Elair De Carvalho*
Universidade de São Paulo, Brasil
elaircarvalho6@hotmail.com
Resumo: O presente trabalho busca fazer algumas reflexões a respeito dos romances de Eça de Queiroz, autor lusitano do final do século XIX, e do escritor brasileiro Graciliano Ramos, que produziu nas primeira metade do século XX. Buscamos pontos de convergências entres os escritos destes dois literatos, para tentos elegemos as obras A ilustre casa de Ramires(1900) e São Bernardo (1934). Buscamos nesta breve análise a luz das leituras de Tania Carvalhal, Antônio Candido, Mikhail Bakhtin, Gaston Bachelard entre outros aporte para nosso trabalho. A cabo buscamos comparar os protagonistas dessas duas narrativas que são separadas pelo tempo e pelo mar, mas trazem contigo as contingências do humano em suas vicissitudes.
Palavra Chaves: Literatura comparada – Graciliano Ramos – Eça de Queiroz
Resumen: El presente trabajo busca hacer algunas reflexiones sobre las novelas de Eça de Queiroz, autor lusitano de finales del siglo XIX, y el escritor brasileño Graciliano Ramos, que produjo en la primera mitad del siglo XX. Buscamos puntos de convergencia entre los escritos de estos dos literatos, por todo lo que elegimos las obras La ilustre casa de Ramires (1900) y San Bernardo (1934). Buscamos en este breve análisis la luz de las lecturas de Tania Carvalhal, Antonio Candido, Mikhail Bakhtin, Gaston Bachelard, entre otros, que contribuyen a nuestro trabajo. Al final buscamos comparar a los protagonistas de estas dos narraciones que están separadas por el tiempo y el mar, pero que traen consigo las contingencias de los humanos en sus vicisitudes.
Palabra clave: Literatura comparada - Graciliano Ramos - Eça de Queiroz
Abstract: The present work seeks to make some reflections about the novels of Eça de Queiroz, Lusitanian author of the late nineteenth century, and Brazilian writer Graciliano Ramos, who produced in the first half of the twentieth century. We seek points of convergence between the writings of these two literati, for all we chose the works The illustrious house of Ramires (1900) and St. Bernard (1934). We seek in this brief analysis the light of the readings of Tania Carvalhal, Antonio Candido, Mikhail Bakhtin, Gaston Bachelard among others contribute to our work. In the end we seek to compare the protagonists of these two narratives that are separated by time and sea, but bring with them the contingencies of the human in their vicissitudes.
Keyword: Comparative Literature - Graciliano Ramos - Eça de Queiroz
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Elair De Carvalho (2019): “Entre casa de Ramires e São Bernardo a Epifania e a catarse”, Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo (diciembre 2019). En línea:
https://www.eumed.net/rev/atlante/2019/12/casa-ramires-saobernardo.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/atlante1912casa-ramires-saobernardo
Nossa primeira intenção neste trabalho, é confrontar imagens criadas através da linguagem que nos permitem interpretar como catarse e epifania. Para tanto escolhemos o texto A Ilustre casa de Ramires, do português Eça de Queiroz e o romance do Brasileiro Graciliano Ramos São Bernardo. Embora exista uma distância temporal e física, acreditamos que estes dois romances atenderam ao nosso propósito.
Sabemos que o texto artístico é um espaço significante cheio de caminhos e lugares imprevistos, mas nunca totalmente descobertos. Esses lugares do imaginário, com suas particularidades e suas outridades nos possibilitam, às vezes a ilusão de recuperar imagens significativas que ajudam dar sentido ao texto.
Tanto A ilustre casa de Ramires, de Eça de Queirós quanto São Bernardo, de Graciliano Ramos se estruturam em sistemas antitéticos que desencadeiam um jogo de espelhos permitindo-nos leituras imbricadas em vários contextos.
A ilustre casa de Ramires, uma das obras máximas de Eça de Queirós, publicada postumamente em 1900, tem como núcleo temático a decadência em que se encontra o país (Portugal) no fim do século XIX, relegado a uma situação periférica, dependente e atrasado no quadro político imperialista que agitava as grandes potências européias.
O caráter simbólico do protagonista confere-lhe uma certa abrangência, uma certa universalidade, de modo que o seu destino pessoal se confunde com o destino do país como um todo.
Gonçalo Ramires é um aristocrata na época da decadência da aristocracia, quando a sociedade passa por significativas mudanças, o mundo capitalista se instala e as pessoas vivem segundo o molde burguês. No entanto, Gonçalo vive sob a sombra da glória e da grandeza do passado, que exaltam o indivíduo acima do normal, e as burguesas preocupações de ter de trabalhar, ganhar dinheiro para viver bem e ser notado na sociedade. Nesse impasse, o decadente fidalgo se degladia numa luta interna e externa para se fazer conhecer como filho de uma heróica estirpe e recompor o prestígio do clã à beira da ruína-
— Sublime!... A Torre de D. Ramires!... O grande feito de Tructesindo Mendes Ramires, contado por Gonçalo Mendes Ramires!... E tudo na mesma Torre! Na Torre o velho Tructesindo pratica o feito; e setecentos anos depois, na mesma Torre, o nosso Gonçalo conta o feito! Caramba, menino, carambíssima!, isso é que é reatar a tradição! (QUEIRÓS, 2013. p 146 ).
Esta personalidade que tenta a todo custo ser forte e nobre como seus ancestrais convive com a fragilidade e o anonimato de um homem comum, ora generoso, ora vil, ora exagerado até à mentira, ora religioso por conveniência, mas, sobretudo, esperançoso de algum milagre: E os jornais, que tanto motejam a decadência dos fidalgos de Portugal, deveriam em justiça afirmar (e ele o lembraria ao Castanheiro!):-“Eis ai, e o maior, que, com as formas e os modos do seu tempo,continua e honra a sua raça!” (QUEIRÓS, 2000. p. 176)
O traço mais marcante da personalidade de Gonçalo é a contradição: se sente superior por estirpe e qualidade, mas inferior pela rína econômica e o anonimato. Tem um caráter moral que o dignifica, mas para sobreviver é obrigado a se tornar amoral e fazer vistas grossas à sociedade corrupta. Vive uma vida obscura e insignificante de uma pequena província, porém sonha com os salões, a vida agitada de uma grande cidade.
Vê como única saída ingressar na política apradinhado por um amigo de universidade, ex-noivo de sua irmã. Não é um projeto edificante visto ser arredio à aproximação desse amigo que tenta por a perder o casamento de sua irmã Gracinha. Mas entre o projeto e as evidências, prefere perder-se nas redes das ambições.
Para fortificar o projeto político Gonçalo, insentivado por um amigo editor, se vê compelido a escrever uma novela exaltando as suas nobres raízes. Isto lhe trará notoriedade, portanto, mais facilidade de se aproximar do mundo político. Para isso, Gonçalo se vale do expediente ingênuo e ilegítimo de historiar um poemeto épico de seu tio Duarte em que exalta as façanhas heróicas da família nos idos da Idade Média. Essa novela romântica se arrasta por mais da metade do romance e põe em evidência os contrastes de nobreza entre Gonçalo e seus ancestrais. Tal qual “Pierre Menard, autor de Quixote” Gonçalo se vangloria de estar criando um texto novo quando não passa de um ato tão antigo quanto o próprio homem de apropriação de um velho texto.
Assim Gonçalo é a antítese degradada de seus ancestrais heróicos e viris e Portugal o reverso melancólico de seu passado glorioso e tão decantado.
O próprio espaço em que circula o personagem já simboliza essa dualidade: casarões seculares edificados sobre pedras, resistentes ao passar do tempo, porém não mantém mais a pomposidade de seus brasões. O abandono a que se vêem relegado sugere a decadência e vulnerabilidade extensivos a Gonçalo, bem como de sua linhagem e de sua classe social: a velha aristocracia rural portuguesa. Essa falsa aparência petrificada esconde uma fragilidade e uma energia adormecida.
Em todos os momentos de evidente perigo e enfrentamento, o personagem afugentado pelo medo e pela insegurança se refugia entre as pedras dessa fortaleza.
Ali, no segredo do quarto apagado, bem o podia livremente gemer- ele nascera com a falha, a falha de pior desdouro, essa irremediável fraqueza da carne, que, irremediavelmente, diante de um perigo, uma ameaça, uma sombra, o forçava a recuar, a fugir... A fugir dum Casco. A fugir dum malandro de suíças loiras que, numa estrada e depois numa venda o insulta sem motivo, para meramente ostentar pimponice e arreganho. Ah, vergonhosa carne, tão espantadiça! (QUEIRÒS, 2013. p.175)
O solar de Santa Irenéia com sua pomposa torre desafiando o homem e o tempo é a presença medieval que dá a Gonçalo proteção e superioridade.
Nas suas andanças pela pequena província Gonçalo é por várias vezes, desafiado pelo valentão de Nacejas. Numa das vezes, se encontra montado e de posse de um chicote pertencente a sua família que lhe dera o mordono Bento. Reage violentamente, revidando com uma surra que deixa prostrado tanto Nacejas quanto seu amigo defensor.
A partir deste momento a narrativa toma outro rumo: Gonçalo regressa às origens, às fontes da força, à raça indômita da família Ramires e sente orgulho de ostentar o sobrenome Ramires.
Era como a sensação sublime de galopar pelas alturas, num corcel de lenda, Crescido magnificamente, roçando as nuvens lustrosas...E por baixo, nas cidades, os homens reconheciam nele um verdadeiro Ramires, dos antigos da História, dos que derrubavam torres, dos que mudavam a configuração dos Reinos, - e erguiam esse maravilhoso murmúrio que é o sulco dos fortes passando! (QUEIRÒS, 2013. p. 351)
Vence as eleições a deputado distrital. Refugiado na solidão da Torre de Santa Irenéia passa por momentos de verdadeira epifania: ele é grande, poderoso, responsável pelo seu próprio destino; a consciência da pequenez de suas ambições pessoais se aclara e o fidalgo descortina, do alto de sua Torre, a possibilidade de uma vida mais nobre e mais elevada que a simples e rasteira carreira política.
E o Fidalgo da Torre, imóvel no eirado da Torre, entre o céu todo estrelado, e a terra toda escura, longamente revolveu pensamentos da vida superior- até que enlevado, e como se a energia da longa raça, que pela Torre passara, refluísse ao seu coração, imaginou a sua própria encaminhada enfim para uma ação vasta e fecunda, em que soberbamente gozasse o gozo do verdadeiro viver, e em torno de si criasse vida, e acrescentasse um lustre novo ao velho lustre de seu nome, e riquezas puras o dourassem e sua terra inteira o bem-louvasse, porque ele inteiro e num esforço pleno bem servira a sua terra...(QUEIRÒS, 2013. p.408)
Gonçalo vai para a África, possessões portuguesas, onde reconstrói a sua fortuna e sua dignidade. Este espaço de caráter mítico, o novo Eldorado, representa para ele a utopia, o reencontro com sua tradição heróica, a possibilidade de ser respeitado como um Ramires, um verdadeiro fidalgo: Creio que fui eu a primeira que avistou o primo Gonçalo, na plataforma do Sud-Express. Não imaginas como vem...ótimo! Até mais bonito, e sobretudo mais homem. (QUEIRÒS, 2013. p.418)
São Bernardo, de Graciliano Ramos publicado em 1934, afirma a maturidade do escritor no domínio das formas de expressão. Para Antônio Cândido, este grande livro é curto, direto e bruto. Os personagens e as coisas surgem nele como meras modalidades do narrador, Paulo Honório, ante cuja personalidade dominadora se amesquinham, frágeis e distantes. Mas Paulo Honório, por sua vez, é modalidade de uma força que o transcende em função do qual vive: o sentimento de propriedade.
É esse sentimento de posse que vai transformar Paulo Honório de empregado a proprietário, mas leva-lo também a se perder pelo sentimento de dominador e de dominado, de subjugador e subjugado. Após a morte da esposa Madalena, o narrador faz uma viagem para o seu interior reconstituindo seu passado e buscando na memória o ponto em que desnorteou numa errada.
Ainda citando Antônio Cândido;
Dois movimentos integram o romance: um, a violência do protagonista contra homens e coisas, outro, a violência contra ele próprio. Da primeira resulta São Bernado- fazenda, que se incorpora ao seu próprio ser, como atributo penosamente elaborado; da segunda, resulta São Bernardo- livro- de – recordações, que assinala a desintegração da pujança. De ambos, nasce a derrota, o traçado da incapacidade afetiva. (CANDIDO,2006 p. 41)
É no suicídio de Madalena que se encontra o ponto chave para tantas interpretações que já se deram assim como para esta: a catarse, a expurgação de suas deformações, a declaração de suas vilezas, o reconhecimento de suas culpas. Paulo Honório se dá conta da importância da escrita, que tanto reprovara em Madalena, como meio de lhe trazer de volta não só as recordações de sua vida mas a reflexão sobre ela. A escritura do romance é uma revivescência de Madalena, a procura do tempo perdido. A perda de Madalena é a força que vai motivar a escritura de sua obra. E o escrever é a catarse: Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa! Para nada, mas sou forçado a escrever. (RAMOS, 1999. p. 100)
Conhecemos os fatos pelo viés de Paulo Honório, que num fluir e refluir da consciência deixa cair sua casca grossa, se despe do orgulho para admitir seus erros e tentar compreender o porquê se tornou o que é, embora tente se justificar de qualquer culpa, pois “a culpa foi desta vida agreste que me deu uma alma agreste. (RAMOS, 1999.p.100)
A voz do narrador afirma a impossibilidade de mudar, que se tudo voltasse a acontecer não seria diferente: penso em Madalena com insistência. Se fosse possível recomeçarmos...Para que enganar-me? Se fosse possível recomeçarmos, aconteceria exatamente o que aconteceu. Não consigo modificar-me, é o que mais me aflige. (RAMOS, 1999. p.188). Porém, o fato de se permitir refletir sobre seu passado e suas conseqüências já é uma mudança sem probabilidade para sua contabilidade futura. A propriedade esta abandonada pela sua inércia, Madalena está morta, seus amigos se afastaram e a Revolução traz como conseqüência a decadência das grandes propriedades.
Imerso em sua solidão, o desanimo e a imobilidade tomaram conta dele. Pára o relógio da igreja. Pára o coração de Madalena. Pára o choro do menino. E Paulo Honório perplexo, espera...
Na opinião do sociólogo Carlos Nélson Coutinho:
São Bernado é o romance das “ilusões perdidas”. Paulo Honório, a perda da ilusão de que o mundo fechado da propriedade e do lucro pudesse proporcionar realização humana autêntica. Madalena, a desesperança de que fosse possível conciliar a solidariedade humana com a existência solitária no interior de um mundo voltado unicamente para os valores materiais. (VIANNA, 1997, p. 93)
O confronto entre os dois romances nos remete a Tânia Carvalhal o espaço textual é lugar de conflito, não de diálogo tranquilo. Assim, tanto a epifania quanto a catarse, são momentos vividos pelos personagens em que o mundo se encontra às avessas. Imagens distorcidas de aparência e realidade, de realidade e aparência se confundem em digressões tentando exprimir as ilusões e desilusões vividas pelos personagens.
O ser do homem é um ser desfixado, segundo Bachelard. Fechado no ser, sempre há de ser necessário sair dele. Apenas saído do ser, tudo é circuito, tudo é rodeio, retorno, discurso, tudo é rosário de permanências, tudo é refrão de estrofe sem fim. (CARVALHAL, 1986. p.53)
O frágil fidaldo se transforma num herói respeitado: A desconfiança terrível de si mesmo que o acobarda, o encolhe, até que um dia se decide, e aparece um herói, que tudo arrasa...(QUEIRÒS, 2013. p.427) O coronel desalmado se transforma num proprietário fracassado: hoje não canto nem rio. Se me vejo ao espelho, a dureza da boca e a dureza dos olhos me descontenta. (RAMOS, 1999.p.187)
Ambos amoldam a visão ideológica de seus autores e ao sistema de valores da burguesia. Gonçalo Ramires é o representante vivo do declínio da aristocracia e a ascensão da burguesia. Paulo Honório, o representante da modernidade que entra no sertão brasileiro é o emblema complexo e contraditório do capitalismo nascente.
Ambos estão envolvidos na escrita de uma novela. Gonçalo Ramires, com o intuito de trazer à tona o passado ilustre da família Ramires, a fim de se fortalecer praticar as mesmas ações heróicas e ser lembrado. Paulo Honório, na ilusão de recuperar o passado e entender as sombras que o atormentam: tentei debalde canalizar para termo razoável esta prosa que se derrama como a chuva da serra, e o que me apareceu foi um grande desgosto. Desgosto e a vaga compreensão de muitas coisas que sinto. (RAMOS, 1999. p.184)
Para Gonçalo, o mundo que o desconhecia o fará respeitar. Para Paulo Honório o mundo que o respeitava o fará esquecer.
Gonçalo por natureza tímido, solitário, fugidio, se transforma em ativo empreendedor, projeto acalentado por Eça para Portugal. Paulo Honório, por natureza dinâmico, calculista, oportunista, dominador se transforma em amargurado, impotente, dominado pela sombra de Madalena: A lembrança de Madalena persegue-me. Diligencio afasta-la e caminho em redor da mesa. (RAMOS, 1999. p.188)
A Torre de Santa Irenéia e a morte de Madalena são elementos de insulação que vão proporcionar a epifania e a catarse, marcos de metamorfose diferenciadas nos personagens.
Entre a epifania e a catarse, o mundo se coloca às avessas, num distorcer revelador de consciência adormecida e de conflitos entre forças antagônicas.
Nesta via de mão dupla, onde a ascensão de descensão problematizam tensões vividas pelos personagens, as estratégias discursivas são similares, atestanto o dislogismo tão bem definido por Bakhtin, segundo o qual somente na comunicação, na interação do homem com o homem revela-se o “homem no homem” para outros ou para si mesmo. (BAKHTIN,1997. P. 256)
BIBLIOGRAFIA
BACHELARD, A poética do espaço. Trad. Antonio de Pádua Denese. Martins Fontes. S. P 2000.
BAKHTIN, M. Problemas da Poética de Doistoiévsk. Trad. Paulo Bezerra. Forense-Universitária. R.J. 1997.
CANDIDO. A Ficção e confissão: ensaios sobre Graciliano Ramos. Ouro sobre Azul. R.J. 2006
CARVALHAL, T. F. Literatura Comparada. Rio de Janeiro. Rocco 1986.
QUEIRÓS, E. A Ilustre Casa de Ramires. Porto Editora, Porto 2013.
RAMOS JR. Roteiro de Leitura: A ilustre casa de Ramires de Eça de Queirós. S.P. Ática. 1996.
RAMOS, G. São Bernardo. 95. Ed. Rio de Janeiro: Record, 1999.
VIANNA, L. H. Roteiro de Leitura de São Bernardo de Graciliano Ramos. São Paulo.Ática1997.