Luiz Gonzaga de Sousa
gonzaga@ch.ufcg.edu.br
Esta dissertação tem como função primordial e geral desenvolver, testar e analisar um modelo quantitativo para tentar explicar o desempenho da agricultura paraibana microrregional, quanto ao nível de intensidade tecnológico de cada localização e de distribuição espacial agrícola (concentração e/ou dispersão) de culturas permanentes e temporárias, no período de 1974 a 1997, assim como seus efeitos sobre o nível de desenvolvimento rural do estado. Como se tem observado, pelo senso comum, a agricultura paraibana é tecnologia de nível baixo, ou tecnologia rudimentar, mesmo que algumas culturas sobressaiam, cuja seca e o aparecimento de pragas têm deteriorado cada vez mais as produções tanto as tradicionais como as que têm uma certa modernidade em todo o Estado e isto proporcionou a fuga do homem do campo para as cidades próximas, ou os grandes centros que oferecem melhores condições de vida, ou pelo menos a sobrevivência desses deserdados da terra onde nasceu.
Para melhor direcionar este trabalho, foi de fundamental importância criar algumas hipóteses que nortearão a objetividade na concretização dos objetivos que foram levantados. Para tanto, pode-se pensar nas seguintes hipóteses a serem investigadas neste trabalho, quais sejam: a) a agricultura paraibana, devido ao subdesenvolvimento do Estado, imagina-se que seja baixo grau de intensidade tecnológica, ou fraco desempenho, porque é freqüente a atuação dos pequenos produtores tradicionais, cuja produção é para sobrevivência e com fortes barreiras à comercialização: b) tem-se em mente que a produção agrícola (temporária ou permanente) do estado da Paraíba é para autoconsumo, pouco diversificada, porém em certas circunstâncias indica que aquela localidade não tem aproveitamento das economias de locacionais de tais culturas, denotando baixo valor comercial; portanto, culturas não exportáveis ao consumo exterior (commodities), cujas pequenas porções são vendidas em mercado local a baixos preços, para aquisição de alguns pertences para a família; c) o grau de localização para algumas culturas agrícolas exportáveis, ou comercializáveis, ou não, das microrregiões paraibanas indica que aquela localidade não é bem aproveitada pelas economias de escala locais, quer para cultura permanente ou temporária, porém, algumas outras são bastante exploradas neste ambiente rural.
Em termos de metodologia, para a quantificação ou não das variáveis envolvidas, inicia-se com a caracterização das microrregiões do Estado, investigando sua posição locacional; a questão da produtividade da terra; a utilização de tecnologia; a questão da especialização/localização; o acesso à mão-de-obra rural; seu nível de qualificação; a adeqüabilidade ambiental das culturas; a queda pluviométrica durante o ano e uma série de outras variáveis que serão arroladas no transcorrer desta atividade. Todavia, para conseguir os dados e quantificá-los de acordo com fórmulas apropriadas que serão utilizadas neste trabalho, serão utilizadas as informações da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conseguidas via Internet, como dados secundários, no caso, volume de produção de cada cultura temporária e permanente, e hectares de terra colhidos que serão tratados de acordo com a proposta inicial, cujo tratamento estatístico, trabalhou-se com auxílio da planilha do excel, para as transformações a serem obtidas para análise. Além do mais, serão feitas leituras sobre o assunto com vistas a clarearem o tema e dar mais respaldo na justificativa dos resultados que forem conseguidos.