Denise Adriana Johann*
Andrieli de Fátima Paz Nunes **
Deoclécio Junior Cardoso da Silva ***
Nandria Scherer ****
Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil
andriieli.nunes@gmail.comRESUMO
O presente ensaio teórico tem como objetivo investigar a relação da mentalidade empreendedora para a construção de um perfil empreendedor em estudantes. Para isso, busca-se estimular essa mentalidade, por meio de atividades e ações integradas entre alunos, professores e comunidade através do método design thinking. O trabalho justifica-se pela ideia de criar ambientes colaborativos e inovadores, onde os alunos olhem e pensem fora da caixa de forma reflexiva e inovadora. Para isso, este ensaio está estruturado em três partes. A primeira, abordará elucidações sobre a educação profissional com enfoque na educação empreendedora. A segunda, apresentará uma contextualização sobre o perfil empreendedor, aponta-se também alguns elementos voltados a mentalidade empreendedora no contexto da aplicação do método design thinking. Por fim, serão realizadas as considerações finais deste estudo.
Palavras-Chave: Mentalidade empreendedora; Perfil empreendedor; Educação profissional; Design Thinking.
ABSTRACT
The present theoretical essay aims to investigate the relationship of the entrepreneurial mindset to the construction of an entrepreneurial profile in students. In order to do so, we seek to stimulate this mentality, through activities and actions integrated among students, teachers and community through the method of design thinking. The work is justified by the idea of creating collaborative and innovative environments, where students look and think outside the box in a reflexive and innovative way. For this, this essay is structured in four parts. The first one will address elucidations about professional education with a focus on entrepreneurship education. The second one will present a contextualization about the entrepreneurial profile. Then, in the third part, it is pointed out some elements focused on the entrepreneurial mindset in the context of the application of the design thinking method. Finally, the final considerations of this study will be carried out.
Key Words: Entrepreneurial mindset; Entrepreneurial profile; Professional education; Design Thinking.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Denise Adriana Johann, Andrieli de Fátima Paz Nunes, Deoclécio Junior Cardoso da Silva y Nandria Scherer ((2019): “Mentalidade empreendedora: a formação do perfil empreendedor com a prática do método design thinking no contexto da educação profissional”, Revista Contribuciones a la Economía (abril-junio 2019). En línea:
//eumed.net/2/rev/ce/2019/2/mentalidade-empreendedora.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/ce192mentalidade-empreendedora
1. INTRODUÇÃO
O empreendedorismo tem se mostrado grande propulsor das atividades econômicas dos países, apontando-se o comportamento empreendedor um construto importante para o desenvolvimento de diversas atividades empreendedoras. Istance e Dumont (2013) corroboram que apenas no ambiente escolar de fato essa cultura empreendedora pode ser criada, os autores argumentam que essas práticas ganham intensidade ao serem associadas as disciplinas ensinadas. Desta forma, ressalta-se a importância das escolas, sendo propícias para ensinar ou estimular a mentalidade empreendedora nos jovens, gerando habilidades e competências, que visam capacitar esses jovens para entrada no mercado de trabalho.
Segundo Krpalek (2018) o conhecimento tem papel central na vida das pessoas e o indivíduo capacitado adquire informações e conhecimentos do mundo em que vive, da economia global, podendo desta forma empreender estas habilidades adquiridas em negócios, nas sua vida pessoal ou como funcionário de alguma organização. Dessa forma observa-se a importância do empreendedorismo e do espírito empreendedor na quantidade de criação de emprego e renda nos países, conforme Schaeffer & Minello (2016) a descoberta de inovações em produtos e serviços alavanca a economia e qualidade de vida dos indivíduos.
Neste sentido, é impossível estudar as instituições educacionais como entidades deslocadas de todo o contexto social ao qual nós indivíduos estamos inseridos. Silva et. al (2018) corroboram com este entendimento postulando que as escolas detêm informações e capital intelectual fundamentais para pesquisas que permitem a busca de entendimento e formulação de um melhor relacionamento entre ensino, trabalho e ciência.
A importância do ensino do empreendedorismo bem como a educação profissional tem sido reconhecida para o desenvolvimento social e econômico de uma nação não só no Brasil, mas em diversos países. Neste contexto uma educação diferenciada com mentalidade empreendedora vem crescendo ao longo dos anos com programas de formação, disciplinas e diversas pesquisas na área (BARNARD; PITTZ, 2018).
Lima et. al. (2015) contribuem com o pensamento de que o estímulo a uma educação empreendedora desenvolve nos alunos não só o desejo de empreender com a abertura de um negócio, mas também para o desenvolvimento de capacidades e habilidades, tornando um cidadão pró ativo e participativo no meio em que convive.
Neste contexto, a educação profissional diverge em dois sentidos, pois acaba por ofertar uma quantidade muito maior de profissionais, os quais dificilmente serão absorvidos pelos arranjos locais e a limitação dos jovens por opções de cursos de formação (SILVA et al., 2018). Assim, torna-se relevante desenvolver nesses cursos, características e perfil empreendedor, tornando-se um diferencial para que estes jovens possam atuar não só nos arranjos produtivos locais, mas de alguma forma entregar a sociedade algo além do que é absorvido pelo mercado de trabalho.
As experiências práticas e instrumentais analisadas em alunos de uma instituição de ensino profissional através de ações, atividades e dinâmicas observou-se o interesse e envolvimento por parte dos discentes, pois envolve seu futuro profissional e sua entrada no mercado de trabalho (GOMES & SILVA 2018).
As tendências levam a crer de forma significativa que há mudança na demanda por postos de trabalhos capacitados de forma diferenciada, e esta somente será suprida por alunos que tragam em seu currículo vivências aliadas com teoria e prática, capazes de gerar soluções e alternativas. O conhecimento tem papel central na vida dos indivíduos, onde aqueles que adquirem informações e conhecimentos a respeito do mercado econômico, podem desta forma, empreender, aplicando estas habilidades em seus negócios (KRPALEK ET. AL. 2018).
Neste contexto mudanças não só de currículo, mas também tecnológicas estabeleceram uma nova modalidade complementar de educação, no ano de 1996 a educação profissional, com o intuito de preencher essa lacuna no mercado de trabalho, passa a oferecer de forma articulada a formação de modo a desenvolver valores e competências necessárias.
Diante desta visão o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora deve estar de acordo com as rotinas de ensino e currículos existentes. O grande desafio é que os professores, como praticantes do pensamento, construam pontes entre as demandas do currículo oficial e o ambiente de aprendizado necessário para desenvolver a mentalidade empreendedora (DE CORTE, 2013).
Segundo De Corte (2000) o currículo usado com base na metodologia design thinking é construtivo, onde o capital intelectual é adquirido através de vivências experienciadas. O autor acrescenta ainda que os alunos imersos neste programa vivenciam as dificuldades e se engajam para encontrar a solução do problema, de uma forma geral esta é a característica do design thinking, aprender fazendo de forma colaborativa, respeitando a individualidade, pois cada aluno tem suas particularidades.
Evidencia-se a importância da reflexão acerca do papel dos gestores, professores, técnicos, alunos, órgãos de fomento, da comunidade externa, enfim de toda a sociedade, comprometidos e envolvidos em tais ações e projetos, de forma a estimular e desenvolver o espírito empreendedor (CLARK, 2006).
O investimento em educação é pauta de diversos estudos e discussões, a educação é citada em várias pesquisas como pilar para o desenvolvimento e crescimento das economias deste século. Sob essa perspectiva para Krpalek et. al. (2018) a criatividade e o incentivo ao empreendedorismo deve ser estimulado em todos os níveis de ensino, o autor alia o papel do jovem estudante como agente da própria aprendizagem nesta nova realidade de mercado.
Diante disto, o crescimento da importância do profissional empreendedor para a sociedade evidencia necessidade de a escola desempenhar seu papel e evoluir nesse campo. Assim, este trabalho investigará relação da mentalidade empreendedora para a construção de um perfil empreendedor em jovens estudantes de escolas de ensino técnico e tecnológico. Para isso, busca-se estimular essa mentalidade, por meio de atividades e ações integradas entre alunos, professores e comunidade através do método design thinking.
Este trabalho trata-se de um ensaio teórico que tem como objetivo relacionar a mentalidade empreendedora na formação do perfil empreendedor, diante da perspectiva da educação profissional. Para isso, este ensaio está estruturado em três partes. A primeira, abordará elucidações sobre a educação profissional com enfoque na educação empreendedora. A segunda, apresentará uma contextualização sobre o perfil empreendedor, onde aponta-se também, alguns elementos voltados a mentalidade empreendedora no contexto da aplicação do método design thinking. Por fim, serão realizadas as considerações finais deste estudo.
2.1.EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM ENFOQUE NA EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Vieira e Souza Junior (2016) afirmam que a educação profissional e tecnológica (EPT) acompanha o homem desde os tempos mais remotos, transferindo uns aos outros os saberes e técnicas profissionais através da observação, pela prática e pela repetição, que possibilitaram a sobrevivência e funcionamento da sociedade.
Silva (2015) corrobora no sentido de que a educação profissional tem como foco a formação de profissionais com conhecimento aliado a requisitos técnicos, compromisso ético e visão crítica, pois considera relevante a necessidade de promover a formação de um trabalhador apto a lidar com os problemas da sociedade.
O atual mercado de trabalho exige não somente conhecimento técnico para o desenvolvimento de funções produtivas nas organizações, mas também, competências e habilidades congruentes a um trabalho flexível, com facilidade de adaptação para atender demandas rápidas e constantes (SILVA, 2015).
Sob essa perspectiva, atividades com objetivos educacionais voltados não somente para negócios, mas também para formações capazes de desenvolver independência, pensamento crítico e auto-aprendizagem, devem estar presentes em todos os níveis de ensino. Possibilitando assim aos alunos através de um múltiplo perfil de competências, agregarem conhecimento e condições para tornar o indivíduo um funcionário, gerente ou empreendedor de sucesso ao mesmo tempo que o prepara para futuros desafios (KRPALEK et al., 2018).
Para Menezes e Santos (2001) a Educação Profissional é uma Modalidade de ensino oferecida ao aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto.
Segundo a (UNCTAD, 2011) o ensino profissional é o processo educativo que implica, além de uma formação geral, aquisição de conhecimento e aptidões práticas previstas a certas profissões em diversos setores do mercado de trabalho. Como consequência de seus objetivos, o ensino técnico distingue-se da formação profissional que visa essencialmente a aquisição de qualificações práticas e de conhecimentos específicos necessários para a ocupação de um determinado emprego ou de um grupo de empregos determinados.
É necessário ressaltar que as transformações políticas no cenário internacional e no Brasil, implicaram em processos que levaram o Estado a aderir mudanças em sua forma de atuação e suas políticas educacionais, procurando preparar-se de forma competitiva as demandas do mercado, considerando assim novos perfis profissionais com novas habilidades e competências, estendendo desta forma esta demanda as instituições acadêmicas e profissionais (CONAE, 2013).
Estácio et al. (2018) defende que o processo de aprendizagem na formação profissional elenca tanto conhecimentos técnicos como práticos, estimulando desta forma o estudante a desenvolver habilidades e competências em determinada profissão, passando por um processo de via dupla, onde o educador e educando em qualquer das modalidades de ensino são seres de diálogo, críticos e criativos.
Para Gomes e Silva (2018) através de relatos de alunos analisados em estudo, os aspectos descritos são extremamente satisfatórios não só para a vida profissional, mas também para a vida pessoal, ampliando a visão de mundo em relação ao mercado de trabalho. De acordo com alguns estudos, os cursos profissionalizantes, abrem um leque de possibilidades por meio do conhecimento do mercado de trabalho. Este conhecimento adquirido, lhes dá aprendizado para empreenderem de diversas formas, constituindo uma empresa, e ao mesmo tempo, passam a conhecer novos postos de trabalho, o funcionamento das empresas e seu comportamento diferenciado no ambiente de trabalho (GOMES & SILVA, 2018).
Já o ensino de empreendedorismo deve seguir uma metodologia própria, diferente da utilizada no ensino tradicional (LOPES, 2010; DOLABELA; FILION, 2013; LIMA et al. 2015b). Um dos principais objetivos da educação empreendedora é gerar atitudes positivas em relação às atividades empreendedoras e desenvolver habilidades de pensamento (FAYOLLE, GAILLY; LASSAS-CLERC, 2006), que permitam aos alunos reconhecer, pesquisar e buscar oportunidades, uma área-chave no empreendedorismo (BUSENITZ et al., 2014).
Gedeon (2014) acrescenta que a educação para o empreendedorismo engloba crescimento e transformação pessoal que proporciona aos alunos conhecimentos, habilidades e resultados de aprendizagem atitudinais. No processo de educação empreendedora a ação é fundamental, de acordo com Neck e Greene (2011) o primeiro passo para esse processo consiste em permitir que os alunos experimentem a realidade para depois aprenderem conceitos.
Neste contexto Gonzalez e Afonso (2016) ressaltam que a Educação Profissional e Tecnológica sinaliza para o atendimento das demandas dos arranjos produtivos, focando o mercado de trabalho e consequentemente o desenvolvimento econômico.
2.2. PERFIL EMPREENDEDOR
Roxas & Chadee (2013) atribuem ao perfil empreendedor, as características comportamentais intrínsecas do indivíduo determinadas no seu contexto de vida, com um olhar sob uma perspectiva individual. Diversos autores defendem que uma orientação empreendedora pode gerar em longo prazo diversos benefícios para as economias e índices positivos para as nações. Conforme Muraro et al. (2018), a contribuição desta orientação com a oferta de disciplinas e estímulos voltados ao empreendedorismo são importantes ferramentas capazes de estimular atributos ao perfil empreendedor dos estudantes.
A literatura sugere que quanto mais cedo às crianças começarem a entrar em contato com o empreendedorismo, maiores são as probabilidades de o empreendedorismo ser reforçado (LÖBLER, 2006). Lima et al. (2015) ressaltam que uma proposta empreendedora de ensino permite aos estudantes se beneficiarem com o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades empreendedoras. Os autores evidenciam que a educação empreendedora estimula o pensamento criativo, a geração de inovações e o aumento do nível de autoestima e responsabilidade dos estudantes.
Neste sentido Politis (2005), ressalta que de forma alguma o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora deve estar em contraponto com as práticas de ensino tradicionais e currículos existentes. Rocha e Freitas (2014) enfatizam que a miríade de opções pedagógicas existentes é o resultado da especificidade da formação empreendedora, que requer modelos de ensino que permitam ao aluno desenvolver as habilidades e técnicas por meio de experiências práticas durante a sua aprendizagem. Os autores também elencam métodos, técnicas e recursos, e suas respectivas aplicações.
Nesse processo Krpalek et. al. (2018) propõem como papel da educação despertar a criatividade, planejamento e gerenciamento nos alunos, visto que, como detentor dessas capacidades o indivíduo terá êxito em suas escolhas pessoais e profissionais. Ainda neste sentido os autores afirmam que independente da opção do aluno, a escola deve oportunizar condições favoráveis ao sucesso e motivação. Por essa razão, conforme Oliveira (2010), a escola vem sendo encarada como um local privilegiado de transmissão de conhecimentos e desenvolvimento de competências essenciais para o crescimento do ser humano.
Lopes e Souza (2005) objetivaram especificamente a construção de um instrumento de medição para o perfil empreendedor. Os autores partiram de quatro fatores identificados pela literatura: realização, planejamento e poder, acrescidas do fator inovação. A análise fatorial apontou a existência de somente dois fatores compostos: Prospecção e Inovação, e Gestão e Persistência; os autores também sugerem a existência empírica de somente um fator, chamando-o atitude empreendedora.
Seguindo essa prerrogativa, Souza et al. (2016) aplicaram a escala de Santos (2008) o qual propõem o potencial empreendedor ser um construto composto por três dimensões atribuídas ao empreendedor de sucesso (referentes às características empreendedoras de McClelland, em seu estudo The achieving society: - Realização, Planejamento e Poder - e uma dimensão atribuída ao âmbito mais íntimo relacionado ao desejo, ou seja a Intenção Empreendedora. Segundo as características potenciais empreendedoras para cada atributo adotou-se duas dimensões ao construto perfil empreendedor de Santos (2008, pag. 193), que compreende os aspectos individuais, psicossociais e comportamentais do empreendedor, mas também entende que não basta o indivíduo possuir esses atributos para efetivamente abrir um negócio:
“Isso ocorre devido a orientação que separa inventores e inovadores daqueles que se tornam empreendedores: os primeiros são orientados pela “materialização da ideia”, enquanto os últimos são orientados pela “comercialização / marketing, então, características comumente encontrados em empreendedores de sucesso são atribuídos ao potencial empreendedores.”
O autor enfatiza ainda que estas características e atributos não sinalizam sucesso e permanência no mercado, pode ser um processo que a organização permaneça por um período ativo, neste sentido o Sebrae (2016) apresenta dados que indicam que em torno de 50% das empresas encerram suas atividades antes de completarem 2 anos de funcionamento.
2.3. MENTALIDADE EMPREENDEDORA
Segundo Zupan e Cankar (2018) em seu estudo o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora ocorre desde o ensino primário. O método de pensamento de design, uma estratégia de ensino para desenvolver a criatividade pode ser um grande estimulador desta mentalidade. O pensamento inovador e uma mentalidade empreendedora nos jovens pode ser estimulado e desenvolvido como uma habilidade, universalmente aplicável através do método “Design Thinking”(ZUPAN; CANKAR 2018).
Kucel et. al. (2016), afirmam que os alunos que têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades empreendedoras são mais criativos e conscientes em busca de emprego, obtendo melhores empregos ao mesmo tempo em que estão preparados também para serviços autônomos. Despertar habilidades de um perfil empreendedor, de uma mentalidade empreendedora acontece a partir da criação de produtos ou serviços e entender na prática todas as etapas de administração de uma empresa preparando os alunos desta forma para as demandas do mercado de trabalho (Sahlberg & Oldroyd, 2010).
Neste contexto os autores Sahlberg e Oldroyd (2010) definem que a competitividade de uma nação está correlacionada a seu capital criativo e intelectual, desta forma encontrar soluções criativas para resolver problemas sinaliza o desenvolvimento através de uma educação preparada para a competitividade.
Hisrich, Peters, & Shepherd (2014) definem a mentalidade empreendedora como a capacidade de pensar, detectar, entender e, como consequência agir, diante das oportunidades, apesar das incertezas.
Para Schaeffer & Minello (2017, p. 5) a mentalidade empreendedora tem despertado interesse de pesquisadores de diferentes escolas e áreas do conhecimento (administração, psicologia, educação, etc.) que passaram a conduzir estudos segundo diferentes abordagens (cognitiva, sistêmica, construtivista, ontológica, humanista, etc.).
Os modelos mentais, moldados desde a infância com a educação, experiências vivenciadas e relações sociais vividas, definem o modo de percepção e entendimento das coisas, impulsionando a ação empreendedora (SCHAEFFER; MINELLO, 2017, p. 24). Já as representações empreendedoras, para os autores, seriam a base a partir da qual a atividade empreendedora pode ser concebida, aprendida, expressada e modelizada. E por fim, a forma mentis do empreendedor, que seriam um conjunto de aspectos que definem a visão do mundo e de si mesmo, que determina o modo com que um indivíduo percebe e entende as coisas, e por consequência o modo com que age, moldando a sua personalidade (SCHAEFER; MINELLO, 2017, p. 24).
2.3.1. MÉTODO DESIGN THINKING
O método Design Thinking é uma ferramenta que tem se mostrado eficaz na busca de processos inovadores. Segundo Vianna et al. (2012), o método está associado à maneira de ver as coisas e resolver os problemas, é uma metodologia que possibilita uma nova visão de pensar e abordar problemas, partir de demandas, necessidades e tendências percebidas, centrado nas pessoas. Nasceu nos Estados Unidos e foi idealizada pela empresa de design e inovação IDEO com base no pensamento de um designer, surgindo a denominação do conceito DT (VIANNA, 2012).
O objetivo do método do design thinking é o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora fomentando competências e habilidades de jovens estudantes, de educadores e até mesmo de organizações através da criatividade e inovação, identificando práticas eficazes ao apoio de demandas locais e regionais. Conforme Vianna et al. (2012), o design thinking tem como foco central o bem-estar das pessoas e, por meio de pesquisas relacionadas a esta demanda que afetam esse bem-estar, busca-se soluções inovadoras para os problemas encontrados.
Segundo Oliveira e Dias (2015), o Design thinking traz uma visão holística para inovação através de um processo entre os atores, co criando soluções e as protipotando para melhor entendê-las, gerando soluções inovadoras e inusitadas, através da união da arte, ciência e tecnologia. Com vídeos, música teatros e representações, junto com estatísticas e metas.
Os temas (problemas) são baseados em ideias repetidas ou interessantes, conceitos e palavras-chave, despertando a criatividade para várias situações, entre elas, desenvolver ou criar algo, que pode ser um serviço como uma aula inovadora, ou um produto como um robô ou ainda uma estratégia (VIANNA et al., 2012).
As etapas do Design Thinking, estão divididas em Imersão (subdividindo-se em Imersão Preliminar e Imersão em Profundidade), ideação, prototipação, testar e implementar. A imersão é a fase inicial do processo de Design Thinking, nesse momento, a equipe de projeto identifica o problema e o universo ao qual está inserido e definir um desafio para satisfazer a necessidade encontrada (VIANNA, 2012).
Segundo Kilpatrick, Field, & Falk (2003), na imersão a equipe descobre o público e as pessoas relacionadas ao desafio com observação, conversas e entrevistas através de pesquisa de campo das necessidades com foco colocar as pessoas no centro do desenvolvimento do produto ou serviço. Encarar as situações com empatia, através da compreensão de seus comportamentos, desejos e sentimentos, desenvolvendo desta forma o capital social que é um componente importante da aprendizagem ao longo da vida (KILPATRICK; FIELD; FALK, 2003).
Neste contexto a verificação dos problemas através da ótica dos envolvidos, demanda e oferta, professores e alunos, ou empresas e clientes visualiza as dificuldades e define os limites do projeto. Segundo Vianna (2012) a imersão em profundidade consiste em se aprofundar no assunto e no contexto de vida das pessoas envolvidas no projeto. Nesta fase as ideias são refinadas.
A fase de ideação objetiva produzir ideias inovadoras para o tema do projeto e, para isso, utiliza-se as ferramentas de síntese para estimular a criatividade e gerar soluções que estejam ligadas ao tema do trabalho. Esta fase serve para identificar uma solução para o problema com um projeto viável através de diversas ferramentas utilizadas como brainstorming, workshop de cocriação e matriz de posicionamento (SUGAI, 2013).
Já na prototipação e teste o abstrato se materializa, partindo das hipóteses de soluções para resolver os problemas das partes interessadas. A prototipação tem como função auxiliar a avaliação das ideias (VIANNA, 2012). Nesta fase a idéia sai do abstrato e torna-se tangível com a criação do protótipo. A última etapa serve para finalizar o produto ou serviço e implantá-lo.
O recorte escolhido para este ensaio é o processo de implantação do método design thinking em estudantes da educação profissional, instigando através deste método a mentalidade empreendedora destes alunos, propiciando desta forma a formação de um perfil empreendedor nos mesmos. Através de ferramentas de síntese desenvolvidas na fase de análise serão levantadas as demandas a serem trabalhadas em um ambiente encorajador e positivo, as idéias serão validadas na fase de prototipação levando-se em conta o objetivo, a finalidade e a viabilidade. O projeto será denominado Mente Empreendedora no Ensino Profissional.
Grácio e Rijo (2017) corroboram com o pensamento de que o DT é uma metodologia flexível que através de um mapa de cenários em qualquer área com trabalho através das percepções individuais emergem soluções que são subestimadas na vida cotidiana. Aliada a interação de diferentes perspectivas o método pode levar a soluções inovadoras.
Na concepção de Brown (2010) o método vem para trabalhar a diversidade cognitiva da equipe, sendo que o trabalho de design é um trabalho em equipe, que visa enxergar no problema uma oportunidade. O Design Thinking aborda produtos e serviços com inovação, mas sempre centrada no ser humano, por se tratar de algo não linear o método defende que não existe uma só resposta e ela pode não ser a resposta perfeita, e sim há diversas maneiras de solucionar e enxergar o mesmo problema (BROWN, 2010).
Para Thienen & Meinel (2015), Design Thinking é uma abordagem para criar inovações que atendam às necessidades humanas não satisfeitas, mas estas devem estar alinhadas com viabilidade técnica e financeira. Alguns autores denominam o método como aspiração para criar mudanças no mundo e utilizam a metáfora de caçadores de grandes ideias para descrever essa perspectiva (LARRY, 2012).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente ensaio teórico teve como objetivo aplicar a metodologia design thinking em alunos do ensino profissional com o intuito do desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora e após investigar a relação desta mentalidade para a construção de um perfil empreendedor nestes estudantes.
Dessa forma, torna-se relevante estudos acerca dessa temática, buscando estabelecer reflexões pertinentes que venham contribuir para a sociedade como um todo. Ademais, estudos recentes têm denotado a eficiência e importância desta metodologia, associando-a as habilidades de empregabilidade, parcerias organizacionais, a aprendizagem e desenvolvimento profissional, no crescimento estratégico bem como, na educação empreendedora (NIELSEN; STOVANG, 2015; LEWIS; HAYWARD; HORNYAK, 2017; PHUSAVAT et al., 2018; LIEDTKA; KAPLAN, 2019; ORNELLAS; FALKNER; EDMAN STÅLBRANDT, 2019).
Com isso, percebe-se o crescimento dos estudos voltados a metodologia do Design Thinking no contexto educacional, auxiliando na propagação do conhecimento e da mentalidade empreendedora, onde através de suas especificidades podem desenvolver um perfil empreendedor.
Através do educação acerca do empreendedorismo é possível despertar nos alunos o interesse por empreender estimulado por características essenciais à personalidade e atitudes, que muitas vezes não foram percebidas em outras situações e que podem ser estímulo a desenvolver um perfil empreendedor (ELMUTI; KHOURY; OMRAN, 2012; MALACH; MALACH, 2014; NYADU-ADDO; MENSAH, 2018).
Como uma alternativa a Educação Empreendedora surge para promover criatividade para superar as mudanças e a competitividade impostas pela globalização, capaz de colocar a universidade frente à sociedade, reforçando sua função de ensinar mas também de promover do desenvolvimento através do conhecimento, da inovação e do empreendedorismo (HÄGG; SCHÖLIN, 2018). Da mesma forma, destaca-se a importância de iniciativas voltadas ao ensino, ligadas diretamente a desenvolver uma mentalidade empreendedora no aluno, consequentemente contribuindo para processo de desenvolvimento do mesmo, pois quando o estudante desenvolve o espírito empreendedor a vivência é praticada em qualquer área de atuação destacada um perfil proativo capaz de encontrar soluções criativas para os problemas, criar metas e objetivos e inovando em seu campo de atuação (LIGUORI et al., 2019).
Porém, para que isso ocorra, torna-se vital que desenvolva-se a mentalidade empreendedora e isso pode ser feito empregando metodologias ativas, bem como, disciplinas que levam para essa perspectiva, gerando com isso, maior aceitabilidade e propagação desse conhecimento, desenvolvendo os estudantes a pensarem de forma inovadora , empreender e contribuir cada vez mais com a sociedade (LINDBERG et al., 2017; JABEEN; FAISAL; KATSIOLOUDES, 2017; DE WINNAAR; SCHOLTZ, 2019).
Entretanto, apesar da importância que a temática estabelece no contexto atual, é necessário ter em mente que além de pensar em ensinar é preciso pensar em quem vai ensinar. Nesse contexto, o estudo realizado por Otache (2019) pode ser citado, pois estabelece uma reflexão acerca de quem e o que deve ser ensinado, para que de forma eficaz e eficiente, seja desenvolvido a mentalidade empreendedora.
Desse modo, entende-se que o objetivo desse ensaio foi alcançado, visto que a mentalidade empreendedora deve ser propagada, com o auxílio de metodologias como o Design Thinking, visando contribuir com o desenvolvimento do perfil empreendedor dos indivíduos elencando o empreendedorismo nos diferentes contextos. Ainda, sugere-se como pesquisa futura, a utilização de métodos multicritérios para evidenciar os aspectos que influenciam no desenvolvimento da mentalidade empreendedora nos alunos de diferentes áreas do conhecimento e não somente no ensino profissional onde ateve-se a atenção aos jovens estudantes que estão se colocando no mercado de trabalho.
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