O Estado do Tocantins reúne todas as condições para a produção de biodiesel, destacando-se a abundância dos recursos hídricos, as chuvas regulares e a vontade política de trazer grandes investimentos para o Estado. O Governo do Estado oferece incentivos fiscais às usinas por meio do Proindústria, que possibilita a aquisição de equipamentos de alta tecnologia, e está oferecendo também assistência técnica aos pequenos produtores agrícolas por meio da Seagro – Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e do Ruraltins – Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (SEAGRO, 2008).
Segundo a ANP (2010), no ano de 2009 no Brasil foram produzidos 1.608.053 m³ de biodiesel. Para a produção de biodiesel o Estado do Tocantins possui duas usinas de produção sendo elas, a Brasil Ecodiesel – Unidade de Porto Nacional e Biotins-Energia, sendo que a primeira produziu no ano de 2009 cerca de 28.659 m³ e a segunda produziu cerca de 4.889m³ de biodiesel.
A Biotins está localizada no Parque Agroindustrial na BR-153 no Km 480, no município de Paraíso do Tocantins - TO. As atividades desta usina foram iniciadas em dezembro de 2007, numa primeira etapa, até a produção efetiva do pinhão manso, a usina vai utilizar materiais como sebo bovino, óleo de soja e outros disponíveis (RENOVATO, 2007).
Para viabilizar o empreendimento e garantir o fornecimento de matéria-prima, a Biotins efetuou o plantio de 2 mil hectares de pinhão manso, na Fazenda Bacaba, no município de Caseara-TO. Para ampliar a área de plantio a empresa está fazendo contrato de aquisição de áreas agricultáveis com agricultores familiares em assentamentos rurais por um período de 10 anos, inserindo esse segmento no processo produtivo da matéria-prima, gerando emprego e renda (RENOVATO, 2007).
Por enquanto, o biodiesel produzido a partir de pinhão manso corresponde a 10% da produção da Biotins. Os outros 90% são produzidos a partir do óleo de soja (DIAS, 2010). Segundo a ANP (2010), a Biotins possui capacidade autorizada de 81m³/dia, e a rota tecnológica utilizada para produção de biodiesel é a metílica (NETO, 2008).
A Brasil Ecodiesel iniciou a elaboração de seu projeto para produção de biodiesel em março de 2003. A unidade de Porto Nacional foi inaugurada em maio de 2007, sendo esta uma unidade de transesterificação. Esta usina possui capacidade de produção de 118.800m³ de biodiesel por ano, e está localizada as margens da rodovia TO-050, próxima ao Rio Tocantins e da futura expansão da Ferrovia Norte-Sul (BRASIL ECODIESEL, 2008).
Segundo a ANP (2010), a Brasil Ecodiesel – unidade de Porto Nacional possui capacidade autorizada de 360 m³ por dia. Sendo que utiliza a rota tecnológica para sua produção a metílica ou etílica e como matéria-prima a mamona, soja, algodão, girassol e pinhão manso (NETO, 2008).
Atualmente, as duas indústrias de biodiesel em atividade no Tocantins têm utilizado o óleo de soja para a produção de biodiesel. O óleo utilizado é adquirido no mercado, diretamente das indústrias esmagadoras, principalmente da região Centro-Oeste. A apuração do seu custo não apresenta maiores dificuldades, pois a cadeia produtiva da soja está bem organizada, a produtividade é homogênea em todas as regiões brasileiras onde ela é cultivada e os preços são definidos pelo mercado internacional. A produção de soja no Tocantins não está vinculada à produção de biodiesel (LUNKES, 2009).
A maior parte da soja produzida no Tocantins atualmente é vendida in natura, e devido ao fato de não estar vinculada à produção de biodiesel isso não significa que no futuro usinas produtoras de biodiesel se interessem em adquirir soja tocantinense. Deve-se destacar que atualmente a Bunge está plantando cana-de-açúcar para a produção de etanol num dos principais municípios produtores de soja, Pedro Afonso, e a mesma poderá vir a investir na produção de biodiesel, utilizando a sua própria produção de etanol e a soja dos produtores tocantinenses.
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