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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO III

 

FORMAÇÃO DOS PREÇOS

 

 

         O comportamento dos preços conduz a uma questão de fundamental importância que é a formação dos preços, daí tem-se que tal processo inicia-se pelas técnicas dos contabilistas ao imaginarem que eles são formados pelos cálculos dos custos fixos, somados aos variáveis, onde se agrega um mark-up. Todavia, esta formação propalada, dá-se no mercado, em última instância, numa evidência clara de que se ultrapassam as condições do somatório dos custos envolvidos. Obviamente, dentro dos custos totais estão todas as variáveis que a economia lida cotidianamente, tais como a competição fora da empresa, o progresso tecnológico, trabalhos publicitários e muitos outros elementos participativos na determinação dos preços industriais. O interessante em levantar tudo isto, é para que todos os argumentos sobre a determinação dos preços industriais possam ter condições de melhor direcionar a dinâmica da empresa industrial para ser mais lucrativa, assim como a possibilidade do surgimento de novos produtos no seu processo de diversificação.

          Depois de compreendidas estas formas iniciais, indubitavelmente, outras técnicas muito comuns de determinação dos preços industriais são fundamentais, tais como, em primeiro lugar a ditada por uma empresa dominante e, em segundo a estipulada por empresa barométrica, no entanto, todas têm por traz uma situação que objetiva a exclusão e/ou a expulsão de empresas que incomodam. A determinação pela empresa dominante diz respeito àquela que, sem pedir a orientação de ninguém, estuda as suas condições hegemônicas e estipula um preço que todos têm que seguir obrigatoriamente, porque a dominante já tem poderes para tal decisão. Por outro lado, a determinação pela empresa barométrica, não dita as suas normas, mas investiga as condições de todas, para tomar uma posição de liderança e quando decidir por uma determinação do preço a ser cobrado deve ser seguido por todas participantes, ou pela sua maioria, sem ditadura direta de quem tem o poder de comando monopolístico.

             Sem dúvida, estas duas condições prevalecem numa estrutura de mercado que esteja numa situação de oligopolização, onde poucos dominam o mercado e querem tomar proveito no máximo que poderem para continuar a sua trajetória de, pelo menos, sobrevivência dentro de uma economia desigual e concentradora. Tanto a situação da determinação dos preços pela empresa dominante, como pela empresa barométrica que tem por traz o poder de expulsar os que estão competindo e incomodando, com uma queda dos lucros de quem tem o poder de mercado, para vê-los crescer ad infinitum ao seu favor e de seu grupo. Por outro lado, essas duas situações também exercem o poder de excluir aqueles que têm possibilidade de investir, cujo mercado elimina as condições de tal participação, quanto a uma tentativa de participar dos lucros excessivos que são bastante volumosos para poucos se apoderarem com facilidade.

            Sem dúvida, para a determinação dos preços industriais, uma das questões mais importantes é o processo de liderança que o empresário exerce num sistema econômico, no seio de seu processo de comercialização, isto significa dizer, suportar o nível de sobrevivência no mercado, diante uma competição tão feroz da atualidade. Para tanto, justifica SCHERER[1] que

a liderança de preços implica um conjunto de práticas ou praxis industriais segundo as quais as mudanças de preços de catálogo são normalmente anunciadas por uma determinada firma, aceita como líder pelas outras que lhe seguem as iniciativas. Amplas variações são possíveis da estabilidade da posição do líder de preços, nas razões de sua aceitação como líder, em sua influência sobre outras firmas e em sua eficiência em conduzir a indústria a preços que maximizem os lucros do grupo.

Para tanto, tem-se uma visão clara de como é a dinâmica de fixação dos preços no mercado, tanto visto pelo aspecto contábil, inicialmente como o político, que é justamente o poder de liberdade que os industriais têm com vistas a conduzir a uma situação de monopolistas.

Uma outra questão também fundamental na problemática da determinação dos preços é quanto á situação das pequenas e grandes empresas, cuja distinção envolve perdas maiores para as pequenas que não têm condições de competição com as grandes, onde tudo faculta favoravelmente a quem tem o poder de comando. Em verdade, esse processo de determinação dos preços é uma contenda forte entre grandes empresas que lutam pela sobrevivência como grandes e as pequenas empresas apenas ressentem os ditames de uma peleja de gigantes que não beneficiam as de pequeno porte. Em suma, é de grande importância uma investigação séria sobre o método da determinação dos preços, para que os empresários industriais, de maneira geral, possam deliberar sobre a sua condição, no contexto em que está envolvido e poder decidir para caminhar neste processo de intensa competição.

 


 

[1] F. M. SCHERER. Preços industriais (teoria e evidência). Rio de Janeiro, Editora CAMPUS, 1979, p. 62.


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