Cristiano Elias
Professor Titular do Programa de Pós-Graduação e do Curso de Graduação da Faculdade de Direito do Sul de Minas - FDSM. Doutor em Direito Penal da Universidade de São Paulo - USP. Mestre em Direito do Estado da Universidade de São Paulo - USP. Advogado.
ctse@fdsm.edu.br
Carla Thais Santiago Azevedo
Mestranda em Direito da Faculdade de Direito do Sul de Minas - FDSM. Especialista em Direito Penal e Processo Penal da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Campus Poços de Caldas. Advogada.
RESUMO
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, faz a previsão expressa acerca da isonomia de todos perante a lei, vedando quaisquer distinções, seja para brasileiros ou estrangeiros residentes no país. O tema central do artigo consiste em demonstrar que a realidade é bem diferente: a desigualdade social gera para os indivíduos os denominados estigmas, ou seja, esses mesmos indivíduos são rotulados em grande parte das vezes, inclusive para o sistema penal como suspeitos diretos da prática de delitos, mormente por sua classe econômica e social, raça, e determinadas características pessoais que geram para esses indivíduos a presunção da delinquência. Neste viés, surge a teoria denominada de Labeling Approach, ou seja, a teoria da rotulação social do indivíduo de acordo com os fatores acima citados. Portanto, o problema de pesquisa resume-se a seguinte questão: a teoria do Labeling Approach traz soluções para a desigualdade penal? Nesse sentido, o objetivo geral do artigo é analisar a teoria do Labeling Approach, procurando por solução para o problema da desigualdade penal. Por sua vez, os objetivos específicos para isso são investigar os estigmas, a origem dessa desigualdade e efeito do caos; bem como investigar a seletividade penal, a divisão entre delinquentes e os eleitos bons cidadãos, com foco na relação do sistema penal e a rotulação social derivada. Em síntese, conclui-se que a teoria do Labeling Approach não dispõe de instrumentos para resolver o problema da desigualdade penal. O artigo baseia-se em pesquisa de legislação e doutrina, adotando-se o método analítico.
Palavras-chave: Igualdade constitucional, desigualdade penal, Labeling Approach.
LABELING APPROACH: selectividad criminal según la estigmatización física y social del individuo
RESUMEN
La Constitución Federal, en su artículo 5, establece expresamente la igualdad de todos ante la ley, prohibiendo cualquier distinción, ya sea para brasileños o extranjeros que residen en el país. El tema central del artículo es demostrar que la realidad es bastante diferente: la desigualdad social genera los llamados estigmas para los individuos, es decir, estos mismos individuos están etiquetados en la mayoría de los casos, incluso para el sistema penal como sospechosos directos de la práctica. delitos, principalmente debido a su clase económica y social, raza y ciertas características personales que generan la presunción de delincuencia para estos individuos. En este sesgo, surge la teoría llamada Enfoque de etiquetado, es decir, la teoría del etiquetado social del individuo de acuerdo con los factores mencionados anteriormente. Por lo tanto, el problema de investigación se reduce a la siguiente pregunta: ¿la teoría del Labeling Approach aporta soluciones a la desigualdad criminal? En este sentido, el objetivo general del artículo es analizar la teoría del Labeling Approach, buscando una solución al problema de la desigualdad penal. A su vez, los objetivos específicos para esto son investigar los estigmas, el origen de esta desigualdad y el efecto del caos; además de investigar la selectividad criminal, la división entre delincuentes y buenos ciudadanos elegidos, con un enfoque en la relación del sistema penal y el etiquetado social derivado. En resumen, se concluye que la teoría del Labeling Approach no tiene instrumentos para resolver el problema de la desigualdad penal. El artículo se basa en la investigación de legislación y doctrina, adoptando el método analítico.
Palabras-clave: Igualdad constitucional; desigualdad penal; Labeling Approach.
LABELING APPROACH: criminal selectivity according to the physical and social stigmatization of the person
ABSTRACT
The Federal Constitution, in its article 5, makes the express provision about the equality of all before the law, prohibiting any distinctions, whether for Brazilians or foreigners residing in the country. The central theme of the article is to demonstrate that the reality is quite different: social inequality generates so-called stigmas for individuals, that is, these same individuals are labeled in most cases, including for the penal system as direct suspects of the practice of crimes, mainly for their economic and social class, race, and certain personal characteristics that generate for these individuals the presumption of delinquency. In this bias, the theory called Labeling Approach arises, that is, the theory of social labeling of the individual according to the factors mentioned above. Therefore, the research problem boils down to the following question: does the Labeling Approach theory bring solutions to criminal inequality? In this sense, the general objective of the article is to analyze the Labeling Approach theory, looking for a solution to the problem of penal inequality. In turn, the specific objectives for this are to investigate stigmas, the origin of this inequality and the effect of chaos; as well as investigating criminal selectivity, the division between offenders and the elected good citizens, focusing on the relationship of the penal system and the derived social labeling. In summary, it is concluded that the theory of Labeling Approach does not have instruments to solve the problem of penal inequality. The article is based on research of legislation and doctrine, adopting the analytical method.
Keywords: Constitutional equality; penal inequality; Labeling Approach.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Cristiano Elias y Carla Thais Santiago Azevedo (2020): “Labeling Approach: a seletividade penal segundo a estigmatização física e social do indivíduo”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, ISSN: 1988-7833, (agosto 2020). En línea:
https://www.eumed.net/rev/cccss/2020/08/labeling-approach.html