Para se ter um processo de ensino aprendizagem de “qualidade” e principalmente uma avaliação que não reprima seus alunos, o professor competente se utiliza dos instrumentos avaliativos que podem ser segundo Hoffmann objetivos e subjetivos. Tais instrumentos requerem dos educadores maior atenção, pois muitas questões de provas formuladas pelos docentes acabam virando verdadeiros “pegas” na hora da avaliação. Assim, para Hoffmann a questão da subjetividade nas tarefas avaliativas se dá da seguinte forma:
“A objetividade e a subjetividade são geralmente entendidas referindo-se à “forma de elaboração” das questões de um teste. No entanto, é pela correção, justamente, que as questões se caracterizam em “objetivas” ou “subjetivas”. Ou seja, elas são objetivas quando ao aluno se torna possível uma única resposta diante de alternativas simples, múltiplas, itens de lacuna, por exemplo. A forma de correção pelo professor é objetiva, porque não lhe cabe interpretar se a resposta esta certa ou errada, mas simplesmente procurar por resultados previamente determinados (gabaritos). Ao contrario, se as questões sugerem uma resposta pessoal do aluno, opiniões, considerações, dissertação sobre determinado assunto, então o professor terá de interpretar (subjetivamente) a resposta para considerá-la certa ou errada”. (2003, p. 50)
Assim, de acordo com a autora as questões de subjetividade são as que acabam dando maior trabalho para o professor na hora da correção dos testes. Pois exigem do educador uma maior compreensão por sua parte com relação ao pensamento do educando, pois o que está escrito ali é o entendimento que aluno tem sobre o assunto abordado pelo professor em sala de aula. Portanto, se a sua resposta não esta de acordo com a expectativa do professor isso significa que ou sua prática docente apresenta falhas ou o aluno tem dificuldades com o processo de ensino aprendizagem. A esse respeito enfatiza Hoffmann:
“Não há como fugir, muito menos, da interpretação do professor no momento da correção. A prova disso é que certas pesquisas demonstram a variabilidade de escores obtidos quando mais de um professor corrige uma mesma questão dissertativa de um aluno ou sua produção textual. Mesmo em “questões de cruzinha” muito se teria a pensar sobre a escolha das alternativas pelos respondentes”. (2003, p. 51)
Assim, percebe-se que os instrumentos desenvolvidos pelos professores no que tange ao processo de ensino aprendizagem dos alunos com relação a avaliação precisam ser muito bem elaborados para que não se tenha nenhum tipo de transtorno na hora da correção. Com isso sabe-se que dentro da academia os professores utilizam vários procedimentos tais como resenhas, artigos científicos, seminários, auto-avaliação entre outros, como forma de avaliar seus alunos.
Por esse motivo, temos no gráfico a seguir os seguintes instrumentos utilizados pelos professores, que são: a prova que ainda aparece em primeiro lugar, pois o sistema educacional precisa quantificar o aluno; seminários, onde muitos alunos entendem que os professores que trabalham somente com esta metodologia não apresenta domínio de conteúdo por isso acabam transferindo para os alunos sua responsabilidade através dos seminários; resenhas; auto-avaliação e outros como questionários e projetos.
Dos entrevistados relata que os professores ainda optam pelo estilo tradicional de avaliação, tendo estes que aderirem a prova em função da exigência do MEC, que se tem nas universidades e faculdades de quantificar os alunos. Daí os professores de uma forma ou de outra tem que optar pelo método tradicional de avaliação. Como aborda Romão a este respeito:
“Como a norma permitia a expressão dos resultados da avaliação em notas ou menções, muitas escolas, e ate mesmo sistemas, entenderam que os “aspectos qualitativos” seriam preservados pela simples adoção das ultimas ou de notações congêneres (conceitos, descrições etc.). Porem, como o sistema continuou promocional (classificatório), gerou-se uma serie de confusões, especialmente nas transferências de alunos para outros estabelecimentos. Criaram-se verdadeiras tabelas de converção de notas em conceitos ou menções, e vice-versa, sobrecarregando mais uma vez a burocracia da resultados, pois ela se constrói durante o processo.escola. Não é demais reiterar que a garantia da natureza qualitativa da avaliação independe da expressão final dos”. (2001, p. 48)
Na maioria dos casos os profissionais da área da educação até tem uma visão diferenciada sobre a questão da avaliação, mas em função do sistema educacional acabam tendo que se adequar a ele, levando muitos professores a deixarem de lado a avaliação qualitativa. Assim, de acordo com Moretto esse sistema de prova é uma questão cultural, pois segundo ele:
“Avaliar a aprendizagem tem um sentido amplo. A avaliação é feita de formas diversas, com instrumentos variados, sendo o mais comum deles, em nossa cultura, a prova escrita. Por esse motivo em lugar de apregoarmos os malefícios da prova e levantarmos a bandeira de uma avaliação sem provas, procuramos seguir o principio: se tivermos de elaborar provas, que sejam bem feitas, atingindo seu real objetivo, que é verificar se houve aprendizagem significativa de conteúdos relevantes”. (2007, p. 87)
Dessa forma, já que se faz necessário a aplicação de provas para os alunos e como bem colocou o autor isso é uma questão cultural, então cabe ao professor efetuá-las de maneira coerente, de modo que não venha fazer “pegas” com os docentes na hora de avaliá-los. Mas, o professor responsável com sua pratica educativa concerteza elaborara provas de acordo com os conteúdos transmitidos em sala de aula, que venham facilitar a aprendizagem do aluno e não prejudicá-lo. Como enfatiza Moretto:
“Uma relação diferente deveria se estabelecer entre o professor e o aluno, nesse caso. Seria importante que o professor comunicasse aos alunos, com certa antecedência, o numero de questões de sua prova (se avaliação for feita por meio desse instrumento) e o objetivo de cada uma delas. Isto não significa “dar” a questão, e sim orientar o estudo dos alunos, lembrando que essa é a função primordial do mediador do processo da aprendizagem. Isso diminuiria o estresse de muitos alunos, diante da insegurança que uma avaliação (prova!) traz consigo, na cultura dos alunos”. (2007, p. 46)
Verifica-se, então, que o papel do professor como mediador do processo de aprendizagem é fundamental no que tange ao desenvolvimento do aluno, pois a prova não deve ser considerada um momento de acerto de contas como coloca o autor, mais sim proporcionar ao seu aluno o que ele (o professor) vai pedir na sua avaliação, para que o aluno possa ter tempo para se preparar para a prova.
Além disso, observou-se que os outros instrumentos avaliativos apresentaram um numero percentual expressivo, isso significa que os professores da instituição pesquisada trabalham com os mais variados procedimentos para avaliar os discentes, como: resenhas, artigos científicos e seminários. Assim, para exemplificar um desses procedimentos será utilizado a explicação de Lakatos, sobre o conceito de artigos científicos que diz:
“Os artigos científicos são pequenos estudos, porem completos, que tratam de uma questão verdadeiramente cientifica, mas que não se constituem em matéria de um livro. Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas e distinguem-se dos diferentes tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo. São publicados em revistas ou periódicos especializados”. (2007, p. 84)
Neste sentido, verifica-se que há uma interação professor e aluno em sala de aula, pois além de os discentes produzirem trabalhos científicos, ainda podem publicá-lo como forma de valorização do currículo acadêmico. Tais instrumentos avaliativos ajudam na aprendizagem do aluno ao longo do processo educacional, pois mostra que o professor não se prende a um único mecanismo avaliativo como a prova escrita.
Assim, para o quinto gráfico é fundamental entender como se dá o procedimento metodológico do professor. Pois, o docente que não trabalha com uma metodologia diferenciada tem-se que desconfiar de sua pratica, tal que o método é primordial para o processo de ensino aprendizagem. Assim, de acordo com Libâneo:
“Os métodos são determinados pela relação objetivo-conteúdo, e referem-se aos meios para alcançar objetivos gerais e específicos do ensino, ou seja, ao “como” do processo de ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir os objetivos e conteúdos. Temos, assim, as características dos métodos de ensino: estão orientados para objetivos; implicam uma sucessão planejada e sistematizada de ações, tanto do professor quanto dos alunos; requerem a utilização de meios”. (1994, p. 149)
Dessa forma, o processo de ensino se caracteriza pela objetivação dos métodos de ensino do professor, tal que esta haja de acordo com os seus objetivos e conteúdos e que sua relação com os alunos tenha proveito no que tange a aprendizagem. Sem o método de ensino torna-se impossível ao docente alcançar os objetivos que deseja com a turma, daí ele ser de extrema importância para o processo de ensino, pois professor sem método não pode de maneira alguma apresentar uma boa pratica educativa. Daí, então, o quinto gráfico abordar a conceituação dada pelos alunos com relação aos procedimentos utilizados pelos professores na hora de avaliar.
A 45% dos pesquisados entendem que os procedimentos utilizados pelos professores têm conceito bom, o que se percebe que não há por parte deles uma reprovação com relação a esses métodos, tendo em vista que lá na frente eles também serão profissionais da área da educação e que passarão pelas mesmas angustias que os seus professores estão passando agora. Essa dinâmica dos procedimentos utilizados pelos professores só se torna possível e clara para os alunos porque os docentes se utilizam do mais variados métodos como foi colocado no gráfico quatro. Assim, para Libâneo o método seria:
“As ações do professor pelas quais se organizam as atividades de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um método específico. Eles regulam as formas de interação entre ensino e aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é a assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos”. (1994, p. 152)
Portanto, a interação professor e aluno na sala de aula é fundamental para a aprendizagem, pois o docente tem liberdade para trabalhar com clareza os objetivos e sua metodologia. Só assim, o professor alcançara seus objetivos e os alunos apreenderão com facilidade os conteúdos, contribuindo, então, para o processo de aprendizagem.
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1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores) Este libro es producto del trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER). Libro gratis |
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