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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO III

 

A INTERDEPENDÊNCIA INDUSTRIAL

 

 

          Para conhecer um sistema mercadológico imperfeito, faz-se necessário entender o processo de interdependência no mercado, pois inicialmente, tem-se o trabalho de CHAMBERLIN (1948) que lançou o embrião da teoria da demanda quebrada, mas foi HALL e HITCH (1939), e SWEEZY (1939), que, em verdade, utilizaram com mais propriedade este princípio, ao considerar que existe uma demanda de mercado e uma demanda específica que cada empresário se defronta. Segundo TISDELL[1]

(...) uma vez estabelecido um padrão de preço em uma industria, um oligopolista que aumente seu preço acima do  nível não será seguido pelos outros. Por outro lado se ele reduz seu preço abaixo do nível estabelecido, os outros reagirão reduzindo também seus preços (...).

Esta é a filosofia de uma estrutura industrial que esteja em oligopólio, num regime de competição forte, que busque tirar vantagens da ingenuidade do competidor que espera que a economia funcione naturalmente.

          O princípio da interdependência funciona como relação que existe entre as empresas de uma indústria, cuja decisão de um industrial influencia a decisão de um outro, ou de alguns outros participantes do mercado e isto pode ser demonstrado pelo método da teoria da demanda quebrada, que está demonstrada no gráfico que se segue com todas as propriedades que lhe são inerentes. Pode-se ver neste gráfico ao lado, a demanda de cada competidor demonstrada por d, porém a do mercado é D, quando estão em equilíbrio em P*. Observe que um empresário, ás escondidas, resolve baixar seu preço de P*, para P. Se ele passar despercebido as suas vendas aumentam de V* para , mas será automaticamente percebido pelos demais, cujas vendas aumentam, só que numa quantidade menor, isto é, de V* para . Este processo continua até que, num longo prazo haverá uma estabilização em P* e quantidade em V*. Quanto ao aumento de preço, não há o que dizer já que aumento de preço significa perda de demanda, coisa que nenhum empresário quer incorrer na prática desta política, que não compensa a nenhuma empresa dinâmica.

          Todavia, no modelo de demanda quebrada, pode-se caracterizar uma rigidez de preços que acontece no longo prazo, dado que as quedas de preços ocorrem num limite onde, num espaço de tempo longo, estabiliza-se, e, torna-se rígido, tanto para baixo como para cima. Neste sentido, coloca HENDERSON e QUANDT[2] que,

normalmente as firmas não fazem variar suas combinações preço-quantidade em resposta a pequenos deslocamentos de suas curvas de custo, como foi sugerido em outras análises. A solução da curva de demanda quebrada apresenta uma análise teórica consistente com este comportamento observado. Partindo das combinações pré-determinadas de preço-quantidade, se um dos duopolistas diminui seu preço (aumenta a quantidade), supõe que o outro reaja diminuindo seu preço (aumenta a quantidade), para manter sua cota de mercado.

Neste modelo, o que está atuando é a variação de preços, num processo de espera de como a produção se acomoda diante deste conflito de manutenção no mercado de todos que estão atuando em sua comercialização. 

         Num modelo de duopólio, por exemplo, principiam as investigações sobre a compreensão de um sistema oligopolista, como se observa no embrião das curvas de demanda quebrada de SWEEZY, que são os pressupostos iniciais de um sistema que esteja com número maior de participantes, pois é importante também colocar que a interdependência do duopólio em CHAMBERLIN é chamada de dependência mútua reconhecida que ambos são a mesma coisa. Segundo WATSON e HOLMAN[3]

no modelo de Chamberlin o equilíbrio é estável como granito, por que cada firma considerando seu interesse final, jamais pensa por um momento em qualquer curso de ação possível. Neste modelo, não há conluio em qualquer sentido. Cada firma atua interdependente ao mesmo tempo em que reconhece a dependência mútua de todas as firmas do grupo.

Em suma, em sistema duopolista, ou oligopolista, normalmente, atuam os conluio, porém nesta análise precedente os agrupamentos não estão sendo colocados, tendo em vista que os oligopólios devem ser vistos de forma globalizada, cuja interdependência indica a preocupação em mostrar um relacionamento pela sobrevivência na comercialização de seus produtos.


 

[1] Clem. A TISDELL. Microeconomia: A Teoria da Alocação Econômica. São Paulo, ATLAS S/A, 1976, p. 346.

[2] James M. HENDERSON & Richard E. QUANDT. Teoria Microeconômica. São Paulo, PIONEIRA, 1976, p. 227.

[3] Donald S. WATSON & Mary A HOLMAN. Microeconomia. São Paulo, SARAIVA, 1979, p. 371.

 


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