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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO VII

 

CRESCER PELOS GANHOS DE ESCALA

 

 

            O crescimento industrial também acontece via economias de escala, ao considerar que todos os elementos participativos da estrutura produtiva de um sistema produtivo geram custos de todas as espécies, que serão compensados ou não pelos retornos que os empresários terão, por terem ousado em se aventurar por administrar determinadas combinações de fatores que lhes trouxessem os benefícios esperados. Ao depender da habilidade empresarial determinada pela sua experiência, pelo seu conhecimento técnico e por uma série de outros fatores, os ganhos de escala são patentes e isto gera o processo de crescimento industrial que toda empresa necessita para atender a sua demanda, como também, criam-se algumas outras que vislumbrem na mente dos gerentes criativos. As economias de escala advêm de vários diferentes determinantes, como por exemplo: folga gerencial, especialização dos seus funcionários, aperfeiçoamento de sua mão-de-obra, controle da atividade econômica, tamanho compatível com os poderes da administração, tecnologia moderna, e muitas outras variáveis imprescindíveis aos ganhos de produtividade econômica.

            Toda empresa tem uma estrutura de custos, que pode se dividir em custos fixos e variáveis, todos eles têm que estar bem ajustados de tal modo que proporcionem os retornos que a direção necessita para implementar a produção de acordo com a sua demanda e isto significa dizer, fazer a empresa crescer para acompanhar a concorrência moderna que exige capacidade gerencial e perspicácia administrativa. A manutenção de um sistema de custos desajustados, totalmente incompatíveis com os ganhos que possam advir, debilita a trajetória de crescimento industrial e cria deseconomias de escala, que atropelam toda uma programação industrial de uma competição saudável, cujo resultado é o decrescimento da empresa e, por conseqüência, a falência irrecuperável. Neste sentido, a participação de uma boa formação do quadro de administradores e gerentes de uma empresa é de fundamental importância para o sucesso da firma, que mantém a sua instituição dentro de um clima de pura eficiência, desde a técnica, a alocativa e a econômica, pois são estes três elementos que proporcionam economias de escala para o crescimento da firma.

            As economias de escala, obviamente significam dizer, uma boa alocação dos recursos escassos à disposição da indústria, tanto no que respeita á eficiência econômica, como a eficiência alocativa dos fatores produtivos e quanto à eficiência técnica em suas combinações dos fatores na produção possuem sua grande importância na explicação do crescimento industrial. Para tanto, explicita BARROS[1] que

as diferenças de produtividade observadas dentro dos setores e regiões, por tamanho de estabelecimento, indica que a presença ou a ausência de economias de escala nas atividades das grandes indústrias é somente um dos fatores explicativos dos níveis de produtividade. Pode-se pensar, também, que a dotação de capital por trabalhador e a estrutura competitiva do mercado em cada um dos setores constituem fatores de grande importância para a explicação nas diferenças de produtividade assinaladas.

Por isso, tais diferenças de produtividade caracterizam a formação de pequenas e grandes indústrias, cujo processo de oligopolização, elastece cada vez mais esse diferencial, causando problemas competitivos que emperram a dinâmica da industrialização como um todo, num beneficiamento incessante aos grandes trustes e cartéis locais ou internacionais.

            Na atualidade existe outra técnica de tomada de decisão sem a imposição imperialista, que, ao invés de incentivar o aumento de produção, ou conseguir a eficiência, consegue muitas vezes, ou quase sempre, a ira de seus comandados, com prejuízo para o crescimento empresarial e para a indústria como todo, que é a forma de administração, tendo em vista que os empregados estão preocupados unicamente com os seus salários mensais. Os salários de final de mês são constantes, isto significa dizer que, se houver economias de escala ou não, aquela folha de pagamentos deve ser efetuada e isto gera prejuízo incomensurável para a instituição que algumas vezes inicia um processo de ineficiência, com conseqüência drástica para todos os que participam deste processo produtivo. Por isso, as técnicas de administração frente aos seus comandados devem ser as mais democráticas possíveis, ajudando a que todos tenham incentivos ao seu trabalho, tratando-os como participantes da empresa e nunca como algo descartável ou desprezível em uma instituição que precisa sobreviver e crescer diante um sistema individualista e pernicioso que tem como princípio básico o lucro excessivo.

            As economias de escala também consideram de maneira indireta a concorrência externa, ao levar em conta que a liberdade competitiva leva a que os custos médios diminuam, porque prima pela boa qualidade de suas mercadorias, numa oferta com preços baixos para conseguir mercado e poder sobreviver aos ataques da participação mercadológica de quem almeja crescimento sustentado com desenvolvimento para todos. Sem a participação dos ganhos de escala fica muito difícil o crescimento dos estabelecimentos e, por conseqüência, da industrial como um todo, daí poder-se caminhar com certa folga competitiva para que a eficiência e a segurança sejam a ordem do dia e ela possa se manter ao longo da linha do tempo na história da industrialização em que ela está submetida. Finalmente, o crescimento industrial tem que considerar primordialmente as economias de escala como elementos fundamentais em uma boa administração da empresa, cuja meta principal é sua manutenção no mercado através de sua sobrevivência, eliminando a insegurança, a ineficiência e muitas outras variáveis que tornam a empresa fraca e debilitada, que culmina com a falência.     


 

[1] BARROS, Frederico Robalinho de. Pequena e Média Empresa e Política Econômica: um Desafio á Mudança. Rio de Janeiro, APEC EDITORA S/A, 1978 p. 87.

 


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