A partir da crise energética da década de 1960, do Relatório do Clube de Roma e das principais conferências sobre o meio ambiente, a discussão das questões sobre meio ambiente e energia se intensificaram na comunidade científica e na sociedade em geral. A melhoria da eficiência na geração ou produção de energia, assim como dos equipamentos, dos processos e do uso final da mesma foram pautas importantes nestas últimas décadas e lograram obter importantes avanços tecnológicos a fim de diminuir o consumo de recursos naturais e os impactos sobre o meio ambiente (CORTEZ, 2010).
A disponibilidade de energia para o consumo diário de qualquer sociedade humana, em qualquer parte do mundo, é um fator fundamental para a qualidade de vida de seus cidadãos. O carvão mineral e o petróleo têm sido as principais matérias-primas para a geração de energia elétrica no mundo e, por seus preços e facilidade de exploração e transporte, tem assegurado por décadas, o suprimento de fontes energéticas em todos os países. Porém, a partir das crises de petróleo ocorridas na década de 1970, dos constantes conflitos e guerras na principal região produtora de petróleo e da inclusão do novo paradigma, sobre sustentabilidade e meio ambiente, modificou-se o olhar, os conceitos e a relação sobre a utilização de energia proveniente de combustíveis fósseis. Devido a esse novo posicionamento mundial a utilização de fontes renováveis de energia desponta, neste cenário, como uma opção e caminho a ser seguido (MELO; POPPE, 2010).
Para Costa e Prates (2005), energia renovável é uma expressão usada para descrever uma ampla gama de fontes de energia que são disponibilizadas na natureza de forma cíclica, dentre as quais se podem destacar: a biomassa, a energia eólica, a energia solar, a energia das marés e pequenas centrais hidroelétricas. Para que as mesmas estejam inseridas nas políticas de segurança energética dos países é necessário determinar cotas ou porcentagens de utilização das mesmas de forma a garantir a sustentabilidade do sistema energético.
Dentre as fontes de energia renovável destaca-se a biomassa, a qual tem sido matéria-prima utilizada na produção de biocombustíveis e compreende a matéria vegetal gerada pela fotossíntese e seus diversos produtos e subprodutos derivados tais como, florestas, culturas e resíduos agrícolas, dejetos animais, e matéria orgânica contida nos rejeitos industriais e urbanos. Essa matéria-prima contém a energia química acumulada através da transformação energética da radiação solar e pode ser diretamente liberada por meio da combustão, ou ser convertida, através de diferentes processos, em produtos energéticos de natureza distinta tais como, carvão vegetal, etanol, gases combustíveis e de síntese, óleos vegetais combustíveis, dentre outros (EPE, 2008).
A crescente preocupação com o meio ambiente e, em particular, com as mudanças climáticas globais, coloca em risco a própria sustentabilidade do atual padrão de consumo energético. Todos esses fatores, cuja importância diferencia de país para país, vêm criando oportunidades para a viabilização econômica de novas fontes de energia de biomassa. O uso do etanol, biodiesel, carvão vegetal, biogás e energia obtida a partir de resíduos do agronegócio despertam interesse crescente em várias nações, devendo ocupar posição de destaque na economia num futuro próximo (BRASIL, 2007).
Segundo Sachs (2005) se há um país onde a saída da civilização do petróleo é possível, num período de vinte a trinta anos, este país é o Brasil. Porque este possui uma das maiores reservas de biodiversidade do mundo, reserva de terras cultiváveis sem mexer numa árvore da floresta amazônica, climas variados, uma dotação de recursos hídricos entre ótima e razoável na maioria dos territórios e um fator muito importante, uma pesquisa agronômica e biológica de classe internacional, uma indústria capaz de produzir equipamentos para a produção de etanol e para a produção de biodiesel, todos esses elementos contribuem para o desenvolvimento de uma civilização voltada para a produção de energia a partir da biomassa.
A fim de expandir a produção de biocombustiveis de forma planejada e sustentável, o governo federal lançou em 2005, o Plano Nacional de Agroenergia (BRASIL, 2006), coordenado pelo MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - a agroenergia consiste na utilização de matérias-primas ou resíduos derivados da biomassa encontrados na natureza ou da produção agrícola voltada à geração de energia, merecendo destaque o etanol, o biodiesel, as florestas energéticas plantadas e o aproveitamento de resíduos agrossilvipastoris. O plano prevê crescimento da participação dessas fontes de energia na matriz energética nacional, especialmente o etanol, um produto já consolidado e economicamente viável (STRAPASSON; JOB, 2006).
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