No que diz respeito especificamente aos Projetos Industriais, o Estado de Sergipe obteve aprovação da SUDENE para a execução de 83 projetos, de natureza diversificada (implantação, ampliação, modernização, reformulação, adequação técnica ou financeira), para o período de 1963-1988, conforme Tabela 2.5.
Tabela 2.5 |
||
SERGIPE |
||
Projetos Industriais Aprovados pela SUDENE com Recursos do Sistema 34/18-FINOR |
||
1963-1988 |
||
Natureza do Projeto |
Quantidade |
Participação Relativa (%) |
1. Complementação de Equipamento |
11 |
13,3 |
- Implantados |
11 |
13,3 |
- Não Implantados |
- |
- |
2. Ampliação |
18 |
21,7 |
- Implantados |
17 |
20,5 |
- Não Implantados |
1 |
1,2 |
3. Modernização |
7 |
8,4 |
- Implantados |
7 |
8,4 |
- Não Implantados |
- |
- |
4. Implantação |
43 |
51,8 |
- Implantados |
30 |
36,1 |
- Não Implantados |
10 |
12,0 |
- Em Implantação |
3 |
3,7 |
5. Reformulação Técnica e/ou Financeira |
4 |
4,8 |
- Implantados |
4 |
4,8 |
- Não Implantados |
- |
- |
Total |
83 |
100 |
Fonte: Santana (1991, p. 36) |
Destacaram-se os investimentos realizados em implantação de novos projetos, com 51,8% do total de projetos submetidos à SUDENE, bem como aqueles destinados à ampliação da capacidade produtiva, que perfaziam 21,7% do total. Deve-se lembrar que os projetos de ampliação e/ou modernização da capacidade produtiva das indústrias nordestinas, sobretudo o parque têxtil, era um dos principais objetivos dos primeiros Planos Diretores da SUDENE. Dessa forma, os projetos aprovados para a indústria sergipana, cumpriram fielmente os propósitos da política da SUDENE para o período citado.
Contudo, diferentemente do Nordeste como um todo, que atraiu a maior parte dos incentivos para os segmentos dinâmicos, o estado de Sergipe teve cerca de 55% do valor dos recursos aprovados relacionados ao 34/18-FINOR direcionados para a indústria tradicional1 , com destaque para a indústria têxtil, com 30 projetos aprovados, correspondendo a 36,1% do total de projetos do estado. Em seguida, vieram os produtos alimentares (09 projetos) e vestuário, calçados e artefatos de tecidos (05 projetos), que juntos somaram 16,8% dos projetos totais, 27,2% dos empregos previstos e 12,0% dos recursos incentivados. O setor de bens de consumo não-duráveis, dada a sua própria característica, foi aquele que deteve uma maior quantidade de trabalhadores, absorvendo quase 60% dos empregos previstos. Os segmentos dinâmicos, também foram contemplados, porém em número menor, com destaque para a indústria química que concentrou 17,2% dos recursos aprovados e 13,2% dos empregos previstos, conforme Tabela 2.6.
Tabela 2.6 |
||||||
SERGIPE |
||||||
Incentivos Fiscais 34/18-FINOR |
||||||
Número de Projetos Aprovados, Empregos Previstos, Valor dos Recursos |
||||||
1963-1988 |
||||||
Gênero da Indústria |
Projetos Aprovados |
Empregos Previstos |
Recursos Aprovados |
|||
Quant. |
% |
Quant. |
% |
Valor (US$ 1.000) |
% |
|
BENS DE CONSUMO NÃO-DURÁVEL |
48 |
57,8 |
8.776 |
59,5 |
140.500 |
54,4 |
- Mobiliário |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- Produtos Farmacêuticos/ Medicinais |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- Perfumaria/ Sabão/ Velas |
1 |
1,2 |
50 |
0,3 |
594 |
0,2 |
- Têxtil |
30 |
36,1 |
4.210 |
28,5 |
93.778 |
36,3 |
- Vestuário/ Calçados/ Artefatos de Tecidos |
5 |
6,0 |
2.557 |
17,3 |
10.497 |
4,1 |
- Produtos Alimentares |
9 |
10,8 |
1.461 |
9,9 |
20.526 |
7,9 |
- Bebidas |
1 |
1,2 |
498 |
3,4 |
15.156 |
5,9 |
- Fumo |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- Editorial e Gráfica |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- Diversos |
2 |
2,4 |
- |
- |
152 |
0,1 |
BENS INTERMEDIÁRIOS |
33 |
39,8 |
5.676 |
38,5 |
116.292 |
45,0 |
- Minerais Não Metálicos |
12 |
14,5 |
2.628 |
17,8 |
54.855 |
21,2 |
- Extração de Minerais |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- Madeira |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- Papel e Papelão |
5 |
6,0 |
546 |
3,7 |
11.005 |
4,3 |
- Borracha |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- Couros/Peles/Similares |
2 |
2,4 |
99 |
0,7 |
4.033 |
1,6 |
- Química |
10 |
12,0 |
1.950 |
13,2 |
44.465 |
17,2 |
- Materiais Plásticos |
1 |
1,2 |
60 |
0,4 |
299 |
0,1 |
- Metalurgia |
3 |
3,6 |
393 |
2,7 |
1.635 |
0,6 |
BENS DE CONSUMO DURÁVEL/CAPITAL |
2 |
2,4 |
308 |
2,1 |
1.588 |
0,6 |
- Mecânica |
1 |
1,2 |
81 |
0,5 |
296 |
0,1 |
- Material Elétrico/ Comunicação |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- Material de Transporte |
1 |
1,2 |
227 |
1,5 |
1.292 |
0,5 |
TOTAL |
83 |
100 |
14.760 |
100 |
258.583 |
100 |
Fonte: Santana (1991, p. 37) |
|
|
|
|
|
|
A opção por projetos ligados à indústria tradicional estava relacionada ao fato de que a maioria dos projetos apresentados à SUDENE foi de grupos empresariais locais, que decidiram não mudar de ramo de atividade, canalizando os recursos para a ampliação e modernização dos empreendimentos. Mesmo nos projetos de implantação, 50% das novas plantas produtivas foram direcionadas para os segmentos tradicionais. Este fato também se explica pelo caráter seletivo dos capitais extra-regionais, que buscavam os estados com melhores dotações de infra-estrutura e mercado para as suas inversões. Dessa forma, Bahia e Pernambuco foram os estados nordestinos que obtiveram maior número de empreendimentos e volume de recursos provenientes do 34/18-FINOR.
De fato, Sergipe não pode ser considerado um estado que conseguiu um grande volume de recursos oriundos dos incentivos fiscais, recebendo apenas 2,6% do total de recursos liberados, no período 1963/1985, enquanto Bahia e Pernambuco receberam 30,7% e 21,1%, respectivamente. Na verdade, o estado de Sergipe foi aquele que recebeu o menor volume de recursos provenientes do 34/18-FINOR. Esse fato confirma a concentração espacial dos recursos, em função das restrições sócio-econômicas peculiares a cada estado (SUDENE/BNB, 1986).
Deve-se lembrar, entretanto, que o Estado de Sergipe possui uma dimensão territorial e populacional bem menor do que os demais estados nordestinos, acentuando “as desvantagens inerentes aos estados pequenos, como mercado reduzido, limitações de serviços industriais e financeiros de apoio, menor dinamismo econômico, enfim, menos vantagens em termos de economias externas, o que determina uma certa incapacidade de atrair investimentos e de assimilar transformações maiores que impliquem no aprofundamento das relações capitalistas” (SANTANA, 1991, p. 40).
Ademais, os mecanismos de funcionamento do sistema 34/18-FINOR não estavam ao alcance das pequenas e médias empresas, atingindo negativamente o Estado de Sergipe, dada a dimensão dos capitais locais, tornando-se preterido ante estados como a Bahia, Pernambuco e Ceará o que, inevitavelmente, levava à concentração e ao controle monopolista dos novos investimentos.
O aproveitamento de matérias-primas da região, juntamente com o estímulo à localização industrial, via incentivos fiscais – 34/18-FINOR – foram os principais fatores para a mudança na especialização produtiva da região Nordeste. Pesquisa realizada pelo BNB/SUDENE, em 1978, constatou que 65% dos investimentos realizados no Nordeste não teriam sido concretizados se não houvesse algum sistema de incentivo. Em Sergipe, 54,5% dos empreendimentos não aconteceriam sem a indução do 34/18-FINOR (BNB/SUDENE, 1978).
A decisão de investir no Nordeste ainda teve como um dos principais determinantes a origem dos empresários. Segunda a referida pesquisa, a maioria dos projetos era de empresários da própria região que procuravam ampliar ou modernizar as suas plantas industriais. Isso contribuiu para uma ampliação dos segmentos tradicionais, uma vez que o empresariado local geralmente não ousava investir em ramos mais dinâmicos, concentrando-se, sobretudo, nos ramos têxteis e alimentares.
Em síntese, os principais determinantes para os investimentos na Região Nordeste, a partir da década de 1960 foram: os incentivos federais do Sistema 34/18-FINOR, apontados como o principal fator de indução à localização industrial para o Nordeste; em segundo lugar, apareceu o aproveitamento de matérias-primas regionais, que, em geral, eram capital-intensivas, contrariando a proposta de industrialização do Nordeste como fator de absorção da mão-de-obra regional; e o terceiro fator mais importante foi o fato de o empresário ser radicado no Nordeste. Esses empresários normalmente realizavam projetos relativamente menores que a média dos empresários extra-regionais, no entanto, apresentavam como característica central o fato de serem intensivos em mão-de-obra (MAGALHÃES, 1983).
Esses três fatores foram os principais determinantes da localização da maioria dos projetos industriais no Nordeste, apresentando grande importância para 88,7% das empresas, as quais respondiam para 90,7% do investimento fixo total e 89,3% do emprego mantido na nova indústria, conforme Tabela 2.7.
Tabela 2.7 |
|||
NORDESTE |
|||
Importância dos Fatores de Indução à Localização industrial, segundo Número de Empresas, Investimento Fixo e do Emprego* |
|||
(em %) |
|||
Fatores |
Número de Empresas |
Investimento Fixo |
Emprego Atual |
Incentivos Fiscais |
47,2 |
45,3 |
45,9 |
Matéria-Prima |
21,8 |
36,8 |
22,8 |
Empresário Nordestino |
19,7 |
8,6 |
20,6 |
Mercado |
5,8 |
2,0 |
3,5 |
Mão-de-Obra |
1,1 |
0,3 |
1,1 |
Outros |
4,4 |
7,0 |
6,0 |
Fonte: Magalhães (1983, p. 66) |
|||
* Nota: Dados de 1978 |
A existência de elevada mão-de-obra e com baixo custo não se constituiu um fator relevante para a atração de empresas para o Nordeste, uma vez que as indústrias ali instaladas requeriam pessoal com qualificação superior à da maioria da população que demandava uma ocupação. O fator relevante não era o barateamento do custo de mão-de-obra, mas o do custo do capital, e foi em função deste componente que se deu a opção pelo Nordeste.
Segundo Magalhães (1983, p. 75) a importância dos incentivos fiscais era maior para os estados “mais desenvolvidos” da região (Bahia, Pernambuco e Ceará), dada a dotação de melhores condições de infra-estrutura urbana, proximidade dos mercados e maiores possibilidades de economias de aglomeração. “Neste sentido, os projetos que se localizariam nos Estados menos desenvolvidos [como Sergipe] seriam basicamente voltados para o aproveitamento de vantagens absolutas ou seriam projetos de responsabilidade de empresários locais”.
Em Sergipe, os determinantes da localização industrial foram os mesmos apontados para o Nordeste como um todo, porém, diferindo em ordem de importância, dadas as peculiaridades do estado. Assim, o principal fator para a localização estadual foi o fato de os empresários serem do próprio Nordeste, correspondendo a 45,5% das empresas pesquisadas e 51,3% dos investimentos fixos. Em segundo lugar, vieram os incentivos do 34/18-FINOR, com 27% das empresas e em terceiro lugar ficou a proximidade com as matérias-primas, com 22,7% das empresas, conforme Tabela 2.8.
Tabela 2.8 |
||
SERGIPE |
||
Principal Fator de Localização, segundo Número de Empresas e do Investimento Fixo* |
||
(em %) |
||
Fatores |
Número de Empresas |
Investimento Fixo |
Empresário Nordestino |
45,5 |
51,3 |
Incentivos Fiscais |
27,0 |
26,1 |
Matéria-Prima |
22,7 |
20,8 |
Mercado |
4,6 |
1,2 |
Mão-de-Obra |
0,0 |
0,0 |
Outros |
0,0 |
0,0 |
Fonte: Magalhães (1983, p. 74) |
||
* Nota: Dados de 1978 |
Esses três fatores respondiam por 95,2% das empresas de Sergipe, bem como 98,2% do investimento fixo total da nova indústria. No que se refere à distribuição do controle acionário dos projetos apresentados à SUDENE, constatou-se que 72% eram de empresários nordestinos; 24% eram de empresários do Sudeste e 4% de empresários do Sul do país (SEPLAN/SEIC, 1993).
Dos projetos aprovados pela SUDENE para o Estado de Sergipe que tiveram como principal determinante o fato de os empresários serem nordestinos, 54,2% eram de grupos empresariais do próprio estado, voltados principalmente para os segmentos tradicionais, notadamente o têxtil, enquanto 45,8% se referiam a grupos não radicados em Sergipe. Observou-se também que sete dos onze projetos aprovados e não implantados referiam-se a empreendimentos de empresários não sergipanos (SANTANA, 1991).
Os investidores extra-regionais optaram pela aplicação em projetos nas indústrias dinâmicas, de grande porte, como as indústrias de minerais não metálicos e a indústria química. Houve, ainda, projetos de pequeno e médio portes nos gêneros de mecânica, couros e peles e matérias plásticas. Além dos investimentos efetuados em indústrias dinâmicas, os empresários extra-regionais também realizaram inversões nas indústrias tradicionais, contribuindo para absorver importante parcela de mão-de-obra do estado.
Alguns outros fatores também foram apontados como importantes na decisão locacional: a) incentivos adicionais oferecidos pelos estados, como redução de ICM; b) existência de distritos industriais, com facilidades de infra-estrutura e de serviços; c) existência de infra-estrutura básica além dos distritos (transporte, energia elétrica, água, comunicações, etc.); d) proximidade das fontes de matérias-primas; e) proximidade do mercado; f) direcionamento da SUDENE, que priorizou as áreas mais subdesenvolvidas; g) e o fato de empresário ser radicado no estado.
Os incentivos estaduais tiveram importância secundária para a atração dos investimentos, uma vez que todos os estados ofereciam o mesmo tipo de incentivo, baseado na redução do ICM. No caso de Sergipe, existia ainda a possibilidade de participação societária do Estado no capital das empresas, em um percentual de até 5% do investimento total, o que também não representou fator de atratividade para as empresas (SANTANA, 1991).
No que se refere à infra-estrutura básica para atração de investimentos, o Estado de Sergipe mostrou desvantagem competitiva, pois, apesar da criação de alguns distritos industriais, como o de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, estes não dispunham de um amplo abastecimento de água e energia elétrica nos locais de instalação das empresas. Esse fator levou as empresas a buscarem outras unidades da federação que oferecessem melhores condições de infra-estrutura para a instalação de novas plantas industriais. Conforme lembra Magalhães (1983), a presença de infra-estrutura não é suficiente para atrair indústrias, mas necessária no caso de existirem outros fatores de atração.
A maioria dos projetos aprovados pela SUDENE (51%) localizou-se no interior do Estado de Sergipe. Contudo, uma grande concentração de projetos incentivados ocorreu em Aracaju, onde se localizaram 49% das empresas beneficiadas. Ademais, dos projetos localizados no interior do estado, boa parte estava situada no entorno de Aracaju, conformando um aglomerado urbano e aumentando a polaridade que esta cidade passou a exercer sobre os demais municípios de Sergipe.
“A opção locacional, de um modo geral, se deu em grande parte pela proximidade da matéria-prima. Em alguns casos, este fator esteve aliado à experiência do empresário no ramo. Em outras, foi decisivo a oferta pelo Estado de estruturas montadas como o Distrito Industrial de Aracaju e o de Socorro, que reduziram a preços simbólicos os custos de terrenos, galpões, vias de acesso, etc.” (SANTANA, 1991, p. 47).
Além de contar com os incentivos fiscais do 34/18-FINOR que deduzia total ou parcialmente o imposto de renda das empresas, estas ainda contavam com acesso facilitado aos bancos oficiais e outras isenções e vantagens, oferecidas pelos governos estaduais. Segundo Santana (1991), a participação média anual do Sistema 34/18-FINOR, em Sergipe, no total de investimentos ficou em torno de 39,0%. Já a participação de outras fontes de recursos, como bancos oficiais, situava-se em torno de 22,0%; os recursos de acionistas significavam 31,0%; os 8,0% restantes deviam-se a fontes diversas, como recursos externos, por exemplo.
Deve-se esclarecer, contudo, que a participação dos acionistas com recursos próprios variava de acordo com a faixa de prioridades estabelecida pela SUDENE, bem como a capacidade de alavancar recursos junto a outras instituições financeiras. Assim, constatou-se que entre 1975 e 1988, 38,3% dos empresários que investiram em Sergipe participaram apenas com recursos próprios da ordem de 10 a 20% do investimento total. No extremo oposto, apenas 4,3% dos empresários que investiram em Sergipe contribuíram com recursos próprios entre 51% e 65% do investimento total, conforme Tabela 2.9.
Tabela 2. 9 |
||
SERGIPE |
||
Participação dos Acionistas com Recursos Próprios nos Projetos Industriais Aprovados pela SUDENE |
||
1975-1988 |
||
Faixa de Participação (%) |
Nº de Projetos |
Participação no Total (%) |
10 - 20 |
18 |
38,3 |
21 - 30 |
10 |
21,3 |
31 - 40 |
12 |
25,5 |
41 - 50 |
05 |
10,6 |
51 - 65 |
02 |
4,3 |
Total |
47 |
100,0 |
Fonte: Santana (1991, p. 49) |
Com isso, a opção de instalação de plantas industriais no Nordeste, e Sergipe não fugiu à regra, foi realizada com uma excelente taxa de retorno (lucro líquido sobre recursos próprios) para o capital investido. O caráter altamente subsidiado da industrialização do Nordeste permitiu que o capital se caracterizasse como um fator de produção barato, contribuindo para que as empresas que buscassem o 34/18-FINOR fossem indústrias intensivas em capital, trazendo impactos negativos para a absorção da força de trabalho.
1 “A classificação entre indústrias dinâmicas e tradicionais tem sido freqüentemente utilizada em diversos trabalhos sobre a indústria brasileira e fundamenta-se a partir da observação de que, após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu, em âmbito nacional, um aumento substancial da importância relativa das indústrias metalúrgica, material de transporte, material elétrico e de comunicações, química, mecânica, minerais não-metálicos, papel e papelão, produtos farmacêuticos e veterinários, borracha, perfumaria, sabão e velas e produtos de matérias plásticas e, por essa razão são comumente classificadas como indústrias dinâmicas. Em contraposição, os ramos de produtos alimentares, bebidas, fumo, couros e peles, têxtil, vestuário, madeira, mobiliário e editorial e gráfica diminuíram substancialmente sua participação no produto industrial, sendo então considerados como indústrias tradicionais” (BNB, 1997, p. 33)
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