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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO I

 

A INFLUÊNCIA DO MERCADO

 

 

O processo de industrialização passa, em princípio, por uma reestruturação, ou de um reconhecimento da situação mercadológica de uma região e porque não dizer, por estudo de mercado da situação nacional, para depois ser regionalizado ás outras instâncias de disponbilidades produtivas. Observe que o Nordeste tem certas aptidões produtivas, isto é, certas vocações que devem ser respeitadas, para um melhor aproveitamento de suas potencialidades naturais, para um crescimento com desenvolvimento, ou como disse Harrod, equilibrado. Isto é fundamental para que se conheçam as reais necessidades do povo naquela região, que tem cultura própria e seus hábitos e costumes devem ser respeitados, para um progresso conjunto entre todos os agentes econômicos regionais.

            Quando se fala em mercados regionais, fica claro que o potencial de demanda existente é de fundamental importância na análise que se está fazendo, a fim de que se tenha melhor justificativa quanto às potencialidades de uma demanda interna. Os técnicos do ETENE[1] mostraram que

a análise das áreas de mercado chama sempre a atenção, especialmente, para tal assunto. Sobretudo, conforme ver-se em seguida, para o fato de que as delimitações das áreas de mercado têm de tomar sempre em consideração: 1) os preços fob das indústrias em situação competitiva; 2) a distância que se separa entre si e entre os diversos centros de consumo; e 3) as tarifas de transportes.

Todos esses elementos são dificuldades que uma comunidade pobre não tem condições de assumir com o seu nível de renda, transferindo para a órbita do governo federal, sua responsabilidade, devido a política de incentivos/subsídios que são deliberados para regiões subdesenvolvidas.

            É claro que a região Sudeste tem hábitos e costumes de vida próprios, em termos de alimentação, habitação, desejos e gostos totalmente diferentes da região Nordeste, dada a origem dos primeiros habitantes que aqui chegaram e as condições próprias dos diversos pontos do país. Sendo assim, o mercado, dentro do contexto industrial, deve obedecer ás vocações inerentes á região, tal como São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rondônia, Acre, Goiás e o resto dos Estados brasileiros, com as condições de suas regiões. Verifique que cada região, onde estão estes Estados, professam uma exigência mercadológica particular, que não há como se formar indústria, que não se enquadre no complexo econômico que dispõe cada região, em termos de matéria-prima e mão-de-obra.

            A localização de uma indústria, sem dúvida alguma, considera como de fundamental importância a questão do mercado, pois neste sentido coloca DURÁN[2] que

em matéria industrial a discussão das melhores práticas esteve separada do ambiente local, defendendo aos problemas industriais em geral e de forma específica os problemas das pequenas empresas. (...). Nela foi gerada uma discussão a cerca de financiamento, local para os negócios, capacidades de administração e acesso aos mercados. Recentemente se introduziu a avaliação das políticas para pequenas empresas, baseada nos resultados. Desta forma este tipo de análise se converteu em uma base de discussão para os problemas de índole industrial no âmbito territorial.

Na verdade, tem-se claro que a mídia cria mercado, modifica costumes e hábitos, no entanto, fica muito mais fácil o aproveitamento das condições locais para a indústria incrementar sua demanda.

            Com o império da mídia, o consumo já começa a se homogeneizar em todo país, entretanto, sem condições de que essa universalização nacional seja também implementada em seu parque industrial, ao considerar a estrutura econômica como um todo, que é necessário para uma dinamização da industria de transformação, em termos de recursos financeiros, e infra-estrutura básica para a dinâmica do processo. Desta forma, as regiões sem condições de implantação industrial têm que importar de outros países ou até mesmo de regiões ricas do próprio país, para suprir uma demanda carente e que prima por um consumo urgente. Portanto, um estudo mercadológico é necessário, para que se possa ter uma industrialização na nação como um todo, porque o ponto básico da produção é ter o seu consumo.


 

[1] Banco do Nordeste do Brasil, Escritório Técnico de Estudos (ETENE), Manual de Localização Industrial: Tentativa de Adequação da Teoria á RealidadeAPEC,  Fortaleza, 1968, p. 91.

[2] Clemente Ruiz DURÁN. Mejores Prácticas para el Desarrollo Industrial Local. Revista El Mercado de Valores. Octubre 2000, p. 28.


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