Revista: CCCSS Contribuciones a las Ciencias Sociales
ISSN: 1988-7833


INTERAÇÃO, GÊNERO E SOCIABILIDADE NA ZONA DE MERETRÍCIO: NOTAS DE PESQUISA

Autores e infomación del artículo

Fábio Lopes Alves*

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil

E-mail: fabiobidu@hotmail.com


RESUMO: A presente nota de pesquisa tem por objetivo apresentar um relato preliminar de uma etnografia, realizada em uma zona de meretrício, que contou com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso, e que culminou na publicação do livro “Noites de cabaré: prostituição feminina, gênero e sociabilidade na zona de meretrício” (ALVES, 2010. b). Para tal, serão enfatizados os progressos, dificuldades, bem como os métodos utilizados para a coleta de dados. Com esse trabalho de campo, pude coletar um número considerável de dados que se encontram registrados em diários de campo, entrevistas semi-estruturadas realizadas com a utilização de gravador, além de diálogos informais e um amplo arquivo de fotografias.
PALAVRAS CHAVE: Etnografia, Prostituição feminina, Zona de meretrício.

INTERACTION, GENDER AND SOCIABILITY IN RED-LIGHT ZONE: RESEARCH NOTES
ABSTRACT: The purpose of this research note is to present a preliminary report of an ethnography, performed in a red-light zone that culminated in the publication of the book “Noites de cabaré: prostituição feminina, gênero e sociabilidade na zona de meretrício (Cabaret nights: female prostitution, gender and sociability in Red-Light Zone)” (ALVES, 2010. b). To this end, it will be emphasized the progress, difficulties, as well as the methods used for data collection. With this fieldwork, it was possible to collect a considerable amount of data that is recorded in field diaries, semi-structured interviews made with a recorder, informal dialogues and a large archive of photographs.
KEYWORDS: Ethnography, Female prostitution, Red-Light Zone.

Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Fábio Lopes Alves (2019): “Interação, gênero e sociabilidade na zona de meretrício: notas de pesquisa”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (noviembre 2019). En línea:
https://www.eumed.net/rev/cccss/2019/11/interacao-genero-sociabilidade.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/cccss1911interacao-genero-sociabilidade

Introdução

Conforme bem ressaltou Malinowski (1979), o antropólogo deve apresentar claramente para seu público, o relato da maneira como o estudo foi realizado. É por essa razão que esta nota de pesquisa se apresenta. Tenho o objetivo de cumprir a lição malinowskiana ao conduzir o/a leitor/a aos bastidores da pesquisa que culminou em recente publicação (ALVES, 2010b), onde através de uma análise etnográfica foram descortinadas as dinâmicas de interação, gênero e sociabilidade que ocorrem na zona de meretrício. Utilizando referenciais antropológicos, apresentei como as garotas de programa constroem suas relações cotidianas no ambiente de prostituição. Ao relatar os eventos ocorrentes nessa trama, analisei as lógicas simbólicas que operam nesse ambiente
Em face ao exposto, esse relato tem por objetivo revelar como se deram meus primeiros contatos com o objeto de estudo, a minha inserção em campo, meu comportamento e, por fim, como os dados que embasam as discussões sobre a vida cotidiana no bordel foram levantados.
O trabalho de campo junto as garotas de programa durou seis meses. Nesse período, pude conviver com aproximadamente 25 mulheres que moraram no cabaré, com quem tive um contato estreito e contínuo. Mesmo quando deixei de fazer o trabalho de campo, eu as visitava, pois, o que começou com uma observação participante, pouco a pouco se transformou em amizade. Se no início da pesquisa eu me sentia obrigado a passar muito tempo com as prostitutas pela necessidade de estudá-las, o relacionamento que foi se desenvolvendo nos tornou tão próximos que, por diversas vezes, eu as visitava ou as recebia em minha própria casa, mesmo após o término da pesquisa.
Tal como ocorreu com William Foote White (1974), em seu trabalho sobre o cotidiano de uma favela italiana nos Estados Unidos, meu objetivo era obter uma visão íntima do cotidiano no cabaré. Inicialmente, alguns problemas se apresentaram. Dentre eles, o de me estabelecer como participante no ambiente de prostituição, de modo a obter uma posição da qual eu pudesse observar. Não bastava, contudo, tornar-me conhecido pelas prostitutas. O tipo de informação que eu queria exigia o estabelecimento de relações muito próximas. Diante dessa situação, optei por ir ao ambiente prostitucional, apresentar-me e dizer sobre meu interesse. Sabia, de igual modo, que essa seria uma forma “tudo ou nada”, pois poderia tanto ser aceito como recusado pelo grupo.

Taxista de Cabaré

Tão logo negociei minha entrada em campo, na qual deixei claro para as garotas de programa meu interesse em estudá-las. Na noite seguinte, por volta de 20 h, retornei ao cabaré para iniciar a pesquisa. Pelo número de carros que se encontravam no estacionamento, percebi que a casa estava movimentada. Ao entrar, cumprimentei apenas Geni que se encontrava no balcão, pois todas as meninas estavam acompanhadas. Nessa noite, o número de mulheres não era suficiente para atender a todos os clientes que ali se encontravam.
Enquanto isso, Laura, que acabara de sair de um programa, aproxima, cumprimenta-me e me leva para conhecer a máquina de música. A música do ambiente é paga pelos clientes. Cada música custa R$ 1,00. Para ouvir é preciso inserir uma cédula ou moeda. A máquina reconhece o valor e libera o numero de canções proporcionais ao valor pago. Em seguida, Laura me diz: “olha... fique de olho quando os clientes forem colocar música, assim podemos colocar as que você gosta”. Agradeço a gentileza e reflito sobre o fato de elas estarem começando a interagir comigo. Nessa noite, comecei a me familiarizar com o ambiente. À medida que as meninas saiam do quarto, elas tomavam a iniciativa de me cumprimentar. Uma delas demonstra contentamento quando identifico e elogio seu perfume.
Nessa noite, após observar o ambiente, resolvi ficar um pouco na sala de dança que se encontra localizada nos fundos da zona. Local onde também há um palco de striptease. Dado a falta de mulheres, alguns clientes se alegram dançando sozinhos. Vejo que Tamires começa a pedir R$ 10,00 para cada cliente que se encontra no ambiente. Esse é o valor cobrado para que eles assistam seu striptease. Ao chegar minha vez de contribuir, quando levei a mão em direção à carteira, ela sussurrou em meu ouvido, para que eles não ouvissem: “você não precisa pagar! Você é de casa”. 
Os clientes colaboram. Tamires que, a momentos atrás, estava somente de calcinha e sutiã, apareceu com o corpo coberto com um sobretudo preto e um chapéu “cartola”. Em seguida, no palco, o espetáculo se iniciava. O sobretudo vai ao chão. Apenas uma calcinha estilo fio dental com um “lacinho” do lado direito e um top cobrem o seu corpo. Logo o top também cai. Por baixo havia um sutiã. De repente, totalmente nua, ela desce do palco e começa a dançar com o corpo o mais próximo possível do rosto dos clientes, mas com todo o cuidado para não encostar-se a eles. Essa encenação é feita para todos os clientes que pagaram. Portanto, logo pensei: ela não vai dançar para mim porque não paguei. Chegando minha vez, tudo ocorre de forma natural como se eu estivesse pago. Laura, que estava ao meu lado, diz: “estou te observando, se você precisar vou trazer um babador pra você”.
Passado o espetáculo do striptease, circulo novamente pela casa. Sento-me em frente ao balcão. Um cliente começa a conversar comigo e me oferece uma cerveja. Eu agradeço. Tamires me convida para ir à cozinha. Enquanto conversávamos, Geni diz: “Fábio, tem uns caras ali que estão a pé. Eu disse que você leva eles para casa. Mas é trinta reais. Eles aceitaram. Leva eles, é bem pertinho, é ali no posto”.
Assim, começa minha experiência de taxista. Quando volto, há outra corrida. Essa era em direção a minha casa. O preço estabelecido por Geni foi quinze reais. Como praticamente não tive gastos, disse-lhe que o dinheiro arrecadado seria utilizado para comprarmos pizza e comermos juntos na noite seguinte. As meninas comemoraram.

Pousando na zona: o cotidiano de um “segurança”

Se antes eu circulava pelo interior da zona, por não me sentir inserido, passado uma semana, comecei a ser convidado para participar dos movimentos internos. Quando a casa está sem cliente, uma atitude tomada por elas na expectativa da chegada deles era ir para frente da zona, levar algumas cadeiras e ficar acenando para os motoristas que passavam. Quando isso acontecia, eu era convidado a participar. Com o tempo, elas começaram a se sentir mais à vontade e não mudavam mais o rumo da conversa quando eu me fazia presente. Em determinada noite, após ficarem em frente ao cabaré acenando e chamando os clientes e eu as acompanhando, começou a chover e entramos para o recinto. Como não havia nenhum cliente na casa, Laura buscou em seu quarto uma câmera fotográfica e começou a tirar fotos.
Num certo instante, ela me convidou para fazer parte do grupo fotografado e disse que, a partir daquele momento, eu também fazia parte da zona. As noites de pouco movimento eram propícias para conversarmos sobre os mais diversos assuntos de meu interesse sem a formalidade de um gravador. Isto é, eram nesses diálogos abertos que eu fazia muitas perguntas sobre as quais tinha interesse em saber e elas me respondiam de forma natural.
Após vinte dias de observação participante, em determinada noite, chega uma dupla de rapazes. Eles chamam duas garotas para irem para o fundo da boate. Camila, uma das convidadas, diz que não iria acompanhá-los porque eram muito mal educados. Eles escolhem, então, outra garota para interagir e saem para os fundos. Um deles retorna ao salão e presencia um rapaz sorrindo e imagina que o jovem ri dele. Em visível estado de embriaguez, foi tirar satisfação com o outro cliente querendo saber por que ele estava sendo motivo de zombaria. O rapaz explica que não estava rindo dele. Ele, nervoso, diz que vai sacar a arma e atirar no cabaré. Algumas meninas e eu nos preocupamos. Tomei a iniciativa de ficar em frente a porta, com as mãos para trás, de modo a dar a entender que fosse realmente o segurança da casa. Ele me observou. Olhei dentro de seus olhos. Mesmo estando com medo, procurei não demonstrar. Ele saiu. Acompanhei todos seus movimentos. Ele se deu conta de que era observado e voltou para os fundos e no ambiente tudo voltou à normalidade.
Ao começar um striptease, Geni pediu para que eu a acompanhasse de modo a impedir que qualquer cliente invadisse o palco onde ela exibia seu show. Novamente, fiz pose de segurança. O rapaz que momento atrás havia ameaçado atirar me chama. Com medo, fui. Ele me pediu uma cerveja. Busquei e compreendi que ele imaginava que de fato eu era um funcionário da casa. Após o show, ele e seu amigo propuseram para Joice, grávida de seis meses, que ela transasse com os dois, ao mesmo tempo, num motel. Ela recusou, temendo violência. Posteriormente, eles fizeram a mesma proposta para duas outras garotas que, temerosas, também recusaram. Diante das negativas, optaram por dormir na boate. Novamente, o medo da violência pairou sobre elas. Por isso, Geni pediu se, naquela noite, eu poderia dormir ali, pois caso houvesse algum problema ter-se-ia a figura masculina no ambiente, visando inibi-los. 
Geni escolheu um quarto que estava vago para eu pousar. Era o de número três. Dormi ao lado do quarto onde os clientes, tidos como violentos, faziam o programa. Ouço os gemidos da relação sexual. Uma das minhas funções era ficar atento para quaisquer sinais de violência. O combinado com as meninas foi: se houvesse quaisquer atos de violência elas bateriam na parede ou gritariam meu nome.
Tudo ocorreu dentro da normalidade.  Às 6h47min, ouvi a movimentação dos clientes. Levanto-me, abro o portão para eles saírem, fecho e volto a dormir até as 11 h, horário em que elas se levantam. O assunto do café da manhã foi sobre os clientes da noite anterior. Elas me agradeceram pelo fato de eu ter me passado por segurança. A partir daquele dia ganhei a alcunha de segurança pelas meninas do cabaré.
Em função de elas se referirem assim a mim, tive a preocupação de me portar como tal. Com olhar firme, mãos para trás, passei a caminhar por toda a boate para que os clientes também assimilassem essa imagem. Esse foi um ganho extraordinário. A partir de então, tive a liberdade para circular por qualquer espaço sem causar constrangimentos.
Passada uma semana desde a data que “assumi” a função de segurança, Geni pediu que eu ficasse no caixa enquanto ela limparia algumas mesas nos fundos. Prontamente aceitei e refleti sobre o fato de ter conseguido conquistar a confiança dela. Ao vê-la voltando com uma vasilha de copos que estavam para ser lavados, pedi se poderia lavá-los. Ela sorri e diz: “professor, você? Lavar copos?”.
Diversas vezes almocei no ambiente de pesquisa. Por mais que, por reiteradas ocasiões, Geni dissesse para eu me sentir a vontade e ir fazer refeições sempre que quisesse, precavi-me de somente almoçar quando convidado especificamente para aquela ocasião. Eram nesses encontros que, ao retornar para casa, eu levava em meu carro as garotas de programa para irem ao médico, dentista, hotéis e motéis para atender clientes. Tornou-se uma prática comum, sempre que elas precisavam sair na parte da tarde eu era convidado a almoçar e, em seguida, saímos juntos.
Até aqui, relatei como se deu a convivência com as garotas de programa no interior do bordel. No entanto, a observação participante, permitiu que, a convite das próprias garotas de programa, não ficasse restrita ao cabaré. Em função de eu passar a ser visto com alguém da própria zona de meretrício sempre que havia momentos de lazer eu era convidado a participar. Todavia, dada as limitações espaciais não será possível descrever aqui.
Após esse período, acumulei várias fotografias, todas tiradas pelas próprias garotas de programa. Elas faziam o registro nas câmeras particulares, nos mais diversos momentos, e pediam para eu salvar as imagens em CDs e ficar com uma cópia de segurança em meu computador, pois em caso de extravio elas me procurariam. Fui autorizado a publicar essas imagens desde que feito tratamento imagético com vistas a não mostrar os rostos das personagens. Essa foi a única restrição imposta.
A antropóloga Claudia Fonseca torna claro que o sexo do pesquisador é um dos múltiplos fatores que compõem o lugar da pesquisa. “O sexo de um indivíduo tem grande influência sobre seu acesso a dados e situações de campo. Homens presenciam cenas que seriam vedadas à mulheres e vice versa” (FONSECA, 1996, p. 31). Pude vivenciar essa situação quando estive em campo. O fato de o estudo ter sido realizado por mim, isto é, um pesquisador e não por uma pesquisadora não foi sem significância. Tive acesso as dados que uma pesquisadora teria dificuldade em conseguir. A esse respeito, vide (GASPAR, 1985). Trata-se de um trabalho exemplar que retrata com total maestria as dificuldades impostas à mulher que estuda a prostituição feminina no momento em que precisa estabelecer relações com as informantes. No meu caso, não tive esse infortúnio, tendo em vista que, em nenhum momento, fui visto como alguém que poderia disputar clientes com as garotas de programa. Situação esta que pode ser inversa quando se trata de uma pesquisadora. Sobre as condições de um homem pesquisando mulheres garotas de programa vide também: (FREITAS, 1985).
Em meu primeiro contato deixei claro que meu objetivo no local pesquisado era por fazer um estudo etnográfico. Assim, foi possível evitar que elas me vissem como um cliente em potencial.
Dados os limites espaciais imposto a um relato de pesquisa, não foi possível problematizar no presente texto outras condições em/de campo, que incluem o que representou conquistar a confiança de Tamires? De que maneira incide o desempenho da figura da Geni na articulação da casa? Como ocorre a transformação do ambiente entre local de moradia x local de trabalho. No entanto, os leitores interessados nestas questões poderão encontrar uma descrição mais detalhada em (ALVES, 2010a; ALVES, 2010b)
Por fim, é mister ressaltar que esses apontamentos pessoais são relevantes porque compõem o traço peculiar à pesquisa etnográfica, conforme expôs Malinowski, sobre a necessidade de o pesquisador compartilhar do ambiente pesquisado, experienciando-o. Foi nesse clima que durante seis meses, de março a agosto de 2009, convivi intensamente com essas mulheres, quando pude observar suas práticas no período de trabalho, nas horas de folga e nos momentos de lazer.

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Publicado: 18/11/2019

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