Revista: Caribeña de Ciencias Sociales
ISSN: 2254-7630


O TERRITÓRIO E A DESTERRITORIALIZAÇÃO DA ORLA DA LAGOA DO MEIO DO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS/MS

Autores e infomación del artículo

Renato Da Silva Zorzan*

Edima Aranha Silva**

Universidade Federal de Mato Grosso do sul, Brasil

zorzanbio@bol.com


Resumo:
A Lagoa do Meio no passado sofreu transformações profundas devido a mineração da rocha sedimentar denominada espongilito, que tinha como objetivo a construção da hidroelétrica de “Jupiá” e secundariamente a manutenção e desenvolvimento de olarias pela produção de tijolos que eram utilizados nas construções das casas e comércios locais. As marcas perduram até os dias atuais, com o território sendo construído e reorganizado devido as mudanças nas dinâmicas econômicas e socioambientais. Como forma de entender o meio lacustre em seu símbolo de identidade cultural, social e econômico o presente artigo estudou um recorte espacial e temporal da paisagem que compõem a Lagoa do Meio, de maneira de obter informações e desenvolver breve análise qualitativa dos dados. Durante os estudos de gabinete e campo foram vistas situações de degradação ambiental e preocupações com as famílias que habitam o perímetro do corpo lacustre. Existem problemas socioambientais que carecem atenção do poder público e ações imediatistas, principalmente, nas áreas da segurança e saneamento básico.

Palavras-chave: Lagoa do Meio; territorialidade; desterritorialidade; símbolo; identidade.

ABSTRACT

In the past, Lagoa do Meio suffered profound changes due to the sedimentary rock called spongilite, which had as its objective the construction of the "Jupiá" hydroelectric plant and, secondarily, the maintenance and development of potteries for the production of bricks used in the construction of houses and local businesses. The brands remain until the present day, with the territory being constructed and reorganized due to the changes in the economic and socioenvironmental dynamics. As a way of understanding the lacustrine environment in its symbol of cultural, social and economic identity the present article studied a spatial and temporal cut of the landscape that compose Lagoa do Meio, in order to obtain information and to develop a brief qualitative analysis of the data. During the cabinet and field studies, situations of environmental degradation and concerns with the families that inhabited the perimeter of the lake body were seen. There are socio-environmental problems that require public attention and immediate actions, mainly in the areas of safety and basic sanitation.

Key words: Lagoa do Meio; territoriality; deterritoriality; symbol; identity.

RESUMEN

A Lagoa do Meio no passado sofreu transformações profundas devido a mineração da rocha sedimentar denominada espongilito, que tinha como objetivo a construção da hidroelétrica de “Jupiá” e secundariamente a manutenção e desenvolvimento de olarias pela produção de tijolos que eram utilizados nas construções das casas e comércios locais. As marcas perduram até os dias atuais, com o território sendo construído e reorganizado devido as mudanças nas dinâmicas econômicas e socioambientais. Como forma de entender o meio lacustre em seu símbolo de identidade cultural, social e econômico o presente artigo estudou um recorte espacial e temporal da paisagem que compõem a Lagoa do Meio, de maneira de obter informações e desenvolver breve análise qualitativa dos dados. Durante os estudos de gabinete e campo foram vistas situações de degradação ambiental e preocupações com as famílias que habitam o perímetro do corpo lacustre. Existem problemas socioambientais que carecem atenção do poder público e ações imediatistas, principalmente, nas áreas da segurança e saneamento básico.

La Laguna del Medio en el pasado sufrió transformaciones profundas debido a la minería de la roca sedimentaria llamadoespongilito, que tenía como objetivo la construcción de la hidroeléctrica de "Jupiá" y secundariamente el mantenimiento y desarrollo de alfarerías por la producción de ladrillos que fueron usados en las construcciones de las casas y comercios locales. Las marcas perduran hasta los días actuales, con el territorio siendo construido y reorganizado debido a los cambios en las dinámicas económicas y socioambientales. Como una manerade comprenderel medio lacustre en su símbolo de identidad cultural, social y económico, el presente artículo estudió un recorte espacial y temporal del paisaje que componen la Laguna del Medio, de manera de obtener informaciones y desarrollar un breve análisis cualitativo de los datos. Durante los estudios de gabinete y campofueron vistas situaciones de degradación ambiental y preocupaciones con las familias que habitan el perímetro del cuerpo lacustre. Hay problemas socioambientales que carecen atención del poder público y acciones inmediatas, principalmente, en las áreas de la seguridad y saneamiento básico.

Palabras clave: Palabras clave:Laguna del Medio; territorialidad; desterritorialidade; símbolo; identidad.

Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Renato Da Silva Zorzan y Edima Aranha Silva (2018): “O território e a desterritorialização da Orla da Lagoa do meio do município de TRÊS LAGOAS/MS”, Revista Caribeña de Ciencias Sociales (agosto 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/caribe/2018/08/territorio-desterritorializacao.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/caribe1808territorio-desterritorializacao


 INTRODUÇÃO

Entende-se que a territorialidade é construída de relações socioeconômicas que os indivíduos mantêm entre si o lugar. O território faz referência a laços afetivos com o local de vivência e a cultura. Raffestin (1980 apud HAESBAERT, 2013) escreve que o território é uma reordenação do espaço na qual a ordem está em busca dos sistemas informacionais dos quais dispões o homem enquanto pertencente à uma cultura. Santos (2002, p. 103) diz que “o espaço são as formas mais a vida que as anima”. Os grupos sociais como forma de controlar o espaço onde vivem atribuem dimensões simbólica e cultural suas identidades territoriais como forma de apropriação, domínio e disciplina dos indivíduos (HAESBAERT, 1997 apud HAESBAERT, 2013).
O recorte do território onde as relações são definidas pelos indivíduos que a integram, que as dimensões das relações sociedade-natureza, que a apropriação gera produção, identidade e simbolismo. Estas mudanças dos significados são reflexos dos movimentos ocorridos na sociedade e o lugar.
Em ambientes que existem inferências antrópicas traz o conceito de território que organização e desorganiza a região de forma dinâmica e integrada. Santos & Becker (2006) em seu livro “Território, territórios: ensaios sobre o ordeidnto territorial”:

Antes o território continha dinheiro, que era em partes regulado pelo dinheiro, pelo território usado. Hoje, sob a influência do dinheiro, o conteúdo do território escapa a toda a regulação interna, trazendo aos agentes um sentimento de instabilidade, essa produção sistemática de medo que um dos produtos da globalização perversa dentro da qual vivemos, esse medo que paralisa, esse medo que nos convoca a apoiar aquilo em que não cremos apenas pelo receio de perder ainda mais... um fator de desorganização, de desagregação, já que elas impõem cegamente uma multidão de nexos que são do interesse próprio, e quanto ao resto do ambiente nexos que refletem as suas necessidades individualistas, particularistas (p. 19-20).

Pretende-se compreender o entorno do ambiente lacustre em seu símbolo de identidade cultural, social e econômico pelo estudo de um recorte espacial e temporal da paisagem que compõem a Lagoa do Meio, de maneira de obter informações e desenvolver breve análise qualitativa dos dados.

CONTEXTO HISTÓRICO

Em 1909 foi fundado o acampamento dos engenheiros às margens da Lagoa Maior, ou Primeira Lagoa, na fazenda das Alagoas, devido a construção da estrada de ferro Noroeste do Brasil e impulsionou o desenvolvimento de um novo povoado (BASSO, 2009).
O município de Três Lagoas recebeu seu nome devido a existência de três lagoas que situam-se na área urbana atual, sendo as Lagoas Maior, do Meio e Menor – que também podem receber a denominação de Primeira, Segunda e Terceira Lagoa, respectivamente (ARANHA-SILVA, 1992; SILVA, 2004; BASSO, 2009). A Figura 1 é o mapa de localização do município e com sua área urbana em destaque, onde é possível se notar a presenças das três lagoas.

A Lagoa do Meio, do município de Três Lagoas/MS teve em meados da década de 1960 modificações em sua estrutura natural por meio de escavações para retirada de pozolana, e os resquícios desta foram utilizadas por oleiros para fabricação de tijolos. Estes oleiros se implantaram às margens da lagoa a estrutura fabril e suas residências familiares (SILVA, 2004).
Na década de 1980, vários depósitos de espongilito, nome dado à formação sedimentar que anteriormente era chamada de pozolana, foram realizadas analises pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), que atesta o seu potencial económico. Os estudos destes depósitos foram aprofundados na Austrália, e foi possível a identificação de as espécies de organismos que deram origem ao espongilito (SILVA, 2004).
Estudos anteriores sobre a geologia local apontou que a região é originada no Éon Fanerozoico e sua maior extensão encontra-se pertencente à Era Mesozoica, e o solo da região foi caracterizado como o tipo podzólico vermelho-amarelo (SEPLAN-MS, 1990 apud BASSO, 2009).

 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho teve sua divisão feita em duas partes consistindo de estudo de campo para observação do objeto, a Lagoa do Meio, e atividades de gabinete (trabalho de escritório), para as análises dos registros feitos no campo e desenvolvimento das técnicas de geoprocessamento e levantamento bibliográfico.
O local objeto da pesquisa foi a Lagoa do Meio localizada no cerne do município de Três Lagoas/MS, na latitude 51° 42’ e longitude 20° 46’.

ESTUDO DE CAMPO

A verificação do local foi definida pela distância radial do objeto de estudo nas divisões de: raio de até 50 metros (área de preservação permanente) e raio de 51 a 100 metros. Desta maneira possibilita a análise do território com o uso de instrumentos como GPS e câmera fotográfica. Foi realizado levantamento fotográfico, na forma de um retrato do momento analisado, de entrada do período seco (10 de julho de 2016), com o objetivo de verificar e posteriormente analisar a situação. Esta pesquisa teve sua base para a construção do conhecimento para análise qualitativa do ambiente socioambiental.

ESTUDO DE GABINETE

Foram utilizadas técnicas de geoprocessamento na estruturação de um banco de dados em um Sistema de Informações Geográficas, onde foram concentradas informações do ambiente antrópico, físico, de fauna e flora da Lagoa do Meio, assim como as áreas na mesma, e elaborados os mapas e cartas utilizados no trabalho, com apoio do Software ArcGIS 10.3.
O processamento das informações espaciais foi desenvolvido com auxilio ferramentas de geotecnolocia e geoprocessamento, utilizando-se de dados obtidos de imagem Landsat 8, pelo sítio de internet do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), para a posterior elaboração de carta temática que identifica aspectos relativos a características físicas e socioambientais da Lagoa do Meio. O processamento tem a Figura 2, organograma para estudo de uso e ocupação da terra, como método para a elaboração da ferramenta de auxílio à compreensão do território local.

A metodologia proposta para análise das características morfométricas foram as propostas de Chrstofolletti (1980), onde se quantifica as características físicas, indicando a suscetibilidade, por exemplo, as inundações.
Foi utilizado para a referência da área de preservação permanente (APP) o plano diretor municipal em seu Art. 26.
Considera-se, como área de preservação permanente, uma faixa de, no mínimo, 50m (cinquenta) metros no entorno de corpos d’água, nascentes, lagoas, lagos, reservatórios e áreas úmidas, sendo vedada a sua ocupação com edificações ou ainda, de qualquer intervenção, sem aprovação do órgão ambiental competente.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como forma de entender o meio lacustre em seu símbolo, o presente artigo estudou um recorte espacial e temporal da paisagem que compõem a Lagoa do Meio, de maneira de obter informações e desenvolver breve análise qualitativa dos dados.
O recorte espacial e temporal da paisagem da Lagoa do Meio, do município de Três Lagoas/MS, traz consigo uma série de marcas e vestígios históricos de sua exploração e degradação socioambiental, e concomitantemente o seu símbolo de identidade cultural, social e econômico.
Os moradores da orla da Lagoa do Meio mais antigos apresentam um elo de ligação com o ambiente lacustre, de maneira que simbólica, de representatividade econômica e provedor do sustento. A proximidade existente dos moradores entre si, com a lagoa não é à curta distância, pois carrega-se de afetividade, paixão, orgulho e herança.
A promoção da identidade construída se faz em meio da “periferialidade” do desenvolvimento econômico e social existente no núcleo central que abrigam as vertentes de desenvolvimento estrutural como saneamento e asfalto. Desta forma há desterritorialidades dos moradores que sofrem pressões para sua remoção e perda da identidade herdada de seus avós e pais.
A Desterritorialização não é somente um deslocamento de um local ao outro, ela implica também na perda de antigos valores, dos traços simbólicos, relações culturais e sociais com o local de origem. A perda do território faz por fatores como mudança nas leis ambientais que tratam as atividades laborais e região de moradias como irregulares, e acordos com grandes empresas públicas que muitas vezes não honram os mesmos.
O espaço é local onde ocorrem relações de produção, circulação, distribuição e consumo. Estes processos se alteram a medida que as alterações acarretam em mudanças de valor, este por sua vez pode ter dimensões econômicas, ecológicas, sociais ou com o desenvolvimento de especulação dos atores mobiliares com as amenidades construídas ou naturais.

Badie (1996 apud HAEBAERT, 2013) que a desterritorialização está relacionada a não adaptação dos novos dados da economia, que a ordem contemporânea está nas reinvindicações identitárias que sofre pelo progresso do multiculturalismo. O autor ainda complementa que o território “foi ultrapassado pelos avanços de uma mundialização que pretende unificar as regras, os valores e os objetos de toda a humanidade”.
Foi constatado que a proximidade da Lagoa do Meio, na atualidade proporciona a destruição da identidade local e a representatividade simbólica frente ao corpo hídrico. Quanto à concretude do objeto, a lagoa, existe descaso quanto à preservação ambiental. A falta de manutenção tanto na drenagem quanto na casa das bombas, que retirava água da Lagoa do Meio e mandava para a Lagoa Maior (Figura 4) proporcionou o alagamento de algumas áreas no entorno da lagoa.

Este descaso com a manutenção acarreta em outros problemas como o alagamento de estrada de acesso a casas (Figura 5 da esquerda) e a proximidade da água das residências (Figura 5 da direita). O assoreamento da lagoa faz com que as casas próximas recebam águas dos transbordos durante as chuvas intensas, além da invasão de animais que fogem das inundações. O regime do corpo hídrico está em mudança qualitativa, tanto na qualidade das águas como na ictiofauna.

Uma das formas que os moradores encontraram para retornar a mobilidade, de sair e voltar às suas moradias foi criar novas estradas com resíduo de construção civil, os entulhos, que são depositados de maneira irregular na área de preservação permanente (Figura 6). No mesmo recorte é interessante levantar que a vegetação nativa local foi toda suprimida e a recuperação natural torna-se dificultada pela queima da pouca vegetação existente.

Durante as entrevistas foi possível encontrar visitantes na lagoa que a utilização para o lazer e alimentação (peixes) – Figura 7. Os residentes ao longo da beira da Lagoa do Meio divergem nas respostas quanto à pesca para alimentação, pois alguns afirmam que comem os peixes da lagoa sem preocupações com a saúde, enquanto que outros (maioria) não se alimentam devido às doenças que estes peixes podem ter.

As olarias que foram criadas para a fabricação de tijolos com os sedimentos de espongilito na década de 1960 deixaram suas marcas ou cicatrizes no território. Deixados abandonados ao tempo, os fornos, servem de escora para a vegetação (Figura 8), que frequentemente é queimada para controle de crescimento e acidentalmente quando os moradores utilizam os fornos para a incineração de seus resíduos domésticos.

Existe um morador que se orgulha em dizer que exerce a profissão de oleiro, que aprendeu com seu pai, e este teria herdado de seu pai. Na “propriedade”1 deste há a produção de tijolos, mas estes não mais de espongilito e sim de argila oriunda do Rio Paraná fornecida pela CESP – conforme relato do oleiro.
O uso do território que margeia a Lagoa do Meio está dividido em duas: uma parcela está com atividades rurais, como criação de equinos, bovinos, galináceos entre outros, e a outra está direcionada para o uso residencial com criação de animais como gatos e cachorros. Novos moradores estão surgindo nas imediações, já na forma de construção de novas moradias ou na aquisição de casa à venda

As famílias que margeiam ou que utilizam a Lagoa do Meio para o lazer apresentaram-se como trabalhadores de baixa renda e com pouco estudo, que pagam seus alugueis ou ao longo dos anos construíram suas residências com muito esforço e pouco conhecimento sobre seus direitos e sua forma de agir no ambiente que o cerca. Novos moradores estão chegando frente ao desenvolvimento da cidade, e estes têm suas rotinas laborais nas indústrias e quase não usam a lagoa como meio de lazer.
A falta ou ausência da fiscalização e processos de educação ambiental na região contribuem para a degradação local. A degradação pode ser lenta, como os processos de eutrofização e assoreamento, que podem acometer o ambiente permanentemente. A degradação social ocorre de maneira silenciosa, como a exclusão de direitos básicos do ser humano e a remoção gradativa dos moradores antigos por novos frente à dinâmica socioeconômica do capitalismo contemporâneo.

Considerações Finais

A Lagoa do Meio está inserida no bairro Interlagos que apresenta valor histórico e ambiental. Seu valor histórico está conectado ao desenvolvimento pioneiro da região, principalmente, em meados de 1960, e ambiental por ser abrigo das lagoas que compõem o nome do município e abrigar inúmeras espécies que configuram a fauna e a flora local, além das áreas de permeabilidade. As lagoas, em especial a Lagoa do Meio, já foram reconhecidas como símbolo de recurso natural, econômico e social, mas na atualidade, sua simbologia está na natureza e seus problemas ambientais e sociais que constroem novos paradigmas locais, como a violência com assaltos, usuários de entorpecentes, despejos ilegais de esgotos, assoreamento da lagoa etc.
A Lagoa do Meio sofreu modificações profundas em sua região natural e entorno ao longo dos anos. O desenvolvimento de habitações e pequenas fábricas de tijolos em seu redor proporcionou grandes impactos no equilíbrio natural do local. Muitas das fábricas não existem ou não funcionam, estas apenas os vestígios de sua existência, e as famílias que não tiveram a oportunidade de saírem do local estão em condições de marginalização da sociedade, sem acesso a qualidade de vida. Os moradores não perderam as recordações e o sentimento de pertencimento ao local de vivência. A memória o capital não desterritorializa.
O estudo permitiu o desenho do recorte do meio lacustre da Lagoa do Meio, onde vivem famílias com situação preocupante na dimensão socioambiental, em destaque as áreas de segurança e saneamento básico. Desta maneira urge atividades de educação socioambiental na região e entorno como forma de conscientizar os residentes da importância do ambiente que os cercam, e cabe a gestão municipal implantar os serviços de coleta de resíduos.
Fazem-se necessários outros estudos para a complementação deste trabalho,como levantamento de fauna e flora, levantamento qualitativo e quantitativo da água (físico, químico e biológico), avaliação social das famílias do entorno e desenvolvimento de atividades de conscientização ambiental.
Portanto, com base no recorte analisado, acredita-se que esta pesquisa contribui para a efetividade de futuras ações e de gestão ambiental no meio lacustre da Lagoa do Meio do município de Três Lagoas/MS.

REFERÊNCIAS

ARANHA-SILVA, Edima. Três Lagoas: uma interpenetração do rural com o urbano. Dissertação apresentada a Universidade Estadual de São Paulo, Campus de Presidente Prudente, Presidente Prudente: 1992.
BASSO, Paloma Mansini. Áreas degradadas por mineração no município de Três Lagoas/MS. Monografia apresentada a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas, Três Lagoas: 2009.
CHRSTOFOLLETTI, Antônio. Geomorfologia. 2ªed. - São Paulo: Edgard Blücher, 1980.
HAESBAERT, Rogério. Da desterritorialização à multiterritorialidade. Anais: Encontros Nacionais da ANPUR, v. 9, 2013.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Manual técnico do uso da terra. Ed 3, 2013.
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. www.inpe.br Acesso em 15 de abril de 2016 as 18h.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo – razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2002.
SANTOS, Milton; BECKER, Bertha K. Território, territórios: ensaios sobre o ordeidnto territorial. DP & A Editora, 2006.
SILVA, José Luiz Lorenz. O espongilito de Três Lagoas, MS: registro e caracterização com ênfase em micropaleontologia. Tese apresentada a Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2004.

*Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do sul. E-mail de contato: zorzanbio@bol.com
**-Docente do programa de pós-graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail de contato: edimaranha@gmail.com
1 O termo propriedade entre aspas remete-se forma não escrituraria de posse da terra, pois a propriedade está em área de preservação permanente.

Recibido: 10/08/2018 Aceptado: 27/08/2018 Publicado: Agosto de 2018


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