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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO VI

 

INVESTIMENTOS PARA EXPANSÃO

 

 

            A necessidade de investimentos numa indústria diz respeito também á problemática da expansão que a indústria deve sofrer ou passar por conta de uma demanda em crescimento que precisa ser suprida, isto decorre do crescimento populacional, ou das mudanças das necessidades da população, ou até mesmo da formação de uma nova consciência consumista que a psicologia empresarial implementa. Sabe-se que as indústrias normalmente trabalham com capacidade ociosa premeditada, ou por conta da instabilidade econômica que conduz ao desemprego e a paralisação de algumas máquinas que estavam em atividade a todo vapor, para tanto, propõe-se, num primeiro momento essa capacidade deve ser suprida com o aquecimento da demanda e, num segundo, o governo deve implementar alguma política para eliminar esta crise, que ás  vezes é temporária. O importante é que o investidor industrial esteja na fase de uma capacidade ociosa com vistas ao crescimento, acompanhando as condições da economia global sem prejuízo para a população como um todo que busca o bem-estar dentro do princípio de eqüidade e estabilidade econômica e social.

            Pois, é do conhecimento público que os empresários industriais, ou qualquer tipo deles, mostra-se propenso ao risco, quando se lançam num clima de investimento intensivo, sempre com intenção nos ganhos, sabendo-se que a incerteza é uma constante, no mundo não comunista, cujo capital é o esteio da produção de transformação. Sem dúvida, existem aqueles que não são propensos ao risco, acomodando-se a uma sobrevivência calma e tranqüila sem partir para investimentos arrojados porque têm medo do risco, cuja incerteza é o maior problema da imperfeição de mercado. Esse tipo de industrial está fadado a se estabelecer num clima de mediocridade e simplicidade, quando não entra em falência pela obsolescência no mercado quanto a um produto que a comunidade consumidora não aceita mais. Neste intermeio não surge investimento e o máximo que pode acontecer é uma reposição do capital investido para manter seu estoque. Felizmente a economia industrial no seu todo, não comporta esse tipo de investidor, mesmo sabendo que ele existe e que até certo ponto atrapalha a dinâmica de um desenvolvimento industrial, que tem como objetivo o crescimento de seu empreendimento em atenção aos consumidores de produtos transformados.

            Como se sabe, a capacidade ociosa de uma economia, ou a não utilização plena dos fatores produtivos que a sociedade dispõe para produção, conclama por investimentos, para aumentar a produção da indústria como um todo e de cada empresa individualizada, como menciona SHAPIRO[1], pois

uma hipótese intimamente relacionada é de que as firmas aumentarão a capacidade para atender cada aumento na demanda. Em verdade, isto significa que os homens de empresa agem como autônomos, respondendo ao aumento de demanda aumentando o investimento. Na prática, contudo, mesmo que suas instalações estivessem operando a plena capacidade, os homens de empresa tentariam, de alguma forma, espremer o produto adicional da fábrica e o equipamento existente, a menos e até que estivessem convencidos de que o aumento observado na demanda fosse permanente.

Isto explica que, os industriais que tem visão empresarial progressiva, ao observarem a demanda insatisfeita, ou até inexistente, procuram o seu abastecimento e, desta forma, verifica-se uma diminuição da capacidade ociosa, proporcionando um maior nível de bem-estar para a sociedade, com maior participação da oferta, tornando a demanda bastante elástica.

            A capacidade produtiva ociosa está na dependência clara dos lucros atuais serem elevados, ao haver um forte aumento de demanda e conseqüentemente a participação de poucos investimentos na economia industrial, culminando com um preço estabelecido num ponto maior do que os custos marginais iguais ás receitas marginais. Pois, isto constitui um problema para uma política econômica que tenha o objetivo de desenvolver-se dentro de um clima da estabilidade, que todos os empresários desejam que assim proceda. Para expandir o investimento na área de processo de formação de capital bruto é uma necessidade que somente a demanda carente pode responder com mais claridade desde que seja acompanhada com um preenchimento das lacunas existentes com respeito ás potencialidades do país, da região e porque não dizer dos municípios que têm condições de suprir a sua demanda insatisfeita. Sem dúvida, desejo ou vontade do crescer empresarial devem estar acompanhados com um nível de investimento que proporcione condições de uma acumulação sustentada em suas bases produtivas, daí o investimento ter a sua função real de aumento de capital nacional, ou a renda nacional de país como medidor de bem-estar econômico e social.

            Portanto, ao se fazer um relacionamento da capacidade produtiva da empresa, tal qual seja grande ou pequena, observa-se uma grande disparidade, não somente no volume, como também na taxa de produtividade geral da indústria, por escala de produção e por participação tecnológica envolvida que fazem diminuir os riscos e incertezas. Inegavelmente a massa de produção das pequenas empresas é bem menor do que a das grandes, cuja taxa de ocupação da capacidade nas pequenas é bem maior do que a das gigantes, tendo em vista que a escala de produção da grande ser bem alta e com economias de escala crescentes. As pequenas empresas não têm os benefícios das economias de escala tão diretos, podendo até ser beneficiadas com economias externas, com ganhos muitos pequenos frente os ganhos de escala que as grandes empresas obtém no processo de produção, que aumenta a concentração. Pelo mesmo raciocínio, as grandes empresas se beneficiam de alguns outros ganhos que facilitam a uma taxa de capacidade ociosa para eventuais necessidades que as demandas apresentam e que devem ser supridas com a confecção de produtos para um mercado carente.


 

[1] Edward SHAPIRO. Análise Macroeconômica. São Paulo, ATLAS S/A, 1975, p. 373/74.

 


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