Alessandra Lopes de Oliveira Castelini*
Célia de Sousa**
Denise Regina Quaresma da Silva***
FEEVALE, Brasil
E-mail: alessandralopes@ufpi.edu.br
Resumo
O artigo objetiva dar visibilidade às discussões sobre Inclusão e Diversidade e as potencialidades de estabelecer diálogos com áreas interdisciplinares ao discutir as contribuições do Design Universal para a Aprendizagem - DUA e suas implicações por meio das ações desenvolvidas no projeto de práticas de leitura em multiformato/multissensoriais e suas tecnologias adaptativas. O presente estudo assevera o Direito da Educação para Todos/as, no contexto da inclusão e da diversidade, apontando recursos tecnológicos e práticas educativas como possibilidade de tornar a leitura mais acessíveis ao contemplar uma combinação de estratégias que favorecem a comunicação e a interação com o/a futuro leitor/a. O estudo de cunho qualitativo, de natureza bibliográfica apresenta um quadro metodológico ancorado na revisão da literatura e da legislação educacional vigente, incluindo as Leis e Diretrizes Brasileiras e diretrizes internacionais. Conclui-se que a reflexão aqui abordada seja apenas o despertar para uma discussão aprofundada entre profissionais da educação e o meio científico, na luta constante pela garantia dos direitos fundamentais, destacando a Educação de Qualidade, a Inclusão e Temas da Diversidade na perspectiva dos Direitos Humanos. Evidenciou-se as ações desenvolvidas no âmbito do projeto, elencou-se os desafios do atual contexto e os contributos que oportunizam práticas pedagógicas mais acessíveis, ressignificando as práticas de leitura mais acessível e favorecendo o diálogo interdisciplinar.
Palavras Chave: Leitura Acessível; Educação Inclusiva; Diversidade; Design Universal para Aprendizagem; Livros Multiformatos/Multissensoriais;
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001
Abstract
The article aims to give visibility to the discussions on Inclusion and Diversity and the potential to establish dialogues with interdisciplinary areas when discussing the contributions of Universal Design for Learning - UDL and its implications through the actions developed in the project of multiformat/multisensory reading practices and their adaptive technologies. This study asseverates the Right to Education for All in the context of inclusion and diversity, pointing out technological resources and educational practices as a possibility to make reading more accessible by contemplating a combination of strategies that favor communication and interaction with the future reader. The qualitative study, of a bibliographical nature, presents a methodological framework anchored in the literature review and current educational legislation, including Brazilian Laws and Directives and international guidelines. It is concluded that the reflection discussed here is only the awakening to an in-depth discussion between education professionals and the scientific community, in the constant struggle for the guarantee of fundamental rights, highlighting Quality Education, Inclusion and Diversity Issues in the perspective of the Human Rights. The actions developed within the scope of the project were highlighted, the challenges of the current context and the contributions that offer more accessible pedagogical practices were identified, making the practices of reading more accessible and favoring interdisciplinary dialogue.
Keywords: Accessible Reading; Inclusive education; Diversity; Universal Design for Learning; Multisensory Books;
Resumen
El artículo objetiva dar visibilidad a las discusiones sobre Inclusión y Diversidad y las potencialidades de establecer diálogos con áreas interdisciplinares al discutir las contribuciones del Diseño Universal para el Aprendizaje - DUA y sus implicaciones a través de las acciones desarrolladas en el proyecto de prácticas de lectura en multiformato/multisensorial y sus tecnologías adaptativas. El presente estudio asegura el Derecho de la Educación para Todos/as, en el contexto de la inclusión y la diversidad, apuntando recursos tecnológicos y prácticas educativas como posibilidad de hacer la lectura más accesible al contemplar una combinación de estrategias que favorecen la comunicación y la interacción con el proceso a futuro lector/a. El estudio de cuño cualitativo, de naturaleza bibliográfica, presenta un cuadro metodológico anclado en la revisión de la literatura y de la legislación educativa vigente, y directrices internacionales. Se concluye que la reflexión aquí abordada es sólo el despertar para una discusión profundizada entre profesionales de la educación y el medio científico, en la lucha constante por la garantía de los derechos fundamentales, destacando la Educación de Calidad, la Inclusión y Temas de la Diversidad en la perspectiva de los Derechos humana. Se evidenció las acciones desarrolladas en el marco del proyecto, se plantean los desafíos del actual contexto y las contribuciones que oportunizan prácticas pedagógicas más accesibles, resignificando las prácticas de lectura más accesibles y favoreciendo el diálogo interdisciplinario.
Palabras Clave: Lectura Accesible; Educación Inclusiva; la diversidad; Diseño Universal para el Aprendizaje; Libros Multiformato / Multisensoriales;
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Alessandra Lopes de Oliveira Castelini, Célia de Sousa y Denise Regina Quaresma da Silva (2019): “Práticas de leitura mais acessíveis e suas implicações para a inclusão e diversidade: Estabelecendo diálogos”, Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo (diciembre 2019). En línea:
https://www.eumed.net/rev/atlante/2019/12/praticas-leitura-acessiveis.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/atlante1912praticas-leitura-acessiveis
O presente artigo apresenta-se como um fragmento de investigação das autoras e objetiva discutir acessibilidade por meio da Literatura Infantil no contexto da inclusão e diversidade. Tais ações justificam-se ao mencionar às potencialidades do Design Universal para a Aprendizagem – DUA e ao socializar ações desenvolvidas no âmbito de um projeto internacional, aprovado pelo Edital n.2 de 29/05/2014 no quadro do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento (MEC/SECADI/CAPES), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES em convênio com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI, secretaria essa que foi recentemente extinta por meio do Decreto n. 9.465 1, de 02 de janeiro de 2019 pelo atual governo do Brasil, constituindo-se como um retrocesso no campo dos direitos educacionais, visto que essa medida vai na contramão do reconhecimento da diversidade, da promoção da equidade e do fortalecimento da inclusão no processo educativo.
O projeto trata de um intercâmbio científico entre Brasil e Portugal e coopera no desenvolvimento de pesquisa e produtos que viabilizam a comunicação acessível à todos/as por meio de livros para a infância em multiformatos/multissensoriais. Essas obras reúnem em um único exemplar, uma combinação de estratégias acessíveis que favorecem a comunicação acessível e a interação com o/a futuro/a leitor/a, ao tornar práticas de leituras mais acessíveis por meio da criação, adaptação e difusão de livros em diferentes formatos. (CASTELINI, SOUSA, QUARESMA DA SILVA & HEIDRICH 2019)
Nesse sentido, ao evidenciar artefatos/produtos que auxiliam no contexto inclusivo, mencionamos as estratégias de literatura enquanto práticas inovadoras que favorecem o contexto educativo, práticas de literatura inclusiva por meio dos Livros Multiformatos/Multissensoriais que são desenvolvidas em dois laboratórios distintos que atuam com ações para a inclusão e diversidade. O trabalho desenvolvido por meio desse projeto, evidencia os livros em multiformatos/multissensoriais enquanto instrumentos acessíveis e potencializadores da aprendizagem, o qual para Castelini, Sousa, Quaresma Da Silva e Heidrich (2019) devem ser amplamente divulgados no meio interdisciplinar como forma de sensibilizar a comunidade educativa e os docentes, uma vez que nas contribuições de Sousa (2012, p.4) as atitudes do professor são essenciais ao processo de ensino-aprendizagem, especialmente no que se refere à comunicação.
Ao refletir sobre a importância da literatura para o ensino global (Saldanha & Amarilha, 2018, p.155), percebe-se que a utilização de livros multiformato/multissensoriais, auxiliam a abordagem transdisciplinar e a educação inclusiva sobretudo ao compreender que tais obras, na perspectiva dos estudos de Castelini, Quaresma da Silva e Heidrich (2018, p.51) constituem artefatos culturais, visto que são criadas/adaptadas considerando as especificidades do público que será contemplado.
Nos estudos referentes às políticas de leitura no Brasil, incluindo documentos, programas e diretrizes nacionais, Silva (2015) constatou que na atualidade há “inexistência de investimento e incentivos à leitura”, afirmação esta que é sustentada por meio dos dados dos níveis de leitura dos brasileiros, as quais “demonstram resultados insatisfatórios”, por não atingir as metas desejadas. Essa informação é evidenciada ao confrontar com os dados do censo realizado em 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2017) em que constatou 11,5 milhões de analfabetos existentes no Brasil. Enquanto para Rojo (2004), em seus estudos sobre a literatura nas últimas décadas, os dados apontam que grande parte da população, mesmo com condições de acesso à escola, nem sempre tem se formado leitora.
Já nas pesquisas realizadas por Galeno (2001, 2008) e Failla (2012, 2016) intitulada “Retratos da Leitura no Brasil”, demonstram que a leitura de textos literários representam “uma atividade secundária na sociedade”, embora considerada essencial para a formação do cidadão, tais dados percebe-se pela educação de má qualidade, pela ausência ou sucateamento de bibliotecas públicas (Saldanha & Amarilha, 2018, p. 154) e a falta de políticas públicas consolidadas e que efetivamente viabilizem e garantam a democratização da leitura.
Como exemplo de políticas descontinuadas, apresentamos o Programa Nacional Biblioteca na Escola – PNBE, criado em 1997 com objetivo de promover acesso à cultura e incentivo à leitura por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, pesquisa e de referência2 , que deixou de entregar livros em 2014 e foi definitivamente encerrado em 2017, antes mesmo de alcançar os objetivos propostos, conforme análise de Silva (2015), demonstrando assim o descaso com as políticas de leitura no Brasil.
Ao discutir a importância da literatura para o ensino global, compreendemos sua transdisciplinaridade, que conforme os estudos de Mello; Barros & Sommerman (2002, p.9) definem como “uma teoria do conhecimento, que permite a compreensão dos processos em um diálogo com diferentes áreas do saber”, tornando possível “a capacidade de articular a multirreferencialidade e a multidimensionalidade do ser humano e do mundo” (p.10), o que contribui para discutir no contexto da inclusão e da diversidade, a construção de ambientes e práticas pedagógicas mais acessíveis e de caráter inovador.
Essas constatações surgem ao considerar a diversidade de conhecimentos, as especificidades do público leitor, tornando possível adaptar ou criar um produto que atenda tais necessidades que são potencializadas no exercício de compreender o contexto cultural apresentado. Partindo do pressuposto que o ato de ler faz parte do processo de comunicação, (Sousa, 2018) evidencia que esta prática “torna-se vital para o desenvolvimento das pessoas”, visto que ocorre entre os sujeitos de forma cotidiana, envolvendo as interações sociais e trocas que são fomentadas por diversas situações, seja as expressadas pela memória, cultura, tradições e resultantes dos diferentes contextos sociais.
Ao direcionar o nosso olhar para o campo da Educação Inclusiva e da importância de contemplar a acessibilidade a diferentes formas de aprendizagem e na criação de recursos pedagógicos, relembramos que na história da Educação o ano de 1990 ficou marcado devido aos seus desdobramentos nas políticas educativas e no surgimento de novos paradigmas por meio dos movimentos pela inclusão escolar e social (Unesco, 1990; 1994) e os documentos normativos moldaram-se para a educação inclusiva com um conceito de necessidades educativas especiais, as deficiências, as dificuldades de aprendizagem e a superdotação, não esquecendo as crianças em condições de trabalho e as crianças de rua, as que pertencem a populações nômades, as minorias étnicas ou culturais, a grupos desfavorecidos ou marginais.
Ao universalizar o acesso à educação para todos/as, assegurando que todas as pessoas tenham oportunidades educativas de acordo com suas necessidades de aprendizagem proporcionando a equidade, foram temáticas assinaladas na Conferência Mundial de Educação para Todos. (UNESCO,1990)
Com a Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) preconizou uma escola para todos/as, na pedagogia centrada no aluno/a, implicando dessa forma no desenvolvimento de práticas educativas inclusivas assegurando tal abordagem desde os processos de formação inicial e continuada de professores. Já em 2008, na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Onu, 2008) a educação inclusiva foi reafirmada enquanto direito em todos os níveis de ensino e ao longo da vida, implicando nas ações que compete aos responsáveis pela educação e na disponibilização de todos os apoios necessários.
Ao utilizar como respaldo legal os dispositivos normativos que garantem o direito à Educação, escolarização e Educação Especial (Brasil, 1988; 2001, 2008, 2009, 2015), estes referem-se aos serviços de apoio especializados que necessitam ser implementados para a real efetivação da inclusão, garantindo não somente a inserção em ambientes de aprendizagem, mas possibilitando o acesso ao conhecimento, à permanência e o sucesso por meio da aprendizagem.
Nessa perspectiva, o estudo permitiu observar um movimento entre investigadores nacionais e internacionais como (Bock, Silva & Souza, 2013; Bottentuit Juniot & Coutinho, 2008; Constantino, Braga, Sant’ana, Consoni & Galli, 2012; Gonçalves, 2006; Heredero, 2010; Rabelo, 2012; Zerbato 2018) em prol de investigações e progressivos diálogos no campo interdisciplinar e transdisciplinar os quais têm produzido reflexões que corroboram na (re)elaboração e constante renovação de conceitos que favorecem o ensinar e aprender, bem como ressaltam a importância de contemplar práticas mais participativas e colaborativas que apresentam potencialidades para enriquecer as práticas de leitura e a formação de leitores.
Assim, elegemos tratar nesse estudo sobre as contribuições da abordagem proposta por Nunes & Madureira (2015) baseada no DUA que consiste em um conjunto de estratégias que tornam mais acessíveis as práticas de ensino-aprendizagem para todos os estudantes. Ao considerar a diversidade existente no contexto educativo, torna-se imprescindível o reconhecimento que há formas diversas de construir o conhecimento, diferentes caminhos e ritmos (Zerbato, 2018) nesse processo. Outrossim, constitui-se enquanto suporte para os docentes e demais profissionais especializados na reflexão e elaboração de práticas pedagógicas e recursos, enquanto estratégias que visem a acessibilidade, seja em termos físicos, criação de produtos ou soluções educacionais para que todos possam aprender. (CAST, 2013)
Em estudos anteriores (Castelini, Quaresma da Silva & Heidrich, 2018) foram investigadas as origens do DUA e tornou possível perceber que no campo educacional os estudos que contemplam essa abordagem são considerados recentes e aglutinam-se principalmente na América do Norte. Recentemente essa abordagem foi incorporada como “opção metodológica”, termo esse presente nos documentos legais educacionais em Portugal, como é o caso do Decreto-Lei n.º 54/2018 promulgado pelo Ministério da Educação e que tem refletido nas práticas e recursos utilizados pelos docentes em sala de aula.
Ao refinar a pesquisa para o contexto brasileiro, observa-se que estudos sobre o DUA ainda são pouco difundidos na área educacional (Bock, Gesser & Nuernberg, 2018), devido ao fato de constatar à limitação de pesquisas e de literatura cientifica sobre tal abordagem.
Nas investigações sobre o DUA desenvolvidas por Rose & Meyer (2002), Nelson (2014) e mais recentemente Zerbato (2018) apontam resultados favoráveis em relação ao acesso e efetiva aprendizagem dos estudantes. Conforme Nelson, (2014), os estudos do DUA foram desenvolvidos no Center for Applied Special Tecnology (Cast, 2013) e no ano de 1999 recebeu o apoio do Departamento de Educação em Massachusetts nos Estados Unidos, motivados a partir da projeção de espaços públicos e edifícios fundamentados no conceito do Design Universal, possibilitando o amplo acesso de todos, sem qualquer limitação.
Assim, ao integrar essa abordagem nos processos de ensino e aprendizagem, propulsionam a reflexão das práticas e recursos do contexto educativo mais inovadoras, utilizando de tecnologias que privilegiam a construção do conhecimento ao potencializar as oportunidades de aprendizagem para todos.
Para Alves, Ribeiro & Simões (2013) o ensino para todos pressupõe que “ao invés de se pensar em adaptação específica para um aluno em particular, em determinada atividade, pensa-se em formas diferenciadas de ensinar, contemplando todos os estudantes”, dessa maneira, percebe-se que sob a concepção da abordagem DUA, o mesmo material poderá ser utilizado por todos em sala de aula (Zerbato, 2018) permitindo o benefício de estudantes que apresentam defasagens, ou ainda, alunos recém-chegados à turma, que apresentam algum tipo de deficiência ou que necessitam de recursos pedagógicos para manipulação por exemplo.
Evidentemente que tais práticas de ensino para todos/as, somente poderão ser implementadas, se consideradas o princípio da diversidade nos processos de aprendizagem, bem como afirma Sousa (2012) ao defender que a educação deve priorizar princípios como respeito pela igualdade e diversidade e que as escolas devem desenvolver e estimular os alunos a questionar a realidade por meio das suas aprendizagens.
De acordo com as diretrizes internacionais da Unesco (2009), o compromisso com a educação inclusiva é um processo que visa responder à diversidade de necessidades dos alunos, por meio do aumento da participação de todos na aprendizagem e na vida escolar. Ao priorizar a participação de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, colabora-se na construção do pleno desenvolvimento pessoal, implicando no exercício da cidadania (Unesco, 2016) e posteriormente ao refletir na qualificação para o desenvolvimento profissional.
Ao considerar a legislação vigente no Brasil desde 2015, que garante a socialização de todos os alunos em sala de aula, o Estatuto da Pessoa com Deficiência assegura que o espaço educativo necessita praticar a “adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino” (Brasil, 2015, p.13)
Enquanto isso, no Decreto-Lei 54/2018 do Ministério de Educação de Portugal assevera a “necessidade de cada escolar reconhecer a mais-valia da diversidade dos seus alunos” (p.2918) ao oportunizar diferentes estratégias para o acesso à aprendizagem. Dentre essas diferentes estratégias, tal documento recomenda enquanto “opções metodológicas” a utilização da abordagem DUA, por basear-se em modelos flexíveis e medidas de apoio à aprendizagem.
Nesse contexto, reiteramos as contribuições da abordagem DUA e seu princípio de acessibilidade relevantes nas perspectivas da educação mais inclusiva, pois estas implicam na adaptação, elaboração e utilização de recursos em diferentes formatos e materiais que segundo Zerbato (2018) transformam os espaços educativos e práticas pedagógicas, ao possibilitar o acesso ao conteúdo trabalhado contemplando a diversidade e as diferentes formas de aprender.
E sobre essas diferentes ferramentas que impulsionam o ensino-aprendizagem, destacamos as ações desenvolvidas por meio da criação e difusão de livros multiformato/multissensoriais baseados no DUA.
Este artigo tem como objetivo discutir a importância da acessibilidade na leitura infantil ao socializar algumas produções desenvolvidas por meio da abordagem DUA a partir de um intercâmbio científico entre Brasil e Portugal com apoio financeiro da CAPES.
Para a construção da pesquisa, a questão que motivou esse estudo foi a de investigar a importância da literatura infantil no campo da inclusão e diversidade e os contributos da abordagem DUA na elaboração de práticas/recursos pedagógicos que estimulem a inovação, participação e aprendizagem baseada na acessibilidade, em prol da literatura para todos/as estabelecendo diálogos inter e multidisciplinares.
Nessa direção, este trabalho assevera a Educação como Direito de Todos/as (Brasil, 1988) na garantia de práticas pedagógicas mais inclusivas ao considerar a diversidade existente nos processos de ensino e aprendizagem, fomentando o desenvolvimento de produtos que viabilizam a leitura para todos ao tornar a comunicação mais acessível.
O presente estudo configura-se na perspectiva interdisciplinar, de cunho qualitativo, em que apresentaremos um breve respaldo teórico e metodológico, expondo a relevância do estudo para a comunidade acadêmico-científica sobre a abordagem DUA, bem como suas implicações na construção de produtos facilitadores da leitura, enfatizando os livros multiformato/ multissensoriais, que na perspectiva de Soler (1999, p.45) configuram-se como uma “opção pedagógica de interesse para o ensino e aprendizagem”, que utiliza todos os sentidos humanos possíveis para “captar informações do meio que nos rodeia e inter-relaciona estes dados a fim de formar conhecimentos multissensoriais completos e significativos”. Reiteramos que estes produtos/criações, apresentam-se enquanto artefatos culturais ao surgirem de um contexto específico, e fomentam o debate educacional, científico e interdisciplinar em prol da literatura mais acessível e inovadora.
A estruturação desse estudo, de cunho qualitativo (Martins, 2004), ancora-se como referencial metodológico no estudo de caso proposto por Stake (1999) por se tratar de uma investigação empírica, com fenômeno pouco investigado, o qual exige estudos aprofundados.
A discussão dos dados coletados dar-se-á por meio da revisão bibliográfica, dos aportes legais em vigência nos dois países estudados, incluindo as Leis e Diretrizes Brasileiras (Brasil, 1988, 1996, 2001, 2008, 2009, 2010, 2015), Diretrizes do Ministério da Educação de Portugal - Decreto-Lei n.º 54/2018 e nas diretrizes internacionais respaldadas na educação mais inclusiva e acessível à todos como aportes da Unesco (1990, 1994, 2000, 2016) e Onu (2015), e finalmente na socialização de alguns recursos já desenvolvidos com abordagem DUA, de cunho tecnológico/pedagógico, apontando alternativas para elaboração, adaptação e inovação de produtos possibilitando o diálogo interdisciplinar, facilitando o acesso à aprendizagem.
Tais documentos norteadores da perspectiva inclusiva no Brasil conduzem referências a um sistema de ensino idealizado, no qual todos/as apresentam condições de aprender ao mesmo tempo, recorrendo ao papel do professor no desafio de atender às diversas diferenças presentes no contexto educacional.
Os estudos de Sousa (2012, p.30) afirmam que a escola inclusiva terá que ser capaz de desenvolver uma pedagogia diferenciada e centrada nas crianças, passível de as educar a todas, com sucesso, olhando cada aluno/educando como um ser diferente de todos os outros, com especificidades próprias.
Ao evidenciar artefatos que auxiliam no contexto inclusivo mencionamos enquanto práticas inovadoras e que favorecem o contexto educativo, as práticas de literatura inclusiva, sob a perspectiva DUA (Castelini, Sousa & Quaresma da Silva, 2019) ao evidenciar tais instrumentos acessíveis e potencializadores da aprendizagem, devem ser amplamente divulgados no meio interdisciplinar como forma de sensibilizar a comunidade educativa e os docentes, uma vez que nas contribuições de Sousa (2012, p.4) as atitudes do professor são essenciais ao processo de ensino-aprendizagem, especialmente no que se refere à comunicação.
Ao refletir sobre a importância da literatura para o ensino global, percebe-se que a utilização de livros multiformato/multissensoriais, auxiliam a abordagem transdisciplinar e a educação inclusiva sobretudo ao compreender que tais obras, na perspectiva dos estudos de Castelini, Quaresma da Silva e Heidrich (2018, p.51) constituem artefatos culturais, visto que são criadas/adaptadas considerando as especificidades do público que será contemplado. Essas constatações surgem ao considerar a diversidade de conhecimentos e possibilitam compreender o contexto cultural apresentado. Partindo do pressuposto que o ato de ler faz parte do processo de comunicação (Sousa, 2018) evidencia que esta prática “torna-se vital para o desenvolvimento das pessoas”, visto que ocorre entre os sujeitos de forma cotidiana, envolvendo as interações sociais e trocas que são fomentadas por diversas situações, seja as expressadas pela memória, cultura, tradições e resultantes dos diferentes contextos sociais.
Das ações elaboradas no âmbito do Projeto Internacional - Brasil e Portugal, as atividades de pesquisa, estudos, criação, testes, reprodução e difusão de materiais inclusivos em diferentes contextos são desenvolvidas nos laboratórios existentes nas universidades conveniadas, o qual atuam junto da comunidade oferecendo projetos que envolvem a sociedade civil tornando acessíveis a todos, oportunizando ações com o objetivo de tornar possível ações inclusivas e digitais em diferentes espaços de atuação, ao promover ações educativas, minimizando as barreiras do acesso pautadas nas situações de exclusão social e negação do direito à comunicação.
Por compreender o mundo cada vez mais inclusivo e digital, faz-se pertinente discutir que não há como pensar em inclusão digital de forma dissociada da inclusão social, visto que qualquer esforço de inclusão segundo Liberato (2009) requer o uso e a apropriação de elementos tecnológicos, conhecimento da realidade local, adaptação de conteúdos e linguagens, criação de metodologias específicas, acompanhadas de um processo contínuo de avaliação.
Ao priorizar práticas de leitura e incentivar a criação de livros mais acessíveis que alcancem um público que outrora não eram contemplados, significa valorizar tais práticas sociais e culturais de mediação da leitura, pois tornam possíveis que diferentes públicos tenham acesso à comunicação acessível de forma eficaz, constituindo-se de um ato libertador e emancipatório. Por acreditar que ato de ler advém de diferentes motivos, concordamos com os estudos de Yunes (1995, p.188) ao afirmar “o que mais deve aguçar o interesse do leitor é o desejo de ler o que a ele interessa, de modo a gerar desejo no conhecimento obtido”, afinal ler é, pois, interrogar as palavras, duvidar delas, ampliá-las. Desse contato, desta troca, “nasce o prazer de conhecer, de imaginar, de inventar a vida.”
Para compreender os livros multiformato desenvolvidos em Portugal contemplado no projeto, Sousa (2018) descreve como “livros impressos que reúnem num único exemplar diferentes formatos e que contemplam diferentes necessidades”. Dessas estratégias mais acessíveis citamos o texto aumentado, o uso do braille, imagens em relevo, utilização de escrita fácil, pictogramas, código Quick Response (QR) que remete ao contexto digital e permite interações com o conteúdo, versões em audiolivro, videolivro, utilização de Língua Gestual Portuguesa – LGP entre outros. Convém esclarecer que os materiais aqui discutidos/socializados estão disponíveis em sites para consulta e há exemplares na versão impressa com apoio de instituições, tornando as obras mais inclusivas, acessíveis à diferentes públicos, atingindo assim um número máximo de leitores.
Das obras já publicadas podemos citar: “Piu Caganita”, “A rainha das Rosas”, “O menino que tinha medo do escuro”, “Todos diferentes, todos animais”, “Bip o cão”, “O Comboio de Lata” que apresentam base no conceito de livros para todos/as. Tais obras apresentam um conjunto de estratégias baseadas na abordagem DUA que favorecem a acessibilidade ao possibilitar a melhoria da percepção por meio dos recursos presentes nos livros como imagens com relevo, braille, letra aumentada para pessoas com baixa visão, pictogramas para indivíduos que ainda não dominam os códigos da escrita ou que apresentam alguma incapacidade intelectual ou outra característica que os impeça de compreender o texto escrito comtemplando diferentes públicos, disponibilização a partir de um Q R code – como uma função tecnológica inovadora que permite aos usuários escanear o código e ser direcionados ao conteúdo digital – vídeo, áudio ou atividades lúdico-pedagógicas, propiciando a interação mais efetiva e que compreende diferentes públicos e ilimitados acessos. (CASTELINI, SOUSA, QUARESMA DA SILVA & HEIDRICH, 2019)
Outro recurso utilizado por esses códigos digitais são o acesso à conteúdos que contemplam a Língua Gestual Portuguesa – LGP, permitindo uma utilização versátil com recursos à diferentes formatos de leitura. Considerando que para educar os alunos faz-se necessário recorrer a diferentes formas de abordar o conteúdo a ensinar e as informações (Nunes & Madureira, 2015), o DUA comtempla a perspectiva da diversidade nos contextos educativos, uma vez que para Cast (2011, p.5) “os alunos diferem no modo como percebem e compreendem a informação que lhes é apresentada”, assim como é diferente os alunos que apresentam deficiências sensoriais, dificuldades de aprendizagem, acuidade visual, surdez, mobilidade reduzida e até mesmo os casos de diferenças culturais ou linguísticas.
Desse modo, os livros multiformato ou multissensoriais do projeto aqui destacado recomenda que o acesso à comunicação acessível seja assegurada, de tal forma que possa ser realizada pela visão e/ou tato e/ou audição uma vez que apresentam um caráter multifacetado de expor os conteúdos, implicando em acesso que atende a diversidade de público, oportunizando que a leitura e a informação de fato seja para todos/as.
A partir das investigações realizadas pelas autoras (Castelini, Sousa, Quaresma da Silva & Heidrich, 2019) constatou-se que as criações de livros multiformato/multissensoriais projetadas à partir do DUA, despontam no cenário educativo como projetos inovadores e tecnológicos, visto que são baseados no contexto social e cultural, fundamentadas pelo estudo da realidade local, e posteriormente são transformados em materiais/recursos específicos à estrutura estudada tornando-se compatível às necessidades inclusivas de diferentes públicos em um único material, resultando na literatura mais acessível à todos/as.
Dos livros multiformato/multissensoriais já adaptados, nos estudos de Calvário, Gil & Sousa (2018, p.08) evidenciam-se como ferramentas “potencialmente ricas para o desenvolvimento do vocabulário, melhorando a capacidade de compreensão e de expressão verbal dos alunos”, nos levando a compreender, que contribui enquanto estruturadores e facilitadores da comunicação acessível.
Por isso, discutir a potencialidade dos livros multiformato/multissensoriais na perspectiva DUA, aliados a diferentes estratégias e tecnologias digitais impulsionam a desmistificação de temas que antes eram utilizados apenas em áreas mais tecnológicas ou das engenharias, apontando possibilidades de discussões interdisciplinares que tornam-se imprescindíveis na formação dos futuros profissionais (Brasil, 2015) visto que a acessibilidade a tais materiais, são (re)significadas como um instrumento para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação ao ser facilitadas pela sua ampla divulgação e na redução de barreiras que impedem o acesso à diferentes aprendizagens.
A oportunidade de socializar práticas investigativas no processo de doutoramento a respeito das contribuições da abordagem DUA para a leitura mais acessível, indicam a relevância desse tema nos espaços científicos, interdisciplinares e transdisciplinares. Discutir temas da literatura infantil, formação de docentes, design inclusivo para aprendizagem, educação e cidadania aliados às práticas que promovem o acesso à comunicação acessível por meio de livros multiformato/multissensoriais de caráter inclusivo, configuram-se como espaços privilegiados de socialização de saberes, conforme Castelini, Quaresma da Silva e Heidrich (2018), além de alavancar estudos futuros e posteriormente o desenvolvimento de produtos e materiais comprometidos com as especificidades presentes no contexto educativo.
Ao fomentar discussões a respeito de práticas de literatura mais acessível e sua importância, tem sido um grande desafio na atualidade, isso ao considerar que vivemos cercados de tantos recursos impressos, suportes e possibilidades de leituras cada vez mais atraentes que hoje se apresentam no espaço físico e virtual, nas bibliotecas digitais, museus virtuais e nas mais variadas possibilidades textuais, verbais e não verbais com sons e movimentos, evocando uma nova postura pedagógica frente a tais inovações.
Tratar de livros multiformato/multissensoriais, enquanto obras literárias que contemplam diferentes públicos e especificidades (cegos, de baixa visão, com déficit intelectual, aqueles que ainda não se apropriaram do sistema de escrita, que apresentam múltiplas deficiências, estrangeiros que não compreendem a língua) tornando-a mais acessíveis, implicam em tensioidntos, seja no mercado editorial, no alto custo das obras, na utilização de materiais sustentáveis, entre outros, tensões na criação e difusão desses materiais, considerando o trabalho desenvolvido nas universidades e instituições de pesquisas que provocam desdobramentos e situações permeadas de complexidades.
Com o intuito de aprofundar temas da literatura acessível baseadas na abordagem DUA e suas potencialidades inovadoras na área interdisciplinar, suas possibilidades no desenvolvimento da comunicação acessível, esse fragmento de pesquisa propôs a discussão à respeito dessa ressignificação das práticas de leitura, permeadas pela necessária flexibilidade do educador/docente que atuam ou pretendem atuar com esses recursos pedagógicos em espaços educativos, dos profissionais que dedicam-se na pesquisa, criação de produtos e materiais que serão utilizados por esse público, de especificidades tão diversas e que tem direitos ao acesso à informação. Ao destacar a importância de fomentar às práticas de leitura desde a infância, ao considerar a nossa sociedade atual e às necessárias práticas de inclusão e cidadania, defendemos práticas de literacia que contemple à todos/as, sem distinção.
Assim, ao propor a discussão sobre leitura, literatura, formação de leitores e leitura acessível à todos/as, embora às vezes tratado como um tema já superado, por ser amplamente debatido desde os anos 90, (Unesco, 1990), devemos estar atentos para os acontecimentos atuais, a exemplo do cenário brasileiro, como a extinção de secretarias que tratam da diversidade e inclusão – a extinção da SECADI em 2019 - políticas de leitura descontinuadas como a (extinção) PNBE em 2017, bem como do acesso à políticas públicas educacionais que consideram à diversidade.
Esses retrocessos nos levam a refletir que devemos ser insistentes e retomar às discussões iniciais, ao apresentar a importância dessas temáticas e ao relembrar a considerável atuação dos movimentos sociais pela democracia (Castelini, 2016, p.55), pelo direito à educação de todos/as, ao considerar como uma possibilidade a mais de ascensão social, como aposta na produção de conhecimentos que valorizem o diálogo entre os diferentes atores sociais e suas culturas, como espaço de formação de cidadãos que se posicionam contra toda e qualquer forma de discriminação.
Em meio a esse contexto de incertezas, retrocessos e falta de diálogo do novo governo brasileiro/2019, marcado por arbitrariedades, amadorismo e descontinuidades, infelizmente estamos assistindo diariamente às desconstruções de práticas de promoção social, de temas ligados à educação, diversidade e que respaldam os direitos humanos. Nesse sentido, cabe à nós cidadãos, educadores e pesquisadores fortalecermos a nossa prática social e política, ao atuarmos como instrumentos de denúncia de tais práticas abusivas e antidemocráticas, cientes que tais direitos fundamentais, embora já garantidos por meio da Constituição Federal (Brasil, 1988) e por meio de Leis e Decretos, anteriormente citados, não configuram-se como perpétuos, incontestáveis e/ou invioláveis, ou seja, a vigilância e a luta pela garantia efetiva desses direitos (inclusive os direitos humanos) deve permanecer de forma constante e sem fim.
Por acreditarmos em uma educação libertadora (FREIRE, 1987) nas quais as práticas de ensino devem fornecer/favorecer a promoção da aprendizagem, a valorização das diferenças e o pensamento crítico, assim como preconiza o ordeidnto jurídico brasileiro (BRASIL, 1996, 2003, 2004, 2009), às diretrizes da Organização Mundial das Nações Unidas – ONU (2015), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO (2000) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que compõe a Agenda 2030 (ONU, 2015) medidas adotadas pela quase totalidade dos países do mundo, incluindo o Brasil, à volta de um conjunto de 17 metas e objetivos mundiais 3, entre eles o de n.4 – “Educação de Qualidade - que visa garantir o acesso à Educação Inclusiva, de qualidade Equitativa e promoção de oportunidades de aprendizagem ao longo da vida por todos”(Onu, 2015), adotamos como parte desse estudo a postura em defesa dos princípios democráticos e do ensino que leve em conta a diversidade, a igualdade de oportunidades e a equidade.
Conclui-se que a investigação sobre a literatura infantil baseada na abordagem DUA faz-se pertinente ao ressaltarmos seus contributos para contexto educativo, no acesso à informação e práticas de cidadania ao promover comunicação acessível. Que a temática deve ser contemplada na formação dos profissionais, estabelecendo diálogos interdisciplinares, fomentando o meio científico e tecnológico.
Que ao propor momentos de leitura para as crianças, conforme Castelini & Quaresma da Silva (2018) tornando práticas de leituras mais acessíveis mostramos a elas um pouco do mundo. O olhar de um/a autor/a, o modo como ele/a pensa, seus sentimentos, sua sensibilidade, a história que desejou contar, expor, refletir naquele momento, os recursos apresentados, a preocupação com diferentes formatos ao considerar que as narrativas envolvem diferentes aprendizagens.
Consequentemente, defendemos que na formação inicial e continuada de docentes, sejam contempladas práticas inovadoras e tecnológicas de leitura, as contribuições de novas abordagens, entre elas o DUA e suas diferentes estratégias para tornar a leitura mais acessível para todos/as, problematizando a escolha dos livros, às especificidades do público leitor, as condições de acesso ao conteúdo das obras, a comunicação acessível, oportunizando um momento de aprendizagem significativa e pleno desenvolvimento.
Espera-se que a reflexão proposta neste trabalho, seja apenas o despertar para uma discussão aprofundada entre profissionais da educação e comunidade acadêmico-científica, considerando o diálogo interdisciplinar e a transdisciplinaridade. As reflexões aqui produzidas ressignificam o conceito de leitura acessível, favorecem a utilização de diferentes estratégias de comunicação e recursos tecnológicos/digitais, bem como estimula parcerias entre diferentes profissionais na criação de novos produtos e práticas embasadas no DUA, ao assegurar a redução de barreiras físicas e pedagógicas, ao oportunizar acessibilidade em novas formas de aprender e ensinar, ao tornar a leitura mais acessível à todos/as.
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*Doutoranda em Diversidade Cultural e Inclusão Social – FEEVALE. Período Sanduíche no IPL/Portugal. Docente e pesquisadora na Universidade Federal do Piauí – UFPI – Brasil. E-mail: alessandralopes@ufpi.edu.br