si mesmo demonstrou ser insuficiente para oferecer portas de saída emancipatória às angustias do conjunto dos excluídos. Poucas têm sido as experiências de políticas públicas articuladas e integradas a uma estratégia de inclusão soberana e de caminhos associados à autonomia social, política e econômica coletiva (POCHMANN, 2004).

Necessário também complementar e integrar ações através da visão de que os recursos públicos advém de apenas uma fonte, os cidadãos, o que permite a potencialização de seu uso e seus impactos. Reunir as forças sociais em torno de políticas públicas que se fixam cada vez mais como políticas de Estado, como direitos, acabam com políticas de balcão e podem tornar-se fontes de inspiração à criação de esferas públicas para a discussão transparente sobre o destino dos recursos entre todos os entes políticos que representam os diferentes interesses coletivos presentes na sociedade (PRAXEDES, 2009).

3 MÉTODO DO ESTUDO

O método de abordagem do presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliométrica que tem como objetivo a análise de todas as publicações científicas das bases de dados: Web Of Science(WOS) e Scopus, sobre o tema: Economia Solidária e Políticas Públicas, durante os ano de 2010-2019.

Bibliometria é uma instrumento estatístico que possibilita mapear e gerar distintos indicadores de tratamento e gestão da informação e do conhecimento, principalmente em sistemas de informação e de comunicação científicos e tecnológicos, e de produtividade, sua importância acentua-se no planejamento, avaliação e gestão da ciência e da tecnologia, de uma determinada comunidade científica ou país. (GUEDES; BORSCHIVER, 2005).

No que concerne a pesquisa bibliométrica, três importantes autores devem ser mencionados, Lotka, Zipf e Bradford. Cada um destes pesquisadores foi responsável por criar uma das “leis” basilares da pesquisa bibliométrica, são elas:

A Lei de Lotka, ou Lei do Quadrado Inverso, aponta para a medição da produtividade dos autores, mediante um modelo de distribuição tamanho-freqüência dos diversos autores em um conjunto de documentos. A Lei de Zipf, também conhecida como Lei do Mínimo Esforço, consiste em medir a freqüência do aparecimento das palavras em vários textos, gerando uma lista ordenada de termos de uma determinada disciplina ou assunto. Já a Lei de Bradford, ou Lei de Dispersão, permite, mediante a medição da produtividade das revistas, estabelecer o núcleo e as áreas de dispersão sobre um determinado assunto em um mesmo conjunto de revistas. (VANTI apud TAGUE-SUTCKIFFE)

No presente estudo, realizou-se um levantamento dos artigos que vinculavam as palavras-chave ("Solidar* Economy" AND" Public Policies") na base de dados Web Of Science(WOS). Para este levantamento foram utilizadas as publicações sobre os temas no período de 2010 até o dia 12 de Agosto de 2019, totalizando 23 artigos na plataforma Web Of Science(WOS)

 A análise dos  23 artigos na plataforma Web Of Science(WOS)  ocorreu através da abordagem quantitativa, através de estatística descritiva. Em um primeiro momento, desenvolveu-se uma caracterização geral das produções cientificas da plataforma, dispondo: área de pesquisa, ano de publicação, idioma, países, universidades e autores.

Após valendo-se dos dados sobre as áreas de publicações do Web Of Science e dos softwars WC10 e VOSviewer, foi criado Mapa da ciência, que possibilita uma melhor visualização das áreas que mais publicam sobre o tema. Sobre o VOSviewer, ressalta-se que trata-se de: “ferramenta de software voltada para a construção e visualização de mapas bibliométricos, com destaque ao aspecto gráfico de tais mapas” (Jeyasekar and Saravanan, 2015).
Por último por meio dos resultados da coleta dos dados, foi realizada uma uma nuvem de palavras que vale-se do abstract de cada um dos 23 artigos, para identificar as palavras chaves dispostas no tema. Para tal feito, foi utilizado o website wordclouds.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As áreas que mais publicam sobre Economia Solidária e Políticas Públicas são Economic com 6 artigos e a Geography com 3 artigos, seguidas destas estão as áreas de: Social Issues, Education e Sciences Interdisciplinary com 2 artigos cada. As outras como, Business, Computer Science Information Systems, Development Studies, Engineering Multidisciplinary,          

Humanities Multidiscipli-nary, Management, Multidisciplinary Sciences, Nursing, Political Science, Regional Urban Planning, Telecommunications não abordaram de modo expressivo o tema, apresentando apenas um Artigo Cada, conforme a figura abaixo:

No que concerne a data das publicações, é nítida a heterogenia(variância?) no que diz respeito ao tema, uma vez que: nos anos de 2010 e 2012 não houve nenhuma publicação que versasse sobre a string de busca “Solidar* Economy And Public Policies”, já nos anos de 2011 e 2013 existiram um artigo publicado ao ano, nos anos de 2015 e 2014 houveram dois artigos publicados ao ano, em 2017, houveram 3 publicações e em 2016 e 2018 houveram 5 publicações ao ano.
Os ensaios foram inscritos principalmente em língua espanhola, que abrange 11 publicações, seguida pelos artigos de língua inglesa, que somam 7 publicações, também vai-se ao encontro de dois artigos em língua portuguesa e dois artigos em língua francesa, bem como um escrito no idioma italiano. Em relação aos países de publicação, nota-se que os que mais publicam sobre Economia Solidária e Políticas Públicas, são: Brasil, com 7 artigos, Argentina, Colômbia, Equador e Espanha, com 3 artigos cada, eles são seguidos pela França, que possui 2 publicações sobre o tema. Com apenas uma publicação sobre o tema encontram-se os países: Índia, Itália, Marrocos, Uruguai e Venezuela.

Quanto às organizações que publicam sobre os temas pesquisados, o destaque vai para: Consejo Nacional De Investigaciones Cientificas Y Tecnicas Conicet, Univ Cooperat Colombia,Universidad De La Salle e University Of Buenos Aires, com duas publicações em cada instituição, as demais possuem apenas uma publicação cada. São elas: Consejo Superior De Investigaciones Cientificas Csic, Csic Cchs Instituto De Economia Geografia Y Demografia Iegd, Ctr Ciencias Sociais Humanas Ccsah, Ctr Rech Innovat Sociales Crises, Equip Tecn Proyecto Mapeo, Esg Uqam, External Consultant Int Acad Social Solidar Eco, Fac Catolica Tocantins Facto, Facamp, Fed Univ Ceara Brazil, Minc Minist Culture, National University Of The Littoral, Pontificia Universidad Javeriana, Pontificia Universidade Catolica De Campinas, Secretaria Ejecut Red Unicossol, Uec Sceam Udelar, Uft, Unidad Republ Uec Sceam Udelar, Univ Cundinamarca, Univ Postgrad Estado, Univ Tecn Ambato, Univ Tecn Estatal Quevedo, Universidad Metropolitana De Ciencias De La Educacion Umce, Universidad Rey Juan Carlos, Universidade Estadual De Campinas, Universidade Estadual Paulista,Universidade Federal Da Paraiba, Universidade Federal De Campina Grande, Universidade Federal De Sao Carlos, Universidade Federal Do Cariri, Universidade Federal Rural Do Semi Arido Ufersa, Universidade Paulista, Universite Sorbonne Nouvelle Paris 3, Universite Sorbonne Paris Cite Uspc Comue, University Of Basque Country,University Of Bologna, University Of Los Andes Venezuela e University Of Marrakech Cadi Ayyad.

No quesito autores, a heterogeneidade é extrema, uma vez que apenas Caruana, M.EC possui duas publicações sobre o tópico, os demais autores contam apenas com uma publicação cada sobre o assunto em questão. São eles: Aguiar IC, Aguiar JLD, Alvarez, Antunes, Bacic, Blanco, Bouchard, Boujrouf, Caceres, Calvache, Carvajal, De Giacomi, De Guevara, De Oliveira, Espinoza, Falkin, Gomez, Goncalves, Gouveia, Guanin, Haon, Heredero, Leocadi, Lessa, Lima, Lussi Iad, Margalina, Martinez Collazos, Mendez, Molina, Montalvan, Morais, Moreira, Moura, Nascimento, Oliveira Fb, Pereira, Pereira, Perez-De-Mendiguren, Prieto, Ramassotti, Reboucas, Risso, Roa, Rodrigues, Rojas-Rivas , Sacomano Sanchez , Sarachu ,Serpa ,Silva, Soares M, Soares V,Solano,  Srnec,Torrelli, Tottereau-Diaz, Vargas, Villalba-Eguiluz e Zerdani.

Abaixo, na Figura 2 encontra-se uma nuvem de palavras criada a partir do abstract dos 23 artigos encontrados na pesquisa da Web of Science.  Seu processo de criação envolve o website, wordclouds, ferramenta responsável para executa-la, e a imagem referência foi escolhida por se relacionar-se com o tema do evento: sociedades sustentáveis por meio da cooperação.Observa-se que os vocábulos mais citados foram representados com a grafia maior de acordo com sua periodicidade na nuvem.

As palavras encontradas e enfatizados na nuvem, a partir do abstract dos artigos, sugeriram que foram citadas algumas palavras expressivas no contexto políticas públicas e Economia Solidária. Palavras como:  economy, social, policies, community, fazem parte da conjuntura de economia solidária e política pública. Já as palavras organizations differents, work, social, new, organizations, estão fortemente relacionadas a este contexto, uma vez que os artigos refletem sobre esta realidade.

5 CONCLUSÕES

Este artigo objetivou apresentar um cenário das publicações internacionais, que versam sobre o tema Economia Solidária e Políticas, nesta década, na base de dados Web Of Science, considerando a partir do ano de 2010 até agosto de 2018, obtendo-se um total de 23 artigos. Ainda que não de forma continua, vislumbra-se um crescimento de publicações sobre o tema que até agosto do presente possuía 4 artigos publicados.

Através desta análise, verificou-se que as áreas de pesquisa que mais publicam são, Economic com 6 artigos e a Geography com 3 publicações. Outrossim, através da análise dos países que mais escrevem sobre Economia Solidária e Políticas, destaca-se que o Brasil é país com maior número de publicações sobre o tema, com um total de 7 artigos, entretanto o idioma da predominante entre as publicações é o espanhol, com 11 publicações no referido idioma.

Vislumbra-se que as organizações que mais publicam são: Consejo Nacional De Investigaciones Cientificas Y Tecnicas Conicet, Univ Cooperat Colombia, Universidad De La Salle e University Of Buenos Aires, com duas publicações em cada instituição, as demais possuem apenas uma publicação cada, ficando evidente a heterogeneidade dos tema, os autores também são bem diferenciados, com exceção de Caruana , que publicou 2 artigos sobre o assunto em questão os demais autores publicaram apenas um artigo cada.

Ao findar esse abordagem bibliométrica ficou constatada a pouca abordagem dessa conexão relevante que é a intersecção entre economia solidária e políticas públicas, ambos temas de extrema importância para a academia. Desta maneira, o objetivo deste estudo que é averiguar a produtividade intelectual no eixo economia solidária-políticas públicas foi atingido.

Por meio do estudo, pode-se averiguar a importância da temática, bem como a possibilidade e de aprofundamento das discussões sobre a sustentabilidade no âmbito da economia solidária.

A partir desta pesquisa bibliográfica percebe-se que o tema não esgotou-se, permitindo que outros trabalhos sejam desenvolvidos para identificar mais profundamente outras publicações sobre o tema em outras bases de dados, uma vez que esta pesquisa traz como limitação o fato de valer-se apenas da coleta da base de dados internacionais da Web Of Science, permitindo novas pesquisas com a finalidade de complementar, comparar e confirmar resultados encontrados no presente trabalho.

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*Advogada no Escritório de advocacia Esmerio Advocacia, atuando na area de TIC's no Ambiente Laboral, Assedio Moral no Ambiente de Trabalho e Direito da Sociedade em Rede. Bacharel em direito pela Universidade Franciscana- UFN, graduanda em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. E-mail: juliaesmerio@gmail.com.
** Bolsista de Produção Científica pela CAPES. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Graduado em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, Graduando em Estatística pela Universidade Federal de Santa Maria E- mail: r-alberti@live.com.

Recibido: 02/10/2019 Aceptado: 10/10/2019 Publicado: Octubre de 2019

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