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Keynes em Cambridge 1932-1935
Mario Gómez Olivares

2.         As lições de Keynes em Cambridge: Da Teoria Monetária da Produção á Teoria Geral.

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19 de Novembro de 1934

A quinta lição em 19 de Novembro de 1934, Keynes começa por  discutir um outro importante conceito: quasi‑rendas. Para  isso precisa de conceitos prévios: i) o retorno de um investimento recebido actualmente durante o período é igual ao  lucro plus os custos de uso, i.e., tomando A + B substrai‑se vários custos primos, E, obtendo‑se as quasi‑rendas. Quando  se substrai os custos de uso, tem‑se os lucros de curto  prazo ou A + B ‑ E = P + U; ii) Se se têm expectativas de  curto prazo sobre os lucros, chama‑se as quasi‑rendas  líquidas, P’ ; iii) as quasi‑rendas de longo período definen‑se P”+ U” igual a Q” chamando‑as produto esperado,  sendo o somatório EiQ1” que conduz a formação do activo.

Existem então tres conceitos de rendimento. O rendimento do  empresário P, P’, ou Q’‑U”, onde U” é o custo de uso de  longo período. No ‘Treatise’, Keynes utiliza o conceito de  expectativa de longo período que conduz as decisões de  investimento do período corrente. Mais tarde usou p’  as quasi‑rendas líquidas, e actualmente usa P ( como definidas em i), i.e., A + B ‑ E= P+ U).

Como P + E = Y, o rendimento de toda a comunidade, de modo tal que P + E = Y = Q ‑ U + E = A + B ‑ U e, D = P’+ U + E =  Q + E desde que P’+ U’= P + U , i.e é a procura efectiva é  igual as quasi‑rendas e os custos primos. Todavia D = Y’+ U’  onde Y = P’+ E.

Considerando a poupança, e como não existem dúvidas sobre o  consumo, S = Y ‑ I. O investimento, como investimento bruto  é:

A + B ‑ C, sendo o investimento líquido[1]:

I ‑ U = A + B ‑ U ‑ C = Y ‑ C, pelo que não existem dúvidas de  que S = I.

Do ponto de vista da procura efectiva D, o que importa é o  investimento bruto, D = I’+ C’, i.e.,  a procura efectiva  deverá igualar as expectativas de investimento bruto e  consumo.

Os custos de uso é como a poupança uma previsão funcional realizada pelos empresários prudentes contra a deterioração  do stock de capital. Podemos dividir a poupança em duas  componentes: S1, a poupança privada e, S² a poupança das  corporações e das sociedades por acções. Então I = S1 + S² +  U, onde S²+ U são quantidades destinadas à reservas e  depreciação, pelo que o investimento é igual á poupança  privada plus as reservas e a depreciação.

Como o volume de emprego depende da procura efectiva,  que é  a expectativa de investimento bruto plus a expectativa de           consumo, o que determina estas coisas. As despesas    realiza­        das em  consumo não  serão muito diferentes das expectativas  de consumo. A a lei psicológica fundamental diz que quando o  rendimento aumenta, o consumo aumenta, mas menos que propor­cionalmente. Este hábito denomina‑se a propensão a despesa.  A menos que mude o hábito, o rendimento não pode aumentar a  menos que o investimento aumente. O  ‘gap’  entre  rendimento  e consumo deve ser prenchido  pelo  investimento. O investi­mento é determinado pela eficiência marginal do capital e  pela taxa de juro, que é relevada para futuras lições.  Keynes dedica  o resto da sessão a clarificar as determinantes da propensão à despesa em consumo. Os hábitos que determinam a propensão à despesa dependem dos hábitos de poupança, os que são tratados em termos de factores objectivos e subjectivos que levam os indivíduos e as empresas a  poupar, com o pormenor que aparecem na versão final.

Como conclusão desta lição: dados os habitos de despesa e da  distribuição da riqueza, a principal influência sobre o  volume de poupança é o volume de rendimento real. Este  depende da quantidade de investimento, de modo que o investimento regula a situação e determina o volume de poupança.  Excepto na situação de pleno emprego, o investimento e  a  poupança são complementares não alternativos.” when we get  back to full employment then we get back to our belief[2]“.


 

[1] Compare‑se  com o ´draft` do capítulo 8 da Teoria  Geral,  in   Keynes J.M.,  JMKCW,  vol,  XIII,  p. 478.  Do  resto,  os  vários   ´draft` sobre  estas notas estão nas páginas 424‑ 85,  embora  não   reflectam palabra a palabra estas notas.

[2] Idem, p. 148.