Fernanda Matias Pereira Rodrigues Freitas*
Gleide Barbosa Carneiro **
Jadson Justi ***
Universidade de Rio Verde, Brasil
fernandamatiasrv@hotmail.comRESUMO
Este estudo objetiva levantar discussão sobre o fracasso escolar e problemas de aprendizagem de estudantes numa perspectiva generalista. Esta pesquisa leva em consideração processos gerais de ensino e aprendizagem, bem como explicações possíveis para o fracasso escolar. A condição de aprendizado permite ao aluno e às pessoas em geral terem acesso ao meio social ao qual pertencem. Assim, é preciso pensar em caminhos que direcionem as atividades pedagógicas, no sentido de levar ao aluno a construção de seu conhecimento de forma prazerosa, significativa e não traumática. Metodologicamente engendra-se como bibliográfica e se respalda na literatura educacional sobre a temática discutida levando em consideração inúmeras concepções dimensionais. Para tanto, conclui-se que a leitura tem sido a fonte pela qual se buscam princípios para seguir e conquistar bagagem cultural e intelectual de alunos. É possível considerar que o grau de culpabilidade não pode ser aferido apenas para um agente envolvido no fracasso escolar, porém todos os atores desse processo são essenciais para a reversão do quadro, inclusive o professor com seus métodos e materiais.
Palavras-chave: Fracasso escolar, Educação, Estudantes, Aprendizagem, Intelecto.
ESTUDIO SOCIORREFLEXIVO FRENTE AL FRACASO ESCOLAR Y PROBLEMAS DE APRENDIZAJE DE ESTUDIANTES: REVISIÓN INTEGRAL DE LA LITERATURA
RESUMEN
Este estudio presenta el objetivo de discutir sobre fallas escolares y problemas de aprendizaje de estudiantes desde una perspectiva generalista. Esta investigación tiene en cuenta los procesos generales de enseñanza y aprendizaje, así como explicaciones posibles para el fracaso escolar. La condición de aprendizaje permite al alumno ya las personas en general tener acceso al medio social al que pertenecen. Así, es necesario pensar sobre formas que dirigen actividades pedagógicas, no una sensación de elevación o construcción de su de una forma sensual, significativa y traumática. Metodológicamente, es engendrado como una bibliografía y la literatura educativa es apoyada en una temática discutida llevando en consideraciones innumerables concepciones dimensionales. Por lo tanto, se concluye que la lectura fue una fuente de búsqueda de principios para continuar y conquistar el bagaje cultural e intelectual de algunos. Es posible considerar que una gran culpa no puede ser anexada sólo a un agente involucrado, y no a un fallo en la escuela, pues todos los actores del proceso son esenciales para la reversión de la situación, incluso, o con sus métodos y materiales.
Palabras clave: Fracaso escolar, Educación, Estudiantes, Aprendizaje, Intelecto.
SOCIO-REFLEXIVE STUDY FACING THE SCHOOL FAILURE AND STUDENT LEARNING PROBLEMS: INTEGRATIVE LITERATURE REVIEW
ABSTRACT
This study aims to raise discussion about school failure and student learning problems from a generalist perspective. This research takes into account general teaching and learning processes as well as possible explanations for school failure. The learning condition provides the student and general people to have access to the social environment to which they belong. Thus, it is necessary to think of the pedagogical activities to direct the student to his own knowledge construction in a pleasant, meaningful and non-traumatic way. Methodologically this is a bibliographical research supported in the educational literature on the discussed topic taking into account innumerable dimensional conceptions. Therefore, it is concluded that reading has been the source by which principles are sought to follow and conquer cultural and intellectual baggage of students. It is possible to consider that the degree of guilt cannot be measured only for an agent involved in school failure, but all the actors in this process are essential for the reversion of this situation, including the teacher with his methods and materials.
Keywords: School failure, Education, Students, Learning, Intellect.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Fernanda Matias Pereira Rodrigues Freitas, Gleide Barbosa Carneiro y Jadson Justi (2018): “Estudo sociorreflexivo frente ao fracasso escolar e problemas de aprendizagem de estudantes: revisão integrativa da literatura”, Revista Caribeña de Ciencias Sociales (febrero 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/index.html/caribe/2018/02/fracasso-escolar-estudantes.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/caribe1802fracasso-escolar-estudantes
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como tema o fracasso escolar e se delimita a um estudo sociorreflexivo frente a possibilidades sociais e generalistas como origem desse mesmo fracasso. A escolha do tema deu-se devido à observação dos problemas que atualmente abrangem a educação brasileira e levam os discentes ao fracasso, tendo em vista que um dos maiores problemas sociais da educação na atualidade é a integração, a socialização e até mesmo a percepção de crianças com dificuldades de aprendizagem.
Haja vista que esse problema vem sendo discutido, estudado e debatido ao longo dos anos, infelizmente não foi possível ainda inventar uma fórmula mágica que acabe com esse problema ou amenize essas dificuldades na aprendizagem do aluno. Sendo assim, percebe-se que este é um desafio para todos os professores e gestores em educação.
O interesse pelo assunto se deve ainda ao aumento expressivo de alunos que não obtêm progressos em sua vida escolar. Portanto percebe-se que as evidências desse fracasso estão amplamente divulgadas quando se observa o dramático quadro de juventude que se entrega às drogas, de crianças dormindo ao relento e esmolando pelas esquinas, de violência familiar e violência dentro do ambiente educacional e de tantas outras situações de pura ação antissocial, que preenchem os espaços dos jornais, rádios e televisões ou acontecem nas calçadas e ruas por onde passamos ao obedecer nossas rotinas de ir e vir pela cidade.
Outra grande problemática observada em larga escala é o aprendizado da leitura e da escrita o qual não se realiza muito rápido nem da mesma forma para todas as pessoas. Aprender a ler e escrever permite à criança e às pessoas em geral ter acesso ao meio social ao qual pertencem. Sendo assim, é preciso pensar em caminhos que direcionem as atividades pedagógicas, no sentido de levar o aluno à construção de seu conhecimento de forma prazerosa, significativa e não traumática.
Apesar de muitas pesquisas sobre como fazer a construção desse conhecimento, o fracasso escolar ainda é uma preocupação muito grande, deixando pedagogos e educadores angustiados perante essa questão, pois o número de crianças que ficam retidas na mesma série durante vários anos, ou que abandonam a escola, é muito significativo, e isso tem preocupado profissionais da educação e áreas afins (Lagana-Riordan et al., 2011). O pensamento educacional brasileiro, nas últimas décadas, tem provocado explicações de que os sucessos ou fracassos dos alunos são individuais, levando em consideração que boa parte dos professores ainda trabalha de forma tradicional, além de deixar de lado a questão afetiva que é a base da relação professor e aluno (Patto, 2000).
Segundo Smith (2007: 15) as dificuldades de aprendizagem associadas ao fracasso escolar
[...] são normalmente tão sutis que essas crianças não parecem ter problema algum. Muitas crianças com dificuldades de aprendizagem têm inteligência na faixa de média a superior, e o que em geral é mais óbvio nelas é que são capazes (mesmo que excepcionalmente) em algumas áreas. Como uma criança pode saber tudo o que é possível saber sobre dinossauros aos quatro anos, mas ainda ser incapaz de aprender o alfabeto? Como um que lê três anos à frente do nível de sua série entrega um trabalho por escrito completamente incompreensível? Como uma criança pode ler um parágrafo em voz alta impecavelmente e não recordar seu conteúdo cinco minutos depois? Não nos admira que os estudantes sejam acusados com tanta frequência de serem desatentos, não-cooperativos ou desmotivados! Muitos fatores influenciam nas dificuldades de aprendizagem, que não se restringe à questão orgânica do aluno, ou seja, um déficit neurológico, mas também a estrutura e funcionamento da escola, a qualidade dos meios de ensino aplicados, principalmente a relação que o indivíduo faz com o aprender.
Moraes (2003: 67) menciona que
As crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem são aquelas que não apresentam distúrbios em todos os processos básicos para aprender a ler e a escrever, são crianças capazes de aprender, mas que necessitam apenas de ajuda e reforço escolar. Em geral são crianças inseguras, portadoras de problemas emocionais, mas que frequentam classes e escolas regulares.
A escola, por meio da equipe pedagógica, pode e deve estar atenta, e observar os problemas sociais que possam estar afetando o processo de ensino dos alunos, sendo função principal do coordenador pedagógico proporcionar ao professor suporte, orientação e auxílio na aplicação das práticas pedagógicas que busquem a solução para o problema do fracasso escolar, aplicando ações significativas junto ao acompanhamento do aluno que apresenta algum tipo de atraso, visando ao entendimento quanto à razão do não aprendizado (Abreu, 2013).
Acredita-se que, nesse processo de ensino aprendizagem, para garantir-lhe o sucesso é de grande relevância que se conheça o aluno, que se busquem suas origens inicialmente, para posteriormente definir qual será a melhor opção de trabalho para auxiliá-lo, de modo a propiciar ao educador oportunidades para aumentar o rendimento escolar desse aluno, elevando-lhe a autoestima e construindo condições para que essa aprendizagem se desenvolva de forma facilitada (Antunes, 2007).
Diante do exposto, o objetivo deste estudo é levantar discussão sobre o fracasso escolar e problemas de aprendizagem de estudantes numa perspectiva generalista. Esta pesquisa leva em consideração processos gerais de ensino e aprendizagem, explicações possíveis para o fracasso escolar e influência familiar.
Ensino e aprendizagem
O ser humano entra em um processo de aprendizado e aquisição de conhecimentos a partir do momento em que nasce, sendo os primeiros professores, os pais e a família. Ainda nos primeiros anos, é colocado no sistema de ensino, nos primeiros anos da educação infantil, e passa a aprender também na escola; logo depois, quando se torna mais independente, passa a conviver com outras pessoas e locais, e passa a aprender também nas ruas, e depois no primeiro emprego, e assim em cada empresa onde trabalha, e em diversos lugares, sendo possível dizer que é inconcebível o homem viver e desenvolver-se sem aprendizagem, sendo que, em qualquer momento da vida, em qualquer lugar em que estiver, ele deverá estar em constante aprendizado, buscando melhorias em sua vida pessoal e profissional (Ribeiro, 2010).
O termo aprendizagem deriva do verbo aprender, que se origina do latim (apprehendere, “compreender”), e pode ser conceituado com uma diversidade de significados, quanto a diferentes dimensões de seu uso, como por exemplo, a seus tipos, chamados de aprendizagem sistemática, assistemática, escolar, profissional, religiosa, entre outros (Coelho e Miranda, 2007).
A aprendizagem trata-se de uma etapa da vida em que o ser humano busca agregar conhecimentos, habilidades e competência, bem como aprende a ter novos comportamentos e valores que podem ser adquiridos ou aprimorados a partir de estudos e experiências, pelo próprio raciocínio e ou ainda por meio da observação (Silva, 2010). Há muitas perspectivas diferentes de se analisar esse processo (Gonçalves, 2007).
A aprendizagem dos seres humanos está diretamente relacionada à educação e ainda ao desenvolvimento pessoal, quando orientados de forma devida (Garcia, 1998; Silva, 2010). De acordo com Libâneo (2005), a aprendizagem é um processo sucessivo que ocorre durante toda a vida do sujeito, desde a mais tenra infância até a mais adiantada idade. De acordo com Fletcher et al. (2009), normalmente uma criança deve aprender a andar e a falar, depois a ler e escrever, aprendizagens básicas para chegar à cidadania e ao conhecimento ativo na sociedade; na vida adulta, é preciso aprender habilidades que auxiliem na atividade profissional, buscando ainda sua satisfação pessoal e de suas necessidades básicas. Sendo um meio de sustento, o aprendizado não se extingue com a idade, e, mesmo que tenham suas capacidades de aprendizagem subestimadas, quando idosos ainda são capazes de aprender coisas complexas, como fazer um novo curso universitário ou aprender uma língua diferente, até mesmo exercer uma nova profissão. Para Rotta (2006), o aprendizado está ligado a suas potencialidades genéticas e habilidades aprendidas ao longo da vida, fato esse que se relaciona com o desenvolvimento cognitivo.
As passagens pelos estágios da vida são caracterizadas por constante aprendizagem (Ciasca, 2003). Vivendo e aprendendo é o processo da evolução humana. Assim, as pessoas tendem a melhorar suas realizações nas tarefas que a vida lhes impõe, permitindo a estas, uma melhor compreensão do mundo ao seu redor, assim como ajuste e adaptação ao ambiente a sua volta, às outras pessoas, e até a si mesmo (Mota e Pereira, 2007).
O modelo de ensino e aprendizagem de Ausubel, Novak e Hanesian (1980), caracteriza-se como um modelo cognitivo que apresenta peculiaridades bastante interessantes para os professores, pois centraliza-se, primordialmente, no processo de aprendizagem tal como ocorre em sala de aula.
A aprendizagem pode ainda ser classificada como mecânica ou significativa. Entende-se que a “aprendizagem significativa” é de uso comum na atualidade, especialmente em pesquisas na área educacional, direcionadas à aprendizagem escolar, entretanto o termo, em alguns casos, vem sendo banalizado, não fazendo referência devida ao real significado da abrangência desse conceito (Soares, 2008).
Considerando o conceito central de David Paul Ausubel (1918-2008), em Educational Psychology: A Cognitive View (1968), Soares (2008: 53) define a aprendizagem significativa como aquela que acontece quando as ideias novas
[...] estão ligadas a informações ou conceitos já existentes na estrutura cognitiva do indivíduo [...]. Quando uma nova informação relaciona-se, de maneira substantiva (não literal) e não arbitrária, a um aspecto da base de formação conceitual do educando [...].
Desse modo, observa-se que a aprendizagem significativa promove uma interação entre a nova informação e uma estrutura de conhecimento específica, existente na estrutura cognitiva do aprendiz, sendo esta caracterizada pela interação de uma informação a um aspecto relevante da estrutura cognitiva, e não um aspecto qualquer. A falta de aprendizado significativo de determinado saber ou conhecimento faz com que faltem “fios” na rede cognitiva de conhecimentos do aprendiz, e tal aprendizado é denominado como aprendizagem mecânica, em que as informações são aprendidas com falta de interação entre informações relevantes na chamada “teia de saberes”, de maneira que a nova informação seja armazenada de forma arbitrária e literal. A aprendizagem mecânica é considerada inevitável para conceitos novos para o aluno, que futuramente poderá transformá-la em significativa, como ao conhecer o conceito de área, quando o aluno poderá relacioná-las a alguma ideia relevante, de maneira clara e organizada de acordo com sua estrutura cognitiva. Se isso não ocorrer, o conhecimento será armazenado de forma mecânica (Soares, 2008).
As vantagens da aprendizagem significativa, com relação à automática, podem ser um grande diferencial em termos de aprendizagem, tendo em vista que grande parte dos sistemas escolares não se importam em relacionar essas ideias com as metodologias, e essas acabam sendo ignoradas.
Por fim, Mota e Pereira (2007) consideram que o ensino e a aprendizagem envolvem e abrangem muito mais que o espaço da sala de aula, o professor, o aluno e as atividades por ele desenvolvidas; estes se envolvem em contextos globais, que podem influenciar a aprendizagem e o processo educativo de qualidade.
Busca de explicações para o fracasso escolar
Considera-se o fracasso escolar ainda como um grande problema para o sistema educacional brasileiro. Muitas vezes, para se livrar da responsabilidade desse fracasso, busca-se um culpado. A partir daí, percebe-se um jogo no qual ora se culpa a criança, ora a família, ora uma determinada classe social, ora todo um sistema econômico, político e social; mas será que existe mesmo um culpado para as dificuldades do processo ou até mesmo para a não aprendizagem? Se a aprendizagem acontece em um vínculo, se ela é um processo que ocorre entre subjetividades, nunca uma única pessoa pode ser culpada (Fernández, 2001).
Levando em conta outros problemas como drogas, violência doméstica, falta de moradia, bullying entre outros que acontecem diariamente na vida de um educando, precisa-se colocar em prática a necessidade de novas práticas pedagógicas, no sentido de uma verdadeira democratização da escola pública, e aos educadores, a continuidade da luta por uma escola enquanto espaço de humanização do homem e construção de um espaço pedagógico onde a criança possa desenvolver a sua plena aprendizagem. A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem (Freire, 1983a).
Outra questão a ser levantada é a da evasão escolar, que não se trata de um problema restrito a uma determinada região ou unidade escolar, porém é um problema nacional. Este ocupa um papel de impacto nas discussões e pesquisas educacionais no cenário brasileiro, bem como o analfabetismo e a desvalorização dos docentes, que se expressa por meio da remuneração inadequada do educador e condições precárias de trabalho. Por esse motivo, há uma preocupação geral dos educadores que temem pela não permanência das crianças na escola (Queiroz, 2002).
A responsabilidade disso é da escola que não consegue solucionar os problemas relacionados ao fenômeno da evasão e repetência, que não são consequências de características individuais de cada aluno ou família, porém da inabilidade da escola na recepção e ação sobre os membros desses diferentes setores sociais (Brandão, Baeta e Rocha, 1983). Levando em conta a concepção do caminho que segue o fracasso escolar, isso leva a crer numa produção a serviço da exclusão e injustiças sociais. Por isso devem-se considerar os inúmeros fatores que podem estar desencadeando os problemas de aprendizagem, e também a relevância do papel de toda a sociedade em relação a esse fenômeno.
Segundo Candau et al. (2002: 69) existe uma corrente teórica que menciona,
[...] que a culpa do fracasso escolar é da escola. Dentro dessa corrente, destaca-se a teoria crítico-reprodutivista, que considera a escola como uma mera agência reprodutora das discriminações realizadas pela sociedade. Para os críticos-reprodutivistas, a escola simplesmente reflete um processo de exclusão que é estrutural e não escolar. Dessa maneira, as causas do fracasso escolar, em última instância, estão fora da escola. A sua culpabilidade reside no fato de reproduzir as relações sociais, de se omitir acerca dos processos de exclusão social, de não resistir as macroestruturas discriminatórias da sociedade. Ora, o que logo se percebe nesta teoria é a negação da escola enquanto um âmbito que possui autonomia em relação à sociedade na qual está inserida. Ninguém nega que a escola está influenciada pela sociedade, mas afirmar que ela seja mero produto da sociedade é uma conclusão bastante restritiva da riqueza e da possibilidade produtiva da escola. A escola não é apenas uma agência reprodutora, ela produz (conhecimentos, técnicas, culturas, práticas, etc.) e interage com a sociedade mais ampla.
Segundo Sampaio (2004: 89), “[...] na medida em que o aluno tem dificuldade, não aprende e é reprovado por falta de conteúdo, amplia-se isso à medida que os alunos ficam reprovados [...]”. O autor assinala que, diante de tantos problemas, o aluno deixa de aprender e perde o gosto pelos estudos e pelo ambiente educacional. Levando em conta todos esses problemas que acontecem diariamente na vida de um educando, sugere-se oferecer-lhe novas práticas pedagógicas, no sentido de uma verdadeira democratização da escola e, aos educadores, a oportunidade de lutar por um ambiente escolar onde o ensino e a aprendizagem do aluno seja o foco principal, e não apenas o reconhecimento para as notas.
1.2 Fatores que levam ao fracasso escolar
Diversos fatores podem ser mencionados no que tange ao fracasso escolar, tais como baixa autoestima, desigualdade social, desqualificação de professores, estímulo à violência e prostituição, gravidez precoce, consumo e tráfico de drogas, falta de motivação, migração, falta de compromisso, desinteresse por parte dos pais e falta de tempo de alguns devido ao trabalho. Problemas dessa natureza têm propiciado um aumento na taxa de repetência e evasão escolar relacionado a esse problema no meio educacional.
Souza (1999) refere-se ao fracasso escolar afirmando que o fato de como a escola organiza os conhecimentos, padrões de comportamento e da linguagem, valores, explicaria certa sintonia entre a camada à qual o aluno pertence com o que a escola pretende ensinar. O autor nos mostra que, dependendo da classe social em que o aluno está inserido, isso pode interferir no rendimento dele na sala de aula.
Também se pode atribuir ao fracasso escolar fatores como a existência de salas lotadas devido à escassez de vagas nas escolas públicas, o que dificulta para o professor realizar um bom trabalho educativo, assim como a falta de uma alimentação adequada em algumas regiões de famílias de baixos recursos econômicos.
O grave problema do sistema brasileiro aponta para um quadro no qual a escola não consegue reter o aluno no sistema escolar. Libâneo (1994), descreve muitos motivos para isso, mas considera, como principal, a falta de preparo da organização escolar, a metodologia e didática de procedimentos adequados ao trabalho com as crianças de baixa renda. Isso acontece devido aos planejamentos serem feitos prevendo uma criança imaginada, e não a criança concreta, mas aquela que está inserida em um contexto único.
Contudo o fracasso escolar pode ser compreendido em grande parte, como visto acima, pelas desigualdades sociais. O fato de essas desigualdades se apresentarem também na escola pode ser explicado por um conjunto de mediações ligadas às precariedades da formação inicial de professores, às políticas de formação continuada e de plano de carreira, às limitações salariais, ao pequeno investimento do poder público naquilo que temos nas escolas públicas e em seus equipamentos.
De acordo com Jesus (2015: 14),
As questões relacionadas ao desafio de compreender o fracasso escolar exigem aprofundamento maior nas discussões coletivas desse tema nas instituições de ensino e órgãos governamentais visando apontar as possibilidades de superação e organização de ações que possibilitem a ressignificação e a construção de sucesso no âmbito educacional. Nesta análise, o fracasso escolar passa a ser compreendido como um fenômeno que expressa a complexidade da sociedade atual, produzido por múltiplas determinações.
[...] Nesse sentido é possível pensar a escola enquanto espaço de reflexão acerca dos problemas educacionais almejando então o rompimento de práticas cristalizadoras que rotulam e estigmatizam as crianças [...].
Pensa-se ainda que, é necessário reconhecer que a cultura escolar brasileira é, ainda hoje, uma das mais seletivas e excludentes. Assim, é possível entender algumas das raízes e a terra de que se alimenta o fracasso escolar (Arroyo, 2000). Nota-se na fala do autor que, há muito tempo, já existiam situações seletivas em que os alunos que não aprendem são excluídos do processo de ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, vê-se o quanto faz falta e é indispensável a adoção de uma política pública educacional, destinada a propiciar uma educação de qualidade para todos, independentemente de suas condições sociais e econômicas.
Influência da família na vida escolar
A influência da família é, há tempos, discutida com relação à educação, bem como quanto ao comportamento e formação da criança, sendo esta o primeiro grupo social de interação e referências quanto aos valores culturais e emocionais (Furtado, Bock e Teixeira, 2009). Para Paro (1997), assim como a família, a escola é, da mesma forma, responsável pela mediação entre a pessoa e a sociedade.
Para Silva (2003), quando possui uma boa relação familiar, independentemente de sua estrutura ou organização, a criança tende a ter uma boa relação com professores e colegas, pois a família desempenha um papel essencial no processo de transmissão da cultura, que sobressai de todos os grupos humanos, sendo neste núcleo que a pessoa inicialmente recebe a primeira educação e aprende a controlar e reprimir seus instintos primitivos, sendo essencial na vida escolar da criança, em que esta já apresenta seus modelos de conduta no desempenho de seus papéis sociais com relação a normas e valores.
Scoz (1994) e Chalita (2001) afirmam que a influência familiar é categórica na aprendizagem do aluno, e, quando filhos de pais ausentes, as crianças acabam por vivenciar sentimentos de desvalorização, tornando-se carentes de afeto, desconfiadas, inseguras e, muitas vezes, improdutivas e desinteressadas, o que se apresenta como sérios obstáculos à aprendizagem escolar.
A família tem que estar atenta ao desempenho escolar de seus filhos, pois, quando acontece alguma coisa, os professores recorrem à família para saber os motivos da falta de atenção e desinteresse daqueles na escola (Casarin e Ramos, 2007). A ausência da família no processo de aprendizagem do filho contribui, de forma decisiva, para o fracasso escolar das crianças e também para a evasão escolar (Ariès, 1981; Baggio, 2010). Todavia, em momento nenhum, deve ser colocada a culpa somente na família, isentando a escola de suas atribuições referente ao fracasso de determinados alunos, responsabilizando a família, somente ela, a buscar soluções para os problemas das crianças. As dificuldades de certos educadores em gerir a disciplina na sala de aula podem ser consideradas como um fator condicionante do rendimento escolar, como também os métodos de ensino, recursos didáticos usados nas aulas, as técnicas de comunicação devem ser equivalentes a cada nível e idade, para ter um rendimento condizente com o proposto para que as influências negativas passem longe da turma ou dos alunos ditos “fracos” e com problemas (Canário, 2008).
Freire (1983a) afirma que é preciso pensar em uma educação que lute para a libertação do homem de sua condição de oprimido, atribuindo-lhe maior autonomia intelectual, com o intuito de que este deixe de ser mero objeto de manipulação e resgate a sua condição de sujeito histórico. Portanto a educação deve ser respaldada em uma comunicabilidade eficaz. Para Montadon (2001), é nessa pedagogia que muda a relação de poder do professor sobre o aluno e se estabelece uma relação educadora-educando, em que ambos se entendem e se fazem simultaneamente educadores e educados. Entende-se que os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo, e são seres inconclusos, inacabados e históricos.
Freire (1983a) ainda afirma que se torna necessário também a superação da concepção de educação bancária, ou seja, de uma educação em que o educador deposita, transfere, transmite conhecimentos e valores para os educados, sem a participação do aluno na construção e reconstrução do conhecimento.
Cavalcante (2008) e Epstein (2011) também afirmam que a função da escola e da família é contribuir para que o aluno organize seu pensamento a partir do conhecimento informal, da cultura que adquire em ambientes não escolares, ou seja, atuar na sistematização do conhecimento científico e na formação de conceitos criando um ambiente harmônico e de aprendizado.
O aluno, no entanto, não é o sujeito passivo no qual deposita-se conhecimentos e informações, uma aprendizagem a que o educador Freire (1983b) chama de visão “bancária” da educação. O ponto crucial do processo de ensino e aprendizagem deve levar em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, construídos a partir da vivência em diferentes conceitos. Considera-se o papel ativo do aluno na formação de seu conhecimento, estimulando-o a ocupar seu lugar de sujeito atuante na sociedade, como agente de transformação.
1.3 A busca de soluções para o fracasso escolar
Na tentativa de solucionar ou amenizar esse fenômeno, vê-se a relevância de políticas públicas e sociais sérias, que disponibilizem recursos e investimentos para educação e, principalmente, para o preparo e a qualificação de professores. A isso pode parecer óbvia essa sentença, estabelecendo ligação entre qualidade do docente e ensino/aprendizagem dos alunos (Pozzobon, Mahendra e Marin, 2017).
A concepção de que a escola deve se encarregar exclusivamente do processo educativo, e que educação não é uma tarefa que a escola possa realizar sem a cooperação de outras instituições e sem o apoio constante da sociedade, é um fato que marca o discurso de alguns autores, que há tempos defendem a participação popular no ato educativo (Bonadiman, 2009; Damiani, 2006; Torres, 2004).
É necessário que os professores avaliem a influência tanto de suas concepções quanto de suas práticas e o papel representado pelo discurso pedagógico que predomina em suas escolas sobre o desempenho de seus estudantes (Damiani, 2006; Vercellino et., 2017). Nessa direção, Bonadiman (2009) constatou que os professores avaliam os alunos conforme percepções circundantes à escola, provenientes da cultura e do senso comum.
A redução do tamanho da classe e o recurso aos grupos com necessidades específicas de aprendizagem contribuem positivamente para o aprendizado dos alunos fracos (Bossa, 2002). A estratégia de estudos em grupo extraclasse apresenta-se como um relevante aliado na redução do fracasso escolar (Crahay, 2007).
É necessário que a autonomia da escola esteja garantida para avançar de forma criativa, rever sua proposta pedagógica, utilizar novos projetos, incentivar o trabalho docente e a melhoria na formação dos professores, para proporcionar ao aluno uma maior participação e oportunizar experiências positivas de modo a revigorar sua motivação (Torres, 2004).
Nesse sentido, Santos (2005: 114) defende que
[...] a escola que é politicamente participada [...], cuja administração baseia-se na ativa participação de seus membros que, enquanto grupo organizado, interagem conscientemente com as questões locais, conjunturais e estruturais da sociedade. Nessa perspectiva, para que a escola exerça sua autonomia, seus membros devem ter consciência do papel que ela representa e/ou deve representar tanto para seu público alvo, quanto para a transformação ou perpetuação das estruturas sociais [...].
Todavia isso serve como referência para compreender a teoria na prática, sobre a atuação do professor na aprendizagem (Canário, 2005). Quando se identifica o bom professor e disseminam suas práticas obtendo resultados, observando aqueles que tentam e conseguem com seus métodos de ensino desenvolver competências, isso não significa contentar-se em seguir um programa e, sim, não parar de construir seus próprios métodos e desenvolvê-los (Bahia, 2009). Todos deveriam, então, teimar sem, no entanto, cair na persistência pedagógica, procurando novas estratégias (Sebastiani, 2015).
De acordo Gonçalves (2008: 19)
O professor, enquanto responsável por uma ação sistematizada e crítica na apropriação dos conteúdos científicos e formação dos sujeitos conscientes, precisa adquirir maior compreensão, aprofundamento da função mediadora no processo de ensino, aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, buscando superar a fragmentação e o esvaziamento do conteúdo, assim como também enfatizar o compromisso com a socialização dos conhecimentos. Dessa maneira, o professor deverá ter maior bagagem filosófica, histórica, social e política bem como, maior aprofundamento da sua área de conhecimento e das questões teórico-metodológicas.
Nesse sentido, o papel do professor, nesse processo de mediação, da construção do conhecimento, coletivo e individual, é primordial para o aprendizado, constitui em buscar e levar para suas aulas, materiais pedagógicos diversificados que chamem a atenção do aluno, pois, sabe-se que a maioria dos alunos tem, por déficit, não ficar o tempo todo concentrado em uma aula, que para ele é a mesma coisa todos os dias, levando-o a perder o interesse pela vida escolar (Bzuneck e Sales, 2011; Patacho e Santomé, 2017). Além disso, é papel da escola preparar o aluno para o mundo, que está em constante mudança, assegurando que este aluno vai se desenvolver, plena e totalmente, em seu aspecto sociocultural do aprendizado (Lahire, Vasques e Goldfeder, 1997).
Feio et al. (2017: 128) descrevem que “Qualquer que seja a ação didática empreendida pelo professor em sala de aula, esta impacta decisivamente na formação dos sujeitos. Nenhuma ação educativa é neutra, sempre traduz intencionalidades e responde a uma determinada sociedade [...]”.
O professor, nesse processo, deve estar sempre se atualizando, sempre buscando soluções para prender a atenção dos alunos nas aulas, pois, embora tenham experiências, expectativas, conhecimentos pré-estabelecidos que são totalmente diferentes, também são diferentes os papéis, docente/discente que contribuem para a criação de um ambiente de interação, o qual produz condições para que a aprendizagem aconteça e que o fracasso escolar seja algo distante desse ambiente (Perrenoud, 2000).
Como diz Arroyo (2009), os estudantes aprenderão melhor quando os professores e as escolas também o fizerem. Portanto cabe propor atividades abertas e diversificadas por meio de pesquisas, registros escritos e falados, debates e outros; criar contextos educacionais capaz de ensinar a todos os alunos uma reorganização do trabalho escolar. De acordo com Malheiro (2005), o projeto político pedagógico escolar é uma forma de envolver professores, educandos, famílias e sociedade em torno de um objetivo, levando em conta as experiências e os interesses da comunidade escolar. A ação pedagógica deve valorizar as inteligências múltiplas e sua identidade sociocultural. Para Monteiro e Silva (2015), a capacidade da escola e sua preparação para mudanças vêm impulsionadas de dentro para fora, pois os verdadeiros protagonistas são na verdade as pessoas que estão dentro das escolas, já que são as que melhor conhecem seu funcionamento.
Observa-se que muitas medidas podem ser aplicadas visando à solução dos problemas acerca do fracasso escolar, que assombra o sistema de ensino, como por exemplo, as classes de aceleração, que foram constituídas em todo o Brasil como sendo uma política remediativa; porém há ainda muitos alunos que continuam sendo excluídos do processo educacional (Ireland, 2007). Considera-se que não se trata de buscar os fujões ou ainda de repreender os preguiçosos, mas sim do comprometimento da escola e da comunidade com o intuito de buscar alternativas que possibilitem reprimir o fracasso escolar, sendo este responsabilidade de todos (Pezzi e Marin, 2016).
Por outro lado, Kaulfuss e Boruchovitch (2016) acreditam que o professor necessita se empenhar e desenvolver o protagonismo em suas ações, por meio da identificação da natureza de suas imputações de causalidade, possibilitando uma busca de meios de interpretação de seus contextos de atuação, além de favorecer o desenvolvimento de padrões que se adaptem, e expectativas de desempenho pessoal e motivação. Ao contrário do que é comum, atribuir o fracasso a causas externas, na verdade a responsabilidade é do próprio ator e a causas internas.
Por outro lado, há que definir a necessidade real é de uma contribuição e um reposicionamento por parte da psicologia no meio escolar, considerando todas as implicações envolvidas no fenômeno do fracasso escolar, não somente o aluno, porém todos os impasses que surgem no processo entre docente, aluno e família enquanto problema (Minuchin, 1985). Deve-se criar um compromisso do psicólogo no ambiente escolar, não buscando por “pessoas-problema”, e sim por comprometimento com a dinâmica dos envolvidos na produção do fracasso escolar, e, com base neste processo, intervir no sistema educacional, com suas políticas e diretrizes (Oliveira-Menegotto e Fontoura, 2015).
De acordo com Candau et al. (2002: 66),
A psicologia foi inicialmente introduzida nos estudos educacionais como uma base necessária para se entender as chamadas necessidades especiais, as dificuldades de aprendizagem, as características individuais, os ritmos e os estilos cognitivos, etc. Enquanto o fracasso escolar foi entendido como um problema exclusivo do aluno enquanto indivíduo, a psicologia foi, obviamente, a ciência privilegiada nas pesquisas e na formação dos professores.
Para Souza e Bruno (2017), em um estudo de caso aplicado a indígenas nas tribos Guarani, Kaiowá e Terena, observou-se que, com base em diversas transformações ocorridas a partir da colonização, incluindo a transformação educacional, estes passaram a ser submetidos a uma educação formal escolar, que substituiu a educação tradicional desses povos, envolvendo o pátio da aldeia, com a presença dos idosos, e por meio da observação e da experimentação, sendo tais métodos o suficiente para a aprendizagem social e cultural. No entanto, a partir da colonização, surgiu a necessidade de que a leitura e a escrita também fossem ensinadas a essas comunidades, de acordo com os padrões estabelecidos pela sociedade ocidental, e quando esta não é aprendida, considera-se uma situação de fracasso escolar, desconsiderando fatores como língua, cultura, tempo e modos de aprendizagem próprios desses indígenas. Criou-se uma crença de que, na educação para o indígena, se o aluno que não consegue ler e escrever como nos padrões impostos e modelos estabelecidos pela sociedade não indígena, não é capaz de se desenvolver e ter sucesso, possibilitando a sua comunidade o progresso esperado.
[...] A alfabetização do aluno indígena na perspectiva ocidental está centrada no reconhecimento dos códigos da escrita, acreditando-se, assim, em uma única verdade e não na possibilidade de verdades, as quais podem ser exploradas [...] (Souza e Bruno, 2017: 211).
Ou seja, por meio dos conhecimentos culturais dos alunos desses povos, têm-se novas perspectivas, horizontes e verdades, sendo o conceito de fracasso escolar inadequado nesse processo, devendo também ser reconsiderado de acordo com as regiões, culturas e perspectivas (Souza e Bruno, 2017).
Como apresentado no item anterior, o fracasso escolar tem sido uma das principais temáticas para a origem da discussão em torno de uma maior aproximação entre educação e cultura(s), levando assim à articulação da educação com outras ciências sociais, principalmente a antropologia, para se entender os processos que envolvem fracasso escolar e diversidade. (Candau et al., 2002: 66).
Pontua-se, no entanto, a necessidade de um debate acerca da questão da formação e do papel das representações no processo de aprendizagem, devendo ser esta pautada na articulação entre conhecimento, pesquisa e prática, visando à aprendizagem significativa. O professor também deve ter uma atitude que reflita sobre o aluno e que interfira de modo que reforce seu comportamento e motivação para aprender, sendo essencial a relação construída e vivenciada no cotidiano da sala de aula, criando uma aprendizagem afetiva, por meio de gestos, palavras, condutas e representações de ambas as partes envolvidas, transcendendo os muros escolares, guardados ainda como boas lembranças da escola (Osti e Brenelli, 2013).
2 METODOLOGIA
Este estudo engendra-se como bibliográfico e se respalda na literatura educacional sobre a temática discutida e áreas afins para o auxílio da construção da lógica do pensamento científico. É relevante mencionar que esta pesquisa apresenta inúmeras concepções relevantes quanto à problemática descrita. Tal molde metodológico foi o mais apropriado por acreditarem autores numa visão generalista já que o tema abordado dá suporte para uma discussão maior e rica em proposições argumentativas e reflexivas à luz de áreas de dimensões enriquecedoras.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizar este estudo, alcançar o objetivo com êxito e descrevê-lo devidamente foi possível por meio de processos reflexivos ao longo de todo o trabalho, embasados na literatura pertinente. Com esta pesquisa, acredita-se que as discussões e compilamento teórico sejam capazes de estimular novos estudos e reflexões que respaldem com possíveis soluções a problemática do fracasso escolar, bem como dificuldades de aprendizagem que, no atual cenário educacional, apresentam quantitativo alarmante.
Com base numa reflexão educacional, acredita-se que a leitura tem sido a fonte pela qual se buscam princípios para seguir e conquistar uma boa bagagem cultural e intelectual. E neste trabalho foram lidas e buscadas informações relevantes acerca do fracasso escolar. Considerando a integração social, que hoje requer do cidadão muito mais do que o conhecimento das primeiras letras, procuramos neste trabalho discutir o que pode acontecer com aqueles que, por ventura, não conseguem se apropriar desse conhecimento, sendo relegados ao dito fracasso do não aprender.
Com base nos estudos e reflexões sociais acerca do fracasso escolar, buscou-se esclarecer, para os envolvidos no processo de aprendizagem, que a implantação de propostas como as aqui delineadas requer a apropriação pelos docentes dos conhecimentos teórico-metodológicos envolvidos no processo ensino aprendizagem e, por outro lado, a presença nas escolas de material disponível e suficiente para o uso dos alunos, como também a presença da família na escola.
É possível considerar que não se pode responsabilizar pelo fracasso escolar tão somente a um dos envolvidos, porém todos os atores desse processo lhe são essenciais, inclusive o professor e seus métodos e materiais, em função do êxito ou do fracasso do aluno. É essencial que a instituição caminhe junto do desenvolvimento conceptual da criança, de modo que diversas metodologias possam ter êxito, porém, contradizendo tais considerações, qualquer metodologia pode fracassar, enfrentar e criar dificuldades.
O que se evidenciou foi que a escola ainda está longe de ser o que o aluno precisa. O ensino ainda é mecânico, e o caminho para que se adquira o gosto pelo saber e aprender ainda está em processo de construção em ambas as partes, aluno e docente.
Os autores deste estudo se deparam com um grande número de crianças que ainda não conseguiram reconstituir o sistema de ensino/aprendizagem, internamente ou por falta de estímulos, dos pré-requisitos básicos para a alfabetização, dos métodos de ensino inadequados, dos problemas de ordem emocional e da falta de maturidade para iniciar o processo de aprendizado, sendo este um fator que leva a criança a ter problemas durante muito tempo, e assim conduz o aluno ao fracasso escolar.
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