Elder Campos da Silva *
Rodrigo Batista de Oliveira**
UFAM, Brasil
campos.elder@hotmail.com
RESUMO: O objetivo deste estudo foi identificar como se desenvolve a gestão ambiental no ramo do artesanato, a partir dos relatos de experiência de artesãos assessorados pela Incubadora Amazonas Indígena Criativa – AmIC. Como estratégia metodológica utilizou-se a abordagem qualitativa, valorizando os dísticos proferidos pelos informantes desse estudo. Para a coleta dos dados foram realizadas entrevistas a partir de um roteiro de perguntas semiabertas aplicado aos 04 empreendedores incubados pela AmIC, além da técnica da observação direta e do diário de campo, abordando a organização e gestão ambiental produtiva dos informantes. Os resultados indicaram a necessidade de promover no município um conjunto de ações e políticas públicas para o setor da Economia Criativa desenvolver suas potencialidades, pois estes artesãos, a exemplo, possuem ideias que se articulam com a visão da gestão ambiental, necessitando de apoio da administração pública ao que tange a um processo de organização na gestão de resíduos reaproveitáveis no município.
Palavras-chave: Gestão Ambiental, Empreendedorismo, Artesanato, Economia Criativa.
CULTURAL EXPRESSION WITH RESPONSIBILITY: A STUDY ON THE MANUFACTURING OF CUSTOMS IN THE CITY OF PARINTINS.
ABSTRACT: The objective of this study was to identify how the environmental management in the handicraft sector is developed, based on experience reports of artisans assisted by the Incubadora Amazonas Indígena Criativa - AmIC. As a methodological strategy, the qualitative approach was used, valuing the signs given by the informants of this study. For the collection of the data, interviews were conducted from a script of semi-open questions applied to the 04 entrepreneurs incubated by the AmIC, in addition to the technique of direct observation and the field diary, addressing the organization and productive environmental management of the informants. The results indicated the need to promote in the municipality a set of actions and public policies for the Creative Economy sector to develop their potentialities, as these artisans, for example, have ideas that are articulated with the vision of environmental management, needing the support of the administration public to what concerns a process of organization in the management of waste reusable in the municipality.
Keywords: Environmental Management, Entrepreneurship, Crafts, Creative Economy
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Elder Campos da Silva y Rodrigo Batista de Oliveira (2018): “Expressão cultural com responsabilidade: um estudo sobre a confecção de artesanato na cidade de Parintins”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (julio 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/cccss/2018/07/cofeccao-artesanato-parintins.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/cccss1807cofeccao-artesanato-parintins
O município de Parintins tem prestigio no âmbito nacional, é reconhecido mundialmente pelo seu Festival Folclórico, que se caracteriza como um conjunto de manifestações folclóricas locais, tendo como ápice a disputa entre os bois-bumbás Garantido e Caprichoso, que defendem as cores vermelha e azul, respectivamente, e suas criações artísticas a partir de temáticas sobre a Amazônia. As apresentações dos bois-bumbás Caprichoso e Garantido abordam elementos da cultura indígena, cabocla, a interação com os recursos naturais e o cotidiano amazônico por meio de toadas e alegorias de ambas agremiações folclóricas.
O artesanato, atividade econômica desenvolvida na cidade de Parintins, acompanha essa valorização do cotidiano amazônico e ressalta em suas criações a riqueza natural e cultural da região. O empreendedorismo no ramo do artesanato é uma das fontes de renda importantes para uma cidade com atividades turísticas, constituindo uma possibilidade de se criar novas oportunidades de autonomia financeira a partir da arte e da criatividade, fundamentada em estratégias de gestão eficientes e eficazes.
Partindo do pressuposto de que o Sistema de Gestão Ambiental – SGA, é uma medida que visa o controle e gerenciamento do uso dos recursos naturais nas organizações, além de trabalhar fortemente no combate ao desperdício da matéria-prima, na reorganização do processo produtivo, visando minimizar o consumo de água e energia, ou seja, todos os fatores envolvidos, de alguma forma, contribuem para a degradação do meio ambiente. O objetivo deste estudo foi identificar como se desenvolve a gestão ambiental no ramo do artesanato, a partir dos relatos de experiência de artesãos assessorados pela Incubadora Amazonas Indígena Criativa – AmIC.
Para melhor delineamento deste estudo foi traçado uma estratégia metodológica afim de nortear a compreensão acerca da Gestão Ambiental com ênfase na produção do artesanato em Parintins.
Como estratégia metodológica utilizou-se a abordagem qualitativa, valorizando os dísticos proferidos pelos informantes na pesquisa de campo.
O movimento de incubadoras de empresas sempre esteve relacionado ao movimento de empreendedorismo em todos os países onde a criação de empresas e o suporte aos empreendedores tem sido enfatizado. Destaca-se que o empreendedorismo tem crescido rapidamente no Brasil nos últimos anos, criando uma demanda por sistemas de suporte aos empreendedores, como é caso das incubadoras de empresas (DORNELAS, 2002).
A respeito da área de abrangência da região do Baixo Amazonas, esta caracteriza-se pela reunião dos municípios de Barreirinha, Maués, Boa Vista do Ramos, Nhamundá, Parintins, São Sebastião do Uatumã e Urucará, numa área de 107.029,60 Km2 e com uma população total de 230.847 habitantes (IBGE, 2010). Dentre as cidades que compõe a região, Parintins é a que apresenta a maior população com 102.044 habitantes, representando 44,2% do território. Conforme indica a figura 01.
Em Parintins/AM, a Incubadora Amazonas Indígena Criativa – AmIC foi planejada em meados de 2013, incialmente intitulada “Incubadora Mista de Empreendimentos Criativos – ImEC”, cujo o público alvo de trabalho seriam artesãos do município de Parintins e devido à ausência de recursos financeiros e humanos, as atividades da então ImEC limitavam-se a pequenas reuniões de equipe de trabalho sobre temas acerca do tema empreendedorismo (SILVA, 2017).
Em 2014 o projeto Incubadora Amazonas Indígena Criativa – AmIC foi aprovado para ser executado pela Universidade Federal do Amazonas, campus Parintins, tendo como principal parceiro o Ministério da Cultura, que acreditou no seu potencial em trabalhar para o desenvolvimento sustentável do Baixo Amazonas, assim como a Secretaria de Economia Criativa. A partir desta parceria a Incubadora AmIC redimensionou sua área de atuação, conforme indica a figura 02. (PLANO DE TRABALHO AMIC, 2014).
A partir do projeto de descentralização e execução da Incubadora, a AmIC passou a atuar no sentido de potencializar e assessorar iniciativas empreendedoras criativas e inovadoras da região do Baixo Amazonas, tendo como público alvo empreendedores localizados na região do Baixo Amazonas, cujas atividades empreendedoras tenham ênfase nas raízes da cultura popular e indígena. Os empreendedores do setor criativo da economia podem ser: artesãos, artistas plásticos, designer, microempreendedores e pequenos empreendedores nas áreas de turismo cultural e sustentável, gastronomia regional entre outros (NEWBIGIN, 2010).
Atualmente entre 2015 e 2017 as ações da Incubadora AmIC direcionam-se sob o prisma da economia criativa como meio de desenvolvimento local sustentável, visando potencializar a sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental da região do Baixo Amazonas. Essa região apresenta uma reconhecida bio-sócio-diversidade, própria de seu ecossistema e requer estratégias metodológicas operacionais especificas para ser valorizada e inserida no modelo da economia criativa.
A incubadora AmIC tem como missão atuar para o fortalecimento dos segmentos da economia criativa na região do Baixo Amazonas. Contudo, devido a limitações de recursos humanos e financeiros tem restringido sua área de atuação ao município de Parintins. Considera-se que o referido município possui grande potencial criativo. O reconhecimento e valorização da produção artística local, gerada pelo Festival Folclórico dos Bois Garantido e Caprichoso tomou proporções mundiais dando visibilidade para a criatividade amazonense, porém ainda precisa ser trabalhada e desenvolvida de forma sustentável.
Atualmente a Incubadora AmIC assessora 04 empreendedores, sendo 01 indígena da etnia Sateré-Mawé, cujo artesanato é caracterizado pelos elementos de sua cultura étnica, 03 artesãos não-indígenas que produzem seus artesanatos a partir da matriz cultural indígena e cabocla amazônica.
De acordo com a coordenadora da Incubadora Sandra Helena (2017), que explica que devido os conceitos acerca da Economia Criativa estarem ainda em processo de divulgação e esclarecimento no Brasil e por compreender as especificidades da Amazônia brasileira, a Incubadora AmIC tem trabalhado para difundir este conhecimento no meio acadêmico e na comunidade em geral. Deste modo, tem realizado oficinas e capacitações com os empreendedores e com a equipe de trabalho afim de desenvolver estratégias para atingir o objetivo de atuar na promoção da aprendizagem e fortalecimento de empreendimentos criativos de valorização e desenvolvimento sustentável da riqueza socioambiental da amazônica.
Em linhas gerais, o conceito de economia criativa origina-se do termo indústrias criativas, por sua vez inspirado no projeto Creative Nation, da Austrália, de 1994. Entre outros elementos, este defendia a importância do trabalho criativo, sua contribuição para a economia do país e o papel das tecnologias como aliadas da política cultural, dando margem à posterior inserção de setores tecnológicos no rol das indústrias criativas (REIS, 2008).
No Brasil, o conceito de economia criativa vem sendo debatido e está em processo de construção. Contudo desde 2004 já possui algumas definições gerais que o sustentam enquanto categoria de análise no meio acadêmico (REIS; KAGEYANA, 2011).
Economia criativa relaciona-se aos processos de geração de empreendimentos cuja a geração de renda econômica envolva a criatividade tangível ou intangível, estando relacionada as atividades artísticas e culturais que tem no valor simbólico o diferencial do processo de criação de novos produtos ou recriados conforme a localidade. A economia criativa é versátil envolvendo atividades do meio tradicional ao tecnológico, agregando valor a partir da inovação, design, sustentabilidade e criatividade como ferramentas essenciais nos processos de geração de valor econômico.
John Howkins (2001), define a economia criativa como uma economia em que as pessoas dedicam grande parte do tempo desenvolvendo ideias, não aleatoriamente, mas com foco na geração de produtos comercializáveis. Uma atividade que contém essas características é o artesanato, que engloba a cultura e a identidade de um povo.
Gerenciar tais empreendimentos criativos para que de fato atendam a necessidade de serem sustentáveis para si e para o ecossistema inserido é indispensável utilizar ferramentas que subsidiem no gerenciamento dos recursos naturais empregados na produção de bens de consumo como é o caso do artesanato utilitário e decorativo elaborado pelos artesãos assessorados pela AmIC.
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA), é uma ferramenta gerencial onde as empresas utilizam para o equilíbrio entre Empresa/Ambiente, buscando minimizar os impactos causados pela produção ao ambiente, gerenciando os recursos provenientes do meio ambiente. Pode ser definido como um conjunto de políticas, ações e procedimentos técnicos administrativos das organizações e tem como objetivo o melhor desempenho ambiental, ou seja, que seus produtos sejam ecologicamente corretos atendendo todas as normas ambientais legais (BARBIERI, 2011).
Segundo Barbieri (2011) o SGA é um conjunto de atividades administrativas e operacionais inter-relacionadas para abordar os problemas ambientais atuais ou para evitar o seu surgimento. A temática ambiental é uma questão que ao longo dos últimos anos vem sendo debatido constantemente, é evidente que cada período que passa seu grau de importância aumenta, isso se dá pela exorbitante degradação ocorridas nos correntes anos impactando fortemente o meio ambiente e todos os seres vivos nele existente.
Para o autor, Barbieri (2011), o ser humano é o principal ator desses atos ilícitos quando se trata do meio ambiente, principalmente as grandes empresas que trabalham em setores que demandam grandes áreas e isso faz com que florestas sejam devastadas para plantações, criações, ou até mesmo para instalação de empresas.
Contudo, nem todas as organizações agem dessa forma. Em Parintins/AM, existem empreendimentos criativos do ramo de artesanato que são assessorados pela incubadora Amazonas Indígena Criativa- AmIC, que atuam ecologicamente corretos quanto aos recursos provenientes da natureza, ou seja, seus produtos são confeccionados a partir da reutilização das matérias que para muitos são consideradas ínfimas, dando uma nova característica e funcionalidade com uma originalidade e qualidade valorizando a cultura local e regional.
As ações dos artesãos da AmIC contribuem significativamente com processo de gestão ambiental (com a sustentabilidade), tendo em vista a conservação dos recursos naturais oriundos da região dos Baixo Amazonas, bem como o cuidado quanto a poluição do meio ambiente. Na figura abaixo demonstra como ocorre o processo de sistema de gestão ambiental executado pelos empreendimentos criativos assessorados pela AmIC
O processo apresentado na figura acima caracteriza como é feito a aquisição das matérias-primas utilizados pelos artesãos, assim obedecendo todas as normas ambientais impostas pelos próprios empreendedores, respeitando o estado natural do meio ambiente de modo que o mesmo não venha sofrer nenhum tipo de dano, ou mau uso dos recursos nele encontrado.
Após a fase da aquisição das matérias-primas feita por meio de um rigoroso controle ambiental administrado pelos próprios artesãos, vem o processo produtivo, uma das etapas mais importantes existentes na confecção dos produtos, pois é nesse momento em que ocorre a formação e característica e cada objeto a ser produzido, ou seja, é a fase crucial que em hipótese alguma pode haver erro, visto está comprometendo toda a cadeia produtiva (Incubadora AmIC, 2016).
A seguir temos descrito um processo de produção de artesanato.
Para a produção do artesanato é usado o polimento e lixa, porém não se usa verniz e tintas em geral, para dar o brilho final usa o pó de porcelana. Portanto, o processo produtivo dos principais produtos segue a mesma linha de produção conforme apresentado na figura 5.
O sistema (SGA), pode ser facilmente identificado nos produtos confeccionados por artesãos parintinenses, especialmente aqueles que trabalham com recursos naturais. Na visão de Nascimento (2008), o SGA pode ser definido como um conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização, de forma a obter o melhor relacionamento com o ambiente.
Quando se fala em gestão ambiental, nota-se que é um termo um muito comum utilizado pelas grandes organizações, pois é uma das áreas que qualquer empresa precisa ter bastante atenção, principalmente quando se tratar de produtos que no momento de sua produção tem possibilidade de causar grandes poluições e impactos ambientais. Então, nesse sentido as empresas procuram sempre seguir à risca as normas ISO 14000 e ISO 14001 (ABNT, 2004).
Esta Norma não inclui requisitos específicos de outros sistemas da gestão, tais como aqueles para qualidade, segurança e saúde ocupacional, finanças ou gerenciamento de risco, muito embora seus elementos possam ser alinhados ou integrados com os de outros sistemas da gestão.
É possível a uma organização adaptar seu (s) sistema (s) de gestão existente (s) de maneira a estabelecer um sistema da gestão ambiental que esteja em conformidade com os requisitos desta Norma. Deve-se notar, contudo, que as aplicações de vários elementos do sistema da gestão podem diferir, dependendo dos objetivos pretendidos e das partes interessadas envolvidas (IDEM, 2004).
Em geral, essas normas têm como objetivos a prevenção dos danos ambientais, controle da poluição, minimização dos impactos ao meio ambiente em razão dos processos produtivos executados pelas empresas, bem como a otimização do uso de recursos naturais, dessa forma buscando a certificação por meio de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) definido.
Na imagem acima pode-se verificar as características principais dos empreendimentos em relação aos produtos, destacando a matéria prima utilizada e os processos de alguns, com ênfase no manejo econômico da matéria prima com o intuito de reduzir o desperdício, e reaproveitar tudo o que for possível. Os empreendimentos incubados, diferentemente dos demais, utilizam mais materiais reciclados do que naturais, ficando evidente a preocupação dos mesmos com a preservação do meio ambiente (PESQUISA DE CAMPO, 2017).
Para a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, segundo Nicolella (2004) o primeiro passo deve ser a formalização por parte da direção da empresa, perante sua corporação que deseja que a organização possa adotar um SGA, deixando claro suas intenções se enfatizando seus benefícios. A partir de então, são definidas as políticas e diretrizes que tal empresa irá utilizar como normas e regras para desenvolver um bom (SGA).
Diferente das grandes corporações, o SGA praticado pelos empreendimentos criativos se dá de uma forma mais empírica e artesanal, visto os proprietários destas empresas não possuírem conhecimentos bem aprofundados acerca do assunto quando se trata em termos técnicos de um sistema de gestão ambiental definido dentro de uma política formulado por empresa.
Mas, no entanto, o que se nota é que as atividades praticadas por esses empreendimentos no momento da confecção de seus produtos estão dentro da ideia difundida pelas ISOs, ou seja, fazem uso racional dos recursos retirados do ambiente como: sementes, insumos de madeiras descartadas por movelarias, caroços de frutos, molongó, além dos demais objetos que são adquiridos a partir do seu descarte incorreto no meio ambiente, nesse caso são as garrafas pets, osso bovino, latinha de alumínio, dentre outros materiais recicláveis, que a partir das reutilização feitas pelos empreendedores tornam-se matéria-prima para produção dos artesanatos e com isso geram trabalho e renda para os artesãos, dessa forma vem contribuindo com o meio ambiente no sentindo das retiradas dos dejetos que poluem o meio ambiente, quanto ao uso racional dos recursos naturais.
No decorrer da pesquisa, verificou-se a partir das mensagens passadas pelos artesãos que mesmo desprovidos de conhecimentos técnicos e científicos sobre o processo de gestão ambiental em uma empresa, os empreendedores procuram ao máximo não degradar o meio ambiente, por mais que seus produtos tenham como matéria-prima principal itens oriundos diretamente da natureza.
Do ponto de vista prático, as ações e consciências adotadas pelos empreendimentos criativos se configura como um ato de gestão ambiental exercido por eles, uma vez que a importância da natureza bem zelada vale mais do que qualquer valor obtido a partir dos produtos dela confeccionados. Ao utilizarem da sabedoria popular os artesãos cuidam do ambiente, produtor das matérias-primas indispensáveis a sua subsistência, com o objetivo de preservar a natureza, deixando a oportunidade para seus filhos e netos, assim como para que outras pessoas também possam desfrutar da mesma.
Os informantes apresentaram uma ampla apropriação do significado do empreendedorismo para sua vida profissional, entendem sua produção como um diferencial, tanto para representar a cultura amazônica quanto para gerar trabalho e renda para seus familiares e terceiros, contratados durante o período sazonal do município, que são os períodos com maior demanda de clientes na cidade, como o Festival Folclórico de Parintins, a festa católica em honra a Padroeira da cidade, Nossa Senhora do Carmo e a temporada dos navios transatlânticos com os turistas, que trazem pessoas de todos os lugares do mundo.
De acordo com os informantes da pesquisa, estes são os períodos que ocorrem as maiores vendas de produtos dos artesãos. A partir disso, observa-se que ainda há uma necessidade de promover uma cultura empreendedora da gestão ambiental no município.
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DORNELAS, José Carlos Assis. Planejando incubadoras de empresas: como desenvolver um plano de negócios para incubadoras/José Carlos Assis Dornelas.–Rio de Janeiro: Campus, 2002.
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NASCIMENTO, Luiz Felipe. Gestão ambiental e Sustentabilidade. Sistema Universidade Aberta do Brasil, 2008.
NEWBIGIN, Jhon. A Economia Criativa: Um Guia Introdutório. 2010
NICOLELLA, Gilberto. Sistema de Gestão Ambiental: aspectos teóricos e análise de umconjunto de empresas da região de Campina – SP/ Gilberto Nicolella, JoãoFernandes Marques, Ladislau Araújo Skorupa. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente,2004.
REIS, Ana Carla Fonseca (org.). Economia criativa como estratégia de desenvolvimento: uma visão dos países em desenvolvimento / organização Ana Carla Fonseca Reis. – São Paulo: Itaú Cultural, 2008. 267 p.
TRICAUD; PINTON; PEREIRA; Saberes e práticas locais dos produtores de guaraná (Paullinia cupanaKunth var. sorbilis) do Médio Amazonas: duas organizações locais frente à inovação. 2016.