Paulo Reis Mourão
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O estudo da população é uma tarefa sempre premente e, ao mesmo tempo, polémica. Desde épocas remotas, os homens organizados de modo civilizacional procuraram conhecer o número de indivíduos pertencentes ao seu grupo, à sua região, ao seu Estado. Para lá do quantitativo, foi sempre necessário o conhecimento de outros factores que afectam os movimentos naturais das pessoas e dos grupos, bem como determinantes de movimentos migratórios, de oscilações populacionais, de alterações comportamentais dos grupos e das sociedades.
Trás-os-Montes e Alto Douro é hoje uma região com um cenário demográfico que apresenta realidades sérias. Vai ser este cenário, vão ser estas realidades, o objecto do presente relatório.
Conhecermos melhor a região que habita mos em termos de população é compreendermos com abrangência especial, no tempo e no espaço, nos grupos humanos e nos concelhos compreendidos, boa parte da realidade dos nossos dias que, por exemplo, em termos absolutos de população residente, no conjunto transmontano e alto-duriense, se aproxima do cenário ostentado no ano de 1900.
Começaremos por abordar , neste estudo, o cenário do país na última metade do século XX, avançando para a realidade populacional do conjunto de Trás-os-Montes e Alto Douro (por oportunidade de disponibilidade dos dados obtidos, optámos por centrar a atenção nos concelhos das NUTE III Alto Trás-os-Montes e Douro), abordando, posteriormente, e com o auxílio de mapas temáticos a realidade regional por reconhecimento concelhio.
Foram ainda anexados os dados tratados relativos à região, um léxico demográfico, e um suplemento técnico de clarificação de alguns dos aspectos teóricos abordados.
Sem outras delongas, apresentamos o produto do nosso estudo.