Revista académica de economía
con
el Número Internacional Normalizado de
Publicaciones Seriadas ISSN
1696-8352
Pedro Hubertus Vivas Agüero
phvivasaguero@yahoo.com
Universidad Católica de São Paulo
Resumen:
En este ensayo se busca prever el comportamiento de las principales variables macroeconómicas del Brasil para el año 2012, particularmente del PIB, utilizando un modelo bastante simple, de carácter comportamental y de tendencias, obedeciendo a la fuerza determinante de las ganancias de las empresas, como acondicionador de la inversión y el gasto público previsto para el futuro inmediato. En todo su diseño y ejecución se usa el Excel, ofreciendo los pasos seguidos en detalle. El modelo ya mostro sus bondades para el año 2010 y ahora se busca reproducirlo para todo el año 2102.
Palabra clave: Previsión macroeconómica del Brasil para 2012 (en español) y/o previsão macroeconômica do Brasil para 2012 (em portugués).
Para ver el artículo completo en formato pdf pulse aquí
Vivas Agüero: "Previsão macroeconômica: um modelo de curto prazo para o Brasil ", en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 172, 2012. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/
A teoría macroeconômica deve ser levada à prática para comprovar sua utilidade e também para cimentar melhor os conceitos e categorias próprias dela, que muitas vezes, vistos só na teoria, aparecem como bastante subjetivas e difíceis de entender. Neste sentido, apresenta-se a continuação um modelo de aplicação prática da macroeconomia, que busca trabalhar as previsões do comportamento das principais variáveis macroeconômicas, como é o caso do PIB. Este modelo foi publicado por primeira vez na revista “Business Week” de 24/09/1955 e reproduzido posteriormente por Spencer et. al. (1985, p. 23), da qual foi extraída e adaptada para este caso. Ele se aplica para o Brasil dos anos 2002-2011 com o intuito de fazer as previsões para o ano 2012.
O modelo exige conhecer o comportamento de um mínimo de sete variáveis macroeconômicas, numa serie de pelo menos 30 anos (para se beneficiar das vantagens da distribuição normal das estatísticas), sendo que neste caso, e só por razões operacionais, vai-se trabalhar com uma serie de 10 anos. As variáveis são as seguintes:
As informações de Y, I, G, Yd e U vêm dos arquivos do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEADATA). Consumo de Famílias (C) é obtido por diferença, assim: C = Y – (I+G). Similarmente, Impostos Indiretos menos subsídios e outros, também é obtida por diferença: (Ii - Sb) = Y – Yd. Todo este jogo de equações e equivalências macroeconômicas tem muito a ver com os conceitos usuais da Contabilidade Social ou Nacional, que é bem explicado nos textos correspondentes (Gremaud & Toneto, 2007 p. 210-211).
Estas são as informações de partida:
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Tabela Nº 1 |
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Variáveis macroeconômicas do Brasil |
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(em milhões de reais correntes) |
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Anos |
Produto |
Consumo |
Formação |
Consumo |
Renda |
Excedente |
Impostos |
|
Interno |
de |
de |
do |
Disponível |
Operacional |
Indiretos |
|
Bruto |
Famílias |
Capital Fixo |
Governo |
Bruta |
Bruto |
e Outros |
2002 |
1.477.822 |
934.427 |
239.351 |
304.044 |
1.433.151 |
669.352 |
44.671 |
2003 |
1.699.948 |
1.102.257 |
268.095 |
329.596 |
1.653.558 |
780.636 |
46.390 |
2004 |
1.941.498 |
1.235.881 |
332.333 |
373.284 |
1.892.580 |
879.944 |
48.918 |
2005 |
2.147.239 |
1.371.710 |
347.976 |
427.553 |
2.094.288 |
955.941 |
52.951 |
2006 |
2.369.484 |
1.497.684 |
397.027 |
474.773 |
2.320.264 |
1.037.917 |
49.220 |
2007 |
2.661.344 |
1.634.522 |
487.761 |
539.061 |
2.614.363 |
1.155.630 |
46.981 |
2008 |
3.032.203 |
1.792.601 |
627.497 |
612.105 |
2.968.280 |
1.272.729 |
63.923 |
2009 |
3.239.404 |
1.974.557 |
577.846 |
687.001 |
3.182.010 |
1.336.268 |
57.394 |
2010 |
3.770.085 |
2.209.741 |
763.012 |
797.332 |
3.706.834 |
1.441.655 |
63.251 |
2011 |
4.143.013 |
2.469.105 |
817.261 |
856.647 |
4.069.598 |
1.537.344 |
73.415 |
Fonte: IPEADATA, 2012, s/p |
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Desta Tabela podem-se deduzir as seguintes limitações:
Para retirar o problema da inflação das variáveis macroeconômicas se aconselha o uso do “deflator implícito do PIB”, calculado e publicado periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outras palavras, ele serve para traduzir valores nominais em valores reais (Gremaud & Toneto Jr, 2007 p. 212). O Deflator é um índice bem antigo; sua serie vem desde o ano 1890 e sua base de comparação última é de 1980 = 100. Assim, seus valores subsequentes são grandes demais, visto os níveis de inflação que país sofreu em todos estes anos.
Tanto é assim, que já seus números são escritos numa “notação científica”; por exemplo, para 2011 aparece assim: 4,1585E+13. - Isto significa que depois da vírgula deve-se lhe adicionar 13 casas positivas a mais; quer dizer o número seria assim: 41.585.000.000.000,00.
Para evitar essa massa de números e também para ganhar realismo nos cálculos, se aconselha mudar a base do índice, neste caso para 2011, por exemplo, (2011 = 100), como se fez na seguinte Tabela.
A prova da lisura dos cálculos é que o acréscimo anual dos mesmos índices é o mesmo, seja trabalhando com o índice 1980 = 100 ou 2011 = 100, como se pode comprovar na Tabela a seguir.
A técnica para fazer a mudança do ano base é a regra de três simples:
Se 4,1585E+13 -----------------à 100
Então 2,0897E+13 -----------------à X
X = 2,0897E+13 x 100 = 50,25
4,1585E+13
Este último valor, 50,25 lhe corresponderá ao ano 2002, e assim sucessivamente, para os outros anos, como se pode visualizar na Tabela a seguir:
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Tabela Nº 2 |
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Deflator Implícito do PIB |
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(A partir da base inicial de 1980 = 100) |
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|||
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Anos |
Deflator |
Taxa de |
Deflator |
Taxa de |
|
|
|
Implícito |
crescimen |
Implícito |
crescimen |
|
|
|
1980 = 100 |
em % |
2011 = 100 |
em % |
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|
2002 |
2,0897E+13 |
----- |
50,25 |
---- |
|
|
2003 |
2,3765E+13 |
13,72 |
57,15 |
13,72 |
|
|
2004 |
2,5675E+13 |
8,04 |
61,74 |
8,04 |
|
|
2005 |
2,7527E+13 |
7,21 |
66,19 |
7,21 |
|
|
2006 |
2,9219E+13 |
6,15 |
70,26 |
6,15 |
|
|
2007 |
3,0934E+13 |
5,87 |
74,39 |
5,87 |
|
|
2008 |
3,3512E+13 |
8,33 |
80,59 |
8,33 |
|
|
2009 |
3,5920E+13 |
7,19 |
86,38 |
7,19 |
|
|
2010 |
3,8876E+13 |
8,23 |
93,49 |
8,23 |
|
|
2011 |
4,1585E+13 |
6,97 |
100,00 |
6,97 |
|
|
Fonte: IPEADATA, 2012, s/p |
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Uma boa e clara definição sobre o deflator implícito do PIB aparece num artigo de Souza, do IPEA (2007 p. 64).
Os valores nominais apresentados na Tabela 1 devidamente ajustados pelo deflator implícito apresentado na Tabela 2 nos permite conseguir os mesmos dados, neste caso livres da inflação ou em valores reais (de 2011), como aparecem na seguinte Tabela 3. A transformação dos valores correntes ou nominais em valores reais ou constantes também se faz utilizando a regra de três simples, por exemplo:
Para o ano 2002, na Tabela 2: ------à Se 50,25 é uma proporção de 100.
No caso do PIB, na Tabela 1: --------> Então 1.477.822 será uma proporção de?
Se 50,25 -------------------à 100
Então 1.477.822 ------------------à X
Logo, X = 1.477.822 x 100 = 2.940.864
50,25
Este último valor (2.940.864) entrará na 1ª célula da seguinte Tabela e assim sucessivamente para todas as outras variáveis e anos.
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Tabela Nº 3 |
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Variáveis macroeconômicas do Brasil |
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||
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(em milhões de reais constantes de 2011) |
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|||
Anos |
Produto |
Consumo |
Formação |
Consumo |
Renda |
Excedente |
Impostos |
|
Interno |
de |
de |
do |
Disponível |
Operacional |
Indiretos |
|
Bruto |
Famílias |
Capital Fixo |
Governo |
Bruta |
Bruto |
e outros |
2002 |
2.940.864 |
1.859.508 |
476.308 |
605.047 |
2.851.968 |
1.332.010 |
88.895 |
2003 |
2.974.641 |
1.928.776 |
469.124 |
576.741 |
2.893.466 |
1.365.990 |
81.175 |
2004 |
3.144.584 |
2.001.718 |
538.269 |
604.597 |
3.065.353 |
1.425.218 |
79.231 |
2005 |
3.243.831 |
2.072.240 |
525.687 |
645.904 |
3.163.838 |
1.444.139 |
79.993 |
2006 |
3.372.292 |
2.131.530 |
565.056 |
675.705 |
3.302.241 |
1.477.182 |
70.051 |
2007 |
3.577.681 |
2.197.310 |
655.704 |
724.667 |
3.514.524 |
1.553.529 |
63.157 |
2008 |
3.762.657 |
2.224.436 |
778.660 |
759.560 |
3.683.335 |
1.579.328 |
79.322 |
2009 |
3.750.296 |
2.285.968 |
668.979 |
795.349 |
3.683.850 |
1.547.013 |
66.446 |
2010 |
4.032.796 |
2.363.722 |
816.181 |
852.893 |
3.965.138 |
1.542.113 |
67.658 |
2011 |
4.143.013 |
2.469.105 |
817.261 |
856.647 |
4.069.598 |
1.537.344 |
73.415 |
Fonte: Valores da Tabela 1 inflacionados com o Deflator Implícito do PIB, 2011=100 (Tabela 2). |
|
Na prática, se toma o valor nominal de nosso interesse e se multiplica por 100 e a seguir este resultado é divido pelo número índice do ano correspondente.
No Excel é só fazer isto na primeira célula de uma coluna e logo depois, o computador se encarrega de deduzir os outros valores. Por exemplo, para o caso do PIB do ano 2002 (posicionados na célula B43) procede-se assim (assumindo hipoteticamente que os valores correspondentes apareçam nas células B7 e D25, respectivamente): =(B7/D25)*100 = 2.940.864
E assim sucessivamente, para os outros anos e variáveis (colocando o mouse encima da célula B43, buscar que apareça uma cruz em negrito e logo a seguir puxar o mouse para baixo, ao longo da coluna). Esta técnica se utiliza para “deflacionar” ou “inflacionar” (segundo os casos) todos os valores nominais do dia a dia dos negócios (vendas, receitas, lucros, salários, custos, etc.); sendo que para cada um destes casos existem índices mais apropriados (diferentes do deflator implícito), como estes, por exemplo:
Sobre os diferentes índices de preços da economia, suas características e demais detalhes, o Banco Central tem um apanhado bastante completo sobre isto (BACEN, 2012, 20 páginas).
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Tabela Nº 4 |
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|
Variáveis macroeconômicas do Brasil |
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|
(em percentagem do PIB) |
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||
Anos |
Produto |
Consumo |
Formação |
Consumo |
Renda |
Excedente |
Impostos |
|
Interno |
de |
de |
do |
Disponível |
Operacional |
Indiretos |
|
Bruto |
Famílias |
Capital Fixo |
Governo |
Bruta |
Bruto |
e outros |
2002 |
100 |
63 |
16 |
21 |
97 |
45 |
3 |
2003 |
100 |
65 |
16 |
19 |
97 |
46 |
3 |
2004 |
100 |
64 |
17 |
19 |
97 |
45 |
3 |
2005 |
100 |
64 |
16 |
20 |
98 |
45 |
2 |
2006 |
100 |
63 |
17 |
20 |
98 |
44 |
2 |
2007 |
100 |
61 |
18 |
20 |
98 |
43 |
2 |
2008 |
100 |
59 |
21 |
20 |
98 |
42 |
2 |
2009 |
100 |
61 |
18 |
21 |
98 |
41 |
2 |
2010 |
100 |
59 |
20 |
21 |
98 |
38 |
2 |
2011 |
100 |
60 |
20 |
21 |
98 |
37 |
2 |
Fonte: Elaborado com os dados da Tabela Nº 3 |
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Com as informações das variáveis macroeconômicas, já em valores reais ou constantes (de 2011) se pode conhecer a estrutura da demanda agregada de uma econômica fechada, onde: DA = C + I + G = PIB = Y (Gremaud & Toneto Jr. 2007, p. 247). Tudo isto se pode visualizar na seguinte Tabela, onde Y = C + I + G.
Nesta Tabela podem-se observar os seguintes fatos:
Graças ao fato de ter as variáveis macroeconômicas em valores reais ou constantes (Tabela 3), podem-se calcular suas taxas de crescimento de cada uma destas variáveis, como se vê na seguinte Tabela. Isto significa que nunca se deve ou se podem calcular taxas de crescimento de informações em valores correntes ou nominais, porque neles estaria embutida a distorção da inflação.
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Tabela Nº 5 |
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|
Variáveis macroeconômicas do Brasil |
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|||
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(taxa de crescimento anual, %). |
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||
Anos |
Produto |
Consumo |
Formação |
Consumo |
Renda |
Excedente |
Impostos |
|
Interno |
de |
de |
do |
Disponível |
Operacional |
Indiretos |
|
Bruto |
Famílias |
Capital Fixo |
Governo |
Bruta |
Bruto |
e outros |
2002 |
------- |
------- |
------- |
------- |
------- |
------- |
------- |
2003 |
1,15 |
3,73 |
-1,51 |
-4,68 |
1,46 |
2,55 |
-8,68 |
2004 |
5,71 |
3,78 |
14,74 |
4,83 |
5,94 |
4,34 |
-2,40 |
2005 |
3,16 |
3,52 |
-2,34 |
6,83 |
3,21 |
1,33 |
0,96 |
2006 |
3,96 |
2,86 |
7,49 |
4,61 |
4,37 |
2,29 |
-12,43 |
2007 |
6,09 |
3,09 |
16,04 |
7,25 |
6,43 |
5,17 |
-9,84 |
2008 |
5,17 |
1,23 |
18,75 |
4,82 |
4,80 |
1,66 |
25,59 |
2009 |
-0,33 |
2,77 |
-14,09 |
4,71 |
0,01 |
-2,05 |
-16,23 |
2010 |
7,53 |
3,40 |
22,00 |
7,24 |
7,64 |
-0,32 |
1,83 |
2011 |
2,73 |
4,46 |
0,13 |
0,44 |
2,63 |
-0,31 |
8,51 |
Total |
35,18 |
28,84 |
61,23 |
36,05 |
36,50 |
14,66 |
-12,69 |
Media 02/11 |
3,91 |
3,20 |
6,80 |
4,01 |
4,06 |
1,63 |
-1,41 |
Fonte: Calculado com base aos dados da Tabela Nº 3 |
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Para o calculo de cada um destes valores, parte-se dos valores da Tabela 3; por exemplo, tomando-se o Consumo de Famílias (C), entre 2002-2011, dever-se-ia fazer esta operação: (1.928.776 / 1.859.506) – 1 x 100 = 3,725 ≡ 3,73
Utilizando o Excel isto último se pode traduzir assim (hipoteticamente colocando o mouse na célula C77): =(C44/C43-1)*100 => 3,73
E assim sucessivamente, para todas as variáveis. Novamente, é suficiente com fazer o cálculo numa célula inicial (C77, por exemplo) que logo o computador se encarrega de fazer os outros cálculos, para as outras variáveis e anos.
Na função consumo apresentada usualmente nos cursos de macroeconomia (Gremaud &Toneto Jr. 2007, p.234) aparece esta formula: C = a + bYd, onde:
C = Consumo
a = Consumo autônomo (mínimo), independente da renda
b = propensão marginal a consumir
Yd= Renda Disponível Bruta
Os parâmetros a e b podem ser calculados por regressão dos mínimos quadrados (disciplinas de Estatística ou Econometria). Em nosso caso, vai-se utilizar para isto o instrumental ANALISE DE DADOS, que nos oferece o Excel, seguindo o roteiro que se apresenta a continuação:
Primeiro para o caso do Consumo.
Assim deve aparecer a planilha de dados que vem a seguir, que deve ser enumerado, titulado e assinalado a fonte correspondente, como se pode ver mais embaixo.
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Tabela Nº 6 |
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|
Cálculo da função consumo |
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||
RESUMO DOS RESULTADOS |
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
Estatística de regressão |
|
|
|
|
|
R múltiplo |
0,988100239 |
|
|
|
|
R-Quadrado |
0,976342082 |
|
|
|
|
R-quadrado ajustado |
0,973384842 |
|
|
|
|
Erro padrão |
31491,6479 |
|
|
|
|
Observações |
10 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
ANOVA |
|
|
|
|
|
|
gl |
SQ |
MQ |
F |
F de significação |
Regressão |
1 |
3,27421E+11 |
3,27421E+11 |
330,1531712 |
8,648E-08 |
Resíduo |
8 |
7933791102 |
991723887,7 |
|
|
Total |
9 |
3,35355E+11 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Coeficientes |
Erro padrão |
Stat t |
valor-P |
95% inferiores |
Interseção |
640394,1736 |
83863,99786 |
7,636103571 |
6,09559E-05 |
447003,448 |
Variável X 1 |
0,442495062 |
0,0243529 |
18,17011753 |
8,648E-08 |
0,38633717 |
Fonte: A partir dos dados da Tabela Nº 3, com ajuda do Excel. |
|
||||
Logo, a função consumo, que depende da Renda Disponível será: |
|
||||
C = |
640394,1736 |
+ |
0,442495062 |
Yd |
|
Igual procedimento se segue para o Investimento:
Assim deve aparecer a planilha de dados que vem a seguir, que deve ser enumerado, titulado e assinalado a fonte correspondente, como se pode ver mais embaixo.
|
|
|
Tabela Nº 7 |
|
|
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|
Cálculo da função investimento |
|
||
RESUMO DOS RESULTADOS |
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
Estatística de regressão |
|
|
|
|
|
R múltiplo |
0,871805242 |
|
|
|
|
R-Quadrado |
0,760044379 |
|
|
|
|
R-quadrado ajustado |
0,730049927 |
|
|
|
|
Erro padrão |
70777,58716 |
|
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|
|
Observações |
10 |
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|
|
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|
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|
|
ANOVA |
|
|
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|
|
|
gl |
SQ |
MQ |
F |
F de significação |
Regressão |
1 |
1,26937E+11 |
1,26937E+11 |
25,33949828 |
0,00100934 |
Resíduo |
8 |
40075734749 |
5009466844 |
|
|
Total |
9 |
1,67013E+11 |
|
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|
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|
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|
Coeficientes |
Erro padrão |
Stat t |
valor-P |
95% inferiores |
Interseção |
-1420327,03 |
408146,3349 |
-3,479945571 |
0,008320295 |
-2361514,2 |
Variável X 1 |
1,385752837 |
0,275287677 |
5,033835345 |
0,001009335 |
0,75093832 |
Fonte: A partir dos dados da Tabela Nº 3, com ajuda do Excel. |
|
||||
Logo, o Investimento como função dos lucros empresariais será: |
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||||
I = |
-1420327,03 |
+ |
1,385752837 |
U |
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Idem para Impostos Indiretos (menos Subsídios) e outros:
Assim deve aparecer a planilha de dados que vem a seguir, que deve ser enumerado, titulado e assinalado a fonte correspondente, como se pode ver mais embaixo.
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Tabela Nº 8 |
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Cálculo da função Ii - Sb |
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RESUMO DOS RESULTADOS |
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Estatística de regressão |
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R múltiplo |
0,647053259 |
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R-Quadrado |
0,41867792 |
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|
R-quadrado ajustado |
0,34601266 |
|
|
|
|
Erro padrão |
6531,080421 |
|
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|
|
Observações |
10 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
ANOVA |
|
|
|
|
|
|
gl |
SQ |
MQ |
F |
F de significação |
Regressão |
1 |
245766842,3 |
245766842,3 |
5,761734292 |
0,04315239 |
Resíduo |
8 |
341240091,8 |
42655011,47 |
|
|
Total |
9 |
587006934,1 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Coeficientes |
Erro padrão |
Stat t |
valor-P |
95% inferiores |
Interseção |
117820,2534 |
17985,43336 |
6,550870978 |
0,000178312 |
76345,7698 |
Variável X 1 |
-0,012273238 |
0,00511308 |
-2,400361284 |
0,043152392 |
-0,024064 |
Fonte: A partir dos dados da Tabela Nº 3, com ajuda do Excel. |
|
||||
Logo, os Impostos Indiretos (menos Subsídios) e Outros), como função do Produto Será: |
|||||
Ii - Sb = |
117820,2534 |
+ |
-0,012273238 |
Y |
|
O modelo teórico citado por Spencer et. al. (1985 p. 23), considera as seguintes equações e identidades, ligeiramente adaptadas para este caso:
Neste modelo as letras a, b, c, d, e, f são os parâmetros de regressão, que derivam do ajuste pelo Método dos Mínimos Quadrados, de uma serie de 10 anos, cuja vigência se espera funcione para um curto prazo, no futuro. As letras maiúsculas são as variáveis macroeconômicas já expostas.
O Coeficiente de Determinação R², mostra o grau de explicação % da variável dependente, pela variável independente; por exemplo, no caso da função consumo, R² = 0,98, significa que a Renda Disponível explica nuns 98% o desempenho do Consumo, sendo que o 2% restante deve ser explicado por outras variáveis não consideradas. Logo, quanto maior for o valor de R², maior será a solidez da função apresentada, e vice-versa.
O modelo postula a hipótese de que, conhecendo o valor dos Gastos do Governo (G) e dos Lucros dos Empresários (U), para um ano determinado, pode-se deduzir o valor das outras variáveis macroeconômicas, incluindo evidentemente o percentual de acréscimo deles, particularmente do PIB. Este papel do G e U têm muito a ver com os fundamentos do “multiplicador” que aparece nos textos de macroeconomia (Gremaud & Toneto Jr, 2007 p. 251-252).
Assim aparecem os seguintes dados e procedimentos:
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Tabela Nº 4.9 |
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Dados básicos para o modelo de previsão de curto prazo |
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a = |
640394,17 |
Função |
C = a + bY |
|
R² = |
0,97634208 |
|
b = |
0,44 |
Consumo |
|
|
|
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|
c = |
-1420327,03 |
Função |
I = c + dU |
|
R² = |
0,76004438 |
|
d = |
1,39 |
Investimento |
|
|
|
|
|
e = |
117820,25 |
Função |
(Ii - Sb) = e + fY |
|
R² = |
0,41867792 |
|
f = |
-0,01 |
(Ii - Sb) |
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Fonte: Tabelas 4.6; 4.7 e 4.8 anteriores. |
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Logo, para a execução do modelo se precisa dos dados do Gasto do Governo (G) e do nível das Rendas das Empresas (U) para 2012. Usualmente se esperaria conseguir G no Orçamento Público em atual execução. Igual, conseguir U nas pesquisas aplicadas aos empresários sobre as expectativas de vendas e lucros para o futuro imediato, como aquele que aparece na “Sondagem Industrial”, publicado semestralmente pela Confederação Nacional de Indústrias (CNI). Porem, como o conteúdo indicado de G poderia ser julgado como muito preliminar ou incompleto, e aquele de U, ser parcial ou inconsistente, então se recorre às informações do desempenho de ambas variáveis, para os últimos 10 anos (Tabela 5) e na base dele se fazem as seguintes deduções:
Tudo isto significa então que no melhor dos casos a economia brasileira (PIB) cresceria a uma taxa de 1,74% em 2012. Esta previsão quase coincide com aquilo que ultimamente esta circulando no ambiente local, como aquele de Nathan Blanche, da Consultora Tendências, que vaticina só uma taxa de 1,6% para este ano de 2012 (Blanche 2012, p. B2). Este modelo já foi aplicado anteriormente para o período 2000-2009, buscando prever o crescimento da economia brasileira para 2010, e nesses dias o modelo quase bateu com aquilo que realmente vinho acontecer depois, já que o PIB do ano 2010, segundo dados do IBGE chegou a crescer num 7,53% (IBGE apud BACEN, 2012 p.14), quase igual àquilo que se previa nesses dias 7,59%, sinal da bondade do modelo.
Notas de rodapé:
1/ O conteúdo deste material forma parte das disciplinas “Prognóstico Econômico” e “Estatísticas para Previsões Econômicas”, do Curso de Economia da FEA-PUCSP, São Paulo Brasil.
2/ O autor deste artigo é Doutor em Economia pela FEA-USP, São Paulo Brasil (1996); professor associado da FEA-PUCSP e ex-docente da FCE-UNMSM de Lima Peru. Correio: phvivasaguero@yahoo.com.br e site: http://phva60.vilabol.com.br/pessoal.html
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BACEN. Índices de preços no Brasil. Brasília DF: Banco Central do Brasil, atualizado em janeiro de 2012 (20 páginas). Disponível em http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/port/focus/FAQ%202-%20%C3%8Dndices%20de%20Pre%C3%A7os%20no%20Brasil.pdf
BACEN. Boletim do Banco Central do Brasil. Relatório anual 2011, Vol. 47. Brasília DF: Banco Central do Brasil, 30 de julho de 2012. Disponível em http://www.bcb.gov.br/pec/boletim/banual2011/rel2011p.pdf
BLANCHE, Nathan. Cambio e juros não se movem por decreto. O Estado de São Paulo 2ª feira 27/08/2012 p. B2.
GREMAUD, Amaury Patrick; TONETO Jr, Rudinei. 14. Mensurando a economia de um país e 15. Determinação do produto no curto prazo: o mercado de bens. In: GREMAUD, Amaury Patrick; DIAZ, Maria Dolores Montoya; AZEREDO, Paulo Furquim de; TONETO Jr, Rudinei. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 2007 p. 201-257.
IPEADATA. Portal do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas. Disponível em www.ipeadata.gov.br
SOUZA, Jorge Luiz de. O que é? Deflator implícito. Desafios, revista do IPEA, novembro de 2007. Disponível em http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/37/pdfs/rd37sec04.pdf
SPENCER, Milton H; CLARK, Colin G; HOGUET, Peter G. Pronóstico de los negócios y econômico. México DF: Uteha, 1965.