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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO VI

 

OS NICHOS DE MERCADO

 

 

            A problemática dos investimentos tem também forte correlação com a estrutura mercadológica, em especial, quando se tem um mercado estruturado com grande imperfeição em seu relacionamento social, como é o caso dos países, ou regiões subdesenvolvidas, ou terceiro mundista, como são conceituados pelos adeptos da filosofia cepalina e por que não dizer, dos ensinamentos desenvolvidos por MANDEL e seus prepostos que trabalham a economia periférica. A industrial atual participa sob um clima de imperfeição de mercado, caracterizado por um sistema oligopolístico, porém seria mais fácil caracterizá-la de monopólio disfarçado, pela maneira de como conceber a sua visão de poder e isto se presencia pela formação de trustes, cartéis e muitas outras maneiras de dominação vigente no mundo capitalista moderno. Essa estrutura de poder, de comando direciona os investimentos ao bem-estar de um grupo espoliador, ou líder que coordena as participações relativas do quem é quem no mercado produtor e isto tem criado problemas para o processo produtivo da economia industrial no mundo inteiro, em especial nos países pobres que recebem a tecnologia que não lhe serve mais a altos custos.

            A imperfeição do mercado é que deu origem aos grandes conglomerados dominantes e aos pequenos sobreviventes de forma precária, dadas as condições de rápida acumulação para uns decorrentes das economias de escala crescentes que o setor industrial tem gerado com muita facilidade, enquanto os pequenos empreendimentos não têm condições de um processo de acumulação tão rápido assim, atuando com as suas limitações. Esse poder dominador exige de seus competidores uma pauta de investimento muito grande para poder acompanhar a competitividade que envolve a era da livre competição e da participação no mercado que é muito difícil para quem não tem investido em pesquisas no entendimento de como funciona um mercado estreitamente concorrencial e dominador, por que não dizer espoliador. A guerra industrial existente é muito forte pela própria condição em que está submetido cada industrial que quer participar do processo de comercialização do seu produto, mas isto só é feito através da estrutura mercadológica já comprometida e da mídia que conhece o perfil do consumidor que busca seu bem-estar sócio-econômico.

            Num sistema oligopolista, ou como é bastante conhecido mercado industrial imperfeito, verifica-se que a sua estratificação em pequeno, médio e grande tem alargada a distância entre os dois extremos das indústrias, tendo em vista a capacidade empresarial de cada segmento, tal como explica KINDLEBERGER[1] ao argumentar que

o crescimento dos mercados não somente treina o empresário, como também lhe facilita a tarefa. Á medida que cresce o mercado de trabalho, não lhe mais necessário submeter-se ás exigências dos trabalhadores. O mesmo se aplica ao capital e aos bens intermediários. A necessidade de manter grandes estoques de material é reduzida, quanto estes podem ser prontamente adquiridos em mercados organizados. E, o que é mais, o incentivo do empresário para padronizar é maior, pelo fato de poder reduzir seu problema de comercialização, a tarefa de mostrar ao consumidor final exatamente o que seu produto é. A produção de acordo com as especificações do mercado simplifica a tarefa do empresário em milhares de outros aspectos.

Neste sentido, o grande capital tira proveitos desta estrutura de mercado imperfeito para ampliar o seu nível de exploração, não somente em seu próprio país, mas também nas diversas partes do mundo.

            Além das economias de escala crescentes que as empresas geram e usufruem, existem as externalidades que ganham sem uma contrapartida por tal beneficio e isto decorre dos investimentos em inventos que criam novos produtos, ou novos métodos de produção que abastecem a outros indiretamente, às vezes sem a consciência de seu produtor e é por isto que não há os pagamentos que deveriam ser feitos por algo alheio. Tanto as economias geradas que beneficiam somente os grandes proprietários, como as externalidades que beneficiam outras pessoas indiretamente só acontecem com a aplicação de investimentos que alimentam cada vez mais as imperfeições de mercado, aumentando-o, fechando alguns pequenos e médios e dominando a estrutura mercadológica em que vive a economia moderna. Portanto, os investimentos melhoram a participação das indústrias no mercado, que por sua natureza é desigual e desumano devido os pontos negativos que tudo isto apresenta para a humanidade.

            As imperfeições de mercado geram a anarquia comercial, ao considerar que o grande capital se utiliza do marketing, de um sistema de promoções e publicidades fortes que geram inviabilidade da produção do pequeno empresário, que não tem condições de concorrer para conseguir uma participação no bolso do consumidor, que sempre opta por supermercado ou Shopping Center. Os médios/grandes industriais é que ainda conseguem alguma fatia participativa nas deixas dos grandes conglomerados, pegando nas promoções alheia um caminho que possa sobreviver dentro de um clima de tanta imperfeição de mercado, em constante guerra pessoal, diretamente dirigida para aqueles que se encontram ameaçando o caminho de expansão dos dominantes. Os pequenos e médios pequenos industriais são os que mais sofrem dentro deste clima de perseguição comercial pela busca de sobrevivência numa economia tão díspar, como é aquela praticada pelos países subdesenvolvidos, que vivem a reboque dos trustes internacionais e sem condições de conseguir independência no que diz respeito a tocar o seu negócio.


 

[1] Charles Poor KINDLEBERGER. Desenvolvimento Econômico. São Paulo, Editora McGraw-Hill, 1976, p. 171.


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