Para se falar em planejamento é fundamental entender o que significa esta palavrinha tão importante, principalmente para o sistema educacional. Por esse motivo faz-se necessário a explicação de Vianna (2000, p. 39), a respeito do tema, que diz que o “planejamento participativo constitui-se uma estratégia de trabalho, que se caracteriza pela integração de todos os setores da atividade humana social, num processo global, para a solução de problemas comuns.” Portanto, o planejamento faz parte da vida cotidiana do ser humano, para um bom funcionamento da sociedade. Daí, então, o argumento de Luck com relação a participação dos pais na vida escolar dos seus filhos:
“Quanto à participação dos pais, ela é muitas vezes desejada para tratar de questões periféricas da vida escolar, como, por exemplo, aspectos físicos e materiais da escola ou ainda para acompanhar os filhos quando eles apresentam problemas de comportamento e/ou aprendizagem: “os pais que deveriam vir à escola, são os que menos vêm”, dizem diretores, sugerindo, ao mesmo tempo, que não adianta realizar reunião de pais na escola, e que essas reuniões são para pais de alunos com problemas. A tradicional reunião para entrega de boletins esta associada a esta expectativa de que os pais sejam associados, junto com a escola, em uma ação de controle e cobrança do desempenho de seus filhos, em vez de associados em um processo continuo de orientação da formação dos alunos”. (2006, p. 74)
Portanto, é dessa forma que deveria ocorrer o planejamento na escola, pois ela passa por toda uma estrutura de organizações, ou seja, escalas e padrões que devem ser seguidos e o planejamento é parte fundamental nesse processo, daí ainda segundo Vianna, caracterizar o planejamento da seguinte forma:
“Inicialmente o planejamento da ação educativa talvez consistisse apenas em luta anual para elaboração de um orçamento, passando por relatórios extensos para assumir, nos dias atuais, uma característica especial: um macroplanejamento, em que todos os planos de desenvolvimento de um país se entrelaçam, num dinamismo continuo e progressivo. Sob este aspecto, o planejamento educacional tornou-se uma atividade multidiscilplinar, exigindo trabalho conjunto e integrado de administradores, educadores, pedagogos, economistas, sociólogos, estatísticos e outros especialistas. Seu êxito, valor e realismo dependem, em grande parte, das equipes que o preparam e que deveram discutir e procurar conciliar seus pontos de vista, dando a cada aspecto o real valor que possui dentro do contexto e não preferindo uns em detrimento de outro”. (2000, p. 32)
Assim, observa-se que o planejamento dentro do processo de ensino aprendizagem é fundamental para a construção do conhecimento, tendo em vista que é através deste que o professor vai operacionar os seus conteúdos ao longo do ano com a turma, logo deve haver a preocupação por parte deste em elaborar de forma coesa e transparente a dinâmica de sua metodologia ao longo do processo. Mas, de acordo com Luckesi isso na maioria das vezes acaba não ocorrendo por parte de alguns professores, dessa forma:
“Evidencia-se que as situações apontadas não podem ser mudadas apenas a partir da mera vontade de dirigentes ou de exortações dos mesmos para que os professores ou pais de alunos participem da construção de uma escola mais ativa e competente, ou do desenvolvimento de algum projeto especifico. Os fatos indicam que orientações com tais características não promovem os resultados desejados. É comum, por exemplo, dirigentes afirmarem que os professores reclamam por não poderem participar da determinação do currículo escolar, mas que, quando lhes é dado espaço para isso, não colaboram e omitem sua contribuição. O processo de resistência a mudanças, mesmo as desejadas, constitui-se em uma expressão comum em qualquer contexto social. Determinação, competência e perseverança são condições fundamentais para promoção de mudança, associados a uma grande possibilidade às expressões comportamentais e seus significados”. (2006, p. 76)
Daí então vem o gráfico de numero 07 (sete) que relata como a instituição de ensino IESAP elabora o seu planejamento, onde percebeu-se que 61% dos entrevistados responderam que o planejamento da referida instituição se dá somente entre os professores.
Assim, observa-se, então que os acadêmicos da instituição não fazem parte da elaboração do mesmo, logo conclui-se que alguns alunos não tem o conhecimento a respeito da forma como o professor vai desenvolver sua pratica e quais objetivos este almeja alcançar com a turma. Isto ocorre diferente do que enfatiza Libâneo com relação a importância do planejamento, pois para o autor:
“O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade em classes. Isso significa que os elementos do planejamento escolar – objetivos, conteúdos, métodos – estão recheados de implicações sociais, tem um significado genuinamente político. Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca de nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade”. (1994, p. 222)
Dessa forma, não pode haver então, a interação que enfatiza o autor supracitado a respeito do planejamento, quando que para ocorrer o mesmo é preciso que todos trabalhem em conjunto, um todo integrado para formar um sistema organizado e coeso, para só assim poder alcançar o objetivo almejado. Mas, apesar do dado, ainda foi possível observar que alguns professores elaboram seus planejamentos com os seus alunos, o que possibilita maior interação entre educandos e educadores, no que tange ao processo de aprendizagem.
Contudo, conclui-se que o planejamento, assim como, o método desenvolvido pelo professor são de extrema importância no que tange ao processo de ensino aprendizagem do aluno. O professor coerente e compromissado elabora bem os seus conteúdos, seus objetivos, seu plano de aula, assim como, sua avaliação, para que não ocorra duvida por parte do aluno a respeito do processo educacional. Só assim, ocorrerá a interação professor e aluno dentro da sala de aula.
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