Raynon Joel Monteiro Alves*
Diego da Silva Pinheiro**
Janaina Pinheiro Gonçalves ***
Reynan Jorge Monteiro Alves ****
Universidade do Estado do Pará, Brasil.
Email: raynon_alves@yahoo.com.br
Resumo: As áreas protegidas no Pará são alvo constante de queimadas e incêndios e, por isso, a SEMAS vem monitorando a ocorrência de focos de calor no território. Este estudo objetivou analisar os registros sobre tais focos em UCs e em terras indígenas, de 2016 a 2017, além de propor medidas para reduzir o uso de fogo. Foram utilizados os Boletins Mensais de Monitoramento de Focos de Calor e Incêndios Florestais no Estado do Pará, disponibilizados pela SEMAS, cuja análise dos dados quantitativos foi por estatística descritiva. Os resultados indicaram a ocorrência de 23.047 focos de calor em áreas protegidas, com maiores registros em UCs Federais e Estaduais, e com predominância no segundo semestre do ano, o que correspondeu ao verão amazônico. Medidas, como: pesquisas de campo, fomentos para projetos e programas de sensoriamento remoto, sistemas de detecção, técnicas agrícolas e pecuárias de baixo impacto ambiental, efetivação de políticas e aplicação de multas e ações educativas podem ser importantes atenuantes para o uso de fogo em áreas protegidas. A partir do conhecimento da localização, período e frequência de focos de calor é possível investir em recursos para a prevenção e o combate às queimadas e incêndios nos locais afetados, tendo a Educação Ambiental como base na formulação das ações.
Palavras-chave: Amazônia, fogo, sensoriamento remoto, Terras indígenas, Unidades de Conservação.
Abstract: Protected areas in Pará are a constant target for fires and burn and the SEMAS has been monitoring the occurrence of heat sources in the territory. This study aimed to analyze the records of such foci in conservation units and indigenous lands, from 2016 to 2017, in addition to proposing measures to reduce the use of fire. We used the Monthly Bulletins of Monitoring of Heat and Forest Fires in the State of Pará, made available by SEMAS, whose analysis of the quantitative data was by descriptive statistics. The results indicated the occurrence of 23,047 heat sources in protected areas, with higher records in Federal and State Conservation Units, and with predominance in the second half of the year, which corresponded to the Amazonian summer. Measures such as: field research, promotion of remote sensing projects and programs, detection systems, agricultural and livestock techniques of low environmental impact, enforcement of policies and enforcement of fines and educational actions can be important mitigating factors for the use of fire in protected areas. From the knowledge of the location, period and frequency of heat sources, it is possible to invest in resources to prevent and combat the use of fire in the affected places, with Environmental Education as the basis for the formulation of actions.
Keywords: Amazon, fire, remote sensing, Indigenous lands, Conservation units.
Resumen: Las áreas protegidas en el Pará son blanco constante de quemas e incendios y, por eso, la SEMAS viene monitoreando la ocurrencia de focos de calor en el territorio. En este estudio se analizaron los registros sobre tales focos en UCs y en tierras indígenas, de 2016 a 2017, además de proponer medidas para reducir el uso de fuego. Se utilizaron los Boletines Mensuales de Monitoreo de Focos de Calor e Incendios Forestales en el Estado de Pará, disponibilizados por la SEMAS y el análisis de los datos cuantitativos por estadística descriptiva. Los resultados indicaron la ocurrencia de 23.047 focos de calor en áreas protegidas, con mayores registros en UCs Federales y Estaduales, y con predominancia en el segundo semestre del año, lo que corresponde al verano amazónico. Las medidas, como: investigaciones de campo, fomentos para proyectos y programas de detección remota, sistemas de detección, técnicas agrícolas y pecuarias con bajo impacto ambiental, políticas eficaces y aplicación de multas y acciones educativas pueden ser importantes atenuantes para el uso de fuego en áreas protegidas. A partir del conocimiento de la localización, período y frecuencia de focos de calor es posible invertir en recursos para la prevención y el combate al uso de foco en los lugares afectados, teniendo la Educación Ambiental como base en la formulación de las acciones.
Palabras clave: Amazonia, fuego, detección remota, Tierras indígenas, Unidades de Conservación.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato: 
Raynon Joel Monteiro Alves, Diego da Silva Pinheiro, Janaina Pinheiro Gonçalves y Reynan Jorge Monteiro Alves  (2019): “Análise do monitoramento de focos de calor e propostas para a redução de queimadas e incêndios em áreas protegidas no estado do Pará”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (junio 2019). En línea: 
https://www.eumed.net/rev/cccss/2019/06/propostas-reducao-queimadas.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/cccss1906propostas-reducao-queimadas
1 INTRODUÇÃO
   As  Unidades de Conservação (UCs) foram criadas pelo Sistema Nacional de Unidades  de Conservação da Natureza (SNUC), Lei nº 9.985/2000, onde são classificadas em  dois grupos: as de proteção integral, que visam proteger a natureza e  conservar a biodiversidade por meio de regras e normas mais restritivas, com  permissão apenas para o uso indireto dos recursos naturais: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque  Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre. Outro grupo  corresponde as UCs de uso sustentável, que objetivam compatibilizar a  conservação da natureza com o uso sustentável de seus recursos, ou seja, a exploração e o aproveitamento econômico direto de  seus recursos são permitidos, desde que ocorra de forma planejada e  regulamentada: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse  Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna e Reserva  de Desenvolvimento Sustentável (IBAMA, 2009; MARCON, 2014; MMA, 2018).
        As  UCs são áreas territoriais com características naturais relevantes, que  asseguram a representatividade de amostras significativas e ecologicamente  viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, capazes de  preservar o patrimônio biológico existente (MMA, 2018). Muitos autores  consideram que as UCs são fundamentais na proteção de espécies de distribuição  restrita, bem como na regulação do clima e no abastecimento dos mananciais,  além de abrigarem populações tradicionais que dependem de seus recursos  naturais e realizam diversas atividades econômicas sustentáveis em seu interior  ou no entorno (VELASQUEZ, 2005; MEDEIROS;  YOUNG, 2011; MARTINS et al., 2016; QUARESMA et al., 2017). 
        Outra categoria de área institucional na Amazônia legal são as Terras Indígenas, sob  jurisdição do governo federal, por meio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI)  (FERREIRA et al., 2005), e também estão sujeitas a normas e regras especiais  para a proteção ambiental e dos povos indígenas.  Anderson  et al. (2017) pontuaram que as terras indígenas são bens da união onde o índio  possui posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas do solo, rios e  lagos nelas existentes. A legislação específica que rege as Terras Indígenas no  Brasil é o Estatuto do Índio, Lei nº 6.001 de 29 de dezembro de 1973, e a Constituição  Federal de 1988, consagrando-os como primeiros e naturais senhores da terra, cuja  a mesma pode ser de ocupação tradicional, reservada ou de domínio de  comunidades indígenas. 
        No Brasil, grande  parte das áreas protegidas, UCs e Terras Indígenas, vem sendo atingidas por  incêndios florestais, que são uma ameaça constante a sua integridade, gerando  inúmeros danos e, em alguns casos, perdas irreparáveis à flora e à fauna, além  de impactar a manutenção dos processos ecológicos e influenciar tanto as  condições bióticas como as abióticas (KOPROSKI et al., 2004; PRUDENTE, 2010; ADÁMEK et al., 2015). De modo geral, as queimadas e os incêndios podem  ser de origem antrópica ou natural impulsionados, por exemplo, pelo período de estiagem, velocidade do vento e relevo do local (SANTOS et  al., 2006) e por fenômenos climáticos, como o El niño. 
        Os incêndios  florestais têm provocado grande preocupação e estão associados a várias  atividades, como: o desmatamento, a renovação de pastagens, a eliminação de  restos culturais e o manejo da terra para outras finalidades (MARTINS, 2017). Na  Amazônia, o uso do fogo faz parte do processo produtivo e visa impulsionar a  expansão agrícola (MARTINEZ et al., 2007) e pecuária da região, pois se trata  de uma prática cultural e economicamente mais satisfatória para os produtores. Devido  aos inúmeros impactos que os incêndios em áreas florestais causam na Amazônia, esta  temática vem sendo mais estudada a partir do início do século XXI (CARDOSO et al., 2003, NEPSTAD et  al.,  2004, SISMANOGLU; SETZER, 2005, MAEDA et  al.,  2009, CHEN et al., 2011; VASCONCELOS,  2012; ARAÚJO et al., 2013; RESENDE, 2014; FONSECA et al., 2015; OLIVEIRA et  al., 2016; SETZER et al., 2017; COSTA, 2018).
        Diante da constante ameaça do fogo, Órgãos ligados ao meio  ambiente, bem como da imprensa, vêm chamando a atenção da população e de  governantes por meio de informações sobre novos focos e seus danos e prejuízos  à saúde humana e ambiental (GERUDE, 2013). Para isso, o sensoriamento remoto  tem se mostrado fundamental, na medida em que dados gerados por meio do uso de  satélites correspondem a uma importante fonte de informações sobre os diversos  fenômenos que ocorrem na superfície terrestre, permitindo a obtenção de dados  de áreas muito extensas em intervalos de tempo regulares (SOARES et al., 2016).  Esta análise da dinâmica e distribuição dos focos de calor e suas possíveis  causas devem ser verificadas para elaboração de medidas mais eficientes de  prevenção e combate (Ibidem). O termo “focos de calor” é utilizado para  interpretar informações sobre o registro de calor captado na superfície terrestre  por sensores espaciais remotos (BATISTA, 2004), podendo o fogo ser de  diferentes origens. 
        Neste contexto, no  Estado do Pará, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) vem monitorando a ocorrência de focos de calor em  áreas protegidas no território paraense, que somam 85 UCs, sendo 57 federais,  25 estaduais e sete municipais (MMA, 2018), e 65 Terras Indígenas, que são  classificadas em Tradicionalmente ocupadas, Reservas indígenas, Terras  dominiais e Áreas interditadas (FUNAI, 2018). Assim, o  presente estudo objetivou analisar o monitoramento dos focos de queimadas e  incêndios em UCs e em terras indígenas no Estado do Pará, com base em boletins mensais  da SEMAS, durante o biênio de 2016 a 2017, além de propor medidas para a  redução do número de queimadas e incêndios.
2 METODOLOGIA
              O procedimento de  coleta de dados consistiu na compilação e análise das informações presentes nos  Boletins Mensais de Monitoramento de Focos de Calor e Incêndios Florestais no  Estado do Pará, referentes aos anos de 2016 e 2017 em três  tipos de áreas protegidas: UCs Federais, UCs Estaduais e Terras Indígenas.
        Tais  documentos foram elaborados pela Equipe de Monitoramento da Diretoria de  Meteorologia e Hidrologia da SEMAS, a qual utilizou dados do sensor MODIS  presente no satélite de referência AQUA, e disponibilizados no site oficial (https://www.semas.pa.gov.br/coluna/boletim-focos-de-calor/). Cabe ressaltar que a iniciativa de monitoramento  está em vigor desde 2015, porém para este estudo os boletins do ano  anteriormente mencionado não foram utilizados, pois os registros foram realizados  em períodos não contínuos ao longo do ano, impossibilitando uma análise mais  concreta e padronizada, como foi feito em relação aos anos posteriores. 
        Para as medidas de redução do número de queimadas e  incêndios, buscou-se, por meio da rede de internet, trabalhos científicos e  leis relacionados ao combate do uso do fogo. Os dados mensais dos boletins de  2016 e 2017 foram transcritos e tratados em planilha do Software Excel 2010 para posterior análise por meio de estatística  descritiva, assim como subsidiar a elaboração de gráfico e tabela, enquanto que  as informações para a redução ou combate ao uso do fogo encontradas na  literatura foram analisadas e discutidas qualitativamente. 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 MONITORAMENTO DOS FOCOS DE CALOR
Durante o biênio de 2016 a 2017, no Pará, foram detectados 23.047 focos de calor em territórios das três áreas protegidas, sendo que no primeiro ano foram registrados 7.408 e no segundo, 15.639. Em 2016, verificou-se que os meses de maior ocorrência de queimadas e incêndios foram o de agosto (2.066) e novembro (1.512) e os de menores registros foram março (13) e abril (5); enquanto que no ano seguinte, em agosto (4.440) e setembro (6.222) houve maiores detecções de focos de calor e, em contrapartida, o mês de fevereiro apresentou apenas um registro e abril, nenhum.
              Notou-se o aumento  proeminente do número de focos de calor em 2017 quando comparado ao ano de  2016, o que pode ser, de acordo com os boletins mensais, devido a algumas  variáveis, como: o baixo índice pluviométrico, a maior incidência solar e as  mudanças das condições oceânicas e na nebulosidade. Cabe ressaltar que este  acréscimo, em 2017, ocorreu mesmo com o término, em julho de 2016, do fenômeno El Niño. De acordo com Vasconcelos et al. (2013), episódios de estiagens decorrentes  do El Niño, proporcionam um maior índice de  incêndios quando comparado aos anos sem a presença dele.
        Esse  fenômeno é caracterizado pela elevação da temperatura das águas da região  oriental do Oceano Pacífico Tropical acima da média da região, tendo, em geral,  a fase quente associada aos períodos secos nas regiões tropicais e aos períodos  quentes e úmidos nos extratrópicos (GRANTZ, 1991; TRENBERTH, 1991; FONTANA;  BERLATO, 1997). Na Venezuela, as secas prolongadas, que são resultantes do El Niño, contribuem com a degradação dos  sistemas arbóreos, na expansão dos sistemas herbáceos e no incremento da  frequência de queimadas (SALAZAR-GÁSCON; FERREIRA, 2018). Secas e incêndios,  associados a esse fenômeno, têm sido observadas mundialmente, mas, no Brasil,  tem-se uma característica marcante que é a de estar relacionado a chuvas  intensas no Sul e seca no Norte e Nordeste (SILVA, 2000). 
        Na Amazônia, por conta da crescente frequência desses eventos climáticos, a região está sujeita a sofrer  incêndios florestais catastróficos devido às secas severas em  grande parte dela,  além da extração  de madeira, que tende a aumentar a inflamabilidade de grandes áreas florestais,  como ocorreu em Roraima em 1997/98 (NEPSTAD et al. 1999). Cabe ressaltar  que uma vez que  já tenham sofrido a ação do fogo, as florestas da região se tornam  mais propensas à  ocorrência de novos incêndios (Ibidem).
        Em relação às áreas protegidas onde mais  foram detectados focos de calor, verificou-se que em 2016 houve maior incidência  de queimadas e incêndios em UCs Federais (4.635), o que correspondeu a 62,6% do  total, seguido de UCs estaduais (1.784; 24,1%) e, por último, as Terras  indígenas (989; 13,4%), de acordo com a Figura 1. Já em 2017, houve mudanças na  ordem do ranking, pois os registros  mais significativos foram em UCs Estaduais (7.686; 49,1%), depois nas Federais (4.196; 26,8%) e, visivelmente, o aumento discrepante  do número de focos de calor nas Terras Índigenas (3.757; 24,0%), quando  comparado ao ano anterior (Figura 1). Não se tem dados que revelam as causas  das alterações do número de focos de calor entre as UCs, em 2017.
           Com  base na análise temporal dos dados apresentados, foi possível verificar que o  segundo semestre, em ambos os anos, é onde ocorre o maior número de incidência  de queimadas e incêndios em áreas protegidas no Estado do Pará, assim como em  todo o território paraense, pois tal período compreende o “verão amazônico”, ou  seja, a estação pouco chuvosa na Amazônia, caracterizada por baixa umidade do ar, pouca precipitação pluviométrica e  elevadas temperaturas. 
        Tal fato relacionado às características  climáticas também foi verificado em diferentes estudos, como no Parque Nacional  da Chapada dos Veadeiros (FIEDLER et al., 2006), em áreas protegidas no  Pantanal (MORELLI et al., 2009), em UCs de Minas Gerais (PEREIRA et al., 2012)  e no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia (SILVA et al., 2013).  Estes trabalhos concluíram que as queimadas e incêndios são recorrentes sempre  durante períodos de baixa umidade relativa e reduzida precipitação, o que  compreende o período seco ou de estiagem. 
        O Pará, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais  (INPE), está entre os primeiros do ranking de estados com maiores ocorrências  de queimadas e incêndios, contribuindo para que a Amazônia seja uma das  principais áreas atingidas. No território amazônico existem municípios com risco  potencial para a ocorrência de incêndios, pois, do ponto de vista histórico,  foram polos de colonização com intensa atividade de extração de madeira, pecuária  e agricultura de subsistência (JUSTINO et al., 2002) e ainda nos dias atuais  são frequentes e coexistem na região. 
        Parte desses municípios integram o chamado o Arco do desmatamento, o qual compreende um conjunto de 174  municípios do Pará, Mato Grosso e Rondônia, que somam as maiores taxas de  desmatamento acumulado na região, pois a maioria  deles utiliza o fogo para as atividades produtivas, como a pecuária e a  agricultura (JUSTINO; ANDRADE, 2003; CASTRO, 2005). No Pará, as mesorregiões sudeste e sudeste são áreas de maior  concentração de focos de calor, conforme os boletins da SEMAS em  estudo.
3.2 ALGUMAS PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DO USO DO FOGO
3.2.1 Pesquisas  de campo 
        Pesquisas in loco são necessárias para o  conhecimento de particularidades que não são captadas pelo sensoriamento remoto,  a fim de gerar subsídios para estratégias de combate ao fogo. Nepstad et al.  (1999) afirmaram que os satélites não proporcionam informações sobre que tipo  de vegetação está queimando, os agentes que promoveram os incêndios, os efeitos  ecológicos e econômicos, os tipos de propriedades atingidas pelo fogo, entre  outros. Essas pesquisas poderão ser realizadas mediante entrevistas com as  pessoas e checagem de registros fotográficos, visando o planejamento de  prevenção e combate aos incêndios florestais em áreas protegidas, no seu  interior e no entorno (MATOS, 2004). As demais propostas de intervenção devem  ser organizadas conforme a realidade local a partir de um diagnóstico da  situação.
3.2.2 Fomentos  para projetos e programas de sensoriamento remoto
        
        Um  dos métodos com validação científica em detecção de focos de calor é o de  sensoriamento remoto, o que requer maiores investimentos em pesquisas,  projetos e programas. Para tanto, a gestão dessas ações só será efetivada a  partir de atividades operacionais de monitoramento e combate fundamentadas em  dados históricos e atuais de queimadas e incêndios (PEREIRA et al., 2012), o  que pode ser viável com o auxílio de satélites. Ainda de acordo com esses  autores, as informações derivadas dos registros de focos de calor podem ser  utilizadas em sistemas de fiscalização, prevenção e planejamento estratégico de  investimentos, assim como em ações administrativas de áreas protegidas. 
        Neste sentido, destacam-se projetos e  programas que tiveram resultados satisfatórios, como o Programa de Monitoramento  de Queimadas e Prevenção e Controle de Incêndios Florestais no Arco do  Desflorestamento da Amazônia (PROARCO), que desde 1998, graças à parceria entre  o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Brasileiro do  Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), gerou subsídios para prevenir,  localizar e combater a ocorrência de incêndios florestais na Amazônia, em áreas  previamente conhecidas como de risco e com potencial de risco amplificado pelo El Niño (IBAMA, 1998). Desde então, o  método foi aperfeiçoado pelo INPE com a obtenção de focos de calor por meio de  imagens termais dos satélites polares TERRA, AQUA, da série NOAA e dos  satélites geoestacionários MSG e da série GOES (GONTIJO et al., 2011).
        Outro exemplo é o “Risco de Queimadas e  Incêndios – RisQue”, que foi desenvolvido pelo IPAM e WHRC para identificar  regiões sob risco de fogo na Amazônia brasileira (NEPSTAD et al., 1999). Tal  modelo agregava dados sobre solos, chuva, florestas, exploração madeireira, agricultura  e história recente de ocorrência de incêndios para gerar mapas de florestas  suscetíveis ao fogo e de áreas agrícolas, as quais poderiam também servir de  fontes de ignição para incêndios florestais. 
        Destaca-se também a atuação da Secretaria de  Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) do Estado do Pará, que com  informações geradas pelo satélite AQUA, vem gerando boletins mensais, desde 2015,  sobre as ocorrências de focos de calor no território paraense, inclusive em  áreas protegidas, cujos resultados indicaram que o sudeste e o sudoeste  paraense são as mesorregiões em que há maiores concentrações de fogo e que as  UCs federais e estaduais são as que mais contribuem com os focos de calor.
3.2.3 Sistema de detecção
              Em muitas áreas protegidas, há a  possibilidade de implantação de um sistema de detecção, que deve ter como  padrão características que incluam a rápida e a precisa localização dos focos de  calor, em diferentes períodos do dia; além de torres de observação, guaritas  dotadas de goniômetros e rádio para comunicação e veículos para as rondas  (MEDEIROS; FIEDLER, 2004). Inicialmente, o custo para a aquisição desses  instrumentos é relativamente elevado, porém, as torres de observação têm menor custo  se comparado ao uso de aeronaves ou câmeras com sensor infravermelho, mas, para  a eficiência do monitoramento por torres e guaritas há a necessidade de observadores  treinados para a permanência diurna e noturna, equipamentos de  rádio-comunicação, binóculos, mapas (Ibidem). O sistema de controle será acionado  quando necessário, e as brigadas locais, os bombeiros, a Defesa Civil e o IBAMA  entrarão em ação para combater os incêndios (BARBOSA et al., 2004) em tempo  hábil a partir do bom funcionamento do sistema de detecção.
        Feidler et al. (2006) ressaltaram  que a grande quantidade de incêndios de origem desconhecida em áreas  protegidas, que, inclusive, é notada em muitos trabalhos sobre a temática, pode  ser em consequência da falta de pontos da observação e à ausência de perícias  após os incêndios. Seja para a prevenção e combate  aos incêndios florestais, manejo do fogo ou para estudos afins, os sistemas de  detecção de queimadas e incêndios correspondem a uma importante fonte de  informação (TOMZHINSKI et al., 2011). Pereira e Silva (2016) evidenciaram  a importância de se realizar a fiscalização e o  monitoramento com a finalidade de manter em observação os municípios com  maiores concentrações de queimadas. 
3.2.4 Técnicas agrícolas e pecuárias de baixo impacto ambiental
              Considerando as práticas  agroextrativistas com uso do fogo, o aceiro é considerado um meio para  controlar os efeitos devastadores das queimadas. Este método consiste na  limpeza e na retirada da biomassa proveniente do rebaixamento da galhada, numa  largura de até cinco metros, em volta da área preparada para o roçado (ALVES;  MODESTO-JÚNIOR, 2013a). Um aceiro ao redor das áreas a serem queimadas serve  para proteger do fogo pastagens, lavouras ou florestas ou evitar incêndios  intencionais fora de controle em propriedades vizinhas (NEPSTAD et al., 1999). Em algumas UC do Cerrado, a execução de  aceiros externos e internos tem contribuindo com a diminuição da frequência e  da extensão das áreas atingidas, sendo fundamentais para a quebra dos ciclos de  grandes incêndios que ocorriam com intervalos de três/quatro anos (MEDEIROS; FIEDLER, 2004).
        Uma alternativa  produtiva é o método de corte e trituração para a implantação das roças sem o  uso de fogo. Este procedimento consiste no corte da capoeira com ferramentas  manuais (facões, foices, motosserras) e o inventário das espécies botânicas de  valor econômico (fruteiras e essências florestais) para a preservação no roçado  e, posterior, retirada do material lenhoso, culminando com o picotamento da  vegetação na superfície do solo para plantio de mandioca ou de espécies  perenes, e aceiro ao redor da área para controlar as queimadas (ALVES;  MODESTO-JÚNIOR, 2009; 2013b). 
        Este método produtivo tem como resultados  a permanência e o acúmulo de biomassa e nutrientes que favorecem as  propriedades naturais do solo, melhoria no balanço de carbono, transporte de  água para a atmosfera, proteção à lixiviação, geração de recursos vegetais da  capoeira (ALVES; MODESTO-JÚNIOR, 2012; 2013a,b; ANDRADE et al., 2014). Alves e  Modesto-Júnior (2013b) frisaram que essas tecnologias sustentáveis podem ser  adotadas e replicadas por qualquer agricultor na Amazônia, pois não é  necessário ter alto poder aquisitivo, visto que a sua adoção não depende de  insumos, mas apenas de informação necessária para mudança de hábito.
        Para  evitar o frequente uso de queimadas, algumas tecnologias extensivas também se mostraram  eficazes, como por exemplo: a adubação e a correção do solo (EMBRAPA, 2000). A  adubação consiste no transporte de nutrientes para o solo e a sua utilização é  diretamente proporcional à exploração produtiva de determinado território (ALCARDE  et al., 1998). Já a correção está relacionada à escala de pH em que o solo se encontra,  com o objetivo de proporcionar melhores desenvolvimentos agropecuários, além de  potencializar a eficácia do adubo (LOPES et al., 1991). Ambas as técnicas  oferecem condições positivas em relação ao manejo do solo e adaptação às  diversas formas de produção a se tornarem mais favoráveis. Para tanto, é  imprescindível conhecer o território antes de desenvolvê-las sem equívocos e,  para isso, o agricultor terá que investir em insumos e pesquisas.
        Cabe  ressaltar que tais tecnologias proporcionam vantagens no que se refere a  otimização da agricultura e a melhoria das pastagens, principalmente de  pequenos produtores ligados ao sistema de agricultura familiar, pois sobre  estes recai majoritariamente a responsabilidade sobre os focos de queimadas e  incêndios, visto que são mais numerosos quando comparados aos grandes  agricultores (EMBRAPA, 2000). A consequente produtividade  das pastagens e a fertilidade do solo consistirão em uma maior durabilidade e  rentabilidade da rotação e da produção pecuária, reduzindo, portanto, o hábito de  consumar o desmatamento para a limpeza do local (Ibidem).
        Ainda  relacionado ao manejo do fogo como instrumento amplamente habitual na pecuária,  outra técnica alternativa que auxilia indiretamente na redução desta ação é o  uso da ureia pecuária (PEREIRA et al., 2009). Este recurso equivale a um  processo gradativo do consumo de forragem por animais em pastos secos, isto é,  basicamente o alimento destes seres, em que a ureia misturada ao sal mineral  proporciona uma forragem mais eficiente no contexto sustentável e produtivo (FAGUNDES  et al., 2005). Desta forma, além de ser acessível e simples, esta atividade  propicia o aumento de massa corpórea dos animais e, por consequência, o pasto  não irá apresentar um excesso de sobras, de sujeira, e não caberá ao produtor optar  pelo uso do fogo para a retirada da material morto e impurezas do local  (EMBRAPA, 2000).
3.2.5 Efetivação de políticas e aplicação de multas
              Em geral, a  maior parte dos incêndios é de origem humana, podendo ser intencional, de forma  criminosa ou acidental, e vinculado ao método produtivo da agricultura e da  pecuária, cuja queimada se descontrola avançando em direção às áreas florestais  e propriedades vizinhas. A redução de incêndios dessa natureza deve acontecer  com o fortalecimento de ações preventivas e inibitórias combinadas (educação  ambiental, fiscalização) (MEDEIROS; FIEDLER,  2004), mas também de multas e/ou penalidades impostas aos infratores por órgãos  de proteção ambiental, como IBAMA, Instituto Chico Mendes de Conservação da  Biodiversidade (ICMBio), Secretarias Municipais e Estaduais de Meio Ambiente. A  prevenção e o controle dos incêndios são levados mais a sério quando há uma  probabilidade real de que o responsável pelos prejuízos resultantes do fogo  sofra multas pesadas, o que não é o caso na Amazônia (NEPSTAD et al. 1999) ou  então as leis não estão sendo cumpridas como deveriam. 
        O uso do fogo já era uma prática proibida, em  qualquer tipo de vegetação, desde o primeiro Código Florestal Brasileiro  (Decreto nº 23.793), de 23 de janeiro de 1934. Em seu Art. 83 previu como  crimes florestais: a) fogo posto em florestas do domínio público ou da  propriedade privada, sujeito à prisão de até três anos e multa; b) fogo posto  em produtos ou subprodutos florestais, ainda não retirados das florestas, onde  foram obtidos ou elaborados, cuja pena consistia em prisão de até dois anos e  multa; c) dano causado aos parques nacionais, estaduais ou municipais e às  florestas protetoras e remanescentes ou às plantações por meio do fogo,  propenso à detenção de até um ano e multa.
        Com o Código Florestal Brasileiro de 15 de  setembro de 1965 (Lei nº 4.771), o uso do fogo continuou sendo proibido nas  florestas e outras formas de vegetação, salvo se houvesse peculiaridades locais  ou regionais que justificassem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou  florestais, de acordo com o Parágrafo Único do Art. 27, cuja permissão para tal  seria estabelecida em ato do Poder Público, circunscrevendo as áreas e estabelecendo  normas de precaução. Este parágrafo único, posteriormente, foi regulamentado  pelo Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998. 
        O referido decreto apresenta  as normas para o emprego do fogo e tem como algumas das principais finalidades  viabilizar, ordenar, apoiar, sistematizar e executar atividades de educação,  pesquisa, monitoramento, controle de queimadas, prevenção e combate aos  incêndios florestais, avaliando seus efeitos sobre os ecossistemas, a saúde  pública e a atmosfera (BRASIL, 1998a). Quanto  à queima controlada, esta deve ser previamente autorizada mediante algumas  recomendações específicas, conforme o Art. 4º do mesmo decreto, e, em alguns  casos, é essencial uma visita preliminar no território por órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA  (Art. 7º). Caso o uso do fogo ponha em comprometimento a vida humana,  irregularidades ao meio ambiente ou até mesmo a fatores meteorológicos e não  haja o cumprimento das devidas recomendações, a autorização para este tipo de  prática será indeferida (BRASIL, 1998a). 
        Com as alterações na legislação, as queimadas  não foram proibidas, mas foram asseguradas condições para que elas ocorram de  forma segura; assim toda queimada precisa de autorização prévia do órgão  público ambiental. Cabral et al. (2013) ressaltam que várias medidas de  proteção são exigidas para que a queima controlada possa ser executada, como o  uso de pessoal treinado, além da construção de aceiros. Quem não respeitar as condições  impostas pela legislação específica estará propenso às seguintes penalidades:  obrigação de reparar qualquer dano ambiental, perda ou restrição de benefícios  concedidos pelo Poder Público, pagamento de multas, perda ou suspensão de  linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito do Estado,  processo criminal, com o dispositivo da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº  9.605/98).
        A lei 9.605 de 12 fevereiro  de 1998, chamada de Lei de Crimes Ambientais, define em seu Art. 41. os crimes  contra o meio ambiente caracterizando o incêndio em mata ou floresta como um  delito culposo, – isto é, um indivíduo provoca a queima sem qualquer  consciência ou intenção quanto ao extermínio da fauna e da flora –, cujo ato  pode gerar consequências penais perante a Lei, de acordo com o exposto na  sanção trazida no Parágrafo Único deste Artigo: “se o crime é culposo, a pena é  de detenção de seis meses a um ano, e multa”; e tratando-se de um crime doloso,  quando se atribui de um dano intencional e previsto, é exibida a punição na  cláusula secundária do caput da mesma  Lei: “reclusão, de dois a quatro anos, e multa”.  (BRASIL, 1998b).  Esta lei foi regulamentada pelo Decreto 3.179/99, ambos preveem multa de  R$ 1.000 por hectare ou fração para quem fizer uso de fogo em áreas  agropastoris sem autorização; prisão e multa para quem fabricar, vender,  transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios; prisão de até cinco  anos e multa no valor de R$ 1.500 por hectare ou fração para quem provocar  incêndio em mata ou floresta.
        O atual Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) mantém a  proibição do uso do fogo em seu Art. 38, exceto nas seguintes situações I - em  locais ou regiões que justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou  florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental; II - emprego  da queima controlada em UCs, em conformidade com o plano de manejo, visando a  conservação da vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam  associadas evolutivamente à ocorrência do fogo; III - atividades de pesquisa  científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos  competentes (BRASIL, 2012). Cabral et al. (2013) acreditam que o novo código  inovou ao incluir o uso de Queimadas Controladas nas UCs, onde exista um plano  de manejo, além disso, o Art. 40 desta lei, dá incumbência ao governo federal  de estabelecer uma Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas,  Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, o que possibilita a geração de  novos mecanismos e instrumentos para melhorar a fiscalização e o controle de  fogo no país.
3.4.6 Ações educativas
   É sabido que agricultores, pecuaristas e  fazendeiros são os grandes responsáveis pelas queimadas e incêndios florestais,  intencional ou acidentalmente (NEPSTAD et al.,1999), tornando-os potenciais  agentes modificadores da paisagem, como por meio do desmatamento. Como forma de  minimizar a incidência do uso de fogo em áreas  legalmente protegidas, sugerem-se ações educativas juntos a esses atores  sociais, com enfoque na importância socioambiental da área da qual fazem parte  e no estabelecimento de vínculos com as comunidades do entorno, sendo que estes  povoados também são responsáveis pelas queimadas (des)controladas (MEDEIROS; FIEDLER, 2004). 
        A prevenção de incêndios  florestais está intimamente associada ao nível de conscientização e  sensibilidade das pessoas, as quais devem estar plenamente ciente da  necessidade de preservar as florestas ao evitar condições propícias à  ocorrência de incêndios em ambientes naturais (RAMOS, 1995). Medeiros e Fiedler (2004) propõem atividades de Educação Ambiental por meio  de palestras e visitas programadas às áreas protegidas, e evidenciaram que a  distribuição de cartazes, cartilhas e folders são importantes, mas têm público  e alcance limitados, considerando o baixo grau de instrução no meio rural  brasileiro; além disso, citaram a promoção de cursos específicos de queima  controlada e sobre técnicas alternativas ao uso do fogo.
        Por  sua vez, Pereira e Silva (2016) sugeriram a criação de campanhas de  conscientização, principalmente entre os agricultores e pecuaristas, a fim de  disseminar informações sobre técnicas de controle e uso de queimadas, horários  e períodos mais adequados para queima, os prejuízos provocados pelo uso indiscriminado  do fogo e alternativas que substituam a utilização do fogo nos procedimentos  agropecuários. Cabe também a avaliação de técnicas usuais no combate ao fogo  quanto à efetividade e à eficiência das mesmas, sendo que essas deveriam ser  incorporadas a programas de treinamento para agentes de extensão, agrônomos,  engenheiros florestais e outros profissionais que lidam com os recursos  naturais (NEPSTAD et al., 1999) em seus locais de atuação.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
               Esta análise evidenciou a viabilidade do  sensoriamento remoto para identificar a localização, o período e a frequência de  focos de calor no Estado do Pará, em particular, nas áreas protegidas. Desta  forma, percebeu-se que a maior ocorrência desses focos ocorreu no segundo  semestre dos anos de 2016 e 2017, que consiste no período climático mais  propício para a consumação de eventos incendiários: o verão amazônico.  Para tal, as UCs Federais e Estaduais, que podem estar situadas em municípios  agropecuários, são as que mais contribuíram para a grande ocorrência de queimadas  e incêndios durante o biênio estudado, deixando evidente a necessidade de  fiscalização e outros meios para coibir ou reduzir o uso do fogo, visto que a  cada ano isso se repete e se intensifica.
        Há de se  considerar ainda que os dados obtidos podem não fornecer o número real dos  focos de calor no território paraense, tampouco não identificam as causas de  tais fenômenos; contudo, essas informações permitem não  somente o monitoramento, mas também o conhecimento dos locais onde estão sendo  necessários a prevenção e o combate às queimadas e incêndios, particularmente em  áreas que deveriam ser protegidas contra esse tipo de prática. Sabendo-se  disso, os órgãos públicos ligados à proteção ambiental podem concentrar  recursos humanos e tecnológicos nas localidades mais afetadas.
        É sugerível, então, que medidas para a  redução do uso do fogo sejam adotadas por meio da intervenção do governo e dos  Órgãos Gestores das Unidades de conservação e outras instituições, o que requer  investimentos em pesquisas de campo, projetos e programas de monitoramento,  sistemas de detecção, assistência técnica e extensão rural com ênfase na  produção sustentável, e a efetivação de políticas e sansões penais correlatas.  Além disso, a Educação Ambiental deve ser a base metodológica para as demais  ações, visando mudanças na forma de pensar e agir de produtores, demais  usuários das áreas protegidas e do próprio Poder Público.
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*Biólogo, Mestre em Ciências Ambientais, Universidade do Estado do Pará. E-mail: raynon_alves@yahoo.com.br