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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO VI

 

A ESCASSEZ DE TECNOLOGIA

 

 

            A questão da tecnologia está intimamente ligada com o nível de investimento industrial, ao considerar que, não se adquirem conhecimentos que façam aumentar a produção nacional sem larga soma de recursos, que dê acesso a novas máquinas, a melhores equipamentos, ou novas e melhores maneiras de produzirem determinados produtos que a sociedade necessita com menores custos e mais acessibilidade para a população. O progresso tecnológico se apresenta de três maneiras: a) na produção de um novo bem; b) na variação dos coeficientes técnicos na produção dos já existentes e c) na variação da qualidade dos produtos que forem gerados na indústria de transformação nacional e isto envolve  investimentos muito altos para que se possam conseguir economias de escala crescentes nos estabelecimentos industriais. Neste sentido, tem-se que a tecnologia é uma função direta do nível de investimento, até mesmo pelo fato que o produto que é gerado, não se torne obsoleto e isto só acontecerá quando os gastos com investimento proporcionarem mudanças que levem a ganhos na produção surgida.

            Não se consegue tecnologia por toque de mágica, ou por osmose, mas alguém tem que está trabalhando no processo de investigação, de observação e em determinada realidade que envolve criatividade de algo que sirva para melhorar a qualidade de um produto, obviamente com os custos mais baixos possíveis, todavia, para se conseguir essas informações são precisos altos investimentos para se obter esses novos processos. Para que isto aconteça é necessário incentivo á decisão para a concretização de um ato de investimento. Pois, isto é feito devido: a) diminuição dos preços dos fatores; b) diminuição de custo sui generis que é o custo do dinheiro e c) aumento da demanda da economia industrial. No entanto, sem estes três elementos fica difícil encarar os princípios das teorias sobre investimentos, que ainda são muito polêmicos. Outrossim, dentro do sistema de competitividade, os recursos sociais devem ser aplicados de tal forma que a participação na concorrência facilite uma socialização de criatividade de alguns indivíduos isolados para o benefício de todos os participantes da economia industrial.

            Inegavelmente, o progresso tecnológico envolve investimentos e talvez numa dosagem muito alta, que dificulta a participação dos pequenos e médios/pequenos industriais, que não têm recursos suficientes para fazer tal aplicação em seus empreendimentos industriais. No entanto, é fundamental entender este processo tal como orienta LABINI[1] ao colocar que

as inovações originais implicam transformações técnicas radicais que exigem um notável aumento do investimento anual da empresa que o realiza. Este aumento depende normalmente da introdução de equipamentos mais caros do que os precedentes e o gasto com os outros fatores produtivos - entre os quais a mão-de-obra - pode aumentar, permanecer constante ou diminuir. (...).

Dentro deste prisma, somente os que têm condições, é que podem arcar com os riscos de uma aplicação tecnológica, que dinamize a produção com menores custos e maior produção, que faz a unidade produtiva crescer, mas deve ser de maneira sustentável; tudo dentro das suas limitações, financeiras, como também, de qualificação de mão-de-obra, na utilização do capital, que traz novidade de manuseamento tecnológico.

A tecnologia envolve altos gastos em recursos financeiros, porque além das invenções e criações internas no país, também diz respeito àquela que está no exterior, isto é, a compra de tecnologia de outros países que a nação hospedeira não teve e não tem no curto ou médio prazo, condições de conseguir criar internamente tais processos que melhoram o parque industrial de qualquer sistema econômico qual seja industrial, ou até mesmo em outros setores. Quando se fala em investimento em tecnologia, não se pode esquecer em Pesquisa e Desenvolvimento que é uma preocupação dos industriais que pensam em crescimento de seu estabelecimento, dentro de um ponto de vista de harmonização ou de equilíbrio para que não haja tropeços na trajetória de desenvolvimento de seu parque industrial. Neste sentido, é que a tecnologia deve ser uma variável que está ligada com o nível de investimento que a indústria necessita, ao considerar que novas máquinas e equipamentos envolvem um aprendizado, uma nova maneira de trabalhar para a produção sair melhor e com menor custo de manufatura para poder competir diretamente.

            Não se deve esquecer que a estratificação empresarial passa por uma ação auto segmentação quando se tem o setor de transformação industrial dividido em pequena, média e grande empresas, porque cada estamento que foi gerado tem um tipo de tecnologia apropriado, obviamente de acordo com a sua escala de tamanho, isto é, as pequenas indústrias possuem suas tecnologias compatíveis, isto significa dizer, uma tecnologia ao seu nível, do mesmo modo que as grandes têm altas tecnologias. Inegavelmente, o progresso tecnológico envolve altas somas de recursos monetários que os pequenos empresários não possuem, ficando a reboque de uma imitação, sem as qualidades que envolvem o grande capital que tem todo um pessoal treinado para dar suportes a uma produção bem programada e dentro de um controle de qualidade muito rígido para uma demanda inquieta. O grande capital tem ao seu favor as economias de escala crescentes que proporcionam condições para que se possa produzir muito a baixos custos, tornando os preços competitivos e muito abaixo da realidade dos pequenos que produzem quase artesanalmente com preços muito altos sem as mínimas condições de concorrência, portanto, vivendo á margem do comércio de produtos industrializados.  


 

[1] Paolo SYLOS-LABINI. Oligopólio e Progresso Técnico. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1980, p. 241.

 


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