Naldreson Alves dos Santos Souza
Aluízio da Silva Ribeiro Neto
Francisco Alcicley Vasconcelos Andrade
O presente artigo é um estudo sobre a interação entre os moradores do bairro Paulo Corrêa e o poder público municipal de Parintins, de forma a verificar a utilização efetiva da gestão participativa e do exercício da participação popular dos moradores, como ferramentas de desenvolvimento para o bairro. Salienta-se que o bairro Paulo Corrêa foi escolhido para a pesquisa, por ser o mais populoso e, portanto um grande celeiro de votos e alvo dos aspirantes aos cargos públicos do município. Para alcançar os objetivos desejados, foi feita uma abordagem geral da evolução dos modelos de gestão pública, que direta ou indiretamente influenciaram as gestões de todo o Brasil, bem como o levantamento histórico do município até surgimento do bairro Paulo Corrêa, para maior compreensão dos fatores políticos que permeiam o modo de vida dos moradores. Sendo utilizado o método indutivo para estabelecer relações entre os sujeitos pesquisados, considerando também, fatores qualitativos e quantitativos na análise dos dados, os quais foram coletados a partir da aplicação de 30 formulários, e 01 questionário, com perguntas abertas e fechadas, destinadas aos moradores e ao gestor de determinada secretaria municipal de Parintins. A partir dessas ferramentas, identificaram-se divergências nas afirmações dos atores envolvidos na pesquisa, bem como deficiências na participação popular e na adequada condução da gestão participativa no município, o que indicou pouca interação entre poder público e moradores do bairro. Além disso, a corroborar com as discussões sobre participação popular e gestão participativa, identificou-se em diversas leis e na Constituição Federal de 1988, medidas que preveem e garantem a participação da população de forma direta ou por meio de associações representativas, respaldando-se também em autores que ratificam o direito e a importância de uma gestão participativa e da participação popular para a melhor condução da gestão pública. Destacando que a insatisfação constatada nos moradores que participaram da pesquisa, poderá tornar-se combustível propulsor para a efetiva participação popular no bairro, a partir da devida orientação e conhecimento de seus direitos.