Contribuciones a las Ciencias Sociales
Enero 2011

TRATAMENTO DOS ESGOTOS, A MEDIDA DE AMENIZAÇÃO DE DIVERSOS PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS

 

Mariana Lucas (CV)

maryanalucas@yahoo.com.br 

Sadi de Ávila Medeiros

sadimedeiros@yahoo.com.br 

Renato Rosa Martins

renatorosasmartins@hotmail.com.br 

Tiago Farias Dutra

tiagodtra@yahoo.com.br 

Orientador:

Eduardo Mauch Palmeira (CV)

profpalmeira@gmail.com 

 

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo mostrar a realidade que se encontram nossos mananciais, hoje com pouca água e muito contaminados, e por consequência de todo o descaso e falta de autoridades responsáveis é que no futuro bem próximo poderemos ter uma redução ou falta de potencial hídrico no planeta. O problema vem se agravando e consigo trazendo uma gama de doenças e problemas sociais. Tratar os esgotos nada mais é que dar uma amenizada no impacto que causamos ao ambiente, só estes meios poderão nos dar um ambiente mais saudável e mais prolongado. Reduzir o consumo, reaproveitar os resíduos são os temas norteadores para termos um equilíbrio e mais qualidade de vida. Hoje geramos muitos resíduos principalmente as populações urbanas onde os esgotos e o lixo ficam mais concentrados, e os problemas são mais graves.

Palavras-Chave: água; esgotos; qualidade de vida.
 



Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Lucas, de Ávila Medeiros, Martins y Farias Dutra: Tratamento dos esgotos, a medida de amenização de diversos problemas ambientais urbanos, en Contribuciones a las Ciencias Sociales, enero 2011, www.eumed.net/rev/cccss/11/ 


Este assunto é bastante importante, por se tratar do bem mais precioso que temos que são os recursos hídricos, muito esquecidos durante anos, pois estes viraram verdadeiros lixões e hoje as cidades crescem e se deparam com a triste realidade que é não ter água para a população, além do problema de escassez que vem se agravando gradativamente, a contaminação é tão, ou mais grave ainda, pois o que vimos é uma série de doenças de origem hídrica, se proliferando e atingindo, principalmente as classes mais humildes e de poder aquisitivo baixo, não se trata apenas de estética ou de esconder nossos dejetos, trata-se de saúde pública, pois muitas vidas são perdidas por meio de vetores de doenças que aumentam cada vez mais no lixo e nos esgotos sanitários ou industriais a céu aberto sem nenhum tratamento.

1 - INTRODUÇÃO

A água é utilizada de diversas maneiras no dia a dia, para tomar banho, lavar louça, na descarga do vaso sanitário. Depois de eliminada, ela passa a ser chamada de esgoto. A origem do esgoto pode ser, além de doméstica, pluvial (água das chuvas) e industrial (água utilizada nos processos industriais). Se não receber tratamento adequado, o esgoto pode causar enormes prejuízos à saúde pública por meio de transmissão de doenças. Sejam pelo contato direto ou através de ratos, mosquitos, baratas e moscas. Ele pode ainda poluir rios e fontes, afetando os recursos hídricos e a vida vegetal e animal. Para evitar esses problemas, as autoridades sanitárias instituíram padrões de qualidade de efluentes que são seguidos pela CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento). Afinal, o planejamento de um sistema de esgoto tem dois objetivos fundamentais: a saúde pública e a preservação ambiental.

Através da rede coletora pública, o esgoto sai das residências e chega à estação de tratamento, denominada ETE (estação de tratamento de esgotos). O sistema é longo, pois o esgoto é recolhido por ramais prediais e levado para bem longe, o que exige a realização de grandes obras subterrâneas ao longo das ruas.

Uma vez instalada a rede coletora e implantado o sistema de tratamento, é a vez dos usuários fazerem a sua parte. É preciso que cada morador peça a ligação da sua residência à rede coletora para contribuir com a saúde pública e a recuperação ambiental (www.corsan.com.br/sistemas/trat_esg.htm, acessada em 18 de outubro de 2010).

Esgoto é o termo usado para as águas que, após a utilização humana, apresentam as suas características naturais alteradas. Conforme o uso predominante: comercial, industrial ou doméstico essas águas apresentarão características diferentes e são genericamente designadas de esgoto, ou águas servidas.

A devolução das águas residuais ao meio ambiente deverá prever, se necessário, o seu tratamento, seguido do lançamento adequado no corpo receptor que pode ser um rio , um lago ou no mar através de um emissário submarino. As águas residuais podem ser transportadas por tubulações diretamente aos rios, lagos, lagunas, mares ou levadas às estações de tratamento e depois de tratada serão devolvidas aos cursos de água.

O esgoto pluvial ou, simplesmente, água pluvial pode ser drenado em um sistema próprio de coleta, separado ou também misturar-se ao sistema de esgotos sanitários.

O esgoto não tratado pode prejudicar o meio ambiente e a saúde das pessoas. Os agentes patogênicos podem causar doenças como a cólera, a difteria, o tifo, a hepatite e muitas outras. A solução é um sistema adequado de saneamento básico que pode incluir uma Estação de Tratamento de Águas Residuais, filtros biológicos, bacias de sedimentação, entre outros meios existentes para o problema.

O suprimento de água, a questão tecnológica do tratamento e da purificação desta e também a proteção dos mananciais, além da manutenção do hidrociclo e do ciclo hidrossocial e sua otimização e a gestão dos conflitos e dos usos múltiplos, são a grande vocação e motivação do terceiro milênio. Novas estratégias para o gerenciamento e para o desenvolvimento sustentável de recursos hídricos devem prevalecer no século XXI.

Um movimento institucional importante, por intermédio da descentralização, deverá ocorrer. A integração dos municípios no sistema de conservação, tratamento de esgotos, reuso da água e monitoramento avançado depende de um conjunto de tecnologia que poderá ser colocada à disposição em função de treinamentos especializados, equipamentos e tecnologias adequados com custos acessíveis (Tundisi,2003).

O uso e reaproveitamento da água, vem passando por uma mudança de visão, pois acreditam as autoridades que este será o grande impasse desta geração, devendo o assunto ser tratado dentro de cada município ou região, desta forma irão respeitar ainda mais as particularidades, os meios de uso e preservação de cada localidade, sendo melhor aplicados conforme sua realidade e necessidade.

Mesmo que primitiva, uma comunidade necessita de água para suas necessidades higiênicas, alimentares, etc... Pois se trata de um recurso fundamental para existência da vida. Existem, no planeta, inúmeras situações de ecossistema em estresse, devido a escassez de água, e são vários os casos de disputas existentes entre países que dispõem da mesma fonte de água. Acredita-se que em cerca de 20 anos, haverá no mundo uma crise semelhante à do petróleo, ocorrida em 1973, relacionada à disponibilidade de água com boa qualidade. Assim, como ocorreu no passado com os derivados do petróleo a água está se tornando uma commodity em crise (Rocha, 2004).

A água no meio urbano tem vários aspectos. A primeira, que qualquer pessoa tem sempre em mente é questão do abastecimento da população. No entanto, vários outros aspectos devem ser considerados, como: o aumento e a densificação populacional que o mundo vem sofrendo nos últimos anos.

Com o crescimento populacional e densificação, fatores como a poluição doméstica e industrial se agravaram, criando condições ambientais inadequadas, propiciando o desenvolvimento de doenças de veiculação hídrica, poluição do ar e sonora, aumento de temperatura, contaminação da água subterrânea, entre outros. Esse processo, que se agravou principalmente a partir do final da década de 1960, mostrou que o desenvolvimento urbano sem qualquer planejamento ambiental resulta em prejuízos significativos para sociedade.

Atualmente tem sido previsto que a crise do próximo século deverá ser a da água, principalmente pelo aumento de consumo e deteriorização dos mananciais existentes que tem capacidade finita. Isso se deve, sobretudo, à contaminação dos mananciais urbanos pelo despejo dos efluentes domésticos e industriais e dos esgotos pluviais (REBOUÇAS, BRAGA, TUNDIZI, 2006).

A grande verdade é que vamos sofrer nos próximos anos pelos erros cometidos até o momento, isso é certo, podendo ser agravado pelas atitudes que tomaremos daqui para frente, pois achavamos que o ambiente estava para nos servir eternamente e pacificamente, hoje já se forma uma idéia de que o mesmo reage e tem uma saturação que está bem próxima ao colapso.

2 – SAÚDE PÚBLICA:

Comprovadamente se sabe, que cada dolar,real, euro ou qualquer outra moeda financeira investida em saneamento implica em outras quatro partes de economia em saúde, mas infelizmente o que se nota nas gestões públicas é o fato que saneamento tem ficado a margem da história, não tendo os investimentos necessários para que o problema seja amenizado, pois estas obras não ficam expostas a população, assim, não é lembrada em momentos eleitorais.

Essa realidade vem comprometendo a saúde das populações, gerando uma população doente e com nível de vida comprometedor. Porque agentes transmissores de doenças como: moscas, mosquitos, ratos, baratas, tornam-se uma realidade assustadora, pois além do desconforto podem produzir moléstias fatais.

Compreender que o tratamento dos esgotos, bem como o destino correto dos lixos são as únicas formas de dar qualidade de vida a população, implicará em rever conceitos e trabalhar as gerações futuras para que estas tratem bem melhor nosso planeta, sendo gestores comprometidos com o bem estar da população.

O trabalho é árduo e merece muito empenho, talvez necessite de atitudes bem drásticas para que todos nós possamos repensar nosso meio de vida. Hoje não são muitos a trabalhar com o tema, mas vem aumentando gradativamente e nos últimos anos se deu uma explosão na mídia para as questões ambientais poucas são as ações, mas acreditamos que o início já foi dado, agora é só continuar e enganjar mais multiplicadores ambientais para que possamos atingir o equilíbrio necessário para que a vida possa seguir no planeta terra.

3 – CONCLUSÕES

Após termos trabalhado o tema esgoto urbano, temos a certeza que a situação se encontra de forma preocupante, pois o que notamos ao nosso redor são residências conduzindo seus efluentes direto a córregos ou sangas, sem nenhum tratamento prévio. Gerando assim, um desconforto urbano, causando doenças, principalmente contaminando e assoriando os nossos mananciais hídricos.

Devemos tratar nossos efluentes o mais breve possível, pois estes podem passar de geradores de problemas para geradores de renda e alternativas econômicas. O tratamento primário retira os sólidos grosseiros que podem ser usados em incorporação orgânica para uso na agricultura e a parte líquida reutilizada após tratamento não contaminando os rios.

Acreditamos que estas atitudes devem ser tomadas em todo o planeta, só resta saber se não será tarde em muitos lugares, pois a degradação é alarmante em todos os locais da terra, não se trata de caprichos de alguns mas sobrevivencia de todos.

4 - Bibliografia:

www.corsan.com.br/sistemas/trat_esg.htm, acessado em 15 de julho de 2010, às 17h e 55min.

http://pt.wikipedia.org/ guas_residuais, acessado em 15 de julho de 2010, às 18h e 30min

TUNDISI,José Galizia: Água no século XXI,Enfrentando a escassez,Editora RIMA,2003,São Paulo. 248p.

ROCHA,Julio César, Introdução a química ambiental, editora Bookman,2004, Porto Alegre.154p

REBOLÇAS, Aldo da C. BRAGA, Benedito.,TUNDISI, José Galizia, Águas doces no Brasil,capital ecológico, uso e conservação, editora Escrituras, terceira edição, São Paulo, 2006. 748p.

 


Editor:
Juan Carlos M. Coll (CV)
ISSN: 1988-7833
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