A tecnologia do sensoriamento remoto apresenta um grande potencial tecnológico e de aplicativos que podem ser utilizados na agricultura. Através desta técnica é possível obter informações sobre: estimativa de área plantada, produção agrícola, vigor vegetativo das culturas, além de fornecer subsídios para o manejo agrícola em nível de país, estado, município ou ainda em nível de microbacia hidrográfica ou fazenda (RUDORFF; MOREIRA, 2002).
Segundo Florenzano (2002) a origem do Sensoriamento Remoto está vinculada ao surgimento da fotografia aérea. Por isso, sua história pode ser dividida em dois períodos: um de 1860 a 1960, baseado no uso de fotografias aéreas e, outro, de 1960 aos dias de hoje, caracterizado por uma variedade de tipos de fotografias e imagens. O sensoriamento remoto é fruto de um esforço multidisciplinar que integra os avanços da Matemática, Física, Química, Biologia e das Ciências da Terra e da Computação. A evolução das técnicas de sensoriamento remoto e a sua aplicação envolvem um número cada vez maior de pessoas de diferentes áreas do conhecimento.
O Sensoriamento Remoto é definido por Lillesand & Kiefer (1987) apud Batista e Affonso (2002, p.27) como
“a ciência e arte de receber informações sobre um objeto, uma área ou fenômeno pela análise dos dados obtidos de uma maneira tal que não haja contato direto com este objeto, esta área ou fenômeno”.
Já segundo Florenzano (2008), o Sensoriamento Remoto é a tecnologia de aquisição, à distância, de dados da superfície terrestre, isto é, por meio de sensores instalados em plataformas terrestres, aéreas ou orbitais (satélites). O sensor capta a energia (radiação eletromagnética) refletida ou emitida pela superfície em diferentes comprimentos de onda ou frequência. A definição clássica do termo sensoriamento remoto refere-se ao conjunto de técnicas destinado à obtenção de informações sobre objetos sem que haja contato físico com eles. Para melhor compreender esta definição, faz-se necessário identificar os quatro elementos fundamentais das técnicas de sensoriamento remoto, os quais podem ser representados através do esquema na figura 2.1 (NOVO; PONZONI, 2001).
Figura 2.1 - Esquema representativo dos quatro elementos fundamentais das técnicas de sensoriamento remoto
Fonte: Novo; Ponzoni (2001)
No centro do triângulo da figura 2.1, encontra-se a radiação eletromagnética (REM), que é o elemento de ligação entre todos os demais que se encontram nos vértices. São eles, a fonte de REM, que para o caso da aplicação das técnicas de sensoriamento remoto no estudo dos recursos naturais, é o Sol (pode ser também a Terra para os sensores passivos de micro-ondas e termais, podem ser antenas de micro-ondas para os sistemas radares); o sensor, que é o instrumento capaz de coletar e registrar a REM refletida ou emitida pelo objeto, que também é denominado alvo, e que representa o elemento do qual se pretende extrair informação (NOVO; PONZONI, 2001). Os sensores têm por finalidade captar a REM proveniente da superfície terrestre. Segundo a fonte da onda eletromagnética os tipos de sensores podem ser divididos de duas formas: 1)passivos, quando utilizam apenas a REM natural, neste caso o Sol, refletida ou emitida a partir da superfície terrestre e 2) ativos quando estes sistemas utilizam REM artificial, produzida por radares instalados nos próprios satélites. Os sensores cobrem faixas de imageamento da superfície terrestre, cuja largura depende do ângulo de visada do sensor. O sensor Thematic Mapper (TM) do satélite Landsat cobre uma faixa de 185 km. Estas faixas são dispostas ao longo da órbita e são varridas, pelo sensor, em linhas transversais ao sentido da órbita. Durante o processo de varredura a REM é decomposta em faixas denominadas bandas espectrais e as linhas são fracionadas em pequenas parcelas quadradas da superfície terrestre, denominadas pixel (FIGUEIREDO, 2005).
As imagens de sensores remotos, como fonte de dados da superfície terrestre, são cada vez mais utilizadas para a elaboração de diferentes tipos de mapas. Enquanto os mapas contêm informação, as imagens obtidas dos sensores remotos contêm dados brutos, que só se tornam informação após a sua interpretação (FLORENZANO, 2002). Muitos concordam e defendem a aplicação e utilização de dados de sensoriamento remoto no monitoramento e levantamento de recursos naturais renováveis e não-renováveis no planeta Terra (RODRÍGUEZ, 2005). Esse possibilita através da interpretação de imagens de satélite obter de forma rápida e segura um mapeamento temático atualizado e preciso das diferentes estruturas espaciais resultantes do processo de uso e ocupação do solo (Rodriguez (2000).
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