Marcio Gazolla *
Doutor em Desenvolvimento Rural. Professor Titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
E-mail: marciogazolla@utfpr.edu.br
Resumo
O objetivo do trabalho é evidenciar os tipos, dinâmicas, oportunidades e desafios que fazem parte da construção social de cadeias curtas de comercialização de alimentos das agroindústrias familiares, pelos atores sociais, tanto por parte dos agricultores como dos consumidores e compradores destes produtos. A metodologia utilizada é composta do uso de dados secundários e quantitativos do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), relativos ao Censo Agropecuário e, também, qualitativa, com dados primários, baseada em vinte e três entrevistas semiestruturadas, aplicadas em 2012, com agricultores, formuladores de políticas públicas, representantes da agricultura familiar e consumidores de alimentos. Teoricamente, o artigo assenta-se na literatura nacional e internacional sobre cadeias curtas agroalimentares. Como resultados e conclusões principais, ressalta-se que tanto nos dados secundários como nos primários as cadeias curtas são a principal estratégia de construção social dos mercados pelas agroindústrias familiares. O trabalho evidencia que a dinâmica deste tipo de mercados é condicionada por relações de proximidade social (valores como confiança, interconhecimento, transações frequentes) e espacial (alimentos circulam no local ou na região), embora uma parte da produção seja comercializada por cadeias longas de abastecimento. As principais oportunidades das agroindústrias estão ligadas aos seus alimentos serem artesanais e com qualificação alimentar reconhecida pelos consumidores e os desafios residem em acessar os mercados de forma formal e angariar mais consumidores para seus alimentos, indo além da sua rede social local e regional.
Palavras chave: alimentação; agroindústrias familiares; cadeias curtas agroalimentares; mercados; desenvolvimento rural e regional.
Abstract
The objective of the work is to highlight the types, dynamics, opportunities and challenges that are part of the social construction of short supply food chains of family agroindustries, by the social actors, both by farmers and consumers and buyers of these products. The methodology used is composed of the use of secondary and quantitative data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), related to the Agricultural Census and also qualitative, with primary data, based on twenty-three semi-structured interviews, applied in 2012, with farmers, public policy makers, representatives of family farming and food consumers. Theoretically, the article is based on national and international literature on short supply food chains. As main results and conclusions, it is emphasized that both in secondary and primary data, short chains are the main strategy of social construction of markets by family agroindustries. The work shows that the dynamics of this type of markets are conditioned by relations of social proximity (values such as trust, inter-knowledge, frequent transactions) and spatial (food circulates in the local or in the region), although part of the production is commercialized by long chains of supply. The main opportunities for agroindustries are related to their food being artisanal and with food qualification recognized by consumers and the challenges lie in accessing markets formally and attracting more consumers for their food, going beyond their local and regional social network.
Key-words: food; family agroindustries; short agri-food chains; markets; rural and regional development.
Resumen
El objetivo del trabajo es resaltar los tipos, dinámicas, oportunidades y desafíos que forman parte de la construcción social de las cadenas cortas de comercialización de alimentos de las agroindustrias familiares, por parte de los actores sociales, tanto de los agricultores como de los consumidores y compradores de estos productos. La metodología utilizada se compone del uso de datos secundarios y cuantitativos del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE), relacionados con el Censo Agrícola y también cualitativos, con datos primarios, basados en veintitrés entrevistas semiestructuradas, aplicadas en 2012, con agricultores, formuladores de políticas públicas, representantes de la agricultura familiar y consumidores de alimentos. Teóricamente, el artículo se basa en literatura nacional e internacional sobre cadenas agroalimentarias cortas. Como principales resultados y conclusiones, se enfatiza que tanto en datos secundarios como primarios, las cadenas cortas son la principal estrategia de construcción social de mercados por parte de las agroindustrias familiares. El trabajo muestra que la dinámica de este tipo de mercados está condicionada por relaciones de proximidad social (valores como confianza, interconocimiento, transacciones frecuentes) y espacial (los alimentos circulan en el local o en la región), aunque parte de la producción se comercializa mediante largas cadenas de suministro. Las principales oportunidades para las agroindustrias están relacionadas con que sus alimentos sean artesanales y con la calificación alimentaria reconocida por los consumidores y los desafíos radican en acceder formalmente a los mercados y atraer a más consumidores para sus alimentos, yendo más allá de su red social local y regional.
Palabras llave: comida; agroindustrias familiares; cadenas agroalimentarias cortas; mercados; desarrollo rural y regional.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Marcio Gazolla (2020): “Dinâmica e tipologia dos mercados das agroindústrias familiares: a proeminência das cadeias curtas agroalimentares”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (junio 2020). En línea:
https://www.eumed.net/rev/cccss/2020/06/mercados-agroindustrias-familiares.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/cccss2006mercados-agroindustrias-familiares