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Keynes em Cambridge 1932-1935
Mario Gómez Olivares

2.         As lições de Keynes em Cambridge: Da Teoria Monetária da Produção á Teoria Geral.

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21 de Novembro de 1932

 

A sétima lição realizada em 21 de Novembro de 1932, Keynes continua com os parâmetros da economia monetária[1]. Consta­tando de que a quantidade de moeda é mais controlável numa econo­mia capitalista, procura estabelecer a relação entre a quantidade de moeda e o complexo das taxa de juro:

G=A(M), os símbolos de taxa de juro, preferência pela liquidez e quantidade de moeda. Então:

P² =B, onde P² é o preço dos activos de capital, B é a expectativa das quasi-rendas( para avaliar o activo de capital tem que se ter uma expectativa sobre a renda de capital ou rendi­mento real que o activo produz) e,  é a taxa de juro.

A função oferta, supondo que a oferta depende do preço e de que os custos não mudam:

I‘= C(P²). I‘ é o custo do activo de capital, C é a função oferta e P2 é o preço dos activos de capital. A fim de introduzir o preço dos bens de consumo é necessário considerar as preferências temporais.

Dadas estas circunstâncias, i.e., preços dos activos, dívidas, bens de consumo e rendimento fixo para os indivíduos, é um problema para o indivíduo determinar que parte do rendimento destina-se ao consumo e que parte reserva para outros fins(poupança ou entesouramento). Mas para a comunidade no con­junto despesa é igual a rendimento. O modo de produzir-se o equilíbrio é através de mudanças nos preços, os quais mudam até que o nível dos preços é alcançado onde a quantidade agregada que as pessoas reservam a esse nível de preços e para além do rendi­mento iguala a quantidade de investimento corrente. Então se  I‘ = C(P²) e se existe uma preferência temporal, o que se decide no nível dos preços, são os preços dos bens de consumo. A condição para o equilíbrio estável mais simples é que quando o rendimento agregado muda a preferência temporal é de modo tal que a mudança no consumo é na mesma direcção mas menor em quantidade. O estado da preferência temporal  é capaz de reagir sobre o nível dos preços dos activos. Se P² =B, o estado de  preferência temporal pode afectar  o nível dos preços através de B ou pode acontecer apenas no caso da mudança de política do sistema monetário. Mas provavelmente afectará B, através de mudanças nos preços dos bens de consumo, que pela sua vez afectará a  preferência pela liquidez, negligen­ciando isto escrevemos:

P1=G(I), onde P1 é nível dos preços dos bens de consumo, G   é o estado da preferência pela liquidez, I o investimento.

No curto período, B não será provavelmente afectado pela quantidade do output corrente. Mas durante uma expansão( ‘boom‘), o output de capital conduzirá a uma diminuição das expectativas de quase-rendas, caetaris paribus.

No caso dos bens de consumo, a oferta de output  e o output corrente são practicamente a mesma coisa. Então:

P1=G(I,H), onde H e o estado da oferta dos bens de consu­mo. Keynes considera agora a reacção dos rendimentos ou estado de resposta dos custos sobre os lucros. Quando os lucros crescem, existirá uma reacção prematura(‘early‘ reaction) sobre os custos:

E = L(O,Q)[2] constitue a reacção dos rendimentos desde que R = H(Q1), R o output de bens de consumo, Q1 os lucros o quase-rendas dos bens de consumo e, desde que I‘= H(Q²), I‘ o output dos bens de investimentos está relacionado com os lucros ou quase-rendas. Combinando R e I‘, o output combinado é O =J(Q).

Se conhece-se M, A ( a quantidade de moeda que um indivíduo deseja manter em dadas circunstâncias), B ( o que as pessoas pensam o que serão as quase-rendas), G ( quanto do rendi­mento será gasto e quanto será reservado), J a função oferta, L a reacção rendimento ou o estado dos custos, então diz Keynes, M, A, B, G, J e L são suficientes, i.e, com A, M, G, J, e L conheci­dos com  diferentes quantidade de moeda M pode conhecer-se todos os preços de produção, emprego, etc. Estes são os parâmetros de uma economia monetária[3]. O lado astronómico de isto é:

Q=I-S ou Q=I+F-E ou QO=D-E. O output se incre­menta quando a despesa aumenta mais rapidamente que os custos. Por hipótese as mudanças no investimento têm o mesmo signo que mudanças na despesa relativamente aos custos. Generalizando, o crescimento dos inputs depende do crescimento do investimento.


 

[1] Encontram-se partes da lição em Keynes J.M. , " The Parameters of a Monetary Economy", CWJMK , vol. XIII, pp. 397-405.

[2] De acordo à observação na anterior lição E, Q, O são complexos de rendimento, de lucros e de output respectivamente. Compare-se com Keynes J.M. , CWJMK , vol. XIII, p. 404.

[3] Keynes escreve em " The Parameters of a Monetary Economy":  “We are now ready to complete the circle of our analysis and to remind ourselves of the ultimate interdependence of the various factors which we have been analysing". "We have already men­tioned that the state of liquidity preferences partly depends on the price level. But it is obvious that it also depends-among other thing which we have enumerated in detail when the analysis of liquidity preferences, or the demand for money as it might otherwise be expressed, is the special topic of our enquiry- upon the volume of output. Thus finally we have A= K(O,P) or perhaps better A=K(E,Q)". Estas equações de A estão apenas implicitas nas lições.  Keynes J.M., CWJMK, vol. XIII, p.  404.