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Keynes em Cambridge 1932-1935
Mario Gómez Olivares

2.         As lições de Keynes em Cambridge: Da Teoria Monetária da Produção á Teoria Geral.

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5 de Novembro de 1934

Na terceira lição celebrada  em 5 de Novembro de 1934,  Keynes discute os problemas das unidades de medida. Como é  usual nesta etapa de elaboração, Keynes manifesta a sua insatisfacção com as unidades de medidas. O montante do  output é usualmente definido em termos de output real ou rendimento líquido, e não como o valor desse rendimento. É  confinado a coisas que se compram com dinheiro, deducidas as  depreciações de capital obtem‑se o Dividendo Nacional. Mas o  output é um complexo não homogéneo de coisas e não existem  meios de medir estas. Pior é com o output líquido. Existe  destruição do capital por várias razões desconhecidas( obra  de Deus) e perdas por obsolescência..” Economics which  analyses causal trends does not require such bogus or obvi­ous concepts. That branch of economics which makes compari­sons of today and yesterday is dealing with essentially  historical and vague questions and must therefore employ  vague concepts and yield vague answers, which is not suit­able for nor does it require the differential calculus. It  is like saying, which may be true and interesting, that  Queen Victoria was better queen, but not a happier woman,  than  Queen Elizabeth[1]“.

Daí que para a economia científica, real e causal, requerem‑ se duas unidade de medida precisas: i) quantidades de moeda  e, ii) quantidades de trabalho e emprego.

Para tomar as suas decisões,  os empresários devem  conhecer as receitas monetárias esperadas e custos monetários esperados e podem medir a sua economia actividade em termos de  número de homens empregados. Para um dado equipamento, diz‑ se que ÙO e ÙN se movem juntos. Mas existe o problema da  homogeneidade do trabalho. Keynes diz, que todos os tipos de  trabalho podem ser avaliados pelo sua taxa salarial e que  podem ser sumados em termos de cada tipo de trabalho, mas  provavelente é melhor utilizar o trabalho comun não qualifi­cado. As mudanças na eficiência do trabalho podem ser inferidas nas mudanças na eficiência das máquinas.

W é a taxa de salário do trabalhador standard, de modo que  W×N é o volume de salário. X uma quantidade de dinhero e  Xw=X/W. O valor vém em termos de unidade de salário e o número de trabalhadores empregados são importantes quantidades.

Re‑escrevendo  a curva de oferta para uma determinada firma,  indústria ou indústria como um todo:

N=F(Dw)

Onde N é o número de empregados e Dw é o produto das vendas esperadas expressa em unidades salários. Frequentemente  se  expressa na relação contrária:

Dw/N = ß(N), o output per trabalhador expresso em unidades  salários, escrebendo:

D = W×N×ß(N), temos o produto das vendas esperado. A curva de  oferta é:

D/O = [W×N×ß(N)]/O

Desde que D/O é receitas dividida pelo output é igual aos  preços temos: preços = [W×N×ß(N)]/O  ou P = Ó(O), a função oferta do output  no seu conjunto de modo que os preços de expectativa, P,  conducem a O uidades de output producidas. Para uma firma é  suficiente, mas para muitas firma producindo diferentes  artígos diferentes, a formula é vaga. Keynes expressa a  ideia de que pode fazer a teoria da moeda sem utilizar o conceito de nível geral dos preços, “ which is a good thing  as no one has ever been able to define it unambiguously[2]“.

A teoria das expectativas é o tema que Keynes apresenta a  seguir. Existem dois grupos de expectativas: i) as expectativas de curto termo, é a expectativa que se reflecte nas previsões dos produtores, considerando o tempo que decorre  entre a iniciação da produção e as vendas actuais dos bens  acabados. Estas expecativas se referem à producção de bens  de consumo, enquanto que os produtores de bens de capital  consideram as encomendas das empresas; ii) as expectativas  de longo prazo se relacionam com as compras de bens de  capital e se referem aos retornos  esperados.

Se as expectativas se realizam ou não,  não influenciam  o  emprego corrente. As realizações das expectativas devem  ser  consideradas na determinação de expectativas e acções subsequentes, pelo que o estado do output corrente depende das  expectativas pasadas. Uma mudança nas expecativas de curto  prazo monstra que pode ter sido errado iniciar a produção,  mas uma vez que teve início e que se incurriou en despesa,  mas vale continuar.

Com estas definições de expectativas, Keynes avança a        definição de longo período. Supondo que o estado das expec­tativas continua por um tempo sufucientemente comprido para  influenciar o emprego, este estado chama‑se o longo período  de emprego, estando‑se no equilíbrio de longo período “ this  long period is not static, it is merely foreseen[3]“.


 

[1] Idem, p. 138.

[2] Iem, p. 139.

[3] Idem, p. 140.