Carlos Eduardo de Almeida Ramoa *
Yára Christina Cesário Pereira**
Luiz Carlos da Silva Flores ***
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) Brasil
carlos.eduardo.ramoa@gmail.com
RESUMO
As dimensões Formulação da Estratégia, Sustentabilidade Ambiental e Cruzeiros Marítimos não são estudadas no turismo de maneira convergente. Este artigo de natureza exploratória é parte de uma tese de doutorado e tem intuito de apresentar o processo de confirmação da lacuna e ineditismo da pesquisa. Para tal, definiram-se dois objetivos: (1) identificar a produção científica no Brasil e no exterior, sobre as dimensões Formulação da Estratégia, Sustentabilidade Ambiental e Cruzeiros Marítimos e (2) identificar a existência de convergência entre as dimensões Formulação da Estratégia, Sustentabilidade Ambiental e Cruzeiros Marítimos. A pesquisa foi realizada em duas etapas, na primeira etapa foram analisados artigos publicados em periódicos classificados pelo sistema Qualis (Brasil) e na segunda etapa foi acessada a base de dados Scopus. Após a análise criteriosa dos artigos, sobre as dimensões do estudo, pode-se confirmar a existência da lacuna, justificando a continuidade da pesquisa.
Palavras-chave: investigação científica e ensino; estado da arte; bibliométrico; formulação da estratégia; sustentabilidade ambiental; cruzeiros
EL ESTADO DEL ARTE EN LA INVESTIGACIÓN CIENTÍFICA Y EL PROCEDIMIENTO DE IDENTIFICACIÓN DE LA LACUNA TEÓRICA POR MEDIO DE LA CONVERGENCIA DE TEMAS DE ESTUDIO
RESUMEN
Las dimensiones Formulación de la Estrategia, Sostenibilidad Ambiental y Cruceros Marítimos no se estudian en el turismo de manera convergente. Este artículo de naturaleza exploratoria es parte de una tesis de doctorado y tiene el propósito de presentar el proceso de confirmación de la lacuna e ineditismo de la investigación. Con este fin, se han definido dos objetivos: (1) identificar la producción científica en Brasil y en el extranjero, de las dimensiones de la formulación de la estrategia, la sostenibilidad ambiental y los cruceros y (2) la identificación de la existencia de convergencia entre las dimensiones formulación de estrategias, Sostenibilidad Ambiental y Cruceros Marítimos. La investigación se realizó en dos etapas, en la primera etapa se analizaron artículos publicados en periódicos clasificados por el sistema Qualis (Brasil) y en la segunda etapa se accedió a la base de datos Scopus. Después del análisis cuidadoso de los artículos, sobre las dimensiones del estudio, se puede confirmar la existencia de la lacuna, justificando la continuidad de la investigación.
Palabras clave: investigación científica y enseñanza; estado del arte; bibliométrico; formulación de la estrategia; sostenibilidad del medio ambiente; cruceros
THE STATE OF THE ART IN THE SCIENTIFIC RESEARCH AND THE PROCESS TO IDENTIFICATE THE THEORETICAL GAP IN THE CONVERGENCE OF THE STUDIED THEMES
ABSTRACT
The dimensions Strategy Formulation, Environmental Sustainability and Ocean Cruises are not studied in tourism in a convergent way. This exploratory article is part of a doctoral thesis and intends to present the process to confirm the gap and the originality of the research. To that end, two objectives were defined: (1) to identify the scientific production in Brazil and abroad, on the dimensions Strategy Formulation, Environmental Sustainability and Ocean Cruises and (2) to identify the existence of the convergence between the dimensions Strategy Formulation, Environmental Sustainability and Ocean Cruises. The research was carried out in two stages, in the first step we analyzed the articles published in journals classified by the Brazilian Qualis system and in the second stage we accessed the Scopus database. After a deep analysis of the articles we could confirm the existence of the gap, justifying the continuity of the research.
Keywords: scientific research and teaching; state of the art; bibliometric; strategy formulation; environmental sustainability; cruises
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Carlos Eduardo de Almeida Ramoa, Yára Christina Cesário Pereira y Luiz Carlos da Silva Flores (2019): “O estado da arte na pesquisa científica e o processo de identificação da lacuna teórica por meio da convergência de temas estudados”, Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo (marzo 2019). En línea:
https://www.eumed.net/rev/atlante/2019/03/identificacao-lacuna-teorica.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/atlante1903identificacao-lacuna-teorica
1 Introdução
O ser humano busca continuamente por novos conhecimentos, seja por meio da comunicação do dia a dia, pelo conhecimento filosófico, teológico, ou pelo conhecimento científico. O conhecimento científico é resultado de uma investigação que utiliza métodos e procedimentos de maneira sistemática na busca de informações de uma realidade que é analisada para a descoberta de causas e conclusões para a sua comprovação (Martins & Theóphilo, 2009).
Nesse sentido, este estudo se apropria de três dimensões, ou realidades conhecidas, Estratégia, Cruzeiros Marítimos e Sustentabilidade Ambiental, em uma pesquisa científica que teve como objetivo principal identificar a lacuna teórica que justificou a realização de uma pesquisa de tese de doutorado. Com isso, este artigo tem a pretensão de contribuir com a orientação de futuras investigações, em processos de ensino e pesquisa, ao divulgar as limitações, os métodos, análises, classificações e as comparações realizadas.
Uma das dimensões estudadas, os cruzeiros marítimos, remete a um setor que cresce nos principais países do ranking internacional, exceto no Brasil (Ramoa, 2014; Robles, Galvão, & Pereira, 2015; Zindel, 2016), que teve um crescimento exponencial da demanda de cruzeiristas até a temporada 2011/2012 quando iniciou-se a queda da oferta e por consequência da demanda de passageiros (Ramoa, 2014). Segundo Ramoa (2014), essa queda foi causada por uma decisão estratégica das companhias marítimas, em diminuir a oferta de navios no mercado brasileiro, devido aos problemas de infraestrutura e aos elevados custos operacionais, como os impostos e taxas portuárias, o que fez com que as empresas armadoras buscassem mercados mais atrativos.
Apesar das eventuais instabilidades nos mercados em que atua, este segmento que causa impactos positivos na economia (CLIA Brasil, 2017a, 2017b) precisa se preparar para o futuro e isso será possível se as companhias marítimas definirem estratégias que as diferenciem de seus competidores, sejam no mesmo segmento ou em segmentos concorrentes, por exemplo, os resorts (Dowling, 2006; Fonseca, 2012; Santos, 2009) também meios de hospedagem (Agarwal, 2002; Papatheodorou, 2004; Walton, 2009) como os cruzeiros (Dowling, 2006; Mendes & Silva, 2012; Tarlow, 2012).
No contexto estratégico a adoção de fatores direcionados à sustentabilidade ambiental pode torna-se uma vantagem competitiva (Dobbs, 2014; Moon, Hur, Yin, & Helm, 2014) por ser uma exigência de consumidores cada vez mais conscientes na busca por bem estar e melhor qualidade de vida (Chopra, 2014; Crespo, 2015; Jäckel, Fodor, & Papp, 2015; Khare, 2014; Park, Oh, & Na, 2013; Ramoa & Flores, 2017; Wakita & Oishi, 2016).
O tema sustentabilidade tem estado na pauta das discussões sobre o desenvolvimento das mais diversas atividades, dentre elas a turística (Brotto, Pedrini, Bandeira, & Zee, 2012; Rouven Doran & Larsen, 2014; Felix, Santos, & Silva, 2013; Hsieh, 2012; Jitpakdee & Thapa, 2012; Kim, 2012; Lawton, 2012; Marzo-Navarro, Pedraja-Iglesias, & Vinzón, 2015; Menezes & Cunha, 2014; Pickering, 2011; Roe, Hrymak, & Dimanche, 2014; Rosalind Jenkins & Karanikola, 2014; Sörensson & von Friedrichs, 2013; Sperb & Teixeira, 2006; van Rheede & Blomme, 2012; Whitfield, Dioko, & Webber, 2014; Yuan, 2013; Zhang, Joglekar, Heineke, & Verma, 2014; Zhang, Joglekar, & Verma, 2012a, 2012b) e como em um empreendimento industrial, que responde com um alto grau de irreversibilidade no processo de agressão ao meio ambiente, o turismo, também, agride, ou seja, é inevitável que a atividade turística cause impactos ambientais, uma vez que utiliza sistemas de transportes poluidores, desenvolve empreendimentos imobiliários que prejudicam os ambientes naturais, além de promover atividades que provocam a ruptura da biodiversidade (Gopal, 2014; UNWTO, 2015a; Vezzani, 2008). Portanto, a sustentabilidade não pode ser vista como um modismo ou apenas uma demanda do marketing, afinal ela é, além de uma necessidade de todo um ecossistema onde se inserem os seres humanos, também estratégica para as empresas.
Como contribuição à adoção das melhores práticas ambientais pelas companhias de cruzeiros, esta pesquisa foi então incorporada como parte de uma tese de doutorado (Ramoa, 2018) que apresenta a formulação de um modelo de estratégia de valor com base nos requisitos da sustentabilidade ambiental para os navios de cruzeiros marítimos. Este estudo tem caráter exploratório, método indutivo e abordagem qualitativa e apresenta um resumo do estado da arte, através da revisão da literatura da produção científica referente às dimensões Formulação da Estratégia, Sustentabilidade Ambiental e Cruzeiros Marítimos.
Na investigação para justificar a construção da tese, buscou-se identificar a existência de uma lacuna teórica na convergência das dimensões pesquisadas, ao questionar se: Há convergência teórica entre as dimensões Formulação da Estratégia, Sustentabilidade Ambiental e Cruzeiros Marítimos na produção científica no Brasil ou no exterior?
Para responder à questão da pesquisa definiram-se dois objetivos: (1) identificar a produção científica no Brasil e no exterior, sobre as dimensões Formulação da Estratégia, Sustentabilidade Ambiental e Cruzeiros Marítimos e (2) identificar a existência de convergência entre as dimensões Formulação da Estratégia, Sustentabilidade Ambiental e Cruzeiros Marítimos.
Por se tratar de uma pesquisa de tese de doutorado, que possui prazo para conclusão longo, acima de 24 meses, e devido a limitação ao acesso gratuito aos artigos internacionais no local onde a investigação foi inicialmente realizada, com análise restrita à leitura do título, resumo e palavras-chave, decidiu-se realizar a pesquisa em duas etapas.
Na primeira etapa acessou-se, entre junho e julho do 2016, as revistas científicas nacionais e internacionais classificadas pelo sistema brasileiro Qualis (Univali, 2015a, 2015b). Na segunda etapa, realizada entre julho e agosto de 2017, durante o período do estágio doutoral realizado por um dos autores na University of Applied Sciences, Alemanha, foi possível acessar os artigos pesquisados na base Scopus, sem qualquer restrição de acesso a todo o texto, podendo-se confirmar, então, a lacuna teórica identificada na primeira etapa da pesquisa.
Este artigo tem o intuito didático de apresentar, de maneira resumida, o estado da arte de uma pesquisa de tese e os procedimentos adotados para a identificação da lacuna científica que justificou o ineditismo e o prosseguimento da investigação. Com a realização do estado da arte, foi possível compor uma base fundamental para a construção do conhecimento científico proposto.
O estado da arte é considerado um método de pesquisa que se realiza por meio de uma revisão bibliográfica sobre a produção de determinada temática em uma área de conhecimento específica, buscando identificar que teorias estão sendo construídas, quais procedimentos de pesquisa são empregados para essa construção, o que não está em discussão e precisa ser trabalhado, que referenciais teóricos se utilizam para embasar as pesquisas e qual sua contribuição científica e social. Tem por objetivo, fazer um levantamento, mapeamento e análise do que se produz considerando áreas de conhecimento, períodos cronológicos, espaços, formas e condições de produção (Ferreira, 2002; Romanowski & Ens, 2006).
Dentre os pesquisadores que já escreveram sobre o estado da arte (também denominado estado do conhecimento) destaca-se, Soares (1991), Megid (1999), Ferreira (2002), André (2002), Romanowski (Romanowski, 2002), Romanowski e Ens (Romanowski & Ens, 2006). Para Soares (1991), as pesquisas com o objetivo de inventariar e sistematizar a produção em determinada área do conhecimento são ainda recentes no Brasil, [...] mas, de grande importância, uma vez que podem conduzir à plena compreensão do estado atingido pelo conhecimento a respeito de determinado tema, sua amplitude, tendências teóricas e vertentes metodológicas.
Ao desenvolver uma pesquisa com esse método é preciso levar em consideração os recortes temático, temporal e espacial em que os estudos foram desenvolvidos, uma vez que, as análises estão relacionadas com concepções e práticas presentes em diferentes contextos sociais, políticos, econômicos e culturais. O recorte temático é imprescindível, pois define e delimita o que se busca mapear na perspectiva de obter-se um panorama mais amplo ou análises aprofundadas sobre o tema da pesquisa.
A definição das fontes em que são feitos os levantamentos é igualmente importante para dar confiabilidade ao trabalho - delimita e orienta a busca, tanto para seleção, quanto para exclusão do que é ou não necessário. As buscas dão-se por palavras chaves nos títulos, resumos ou trabalhos completos, tendo zelo e seriedade em não distorcer informações, garantindo confiabilidade aos leitores.
Uler (2010) e Teixeira (2006), asseveram que pesquisas sobre estado da arte são sempre inconclusas, [...] é percebida como um movimento ininterrupto da ciência construída ao longo do tempo, privilegiando diferentes aspectos. Nesse interlúdio, os conceitos vão sofrendo intervenções do próprio conceito de campo e,por decorrência, dos autores nele inseridos.
Sobre a importância desse tipo de procedimento metodológico, Romanowski e Ens (2006) consideram que as análises realizadas, possibilitam examinar as ênfases e temas abordados nas pesquisas. Complementa Messina (1999), que o estado da arte nos permite continuar caminhando, [...] é uma possibilidade de perceber discursos que em um primeiro exame se apresentam como descontínuos ou contraditórios, vislumbrando a possibilidade de contribuir com a teoria e a prática.
2 Revisão de Literatura: A sustentabilidade ambiental como um fator estratégico para os cruzeiros marítimos
Por meio da elaboração de estratégias, as empresas públicas e privadas se organizam para enfrentar, não somente o conhecido mas também um ambiente hostil, onde impera o imprevisível e o incógnito, portanto em função disso é imperativo, de acordo com Mintzberg et al.(2007), que as empresas adotem estratégias em sua orientação de tomada de decisões, rumo ao desenvolvimento e crescimento sustentável.
Esse padrão será fundamental no processo decisório, quando se deseja atender aos objetivos e metas, isso porque, independente da variedade de definições e da evolução constante do processo de estratégia (Schneider, 2013), é essencial que as decisões e ações de posicionamento, em uma organização, sejam orientadas por padrões estratégicos (Slack, Chambers, & Johnston, 2015), cujos valores estejam em consonância com os critérios do desenvolvimento sustentável, proporcionando à organização resultados e imagem de empresa de sucesso, o que será relevante na conquista e manutenção de seus clientes (Emmerick & Pereira, 2007).
Nesse contexto insere-se o tripé da sustentabilidade, uma consagrada expressão conhecida originalmente como Triple Bottom Line (TBL) e foi formulada em 1995 por John Elkington (2012). O autor alerta sobre a necessidade de mudança de visão corporativa e afirma que quando se adotam as melhores práticas no contexto da sustentabilidade no ambiente dos negócios, há um reflexo nos benefícios ao planeta, oferecendo-se às organizações um caminho ao desenvolvimento sustentável e consequentemente ao seu crescimento.
O conceito do tripé é baseado nos três pilares da sustentabilidade, os 3Ps:Profit, Planet e People, (Lucro, Planeta e Pessoas). O Lucro é considerado o pilar econômico da sustentabilidade, segundo Elkington (2012) é o pilar mais confortável para as empresas, afinal é no lucro que elas focam. Ao adotar o conceito, uma organização, para ser financeiramente viável, precisa ser socialmente justa e ambientalmente responsável, ou seja, o autor defende que a agenda baseada no TBL não trará somente retorno quanto ao valor econômico, mas haverá o acréscimo à organização, também, do valor ambiental e social, ou seja, contemplando-se o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social e a proteção ambiental (Elkington, 2012; Oliveira, Medeiros, Terra, & Quelhas, 2012).
Como um elemento do tripé da sustentabilidade, insere-se a sustentabilidade ambiental, que é acima de tudo um princípio a ser adotado como uma atitude consciente que atenda aos preceitos do desenvolvimento sustentável, o qual, segundo Doran, Hanss e Larsen (2015), ainda é um desafio, uma vez que sua adoção está sujeita a um esforço que depende da cooperação coletiva de todos os envolvidos com o ambiente, incluindo governo, fornecedores, habitantes locais e os turistas, enfim, todas as partes interessadas que interagem com o destino ou com o produto turístico em questão, visando um futuro melhor para as gerações futuras.
Nesse sentido, para Goodland (2002), a sustentabilidade ambiental se originou das preocupações sociais existentes no mundo que convergiram para a necessidade da manutenção do capital natural, composto por água, terra, ar, minerais e serviços do ecossistema. Essas preocupações acabaram por criar diversas definições sobre a sustentabilidade ambiental (Goodland, 2002; Sachs, 2009; UNWTO, 2015b; WEF, 2014), porém, de uma maneira geral, todas convergem para a mesma meta (Goodland, 1995) e princípios definidos pelo Tripé da Sustentabilidade (Elkington, 2012; United Nations, 2002).
Para a ONU (2009), a sustentabilidade ambiental é a capacidade, a longo prazo, dos recursos naturais e ambientais e os serviços ecossistêmicos de apoiar o bem-estar contínuo. De maneira elementar, Daly (1990, p. 1) define sustentabilidade ambiental como sendo “a manutenção do Capital Natural”, sendo que as organizações devem buscar o desenvolvimento sustentável e não apenas o crescimento sustentável, uma vez que desenvolvimento foca nos atributos qualitativos, que visam a melhoria da qualidade de vida, enquanto que o crescimento sustentável pode até focar na sustentabilidade, porém, podendo ter como meta final, e resultado, apenas o aumento quantitativo da economia.
Apesar de causar impactos (Gopal, 2014; Sperb & Teixeira, 2006; UNWTO, 2015a; Vezzani, 2008), o turismo pode ser uma alternativa ao desenvolvimento sustentável em um destino turístico (Säynäjoki, Inkeri, Heinonen, & Junnila, 2014; Vezzani, 2008) uma vez que as práticas ambientalmente sustentáveis auxiliam na promoção do desenvolvimento social e econômico (Laidens, Zanette, & Tomazzoni, 2011) e na atração de turistas que, de acordo com Doran e Larsen (2014), possuem uma visão positiva sobre as questões da sustentabilidade ambiental.
Importante para o turismo (United Nations, 2015), o ambiente marinho também pode ser explorado, porém de forma consciente, o que no Brasil não é uma tarefa fácil (Brotto, Pimentel, Behrends, Alves, & Moraes, 2016) e um dos motivos é a falta da conscientização dos habitantes locais e, também dos turistas, além da falta de ações mais efetivas do próprio governo, seja relativo a ações de conscientização ou de fiscalização (Oliveira & Da Silva, 2016; Pirajá, 2015).
O ambiente marinho é o ambiente dos navios de cruzeiro, e neste contexto a meta 14 (United Nations, 2015), Conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e dos recursos marinhos, um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), é relevante para o tema por apresentar a preocupação com a manutenção do capital natural, uma vez que, segundo a ONU (United Nations, 2015), os oceanos fornecem importantes recursos naturais, incluindo alimentos, medicamentos, biocombustíveis e outros produtos, além de proporcionar atrativos para a prática do turismo e lazer e, através das Áreas Marinhas Protegidas (AMP) contribuir para a redução da pobreza (Alves & Hanazaki, 2015; Fournier & Panizza, 2003).
Um navio de cruzeiro por possuir infraestrutura semelhante ao de um destino turístico (Dowling, 2006; Gibson, 2012; Lohmann & Panosso-Netto, 2012; Mancini, 2011; Najafipour, Marzi, & Foroozanfar, 2014; Paolillo & Rejowski, 2002; Sancho-Perez, 2001), é considerado como o próprio destino que navega pelos mares e oceanos de um lugar a outro em busca do calor e do sol, portanto, neste sentido os navios causam impactos ambientais tanto quanto os destinos turísticos. Como uma dimensão do turismo marítimo, as companhias marítimas não podem, portanto, ficar alheias às demandas do desenvolvimento sustentável, mesmo porque os navios como agentes poluidores do ambiente marinho(Bureau Veritas, 2018; Eijgelaar, Thaper, & Peeters, 2010; Klein, 2010, 2011; Stefanidaki & Lekakou, 2014), devem definir estratégias de gestão que sirvam de referência como empresas com políticas voltadas à sustentabilidade ambiental e às demandas do planeta.
3 Metodologia
Para a realização de pesquisas, segundo Panosso e Trigo (2009) instituições públicas e privadas, incluindo as universidades, vem se organizando com o intuito de analisar as variáveis que compõem os diversos ambientes. Essa análise, de acordo com Dencker (2003), possibilitará ao ser humano interagir e intervir na construção de um novo cenário mais estável, o que potencializará o desenvolvimento sustentável deste ambiente.
A metodologia utilizada foi a pesquisa do tipo estado da arte por meio da revisão da literatura, para identificar a lacuna teórica que contempla a convergência das três dimensões analisadas e assim confirmar o ineditismo da pesquisa. Quanto aos objetivos, este estudo, de caráter exploratório, adota o procedimento bibliográfico com a finalidade de atender ao objetivo proposto. A da pesquisa exploratória possibilitou a verificação, análise e mapeamento do conhecimento no turismo, sobre as três dimensões estudadas, formulação da estratégia, sustentabilidade ambiental e cruzeiros marítimos, em toda a sua multidisciplinaridade, transdisciplinaridade e interdisciplinaridade (Veal, 2011). A abordagem desta pesquisa é qualitativa, que segundo Sampieri, Collado e Lucio (2013), assim como em uma abordagem quantitativa, tem na coleta de informações a possibilidade de se obter respostas para a formação de novos conhecimentos.
Primeiramente, decidiu-se por um recorte temporal de 20 anos, porém, como uma forma simbólica, optou-se pelo marco inicial 1995 por ter sido o ano em que a navegação de cabotagem (navegação costeira), que é realizada entre portos brasileiros pelos navios de bandeira estrangeira, foi autorizada. Isso permitiu a esses navios estrangeiros embarcarem e desembarcarem passageiros no litoral brasileiro (Brasil, 1995; MTur, 2002). Anteriormente à lei, este tipo de navegação era permitido somente aos navios brasileiros, no entanto, eles deixaram de existir, o que fez com que a lei se tornasse inócua (Panosso-Netto & Trigo, 2009).
Vale salientar que o recorte temporal da pesquisa não foi considerado na identificação da lacuna teórica. Para tal, utilizou-se a combinação booleana das três dimensões do estudo e então realizou-se o levantamento com o uso da ferramenta de busca avançada das próprias bases de dados consultadas. No entanto, o período definido foi utilizado no estado da arte, para o levantamento dos artigos científicos que poderiam fundamentar a construção do conhecimento.
Para este levantamento foi então realizada uma pesquisa bibliométrica preliminar, entre junho e julho de 2016. Nesta primeira etapa consultou-se as revistas científicas nacionais e internacionais classificadas pelo sistema Qualis (Univali, 2015a, 2015b) na área Tourism, Hospitality and Leisure. As publicações foram acessadas diretamente nas bases de dados EBSCO, Emerald, Ingenta Connect, SAGE, Scielo, Science Direct, Spell, Taylor & Francis, Wiley, e Dart- Europe E-theses Portal. A razão para o uso destas bases de informações científicas foi devido a impossibilidade, neste estágio da pesquisa, de acessar uma base única mais abrangente no local onde a pesquisa estava sendo realizada.
Nessa investigação identificou-se uma limitação no processo, ao se constatar que alguns artigos consultados em periódicos internacionais não possuem acesso gratuito, o que limitou a análise à leitura do título, resumo e palavras-chave. No entanto constatou-se que, apesar desta limitação, a técnica de pesquisa e análise adotada para consulta aos artigos seria suficiente para a identificação da lacuna teórica, uma vez que em todos os casos buscou-se especificamente aqueles artigos que enfocassem prioritariamente os temas pesquisados, individualmente ou de maneira convergente.
A limitação não foi um impedimento na segunda etapa de pesquisa, realizada entre os meses de julho e agosto de 2017, quando a revisão da literatura foi repetida na pesquisa da produção científica, desta vez diretamente através da base Scopus, onde os artigos de interesse desta tese foram acessados sem restrição e sem custo. Considerando-se que este projeto é realizado em um prazo acima de 24 meses, entende-se ser justificável realizar a pesquisa exploratória dos dados primários em duas fases. A primeira fase confirmou a lacuna teórica da tese, justificando a continuidade da pesquisa e o mesmo ocorreu quando se realizou uma nova investigação, reconfirmando a existência da lacuna científica.
4 Resultados e Discussão: identificando a produção acadêmica no Brasil e no exterior
Este estudo teve dois objetivos, o primeiro foi identificar o que está se produzindo, no Brasil e no exterior, sobre as temáticas Formulação da Estratégia, Sustentabilidade Ambiental e Cruzeiros Marítimos e o segundo objetivo, ode identificar a convergência entre estas mesmas três dimensões. O resultado deste levantamento e análise preliminar é apresentado na sequência.
Por ser um artigo científico, há que se respeitar a limitação de espaço disponível para a divulgação dos resultados, portanto, apresenta-se resumidamente parte desses resultados sobre o estado da arte da pesquisa da tese e para a identificação da lacuna teórica.
A primeira etapa da pesquisa identificou no período entre 1995 e 2015 (Tabela 1), um total de 3085 artigos sobre a dimensão Sustentabilidade, que engloba o desenvolvimento social e econômico e a proteção ambiental (Elkington, 2012; United Nations, 2002) e 128 publicações particularmente sobre Sustentabilidade Ambiental.
Em relação à dimensão Estratégia, foram localizados 6074 artigos, porém, chama a atenção pelo fato de ter sido encontradas apenas 25 publicações sobre Formação ou Formulação da Estratégia. Lembrando-se, porém, que esta fase se limitou a pesquisar artigos publicados somente em periódicos da área de Tourism, Hospitality and Leisure.
Nota-se, também, a pequena produção científica sobre o tema sustentabilidade ambiental e isso é explicado pela pesquisa ter se concentrado na busca por artigos que priorizassem o tema, o que pode alertar para um eventual erro na forma de pesquisar. Este problema, no entanto, foi solucionado ao se utilizar uma palavra chave mais abrangente, sustentabilidade, por exemplo, onde os artigos de interesse da pesquisa poderiam estar inseridos. Relativo à dimensão Turismo Marítimo identificou-se 981 artigos e mais 252 especificamente sobre os cruzeiros, que é o objeto de estudo para o qual a tese formula a estratégia.
A soma dos artigos encontrados individualmente sobre as três dimensões pesquisadas, 128 sobre Sustentabilidade Ambiental, 25 sobre Formação da Estratégia e 252 sobre Cruzeiros, totaliza 405 artigos, os quais foram alvo de profunda investigação com o intuito de atender aos objetivos do estudo.
Com a intenção de ilustrar a evolução temporal da pesquisa científica no Turismo, relativo às temáticas pesquisadas Sustentabilidade Ambiental, Formação da Estratégia e Cruzeiros.
No Brasil, apesar do volume de produção não ser significativo, verificou-se que os números estão crescendo. Sobre Sustentabilidade Ambiental, apesar do crescimento, o pico foi de apenas cinco artigos em 2011 e em relação aos temas Formação da Estratégia e Cruzeiros, o pico também foi baixo, de apenas três artigos em 2013.
Sem ainda comparar com a produção internacional (Gráfico 2), já é possível inferir que o número de artigos científicos, para a área do Turismo, que contemple as dimensões Sustentabilidade Ambiental, Formação da Estratégia e Cruzeiros, não é substancial. Vale ressaltar que se deve tomar cuidado ao se afirmar que a produção científica sobre algum tema de uma determinada área é alta ou baixa, pois depende do parâmetro de comparação. Por exemplo, está se comparando com o universo de artigos da área das ciências sociais aplicadas? Com a produção na área do turismo? Com uma determinada dimensão?
Este cuidado foi tomado na análise dos resultados encontrados neste estudo, uma vez que foi feito um paralelo com o conceito da significância estatística, ou seja, foi fixado a priori o percentual de 5% como nível de significância teórico (Costa, 2002). Ou seja, determinou-se que a quantidade de artigos identificados, sobre o tema pesquisado, é considerada pequena quando o valor percentual for menor do que 5% do total comparado. Como critério, o comparativo se deu somente entre temas das mesmas dimensões, por exemplo, Sustentabilidade e Sustentabilidade Ambiental; Estratégia e Formação da Estratégia e Turismo Marítimo e Cruzeiros.
No Gráfico 2, apresenta-se a evolução da publicação de artigos científicos em revistas internacionais sobre as mesmas temáticas verificadas nas revistas nacionais.
Ao se analisar tal gráfico, verifica-se uma maior produção sobre a temática Cruzeiros, mas nota-se também uma tendência de crescimento da produção científica sobre Sustentabilidade Ambiental.
No entanto, ao se comparar a publicação de artigos dessas duas temáticas com Formação da Estratégia, chega-se à mesma conclusão em relação à análise feita sobre as publicações brasileiras, ou seja, quando se compara as três temáticas, a produção de artigos científicos sobre Formação da Estratégia no turismo não é significativa (Tabela 2).
Com base no percentual de 5% atribuído a priori, verificou-se que a produção científica na área do Turismo sobre a dimensão Formação de Estratégia é baixa, uma vez que corresponde a apenas 0,41% do total de 6074 artigos sobre a dimensão parâmetro Estratégia. O mesmo ocorre com a dimensão Sustentabilidade Ambiental - os 128 artigos sobre o tema, correspondem a 4,15% do total de 3085 artigos sobre Sustentabilidade. Quanto à dimensão Cruzeiros, verificou-se que a mesma teve, no período pesquisado, 252 artigos publicados, ou 25,69% do total de 981 artigos encontrados sobre a dimensão Turismo Marítimo.
Isso implica em reconhecer, que a produção científica no âmbito do turismo marítimo é relevante, ou seja, não é correto afirmar que existe pouca produção, ou que a produção científica, sobre o tema cruzeiros é baixa se não for apresentado um critério comparativo, que sustente esta afirmação.
Após a realização desta fase da pesquisa, que teve o intuito de levantar a produção científica relativa às temáticas Sustentabilidade Ambiental, Formação da Estratégia e Cruzeiros, buscou-se, então, identificar a Lacuna Teórica, ou seja, quando não ocorre a inter-relação entre as dimensões pesquisadas, o que justificará a elaboração da tese.
Com o objetivo de confirmar esta lacuna científica, realizou-se a pesquisa avançada, utilizando-se as três dimensões convergentes do estudo, nos bancos de dados EBSCO, Emerald, Ingenta Connect, SAGE, Scielo, Science Direct, Spell, Taylor & Francis e Wiley. Além disso, repetiu-se a pesquisa nos bancos de dados de dissertações e teses brasileiras BDTD e internacionais Dart-Europe E-theses Portal, e também nos anais dos cursos de mestrado e doutorado em turismo, lazer ou hospitalidade, no Brasil.
Mesmo com a ampliação das fontes de consulta, a pesquisa não identificou qualquer produção científica em que houvesse a convergência das três dimensões pesquisadas. Após a realização desta fase da pesquisa, seleção e análise das 405 publicações, confirmou-se, então, a existência da lacuna teórica (Figura 3) relativa à convergência da Sustentabilidade Ambiental com as outras duas dimensões, Formação da Estratégia e Cruzeiros Marítimos.
A ausência da convergência entre as três dimensões justificou a continuidade da pesquisa e a construção do conhecimento científico proposto, a fim de contribuir, por meio da imbricação dos temas, com subsídios às companhias de cruzeiros marítimos para a adoção das melhores práticas no contexto da sustentabilidade ambiental e por consequência com o desenvolvimento sustentável e com as pesquisas sobre o turismo que, segundo CARIĆ (2016), não tem sido extensivamente abordados.
Para confirmar esta lacuna, a pesquisa foi repetida, 15 meses depois, desta vez utilizando-se a base de dados Scopus como fonte de consulta. Assim como ocorreu na pesquisa preliminar da tese, também não foi identificada qualquer produção científica especificamente relacionada à formulação de uma estratégia no contexto da sustentabilidade ambiental nos navios de cruzeiros marítimos, confirmando-se, portanto, uma lacuna científica resultante da imbricação destes temas, tornando o ineditismo desta pesquisa relevante à produção de um novo conhecimento.
No entanto, o objetivo desta pesquisa não foi somente a de identificar a lacuna, mas também de buscar fontes de informação nas publicações relativas aos temas pesquisados, em particular relativo à sustentabilidade ambiental nos navios de cruzeiros.
Com o intuito de ilustrar esta segunda pesquisa bibliométrica, a produção científica sobre este setor do turismo foi analisada entre 18 de julho e 14 de agosto de 2017.
Na Tabela 3, apresenta-se um resumo desta investigação, sem recorte temporal, com o número de artigos publicados e indexados na base Scopus, de acordo as palavras-chave pesquisadas, individualmente ou em combinação booleana.
O resultado desta pesquisa permite concluir, verificando-se na tabela, que os 11.430 artigos que abordam o tema sustentabilidade ambiental, correspondem a 16,99% do total de 67.280 artigos publicados para a área do turismo, utilizando-se como filtro as áreas social sciences; business, management and accounting e environmental science, isso significa que a produção científica sobre o tema é significativo, se for fixado a priori o percentual de 5% como nível de significância teórico (Costa, 2002).
No entanto, utilizando-se o mesmo critério de análise, este percentual é baixo se for considerado os 2.363 artigos sobre "maritime tourism" or "nautical tourism" or "cruise tourism" or "cruise industry" or "cruise ship" or "oceancruising" or "ocean cruise", por corresponder a apenas 3,51% do total dos mesmos 67.280 artigos das áreas definidas pelo filtro da pesquisa.
A baixa produção científica sobre os temas conjuntamente, justifica a contribuição da pesquisa para o estudo da sustentabilidade ambiental no turismo, em particular do produto turístico cruzeiro marítimo.
Verifica-se ainda que na convergência dos temas pesquisados e identificados na Tabela3, pela combinação das palavras-chave "maritime tourism" or "nautical tourism" or "cruise tourism" or "cruise industry" or "cruise ship" or "oceancruising" or "ocean cruise" and "sustainability", o número de 707 publicações, após se aplicar os filtros, reduz para 373 artigos, que são os artigos que devem, prioritariamente, ser investigados a fim de se encontrar estudos sobre a sustentabilidade ambiental no turismo de cruzeiros.
Produzir conhecimento sobre a sustentabilidade ambiental para os cruzeiros marítimos ganha importância, se comprometido com o desenvolvimento sustentável e com as melhores práticas ambientalmente sustentáveis. Um princípio fundamental constante na agenda, em primeiro plano, das nações que buscam o caminho da dignidade para seus habitantes e como consequência das empresas que tem o mesmo princípio estratégico no atendimento às demandas de seus clientes.
5 Conclusão
No contexto científico, na pesquisa da tese, abordou-se de maneira ampla o tema sustentabilidade, que pode ser considerado como sendo ainda muito jovem, uma vez que faz menos de 50 anos que começou a ser abordado em profundidade, inicialmente apenas no âmbito do ONU, até ganhar repercussão internacional a partir das discussões realizadas na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), realizada em 1992 no Rio de Janeiro. Este tema tão instigante ganhou força e forma e começa a chegar às instituições públicas e privadas, seja por meio de orientações a serem seguidas, como a Agenda 21, os 17 ODS, além das leis, normas e certificações nacionais e internacionais.
Com base nos princípios das boas práticas ambientais, identificou-se a necessidade da realização de estudos que possam contribuir, teórica e empiricamente, para o desenvolvimento de ambientes turísticos sustentáveis que possam servir de subsídios a um planejamento de estratégias do setor e que permita analisar o cenário do mercado turístico marítimo a fim de orientar investimentos públicos e privados. Justificou-se, portanto, a partir da relevância do tema e da lacuna encontrada, para atingir aos objetivos propostos, a realização desta pesquisa no ambiente do setor de serviços turísticos e mais particularmente no produto turístico cruzeiro marítimo, como objeto de validação do estudo.
Ao final do estudo pretendeu-se proporcionar às empresas marítimas um modelo de estratégia de valor, como alternativa de gestão ambiental, com informações que as subsidiem na elaboração de suas estratégias empresariais, no atendimento às regulamentações e aos requisitos da sustentabilidade ambiental, proporcionando aos clientes valores intangíveis no contexto da sustentabilidade ambiental em suas viagens nos navios de cruzeiro. No contexto acadêmico, espera-se que esta pesquisa possa contribuir com futuras investigações, de maneira orientativa ou mesmo sanando-se eventuais dúvidas que porventura tenham sido aqui abordadas.
Por ser um tema muito amplo, e devido à restrição do tempo disponível para a pesquisa, o pesquisador optou por focar em apenas um dos elementos do Tripé da Sustentabilidade, a dimensão ambiental, a qual gera importantes discussões em diversos segmentos turísticos. Assim sendo, deseja-se indicar os requisitos ambientais que podem ser contemplados no processo de gestão, na elaboração da estratégia competitiva de uma empresa.
Ousa-se sinalizar ainda, que navios de cruzeiros turísticos podem vir a ser espaços educadores sustentáveis que na concepção de Trajber e Sato (2010) são aqueles que mantêm uma relação equilibrada com o meio ambiente e que compensam seus impactos com o desenvolvimento de tecnologias apropriadas, potencializando a qualidade de vida às gerações presentes e futuras.
A Sustentabilidade Ambiental para os navios de cruzeiros foi a base de motivação para a elaboração desta pesquisa que serviu para identificar a produção científica sobre temas relevantes ao estudo do turismo e em particular ao produto turístico Cruzeiro Marítimo. Como contribuição, o que se verificou na pesquisa, é que a produção científica para o turismo, em relação aos temas Sustentabilidade Ambiental é incipiente, no entanto, relativo aos Cruzeiros, a produção é significativa, considerando-se como parâmetro de comparação a dimensão Turismo Marítimo. Espera-se, portanto, que este estudo possa contribuir para fomentar a produção de pesquisas para o turismo, com base nessas temáticas permitindo, ainda, orientar as empresas turísticas quanto à importância do crescimento sustentável, de maneira a agregar valor com base na responsabilidade ambiental.
Agradecimentos:
Agradecemos à CAPES pelo apoio ao projeto, por meio do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior/Processo nº {88881.134585/2016-01} e pela Bolsa PROSUC para o doutorado.
6 Referências
Agarwal, S. (2002). Restructuring seaside tourism: The Resort Lifecyle. Annals of Tourism Research, 29(1), 25–55.
Alves, R. P., & Hanazaki, N. (2015). Áreas protegidas marinho-costeiras de Santa Catarina sob a perspectiva das populações locais: Contribuições da literatura. Ambiente & Sociedade, 18(4), 97–118.
André, M. E. (2002). Série Estado do Conhecimento. Formação de Professores no Brasil (1990-1998). Brasília: INEP-MEC.
Brasil. (1995). Emenda constitucional n°7 de 15 de agosto de 1995. Brasília. Brasília: Casa Civil.
Brotto, D. S., Pedrini, A. G., Bandeira, R. R. C., & Zee, D. M. W. (2012). Percepção ambiental do mergulhador recreativo no Município do Rio de Janeiro e adjacências: subsídios para a sustentabilidade do ecoturismo marinho. Revista Brasileira de Ecoturismo, 5(2), 297–314.
Brotto, D. S., Pimentel, D. D. S., Behrends, E., Alves, A., & Moraes, J. De. (2016). Transformative and Emancipatory Environmental Education by Marine Ecotourism in the Marine Environmental Protection Area of Armação dos Búzios (RJ , Brazil). Revista Brasileira de Ecoturismo, 9(3), 445–470.
Bureau Veritas. (2018). Six Golden Pearls Award. MSC Splendida earns Bureau Veritas’ “Six Golden Pearls” and “Energy Efficient Design” awards. Retrieved January 14, 2018, from http://www.bureauveritas.com/wps/wcm/connect/bv_com/group/home/clients/case-studies/cs+-+marine+-+msc+cruises?presentationtemplate=bv_master/caseStudyItem
Carić, H. (2016). Challenges and prospects of valuation – cruise ship pollution case. Journal of Cleaner Production, 111, 487–498. doi:10.1016/j.jclepro.2015.01.033
Chopra, K. (2014). Ecopreneurship: Is it a viable business model? AE International Journal of Multidisciplinary Research, 2(3).
CLIA Brasil. (2017a). CLIA Abremar divulga dados da temporada 2016/2017 de cruzeiros marítimos no país. São Paulo: CLIA Brasil.
CLIA Brasil. (2017b). Temporadas. Retrieved September 14, 2017, from http://abremar.hospedagemtemporaria.com.br/temporadas-2/
Costa, S. F. (2002). Nível de significância alpha ou valor-p? Estudos Em Avaliação Educacional, 0(25), 185–198.
Crespo, S. (2015). O Brasil na era verde: a consciência ecológica no país segundo pesquisas de opinião. Opinião Pública, 1(2), 120–148.
Daly, H. E. (1990). TOWARD SOME OPERATIONAL PRINCIPLES OF SUSTAINABLE DEVELOPMENT. Ecological Economics, 2, 1–6.
Dencker, A. (2003). Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. São Paulo: Futura.
Dobbs, M. (2014). Guidelines for applying Porter’s five forces framework: a set of industry analysis templates. Competitiveness Review, 24(1), 32–45. doi:10.1108/CR-06-2013-0059
Doran, R., Hanss, D., & Larsen, S. (2015). Attitudes, efficacy beliefs, and willingness to pay for environmental protection when travelling. Tourism and Hospitality Research, 15(4), 281–292. doi:10.1177/1467358415580360
Doran, R., & Larsen, S. (2014). Are we all environmental tourists now? The role of biases in social comparison across and within tourists, and their implications. Journal of Sustainable Tourism, 22(7), 1023–1036. doi:10.1080/09669582.2013.836209
Dowling, R. (2006). The cruise industry. In Cruise ship tourism (pp. 3–17). Joondaloop, Austrália: Cohan University. School of marketing, leisure and tourism.
Eijgelaar, E., Thaper, C., & Peeters, P. (2010). Antarctic cruise tourism: the paradoxes of ambassadorship, “last chance tourism” and greenhouse gas emissions. Journal of Sustainable Tourism, 18(3), 337–354. doi:10.1080/09669581003653534
Elkington, J. (2012). Sustentabilidade, canibais com garfo e faca. São Paulo: M. Books do Brasil.
Emmerick, A., & Pereira, H. J. (2007). Gestão estratégica empresarial na perspectiva longitudinal. In Gestão empresarial: casos e conceitos de evolução organizacional (p. 382). São Paulo: Saraiva.
Felix, V. D. S., Santos, J., & Silva, J. (2013). Proposta de uma metodologia de avaliação de desempenho ambiental para o setor hoteleiro. Observatório de Inovação Do Turismo, VII(4), 33–53.
Ferreira, N. S. A. (2002). As pesquisas denominadas do tipo “Estado da Arte” em educação. Educação e Sociedade, 79(Agosto), 37–50.
Fonseca, C. R. D. da. (2012). Cruzeiros Marítimos de cabotagem e a regulamentação da atividade no Brasil. Universidade Federal Fluminense, Niterói.
Fournier, J., & Panizza, A. de C. (2003). CONTRIBUIÇÕES DAS ÁREAS MARINHAS PROTEGIDAS PARA A CONSERVAÇÃO E A GESTÃO DO AMBIENTE MARINHO. Ra’e Ga, (7), 55–62.
Gibson, P. (2012). Cruise Operations Management: Hospitality Perspectives. Abingdon: Routledge.
Goodland, R. (1995). The Concept of Environmental Sustainability. Annual Review of Ecology and Systematics, 26(1), 1–24. doi:10.1146/annurev.es.26.110195.000245
Goodland, R. (2002). Sustainability : Human, Social, Economic and Environmental. Encyclopedia of Global Environmental Change.
Gopal, S. (2014). ENVIRONMENTAL SUSTAINABILITY: THE TOUR OPERATOR’S PERCEPTIONS. TOURISMOS, 9(1), 127–143.
Hsieh, Y. (Jerrie). (2012). Hotel companies’ environmental policies and practices: a content analysis of their web pages. International Journal of Contemporary Hospitality Management, 24(1), 97–121. doi:10.1108/095961112
Jäckel, K., Fodor, M., & Papp, J. (2015). Environment conscious consumers’ opinion on selective waste management. Journal of Contemporary Economic and Business Issues, 2(2), 5–22.
Jitpakdee, R., & Thapa, G. B. (2012). Sustainability Analysis of Ecotourism on Yao Noi Island, Thailand. Asia Pacific Journal of Tourism Research, 17(3), 301–325. doi:10.1080/10941665.2011.628328
Khare, A. (2014). Consumers’ susceptibility to interpersonal influence as a determining factor of ecologically conscious behaviour. Marketing Intelligence & Planning, 32(1), 2–20. doi:10.1108/MIP-04-2013-0062
Kim, A. K. (2012). Determinants of Tourist Behaviour in Coastal Environmental Protection. Tourism Geographies, 14(1), 26–49. doi:10.1080/14616688.2011.597774
Klein, R. A. (2010). Chapter 6 The cruise sector and its environmental impact. In C. Schott (Ed.), Bridging Tourism Theory and Practice (pp. 113–130). Somerville: Emerald Group Publishing Limited. doi:10.1108/S2042-1443(2010)0000003009
Klein, R. A. (2011). Responsible Cruise Tourism: Issues of Cruise Tourism and Sustainability. Journal of Hospitality and Tourism Management, 18(1), 107–116. doi:10.1375/jhtm.18.1.107
Laidens, M. C., Zanette, F. C., & Tomazzoni, E. L. (2011). Gestão em hotelaria e sustentabilidade ambiental: análise da experiência do Programa Bem Receber na região das hortênsias (serra gaúcha). Revista Acadêmica Observatório de Inovação Do Turismo, 4(3), 02–05.
Lawton, L. J. (2012). Dimensions of least satisfaction among protected area visitors. Journal of Ecotourism, 11(2), 118–131. doi:10.1080/14724049.2012.687377
Lohmann, G., & Panosso-Netto, A. (2012). Teoria do Turismo. São Paulo: Aleph.
Mancini, M. (2011). The CLIA guide to the cruise industry. New York: Cengage Learning.
Martins, G. A., & Theóphilo, C. R. (2009). Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas (2nd ed.). São Paulo: Atlas.
Marzo-Navarro, M., Pedraja-Iglesias, M., & Vinzón, L. (2015). Sustainability indicators of rural tourism from the perspective of the residents. Tourism Geographies, 17(4), 586–602. doi:10.1080/14616688.2015.1062909
Megid-Neto, J. (1999). Tendencias da pesquisa academica sobre o ensino de ciencias no nivel fundamental. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação, Campinas - São Paulo, Tese (Doutorado em Educação).
Mendes, J., & Silva, N. (2012). O turismo de cruzeiros em Portugal. O caso de Portimão: expectativas e desafios. In Abordagem Multidisciplinar dos Cruzeiros Turísticos (pp. 135–154). Leiria: Textiverso, Lda.
Menezes, V. de O., & Cunha, S. K. da. (2014). Inovação para a Sustentabilidade Ambiental na Hotelaria: um estudo introdutório. Turismo & Desenvolvimento, 13(2), 25–36.
Messina, G. (1999). Investigación en o investigación acerca de la formación docente: un estado del arte. Revista Iberoamericana de Educación, (Enero-Abril).
Mintzberg, H., Lampel, J., Quinn, J. B., & Ghoshal, S. (2007). O Processo da Estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados (4th ed.). Porto Alegre: Bookman.
Moon, H. C., Hur, Y. K., Yin, W., & Helm, C. (2014). Extending Porter’s generic strategies: from three to eight. European J. of International Management, 8(2), 205. doi:10.1504/EJIM.2014.059583
MTur. (2002). Marcos conceituais. Brasília: Ministério do Turismo.
Najafipour, A. A., Marzi, V., & Foroozanfar, M. H. (2014). The Future of Cruise Ship Tourism Industry: the challenges of cruising market and operations management. Journal of Social Issues & Humanities, 2(7), 213–224.
Oliveira, L. R., Medeiros, R. M., Terra, P. de B., & Quelhas, O. L. G. (2012). Sustentabilidade: da evolução dos conceitos à implementação como estratégia nas organizações. Production, 22(1), 70–82. doi:10.1590/S0103-65132011005000062
Oliveira, W. A., & Da Silva, C. B. (2016). Análise da Imagem dos Turistas quanto ao Desenvolvimento do Turismo em Perobas, Touros-RN. Revista Turismo Em Análise, 27(2), 414. doi:10.11606/issn.1984-4867.v27i2p414-428
Panosso-Netto, A., & Trigo, L. G. G. (2009). Cenários do turismo brasileiro. São Paulo: Aleph.
Paolillo, A. M., & Rejowski, M. (2002). Transportes. São Paulo: Aleph.
Papatheodorou, A. (2004). EXPLORING THE EVOLUTION OF TOURISM RESORTS. Annals of Tourism Research, 31(1), 219–237. doi:10.1016/j.annals.2003.10.004
Park, S. H., Oh, K. W., & Na, Y. K. (2013). The Effects of Environment-conscious consumer attitudes towards eco-friendly product and artificial leather fashion product purchase intentions. Fashion & Textile Research Journal, 15(1), 57–64. doi:10.5805/SFTI.2013.15.1.057
Pickering, C. (2011). Changes in demand for tourism with climate change: a case study of visitation patterns to six ski resorts in Australia. Journal of Sustainable Tourism, 19(6), 767–781. doi:10.1080/09669582.2010.544741
Pirajá, C. M. P. (2015). A ZONA COSTEIRA BRASILEIRA COMO ÁREA DE PROTEÇÃO ÀS TARTARUGAS MARINHAS. Revista Direito e Política, 2(3), 291–309.
Ramoa, C. E. de A. (2014). Cruzeiros marítimos: realidade, perspectivas e fatores que influenciam o mercado brasileiro. Universidade do Vale do Itajaí. Balneário Camboriú, Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria).
Ramoa, C. E. de A. (2018). SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL: um valor estratégico na orientação e formulação de um modelo de gestão para o setor de cruzeiros marítimos. Universidade do Vale do Itajaí. Balneário Camboriú, Tese (Doutorado em Turismo e Hotelaria).
Ramoa, C. E. de A., & Flores, L. C. da S. (2017). MARITIME CRUISES: demand forecast for the Brazilian and international market for the next 5 years, from 2016 on. Applied Tourism, 2(1), 68–94.
Robles, L. T., Galvão, C. B., & Pereira, S. R. (2015). Cruise shipping in Brazil: An emergent or established market? Tourism Management Perspectives, 16, 298–305. doi:10.1016/j.tmp.2015.09.003
Roe, P., Hrymak, V., & Dimanche, F. (2014). Assessing environmental sustainability in tourism and recreation areas: a risk-assessment-based model. Journal of Sustainable Tourism, 22(2), 319–338. doi:10.1080/09669582.2013.815762
Romanowski, J. P. (2002, April 22). As licenciaturas no Brasil: um balanço das teses e dissertações dos anos 90. Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação, São Paulo, Tese (Doutorado em Educação). doi:/10.11606/T.48.2002.tde-22102014-134348
Romanowski, J. P., & Ens, R. T. (2006). As pesquisas denominadas do tipo “estado da erte” em educação. Diálogo Educ., 6(19), 37–50.
Rosalind Jenkins, N., & Karanikola, I. (2014). Do hotel companies communicate their environmental policies and practices more than independent hotels in Dubai, UAE? Worldwide Hospitality and Tourism Themes, 6(4), 362–380. doi:10.1108/WHATT-01-2014-0003
Sachs, I. (2009). Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond.
Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. del P. B. (2013). Metodologia de pesquisa. Porto Alegre: Penso.
Sancho-Perez, A. (2001). Introdução ao turismo. São Paulo: Roca.
Santos, V. A. dos. (2009). TURISMO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO: O CONFLITO ENTRE CRUZEIROS E RESORTS. Universidade Federal Fluminense, Niterói.
Säynäjoki, E.-S., Inkeri, V., Heinonen, J., & Junnila, S. (2014). How central business district developments facilitate environmental sustainability – A multiple case study in Finland. Cities, 41, 101–113. doi:10.1016/j.cities.2014.05.010
Schneider, L. C. (2013). Pensamento Estratégico Organizacional – Origens, Evolução e Principais Influências. In VI Encontro de Estudos em Estratégia - 3Es (pp. 1–12). Bento Gonçalves, RS.
Slack, N., Chambers, S., & Johnston, R. (2015). Administração da produção (4th ed.). São Paulo: Atlas.
Soares, M. B. (1991). Alfabetização no Brasil: o estado do conhecimento. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Sörensson, A., & von Friedrichs, Y. (2013). An importance–performance analysis of sustainable tourism: A comparison between international and national tourists. Journal of Destination Marketing & Management, 2(1), 14–21. doi:10.1016/j.jdmm.2012.11.002
Sperb, M. P., & Teixeira, R. M. (2006). A Sustentabilidade Ambiental do Turismo Na Ilha do Mel, PR: Perspectiva dos Gestores Públicos. Turismo: Visão e Ação (Online), 8(3), 1–10.
Stefanidaki, E., & Lekakou, M. (2014). Cruise carrying capacity: A conceptual approach. Research in Transportation Business and Management, 13, 43–52. doi:10.1016/j.rtbm.2014.11.005
Tarlow, P. E. (2012). A segurança nos cruzeiros turísticos. In Abordagem Multidisciplinar dos Cruzeiros Turísticos (pp. 107–133). Leiria: Textiverso.
Teixeira, C. R. (2006, October 17). A concepção de avaliação educacional veiculada na produção acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo (1975-2000). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, Tese (Doutorado em Educação).
Trajber, R., & Sato, M. (2010). Escolas sustentáveis: incubadoras de transformações nas comunidades. REMEA. Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, V.Especial(Setembro), 70–78. doi:10.14295/remea.v0i0.3396
Uler, A. M. (2010, August 18). Avaliação da aprendizagem: um estudo sobre a produção acadêmica dos Programas de Pós-Graduação em Educação (PUCSP, USP, UNICAMP) (2000 2007). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, Tese (Doutorado em Educação).
United Nations. (2002). United Nations Documents. Gathering a body of global agreements. World Summit on Sustainable Development. Johannesburg Declaration on Sustainable Development. New York: United Nations Organization.
United Nations. (2009). Mainstreaming environmental sustainability. In country analysis and the UNDAF. A guidance note for United Nations country teams and implementing partners teams. New York: United Nations Organization.
United Nations. (2015). Sustainable development goals. 17 goals to transform our world. Goal 14: Conserve and sustainably use oceans, seas and resources. New York: United Nations Organization.
Univali. (2015a). Periódicos científicos de turismo - Qualis/CAPES - 2013/2014. Brasil e exterior (não ranqueados nos indicadores ISI ou Scopus). Balneário Camboriú: Universidade do Vale do Itajai.
Univali. (2015b). Revistas internacionais área tourism, hospitality e leasure. Balneário Camboriú: Universidade do Vale do Itajaí.
UNWTO. (2015a). Sustainable Development of Tourism. Retrieved January 18, 2018, from http://sdt.unwto.org/content/about-us-5
UNWTO. (2015b). World Tourism Organization Understanding Tourism: Basic Glossary. Madrid: World Tourism Organization.
van Rheede, A., & Blomme, R. J. (2012). Sustainable Practices in Hospitality: A Research Framework. In Advances in Hospitality and Leisure (pp. 257–271). Somerville: Emerald. doi:10.1108/S1745-3542(2012)0000008018
Veal, A. J. (2011). Metodologia de pesquisa em lazer e turismo. São Paulo: Aleph.
Vezzani, M. A. (2008). Turismo rural e responsabilidade ambiental e ecológica no espaço rural brasileiro. Caderno Virtual de Turismo, 8(1).
Wakita, K., & Oishi, T. (2016). Obligation to the Environment or Pursuit of Stylish Lifestyle: Which is More Important as a Determinant Factor for Intention of Green Consumer Behavior in the United States. In Conference on Environmental Information Science (pp. 85–90). Center for Environmental Information Science.
Walton, J. K. (2009). Prospects in tourism history: Evolution, state of play and future developments. Tourism Management, 30(6), 783–793. doi:10.1016/j.tourman.2009.05.010
WEF. (2014). World Economic Forum. The Global Competitiveness Report 2014-2015. Genebra: WEF. doi:/ISBN-13: 978-92-95044-73-9
Whitfield, J., Dioko, L. A. N., & Webber, D. E. (2014). Scoring environmental credentials: a review of UK conference and meetings venues using the GREENER VENUE framework. Journal of Sustainable Tourism, 22(2), 299–318. doi:10.1080/09669582.2013.809090
Yuan, Y. Y. (2013). Adding environmental sustainability to the management of event tourism. International Journal of Culture, Tourism and Hospitality Research, 7(2), 175–183. doi:10.1108/IJCTHR-04-2013-0024
Zhang, J. J., Joglekar, N., Heineke, J., & Verma, R. (2014). Eco-efficiency of Service Co-production: Connecting Eco-certifications and Resource Efficiency in U.S. Hotels. Cornell Hospitality Quarterly, 55(3), 252–264. doi:10.1177/1938965514533988
Zhang, J. J., Joglekar, N. R., & Verma, R. (2012a). Exploring Resource Efficiency Benchmarks for Environmental Sustainability in Hotels. Cornell Hospitality Quarterly, 53(3), 229–241. doi:10.1177/1938965512441165
Zhang, J. J., Joglekar, N., & Verma, R. (2012b). Pushing the frontier of sustainable service operations management. Journal of Service Management, 23(3), 377–399. doi:10.1108/09564231211248462
Zindel, T. M. (2016). A CRISE DOS CRUZEIROS MARÍTIMOS NO BRASIL: diagnóstico de um setor na contramão do mercado mundial dissertação de mestrado em transportes. Universidade de Brasília, Brasília.