Roberto Carlos Amanajas Pena
robertoamanajas@yahoo.com.br
Universidade Paulista
Maria do L. Amanajas Pena
SENAC
Heriberto Wagner Amanajas Pena (CV)
Universidade do Estado do Pará
RESUMO
A filosofia investiga as teorias a respeito das verdades do mundo, e atribui uma explicação conducente que leva a esta questão indefinida através das doutrinas filosóficas para seguimento analítico dessa vertente, a natureza do conhecimento verdadeiro nos direciona a várias verdades existentes: a verdade existencial, a verdade subjetiva, a verdade pragmática, a verdade dogmática, enfim, nos deparamos no interior de múltiplas verdades, causando como resultado uma variação de entendimento para constatar a objetividade da vida. Tentar elucubrar é refletir no que a verdade significa para nós, nossa meta, nossa espiritualidade, nosso momento, nossa linguagem. De outro, levantar diversas questões que ainda parecem não ter sido resolvidas, e em muitos casos mal compreendidas pelo senso comum. Os critérios que nos leva a escolher e crêr na realidade que nos apresenta movida pelos fatos ou entendimento racional, é mostrar que a verdade é uma pluralidade de consenso e ideologias fixadas no intimo de cada individuo.
Palavras-Chave: Lógica, verdade, conhecimento, filosofia.
ABSTRACT
Philosophy investigates theories about the truths of the world, and gives an explanation that leads to this question that leads through the indefinite philosophical doctrines to follow this analytical part, the nature of true knowledge leads us to multiple truths exist: the existential truth, the subjective truth, the pragmatic truth, the dogmatic truth, finally, we came within multiple truths, causing a change as a result of understanding to establish the objectivity of life. Try elucubrar is reflected in the fact that the means for us, our goal, our spirituality, our moment, our language. On the other, raise several issues that still seem to have been resolved, and in many cases poorly understood by common sense. The criteria that leads us to choose and believing in the reality that has driven by facts or rational understanding, and show that truth is a plurality of ideological consensus and intimate set in each individual.
Keywords: Logic, truth, knowledge, philosophy.
1. O MITO DA VERDADE
As razões leva o individuo à busca da verdade é estritamente especulativa, que acontecem por via da dúvida é o que chamamos de método dedutivo, observa-se as informações baseando-se em uma interpretação nociva da realidade advinda da natureza imaginativa, com isso, as deduções estão no comportamento que a realidade é expressada para o momento, deduzir é criar através das nossas narrativas, conseqüências paralelas ao fato, essas interpretações são efeitos de um pensar não racional no convívio social, porém, essas deduções não apresentam clareza aos acontecimentos enunciados causando com isso, um dogma nas nossas reflexões. Segundo os autores: PENA. Roberto; PENA. Heriberto; PENA. Maria.
“A fábula está no conhecimento dialético, ao imaginar o mito presente a pensamentos irreais, fictícios e ilusórios, constrói-se a base de uma organização perante aforismos criada em cima de argumentos, para dar vida e esse mito Platão utiliza da realidade subjetiva para aplicar sobre a lógica contraditória de suas aparências e reais aos desejos do mundo, Platão descobre que pontos contrários se atraem, logo idealiza, por exemplo: o mito da caverna. Cria-se uma conduta de libertação, e ao mesmo tempo, idealiza uma realidade advinda das aparências, onde os homens estão ao fundo da caverna, presos, acorrentados, e oprimidos a esse confuso lugar esquecido por todos irrealizado como homem, para esses homens a única realidade que eles conhecem é a própria caverna, os reflexos oriundos a uma luz que parte da extremidade da caverna, são respingos de um conhecimento para aqueles que permanecem a densa escuridão da caverna, a lógica por sua vez, é a fonte ideológica, e a única libertação, a contradição que esta presente no mundo das aparências e no mundo das idéias, a via da ilusão do dia-a-dia, das perturbações terrenas são as únicas realizações que contribui para o lado da compreensão de uma palavra cuja extensão é razoavelmente clara e trata-se de conferir uma certa finalidade teórica com essa dificuldade de interpretação advinda dos próprios indivíduos que estão na caverna.” en Contribuciones a las Ciencias Sociales, noviembre 2011, www.eumed.net/rev/cccss/15/ (ISSN – 1988 – 7833).
Na antiguidade quando os Mitos eram explicados de uma forma convincente por meio dos deuses, exigia-se uma reflexão que estava sendo comunicado em uma narrativa, adotando uma persuasão que a cultura exigia para a época conservando os mecanismos de manipulação. Nesse campo, a crença cultuada era proporcionada para proteção da vida. Os males ocasionados pelo mito atingiam seguimentos populares, e criavam circunstancias baseadas à cultura coletiva. O que temos são apenas raciocínios em busca de nossa realidade, complexa, contraditória e o que mais perturba, é inexplicável. O que podemos considerar como principio é que as relações entre o desconhecido e o real ocasionam uma interpretação para a nossa existência, e sempre existe um propósito para o real. Afirma GHIRALDELLI (2003)
“O papel do mito é o de informar as pessoas e dar sentido à existência delas, as que crêem nele, mas, principalmente, o mito deve socializar os que vivem em uma comunidade que é mantida unida, em grande parte, por tal função de agregação que ele proporciona.”1 Pg.04
Ao atribuir o conceito sobre a verdade, estamos alojando na mente que a realidade pode ser considerada como principio da verdade, para identificar a real circunstância do fato evidenciaremos que a terra está tão viva como nós, como fonte produtora para receber a semente da vida e transformá-la em fruto vivificado. No critério investigativo relacionando mito e realidade de maneira direta, tenta explicar de maneira coerente, expondo seus pensamentos e comprovando a realidade, ao passo em que, surgem novas realidades no nosso convívio social, e que essas verdades pode ser verdades provisórias, ao fato da realidade está contida na transformação da história, usa-se esse legado para arrogar o mecanismo do indivíduo formado pela relação social.
“O mito recebe da filosofia a forma lógica ou a conceituação lógica, enquanto a filosofia recebe do mito os conteúdos que precisam ser pensados, de sorte que “devemos considerar a historia da filosofia grega como processo de progressiva racionalização do mundo presente no mito”.” CHAUI pg. 31
O mito realça sua verdadeira fonte no estado de natureza mórbida, quando se associa com o homem para provar sua fraqueza por meio da temeridade causada por danos morais e sociais na vida terrena. São atribuídos os medos através de explicações míticas na tentativa de elucidar como forma de obtenção para regular o seu domínio irracional. Esse medo, causado pela ânsia de defender sua natureza própria como verdade aplicável ao momento, e que o medo seja considerado uma ausência da verdade, ou seja, um mito, um conflito interior a modificar o estado de falência, quando sentimos medo, estamos divorciado da verdade, estamos vulnerais não só ao medo, mas, a verdade como significado para evidenciar o obscuro. Então, a palavra medo está associada à falta de verdade no homem, Como pode-se comprovar as verdades se o homem está constante medo consigo mesmo
2. A VERDADE NA AÇÃO DA LINGUAGEM
Ao visualizar as verdades eternas como fonte de inspiração para mente efêmeras, adotamos um silogismo para aperfeiçoar os critérios da linguagem, desse modo, as colocações através desse raciocínio lógico permite que palavras sejam colocadas de forma dedutiva e indutiva com fase que perceba-se analise dos conteúdos que estão em diálogo no caso a “linguagem”, essas cátedras são inerentes a concordância que fazemos de tal procedimento. Utiliza-se a coesão e a coerência como aplicativa para normatizar sua aquiescência com o propósito de salvar os diálogos entre os sujeitos, tornando-se uma regra de respeito e ética entre as comunicações que no resultado de uma verdade autêntica. O Pensamento de Foucault em administrar essa esfera da linguagem é um modo pelo qual os sujeitos se encontram mutuamente e exercem o significado da verdadeira esfera lingüística.
A valorização do modo racional e uma conseqüência da aplicabilidade do raciocínio ente as pessoas para tentarem alcançar mesmo que supostamente, a verdade, as possibilidades estão em assimilar os exercícios com que as palavras, criam-se universalmente uma abordagem que a define controladora das instancias de pensamento. Descobri-se com isso, que linguagem se procede criticamente aliada ao tempo, e mesmo dilacerada com propósitos comprimidos pela sociedade ela se valoriza pelo iletramento dos que não possuem habilidades para cultuar a linguagem.
As reflexões sugeridas pela filosofia advêm de uma investigação com propósito de equilibrar a contraste deixado pela cultura. É claro que liberdade de prestar nivelamento a comunicação como hábito desenvolve um interesse por este mecanismo usual do mundo em estamos. Isso reativou um pensar mais voltado para o lado concreto e existencial da palavra. Ao colocar a linguagem em alteração com o próprio pensamento condicionou uma abertura a obscuridade enigmática da linguagem. Comenta Foucault:
“Esse reaparecimento deve-se ao fato de que a linguagem retornou a densidade enigmática que tinha no Renascimento. Mas não se tratará agora de reencontrar uma fala primeira que aí estivesse enterrada, mas de inquietar as palavras que falamos, de denunciar o vinco gramatical de nossas idéias, de dissipar os mitos que animam nossas palavras, de tornar de novo ruidosa e audível a parte de silêncio que todo discurso arrasta consigo quando se enuncia.” Pg. 321.
Outras correntes filosóficas dão investigação a este juízo de verdade, além disso, coloca a linguagem como forma de conseguir uma interpretação para a verdade, é a linguagem apresenta o lado retórico do mundo concreto e utiliza apenas para diferenciar o real do irreal, para Rorty o pensamento de ilusório e de refutação a idéia de uma verdade prática, a partir da ponderação que fazemos nossos fatos. A verdade por ser panorâmica a essas duas esferas “subjetiva e objetiva”, e que esta realidade é estritamente social, para isso, abandona as idéias tradicionais de realidade ou verdade e coloca como única verdade para o homem a utilidade social, ao passo em que a verdade deixa de existir para dar lugar à utilidade. O que se percebe é que ao longo da história, várias correntes antagônicas ou sincrônicas se debruçaram ao tentar enunciar o propósito da verdade, como sendo uma vertente para o mundo e utilidade para o homem. Comenta GHIRALDELLI (2003)
“Rorty, por sua vez, acredita que o “verdadeiro”, ao opor-se ao “justificado”, o faz em um sentido de aviso somente(...)Para Rorty. Justificação, diz ele, é uma prática histórica e mundana; é pouco plausível que o termo “verdadeiro”, ao contrário de qualquer prática de justificação, possa se distinguir utilmente de uma sentença por obra de sua existência ou garantia em um campo universal, de caráter pragmático. A prova que Rorty oferece da não-diferença em espécie entre “justificado” e “verdadeiro” caminha em um sentido especifico do raciocínio pragmático.” Pg. 175
A idéia de verdade não teria suprida a necessidades de se alcançar as realidades previstas e concretas? O que se vê são apenas supostas variações conceituais que remontam uma idéia próxima de explicações evidenciais, que seriam compreendidas a partir da casualidade dos fatos.
Então, a verdade para os pragmáticos seria os fatos que ocorriam em função de sua razão, ações e momentos, pois colocariam o uso explicativo da verdade para viabilizar o acontecimento imposto pela condição de presença, ocorrendo vários fatos dessa categoria, logicamente, tendendo a proporcionar várias verdades em si, estabelecendo assim, a maneira temporária ou provisória para se alcançar a veracidade. Por exemplo: somos condicionados pela verdade diária, com isso, construímos nossa verdade ao dia, sendo que ao dia posterior essa verdade que foi criada deixa de existir, por quê? Por que a condição humana está relacionada apenas ao momento da verdade, e é por essa razão, que a verdade é momentânea, passamos a construir então várias verdades, que impulsionam à vida, quanto ao objeto homem deixar de existir, a verdade deixa de ser evidenciada, passando a concretização de uma verdade a cada dia, o homem passa a usar sua linguagem na efêmera dialética de comunicação, não se pode voltar ao tempo, apenas acrescentar e inserir momentos perdidos.
Todo teoria refletida tendo como fundamento a representação da realidade, é repugnada pelo neopragmatismo. Se vir a prática através que passamos a concordar com o que é regido pela razão, o pensamento pode alcançar as irrealidades, e a linguagem pode falar das mesmas irrealidades, o que não é necessário que mesma realidade possa ser transmitida de forma semelhante, a ação comunicativa através da razão norteia para que o progresso do diálogo esteja voltado para a socialização e interação das pessoas.
Acreditar na refutação dos nossos pensamentos como se fosse uma realidade que adotamos nesse mundo como fonte para as nossas irrealidades, é burlar a identidade da verdade e fixar entre o obvio e o falso entre o certo e o errado, princípio que permeiam nossas utopias nosso imaginário e com isso passar a viver a mesma idéia que o nosso sujeito determinou como forma de verdade. E a linguagem é o ato da verdade pelo simples fato de aproximar e interagir as pessoas, sobre a maneira que temos em absorver a ação e representá-la ao convívio social.
3. RACIONALIZAÇÃO
Para comentarmos o que é existência temos que nos libertar das amarras que nos prendem tanto material como existencial, liberar a alma dos vícios que a carne promove, vestígios da verdade são investigados e inseridos no mundo através pensamento uma inquirição que se mistura com o mundo o mundo real, Heráclito procurava a verdade na natureza, descrevia que a verdade era o encontro de via de acesso que geram outras verdades, e que a própria verdade não um significado do real, a dialética está sempre em circulação, a verdade seria a harmonia natural, uma união daquilo que se pensa com aquilo que se constrói. Seria a concretização de elementos objetivos com elementos subjetivos, as forças resultantes trabalhando em sentido oposto.
A racionalização vem para organizar as idéias que o lado demonstrativo da vida impõe, por meio a racionalização trabalha em conjunto com lado empírico, sua vertente é avaliar se a construção da idéia sobre verdade está seguindo as veredas da lógica, por sua vez, atenta para que surjam vários concepções que estão voltados para o critério da verdade. Impulsionar a investigação é uma determinação votada para ciências humanas, em tese percebe-se que a razão precisa de tempo para pautar uma maneira de sair da crêndice das opiniões e concretizar um conceito de verdade absoluto.
Segundo os autores: PENA. Roberto; PENA. Heriberto; PENA. Maria.
“E cria com isso, uma contradição de conhecimento racional baseado na sua explicação sobre o autêntico, colocando sua tese em questão para opor o caminho da crêndice, da opinião própria, da fantasia e aparência, tentar pautar esses pensamentos lógicos de identidade é conseqüentemente achar o próprio enigma do problema.” en Contribuciones a las Ciencias Sociales, noviembre 2011, www.eumed.net/rev/cccss/15/ (ISSN – 1988 – 7833).
4. A VERDADE ABAFADA PELA SOFISTICA
A verdade em Protágoras precede a partir que afirma que o homem é medida para as questões da consciência e relações sociais. Para a política que era exercida no tempo grego sob o feito dialético, para firmar a antropologia do homem era a condição para o alargamento de sua alma perante os deuses, o homem prático e a verdade viva que acende a voz da filosofia. Para alguns teóricos Protágoras começa o seu questionamentos pela utilidade que o homem constrói para sua experiência na polis, a sofistica através dos inúmeros ensinamentos determina que retórica emanante com uma finalidade advinda da verdade tende, porém, a sofistica é um conjunto de manipulações que derivam um único principio o próprio: homem. Afirma REALE (2009)
“Com o principio do homem medida, Protágoras pretendia, indubitavelmente, negar a existência de um critério absoluto que discriminasse o ser e o não-ser, o verdadeiro e o falso e, em geral, todos os valores: o critério é apenas relativo, é o homem, o homem individual.” PG. 34
Protágoras assim define sua filosofia, acredita na transformação através das pessoas, por que vive o momento relacionado entre homens que a julgam com meios para encontrar o consenso para relações sociais, enquanto que coisas em si permanecem intactas, inertes ao tempo, sem opiniões, sem vivencia, mortas como animais empanados. Sua Filosofia e de conceitos geradores de diálogos no uso da retórica que eram o propósito do momento: a Política.
Segundo os autores: PENA. Roberto; PENA. Heriberto; PENA. Maria.
“Se a retórica abrange tal magnitude de persuasão, o óbvio esta camuflado sobre os dizeres do pensamento, distorcendo a lógica e burlando a verdade, é manifesto que esta evidência torne mas confusa a explicação sobre o aspecto lingüístico, do ponto de visto lógico a maneira de como se aplica através de uma aparência, tem a mesma condição de convencimento, partindo de um título onde a questão que envolve a astúcia da palavra pode seqüenciar o rumo no modo de pensamento, pelo qual o objetivo é direcionar vários caminhos oriundos de uma perspectiva de julgamentos imparciais.” en Contribuciones a las Ciencias Sociales, noviembre 2011, www.eumed.net/rev/cccss/15/ (ISSN – 1988 – 7833).
Talvez Protágoras estivesse relacionando ao homem catedrático, voltado para os ensinamentos da vida social, doutrinando por meio da verdade para encontrar resultado satisfatório como professor que era. Assim, Protágoras em relação à política era um pensador dialético, colocava-se como tutor para os comerciantes ou pessoas que estivessem interessadas na prática da oralidade. Assegura Giovanni Reale:
(...) Mas o que é útil ao homem (não entendido como puro corpo, mas na sua integralidade) é o útil da cidade, no que diz respeito não há simples necessidades materiais, mas à convivência ético-política da cidadãos(...) Pg. 42
5. A VERDADE EM SÓCRATES
Sócrates atribuía sua vertente pela qual era impugnado pela a cólera que emergia da sociedade, assim, passou a militar o conhecimento sendo uma arma da consciência para libertar a moralidade do individuo preso as lacunas da vida. Sócrates ouvia os gritos do silêncio das pobres almas inertes ao tempo grego, contudo, sua moralidade permanecia inabalada, promovendo seus valores sociais uma diretriz para a vida tortuosa que a própria sociedade lhe propunha. Além disso, seus valores morais estavam intocáveis mediante a mediocridade da coletividade ateniense, a dialética então exercida por Sócrates detém uma reflexão de verdade, voltada para o conhecimento como bem ulterior da investigação de como o homem se voltava para a pólis, era a psicologia socrática como fluxo do entendimento do homem. Segundo os autores: PENA. Roberto; PENA. Heriberto; PENA. Maria.
“Encontrar um sentido para vida era o que procurava o Filosofo, repugnando seus valores sociais, contudo conservava suas condutas éticas e Morais, a mudança que sofre para encontrar o conhecimento da verdade leva Sócrates a um mundo de reflexão, visto de uma maneira confusa para alguns mais substanciais para a verdadeira Filosofia.” http://www.artigonal.com/ciencias-artigos/o-problema-da-verdade-3228702.html
Sócrates encontrava enfim, um caminho para sua análise e para a problemática do homem, reverte sua teoria de valores empíricos por valores éticos, e constrói uma nova forma de pensamento ilustrando que o conhecimento pode mudar a condição humana. Nota-se com isso, que a probabilidade de tendência racional que o filosofo induz através do seu método é de uma investigação detalhada do seu semelhante, que somente poderá concluir que verdade é digna de louvores, quando ela é instigada sem o contratempo da opinião, mas sim, do entendimento racional.
6. A VERDADE EM AGOSTINHO
Ao percorrer pela vida de Agostinho visualizamos eternas lembranças de superação, percebe-se ao longo de sua história momentos de tribulações em busca de uma verdade que então se encontrava distante de seu entendimento, vários motivos levaram Agostinho a trilhar por caminhos de temeridade visto que, a paciência que leva ao reino de DEUS é uma virtude individual e não coletiva, pois, apresentar uma determinação a terra prometida, é algo superior da vontade ser. Agostinho se voltou primeiramente para as idéias filosóficas do mundo dos homens, racionalmente adotou o maniqueísmo como doutrina para ajudá-lo nessa consciência perdida aos descalces que a vida lhe impunha, depois atravessou tempestades e maremotos nas águas do ceticismo e neoplatonismo. As preocupações existenciais levaram-no a uma crença metafísica de entendimento superior, contemplações que a via do homem era constantes na problemática das consciências, a exegese do seu silêncio ocultava-lhe o aos poucos o renascimento que estava por acontecer, tornar a consciência unicamente remodelada por idéias cristas. Afirma AGOSTINHO:
“Para explicar como e possível ao homem receber de Deus o conhecimento das verdades eternas, Agostinho elabora a doutrina da iluminação divina. Trata-se de uma metáfora recebida de Platão, que na célebre alegoria da caverna mostra ser o conhecimento, em ultima instância o resultado do bem, considerado como um sol que ilumina o mundo inteligível. Agostinho louva os platônicos por ensinaram que o principio espiritual de todas as coisas é, ao mesmo tempo, causa de sua própria existência, luz de seu conhecimento e regra de sua vida.” Pg.20
Afirma Giovanni Reale; Dário Antiseri:
“Agostinho abraçou o maniqueísmo, que parecia oferece-lhe ao mesmo tempo uma doutrina de salvação ao nível racional e um espaço também para Cristo (...) Agostinho se afasta interiormente do maniqueísmo, tendo abraçar a filosofia da acadêmica cética (...) Mas, uma vez mais, não sentiu em condições de seguir os céticos por que em seus escritos não encontrava o nome de cristo.” Pg. 431
E refletiu que essa constante busca pela verdade seria algo obscuro à sua realidade, fez Agostinho insistentemente guiado pela indução que o levava escolhesse o melhor para si, desestimulado até então, encontrou nas pregações de uma pessoa literalmente catedrática, Santo Ambrósio despertou em Agostinho uma liberdade existencial que nem mesmo ele idealizava, se pronunciar em prol de uma verdade estava além de sua ciência, como professor e estudioso das civilizações ocidentais sua própria reflexão de mundo e interpretação de um legado que, construiu com base em doutrinas que transformariam as culturas antigas.
Agostinho recebeu sua recompensa depois de longa procura de algo convicto que, uma definição concreta do seja para ele a evidência, da construção por meio da palavra do cristianismo do qual passou a defender como religião, e a propagar o conhecimento que nem mesmo ele imaginava, tornou-se um defensor do cristianismo até seus últimos dias. Esqueceu da filosofia dos homens e adotou a filosofia do espírito.
“Da mesma forma que DEUS, que é puro Ser, com a criação transmite o ser às outras ciosas, assim, analogicamente, enquanto é verdade, produzindo uma metafísica marcada pela própria Verdade na mentes. Deus cria como ser, ilumina-nos como verdade, atrai-nos e nos dá a paz como Amor”. REALE, Giovanni, ANTISERI, Dário, pg. 443.
Mas, é preciso passar por tribulações e sacrifícios, para que o aprendizado não seja em vão, que a verdade está onde poucos procuram, dentro de si mesmo, e Agostinho separa um passado tenebroso, sua memória percorria pelo paganismo romano, suportando por muito tempo imerso sobre o calvário dos gnósticos, para buscar a verdade. Agostinho precisava liberta-se de todo ateísmo que corria em suas veias, necessitava ausentar-se da via do homem corruptível, para então nasce do espírito de Deus, para pregar sobre sua existência, dois motivos foram à sua maneira de Filosofia agostiniana: Deus e Alma. O primeiro pela verdade e o segundo pela salvação.
Então, DEUS passou a ser o seu único propósito, construindo no homem espiritual a liberdade de decidir por si mesmo e escolher através da palavra de DEUS a salvação o homem pode se purificar e não pelo que soa de sua boca humana, percebeu que a riqueza de suas confissões poderia alcançar as pobres almas humanas. E nasce a Filosofia da salvação suplantando toda faculdade que provinha da filosofia pagã.
A verdade agostiniana é um caminho a seguir para alcançar as verdades primeiras, a incansável luta de Agostinho para provar a si mesmo que o homem é este ser irracional, precisa do entendimento divino, precisa de orientação, precisa de refúgio para alcançar a paz interior e encontrar por meio do hábito soluções para superar os descalces da humanidade, e que, esta miséria humana nunca cessará pelas imposições que homem constrói em superar o seu propósito existencial. Pelas teorias suspirava no meio da política romana um fundamento, encontrar uma resposta para o seu precipício, ou melhor, para sua escolha como uma nova identidade renascida do próprio propósito de DEUS. O mesmo Santo Agostinho testifica a realidade divina como verdade.
“Deus, pois, ele existe! Ele é a realidade verdadeira e suma, acima de tudo. E eu julgo que esta verdade não somente é objeto inabalável de nossa fé, mas que nós chegamos a ela, pela razão, como sendo uma verdade certíssima, ainda que sua visão não seja muito profunda, pelo conhecimento.” Página 125/126. Santo Agostinho.
7. A VERDADE EM JESUS
Para limpar as impurezas do corpo e as impurezas da alma Cristo confrontou o seu inimigo com a verdade do mundo homens, castigado, açoitado, escarnecido e humilhado, o messias mostrou que a verdade no mundo é o “amor” que carregamos o coração, o Deus da misericórdia, o Deus da compaixão sentenciaria a verdade pelo seu propósito de vida, acolhida pela sua eterna amargura, fez com que Jesus definisse a verdade direcionada aos fracos e oprimidos, a sagrada palavra que o nazareno proferia de sua experiência de mundo, preenchia os corações vazios carentes de uma verdade ainda não escutada pelo homem: O verbo.
Comenta SILVA (1964)
“A linguagem de Cristo tornou os homens vencedores do mundo, livre em sua liberdade, superadores de toda conexão exterior. Este o sentido da nova criatura engendrada em Cristo e participante do corpo do Filho do Homem.”2 Pag.336
Pela verdade Jesus podia tocar o interior do homem, enraizados pela cólera e o martírio de outras doutrinas de seu tempo, enxugar as lágrimas dos olhos sofridos era transportar para sua alma toda uma dor que a vida lhe ensinava, a compaixão pelos fracos e oprimidos condicionava sua luta pela filosofia prática em julgar os critérios que a sociedade repugnava, e ele estava para consolar pela sua palavra de força e fé. Seu conforto dava coragem para aqueles que clamavam por um sinal, seus valores espirituais condicionavam o seu modo de sobrevivência como andarilho do mundo. Afirma SILVA (1964)
“Agora, o Divino se concentra na figura humana; só o homem é herdeiro do reino dos céus. Tudo é transmitido a potencia do Filho do Homem, unicamente aí brilhando a luz sobre as trevas. O cristianismo opera, como sabemos, uma dessacralização das coisas, em proveito de novo tempo de DEUS sobre a terra – o homem.”3 Pg.337
Então o sacrifício aproximou Jesus de sua verdadeira sina - a crucificação. Jesus percebeu que estavam roubando o que é mais sagrado no homem - sua consciência - cada vez mais explorado por aqueles que julgam os propósitos de suas ideologias e dogmas, por verdades vazias e condição de poder. A opressão cultivada no seio de um povo dormente, aniquilado por sua fraqueza terrena e sua cólera na alma, podia dar sentido e forças para se concretizar o que a profecia relata.
Segundo os autores: PENA. Roberto; PENA. Heriberto; PENA. Maria.
“Com o seu pronunciamento sobre a verdade levou a uma concepção idealista e realista, ao mesmo tempo tinha uma dupla função em evangelizar e a praticar para se cumprir aquilo que realmente idealizava na consistência de sua Fé, elaborada pelo sujeito e não em apreensão do objeto e sim na sua praticidade, pois tudo que idealizava era totalmente adverso a experiência, a representação que obtinha da realidade era de alguma forma inexplicável, justificou essa verdade com a representação do paraíso que o aguardava, Jesus veio ao mundo não para nos convencer e sim, para informar que existe uma verdade SUPERIOR, e que essa verdade estar em acreditar no que a consciência nos permite, e em não abandonar nossa confiança, mesmo que a representação seja algo idealizado por nossas aparências” http://www.artigonal.com/ciencias-artigos/o-problema-da-verdade-3228702.html
A bíblia, não é considerada um livro cientifico, pois, relata a passagem de pessoas que manifestaram sua obediência aos olhos de DEUS, mas por muitas coincidências a bíblia é confundida com manual realístico, em que os acontecimentos provém de seus escritos proféticos. É um livro reflexivo voltado para a instigação individual e ética que cada indivíduo. Acorda os sentimentos do homem, desperta sua natureza humanística, abre os olhos que estão vedados pelo pecado da ignorância. Jesus introduziu uma linguagem complexa no viés da história, transmitia seus estudos filosóficos.
8. O MUNDO SENSÍVEL
A caracterização do mundo sensível é uma questão de análise de mundo, nossas crenças, opiniões, religiões e ideologias são referentes a experiências que o próprio cotidiano proporciona. Porém, a maneira de refletir as conseqüências que o próprio meio determina é o caráter de apropria-se de um pensamento que manifesta por ambiente da condição humana. Esta condição e mencionada com propósito meramente em credenciar sua realidade incondicional, perante um dado momento da esfera do pensamento, atribuindo à verdade passageira e momentânea ao passo que, a nossa essencial verdade é o tempo. O tempo nutre a passagem do real ao irreal, amadurece o corpo e fortifica a alma.
As relações inter-sociais são construídas por intermédio de uma ocupação que o individuo mantêm na coletividade, esse mecanismo retrata uma adequação entre homem e sociedade, para avaliar sua própria afinidade com o fazer humano, precisa-se de participação com as qualidades que a sociedade exige para tornar agregado ao meio. O senso comum é uma esfera que bloqueia o crescimento inteligível do homem, e que o torna mensurado em seu mundo prático.
O senso comum pode ser considerado como uma verdade opinativa e uma dependência social que o indivíduo está inserido, analisar de modo existencial que a vida são concretizações individuais e momentâneas ligadas ao ato presencial e instantâneo. Percorrer o tempo é conferir que a verdade está encravada no viés da história. A televisão, o rádio, a internet e o próprio tempo distorcem a verdade que atenua ao vento. Com isso, a incerteza e a dúvida apropriam-se e alimentam-se da verdade oculta e enigmática, mesclando o senso comum e recriando a noção lingüística de verdade. O social é o meio que nutre esta verdade, fragmentando em múltiplas verdades, ou melhor, em micro verdades. O mundo está preso no senso comum pelas viabilizações de um cotidiano fragmentado em suas várias reformulações, o registro criterioso de julgar o problema da verdade nas várias dimensões. E se pode julgar a verdade?
Concordâncias são princípios que o senso comum viola quando é feito uma investigação pertinente em supostas indefinições, o individuo vislumbra seu pensar com base em colocações que visualizam seu interesse com a verdade. O mundo é regido pelas perturbações do nosso dia-a-dia caracterizando-se quase sempre por diversos conceitos gerados dentro das nossas anedotas.
9. OBSERVAÇÕES FINAIS
Em destarte, observa-se o homem angustiado e perdido, entre laços e labirintos, em conflito com a própria verdade incondicional, isto que, está cada vez mais perto da verdade e mais distante de encontrar a racionalidade para os seus tormentos, esta é uma conseqüência histórica do destino. Observamos que desde a criação do mundo o homem é este ser isolado e entristecido pela sua natureza animal. Não compreende sua demasia conquista em contentar apenas com o belo, e busca as verdades materias como troféu da conquista travada com a vida, são essas verdades efêmeras ao pensar no materialismo utópico que idealiza sua maneira de viver.
A verdade pertence a consciência, que demilita a maneira de presenciar cada momento do real, porém o tempo também tem sua afinidade com o real, ao passo que determinamos a nossa esfera humana apócrifos de exatidão e miragem, isso provoca no interior do homem possibilidades de uma verdade renascida dos vestígios de erros anteriores, cada momento que alteramos, são momentos de verdade, cada fato consumado são fatos de verdade, então a verdade é uma palavra que julga está no passado e no póstumo da humanidade, e o tempo é a medida da verdade dos homens, ela faz parte do tempo dos homens e do destino do mundo, ela revive a cada momento que a deixamos enterrada no algures da vida proporcionado uma ressurreição da dialética das consciência.
Para achar os questionamentos da verdade temos primeiramente que entender o que é o ser, para depois em critério de juízo dar um sentido para a nossa existência, com certeza as variações que fazem enobrecer a cada passo dado por seguimentos que estão perdidos diante deste enigma, caracterizam um horizonte e com isso, estabelece uma aliança com todos aqueles que estão preparados para o desconhecido, mas percebemos que as doutrinas são para guiar o homem sobre o lado escuro da vida, é uma chama que está diante de nossos olhos e, estes estão vedados para a verdade, impulsionamos em caminhos divergentes, juízos conflitantes em busca desse mistério que gera a incerteza, com isso a verdade se distância do bloco inicial que é o logos.
Assim o retrato que une o passado com o futuro é a verdade momentânea, porém seu entendimento é uma repetição de vida e de linguagens clássicas, envolventes num cenário de sociedades aculturadas. A verdade está suprimida pela opinião e pela retórica. Enquanto, a argumentação persuasiva oculta à verdade dando continuidade a um mundo de conflitos e a construção da legalidade da razão, sua liberdade e dar sentido a uma vida de investigação. Porém, ela revive a cada momento que a deixamos enterrada no algures da vida. A evidência da verdade provém das opiniões de um ou mais espectadores para concretização a sua existência. Ao passo, que a sua experiência voltada para uma simples dedução, se volta para a consciência determinar se a verdade é digna ou repulsiva a ela mesma.
10. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2 Dialética das Consciências: Vicente Ferreira da silva. Pg. 336.
3 Dialética das Consciências: Vicente Ferreira da silva. Pg. 337.