Revista: Atlante. Cuadernos de Educación y Desarrollo
ISSN: 1989-4155


ANÁLISE DA VULNERABILIDADE SEXUAL DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE HIV/AIDS DE UMA ESCOLA ESTADUAL NO MUNICÍPIO DE SALVATERRA-PARÁ

Autores e infomación del artículo

Marcelo Coelho Simões*

Universidade do Estado do Pará-UEPA, Brasil.

marcelo.uepa14@gmail.com


RESUMEN

Se objetivó caracterizar el perfil de la vulnerabilidadal SIDA en estudiantes de una escuela pública de enseñanza mediaen el municipio de Salvaterra, en lo que se refiere a sus conocimientos sobre los medios de transmisión, característicasy síntomas yla profilaxis, además de buscar identificar diferencias entre géneros sobre la percepciónde laenfermedad. Este estudio es relevante para ser orientador de prácticas de educación sexual a jóvenes que están iniciando actividad sexual. Lainvestigaciónse realizóen la Escuela Ademar de Vasconcelos, ubicada en el municipio de Salvaterra-PA, donde fueran entrevistados 90 alumnos. Se utilizó uncuestionario para el levantamiento de datos. Se ha reconocido una relación entre los conocimientos ylas opiniones de los estudiantes cuanto a la transmisión, característicasy síntomas y profilaxis, considerando que la temática viene siendo debatida en el aula por profesores y discentes, contribuyendo así a una generación más responsable sexualmente.

Palabras clave: Educación Sexual. Información. Salud. Prevención. SIDA.

ABSTRACT

Was objectified to characterize the profile of the vulnerability to the SIDA in students of a public school of average education in the city of Salvaterra, in what it says respect to its knowledge on the ways of transmission, signals and symptoms and the Prophylaxis, beyond searching to identify differences between sorts on the perception of the illness. This study it is excellent to be norteador of practical of sexual education the young that is initiating sexual activity. The research was carried through in the School Ademarde Vasconcelos, located in the City of Salvaterra-PA, where 90 pupils had been interviewed. Questionnaire for the data-collecting was used. It was perceivable to recognize a relation between the knowledge and the opinions of the students how much to the transmission, signals and symptoms and Prophylaxis, considering that the thematic one comes being debated in classroom for professors and learning, thus contributing for a more responsible generation.

Word-key: Sexual education. Information.Health. Prevention. AIDS.


Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Marcelo Coelho Simões (2018): “Análise da vulnerabilidade sexual de estudantes do ensino médio sobre HIV/AIDS de uma escola estadual no município de Salvaterra-Pará”, Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo (junio 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/atlante/2018/06/vulnerabilidade-sexual-estudantes.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/atlante1806vulnerabilidade-sexual-estudantes


1. INTRODUÇÃO

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de São Francisco em Nova York, que apresentavam comprometimento do sistema imune, o que levou à conclusão de que se tratava de uma nova doença, na época ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível (LEE et al., 2009).
A experiência mundial de uma década e meia de história da AIDS têm ensinado à humanidade que a prevenção bem-sucedida se baseia em alguns elementos, como a informação, a educação, bem como a adequação dos serviços de saúde e assistência social às necessidades da comunidade que sofre as consequências da epidemia (BRASIL, 2007).
A incidência das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) entre adolescentes vem aumentando nos últimos 15 anos, e como fatores responsáveis encontram-se a diminuição da idade no início das relações sexuais, aumento no número de parceiros sexuais e ausência do uso de preservativo (CARVALHO & PELLOSO, 2004).
Atualmente, a AIDS constitui-se em grave problema de Saúde Pública nos países desenvolvidos, agravando-se ainda mais quando associado com outros problemas de saúde em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos (PASSARELLI, 2003). Para isso, as escolas devem estar preparadas para atuarem como mediadores de informações que possam auxiliar na Educação Sexual de crianças e jovens.
A Educação Sexual deve estar presente no convívio de qualquer jovem e adolescente, visto que ao ser trabalhada, estimula na formação moral e intelectual, possibilitando uma maior interação à sociedade, não devendo ser ensinada de maneira superficial e confusa, mas de forma harmônica e saudável (VITIELLO, 1997).
A escola representa um importante aliado na formação tanto intelectual quanto o caráter de um individuo, pois, o período em que um aluno se insere no ambiente escola passa grande parte da sua fase jovem, e lá também adquiri diversas experiências, na obra “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905/1996), Freud afirma que a sexualidade não é característica exclusiva da puberdade, pois ela se faz presente desde a infância.
A sociedade está em constante mudança e os adolescentes estão cada vez mais precoces em seus anseios em relação à sexualidade, sendo assim trabalhar esse assunto de forma emancipatória no ambiente escolar e familiar proporciona uma construção social com menos preconceitos e aprendam a vê as escolhas de cada um, com um olhar humano e ético (BRASIL, 2006).
Portanto, o referido estudo caracterizou-se por proporcionar uma pesquisa sobre a percepção de estudantes do ensino médio de uma escola pública no município deSalvaterra-PA a respeito do HIV/AIDS, além de verificar o perfil de vulnerabilidade dos estudantes em relação a infecção, sobre os meios de transmissão, sinais e sintomas e a profilaxia da infecção, além de buscar identificar diferenças entre gêneros a respeito da percepção da doença.
2. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado no mês de novembro de 2016, tendo como público alvo os alunos do turno da manhã da Escola Estadual de Ensino Médio Ademar Nunes de Vasconcelos situada no município de Salvaterra, estado do Pará, onde foram entrevistados 90 alunos.
Para a coleta de dados, foi utilizado questionário estruturado, contendo afirmativas relacionadas ao assunto em questão para verificar o grau de conhecimento desses estudantes. A pesquisa foi de caráter quali-quantitativo, tornando linha de comparação estudantes do sexo masculino e feminino.
Para análise dos dados das afirmativas fechadas envolveu descrição estatística, com frequência relativa (%). As respostas das afirmativas abertas a respeito dos conhecimentos deprevenção do HIV/AIDS foram agrupadas e quantificadas por apresentarem repetição entre os entrevistados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para obtenção dos dados foi necessário conhecer um pouco dos participantes da pesquisa, logo foram extraídos dados dos aspectos sociais.
Os estudantes entrevistados neste estudo apresentaram idade média de 18 anos de ambos os gêneros, e destes 60% do sexo masculino e 55% no sexo feminino afirmaram namorar, incluindo neste relacionamento a prática sexual. Nenhum dos entrevistados afirmou ter filhos e todos afirmaram morar com seus pais ou responsáveis.
A respeito do conhecimento dos estudantes sobre HIV/AIDS a grande maioria de ambos os sexos destacou estar bem informada, e que já tiveram aulas sobre AIDS, quando questionados sobre outras doenças que conheciam ser sexualmente transmissíveis além da AIDS, 40% do sexo masculino e 80% do sexo feminino disseram ter conhecimento sobre o HPV (Papiloma vírus humano); 50% do sexo masculino e 36% do sexo feminino afirmaram estar bem informados sobre a hepatite B; bem como 90% do sexo masculino e 95% do sexo feminino citaram a gonorreia como uma doença que se transmite a partir da relação sexual. 95% de ambos os sexosfirmou estar ciente ao uso de preservativos durante a relação sexual.
O conhecimento dos jovens sobre ISTs foi comprovado em outras pesquisas (GONÇALVES et al., 2010; BRÊTAS et al., 2008) e pode estar relacionado a abordagem feita nas escolas com os temas transversais que abordam doenças sexualmente transmissíveis.
Quanto à contaminação pelo vírus HIV, o maior percentual de conhecimento dos entrevistados se refere a não utilização de preservativos nas relações sexuais (95% do sexo masculino e 100% do sexo feminino) seguido do compartilhamento de seringas e agulhas (80% do sexo masculino e 90% do sexo feminino). Em 60% dos indivíduos do sexo masculino e 75% do sexo feminino citam também como forma de contaminação a amamentação, além disso, os jovens também citaram como forma de contaminação a prática de fazer tatuagens ou furar a pele com objetos não esterilizados e contaminados com o vírusem 65% das respostas do sexo masculino e 95% das respostas do sexo feminino.
Quando perguntados se os mesmos tinham o conhecimento de outras formas de contrair a infecções além dessas, a maioria afirmou não lembrar e que essas já citadas seriam as mais comuns e de maior incidência.
Os resultados encontrados no presente trabalho são bem próximos aos encontrados por Magalhães e Chiaradia (1999), onde a percepção dos entrevistados em relação às formas de transmissão e profilaxia do HIV foi semelhante, comprovando que as escolas detêm grande importância em repassar esses conhecimentos a esse público, mesmo que de maneira superficial, voltada mais precisamente para área biológica, mais ainda assim é o principal meio de comunicação e debates neste âmbito entre os adolescentes. Assim como houve baixos índices de adolescentes procuram outras fontes para obtenção de informações a respeito de HIV/AIDS, semelhante a este estudo. Validando ainda mais o papel da escola em relação à educação sexual.
Quanto às fontes para obtenção de informações para o esclarecimento de dúvidas sobre HIV/AIDS, 60% dos estudantes do sexo masculino e 75% do sexo feminino afirmaram que obtiveram melhores informações na própria escola durante as aulas da disciplina de Biologia, 25% dos estudantes do sexo masculino e 15% do sexo feminino afirmaram que obtiveram informações nos veículos de informação pública (telejornais e programas) e apenas 15% no sexo masculino e 10% no sexo feminino buscaram informações em livros e/ou outros meios de pesquisa.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nas análises deste estudo, pode-se constatar que não houve grande distinção nos resultados obtidos entre os estudantes do sexo masculino e feminino com faixa etária de 18 anos no que se refere ao nível de informação sobre o vírus HIV e a doença AIDS.
Podemos reconhecer uma relação coerente entre os conhecimentos e as opiniões dos adolescentes pesquisados quanto à prevenção da AIDS, enfatizando cada vez mais esta abordagem de estudo no cotidiano dos mesmos, pois sem dúvida este público se tornou o principal alvo de ISTs no mundo, logo a importância das instituições de ensino trabalhar nas escolas a educação sexual, possibilitando assim a redução dos índices de jovens e adolescentes infectados, uma vez que a escola é o principal meio de informação sobre essa temática.
Em relação ao âmbito familiar a educação sexual ainda é tabu, visto que na grande maioria os pais ou responsáveis encontram dificuldades em discutir sobre sexualidade com jovens. Estes se encontram despreparados para trabalhar com estas questões e assim, este estudo é de suma importância na aplicabilidade da ES na escola, atribuindo informações que possam auxiliar na construção de pensamentos dos jovens e adolescentes na elaboração de ações interventivas relacionadas ao processo de formação do ser humano, de maneira significativa, a fim de romper os conceitos e preconceitos refletidos de modo cultural entre pais e filhos a respeito da ES.
É dever primordial dos pais e/ou educadores que os adolescentes tenham uma educação sexual sadia, pautado em valores e hábitos condizentes com a valorização da vida e com os direitos humanos. Falar abertamente sobre os riscos que acometem, bem como expor que sexualidade é algo natural, e que antes de tudo deve ser estudada, para evitar diversos malefícios nesta fase da vida, visto que quando o jovem encontra um ambiente aberto, onde possa se abrir tirar suas dúvidas e questioná-la, lá se tem maiores chances de formar jovens e adolescentes comprometidos, responsáveis e contribuindo para uma sociedade melhor e mais saudável.          

REFERÊNCIAS

BRASIL. Saúde e prevenção nas escolas: guia para a formação de profissionais de saúde e de educação. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

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BRÊTAS, JOSÉ ROBERTO DA SILVA, OHARA, CONCEIÇÃO VIERA DA SILVA, JARDIM, DULCILENE PEREIRA, MUROYA RENATA DE LIMA, Conhecimento sobre DST/HIV por estudantes adolescente. Revista Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, 2008.

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MAGALHÃES, ANDRÉA ALMEIDA; CHIARADIA; MARCOS VINICIUS. Recém-nascido de mãe HIV positivo.Revista Eletrônica Moreira JR. Editora. Minas Gerais 1999.

PAIVA, Vera; CALAZANS, Gabriela; VENTURI, Gustavo; DIAS, Rita. Grupo de Estudos em População, Sexualidade e AIDS. Idade e uso de preservativo na iniciação sexual de adolescentes brasileiros, RevSaúde Pública 2008; 42(Supl1):45-53.

PASSARELLI, Carlos André et al. AIDS e desenvolvimento: interfaces e políticas públicas. Rio de Janeiro: ABIA, 2003.

VITIELLO, N. Quem Educa o Educador: Um Manual para Jovens, Pais e Educadores.São Paulo: Inglu, 1997.

*marcelo.uepa14@gmail.com Mestrando em Ciências Ambientais, Universidade do Estado do Pará-UEPA.

Recibido: 06/04/2018 Aceptado: 18/06/2018 Publicado: Junio de 2018

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