Revista académica de economía
con
el Número Internacional Normalizado de
Publicaciones Seriadas ISSN
1696-8352
César Augusto Costa
Faculdades Anhanguera, Brasil
csc193@hotmail.com
Seguindo a trilha de nosso texto anterior, podemos afirmar que a Bioética
consiste na abordagem crítica de assuntos relacionados com a vida. Como bem
sabemos, cabe à ética, o estudo de diversas teorias do bem ao longo da história
e do agir humano. A Bioética tem suas origens na ética, cresce e se desenvolve
orientada para os problemas da vida. Tendo em conta essa posição, pretendemos em
breves linhas, situarmos no Rio Grande do Sul o interesse nesta área ainda
prematura nas suas reflexões.
Costa, C.A.: "O Paradigma Bioético no Rio Grande do Sul/Brasil" en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 115, 2009. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/
Ao afirmar o respeito ao ser humano independente da sua idade, cor, sexo, saúde, condição econômica, a Bioética também contribui de maneira singular para o exercício da cidadania na sociedade. Fato constatado é que futuros profissionais de diversas áreas (não somente da saúde), tenham uma melhor prática de suas especialidades através do conhecimento destas temáticas, constituindo assim um avanço profícuo. Aprofundando “problemas humanos” e considerando seus aspectos éticos de responsabilidade, privacidade, respeito, autonomia e justiça, a Bioética cumpre grande contribuição na pesquisa de maneira séria, correta e competente.
Assim, o estabelecimento de Comitês de Bioética e Comissões de Ética em Pesquisa nas faculdades, universidades e hospitais torna-se uma iniciativa positiva no exercício dos direitos humanos. A Bioética, independente de credos religiosos e correntes filosóficas, reconhece através de seus primados (autonomia, beneficência, justiça), que a vida está acima de todo e qualquer preço, pois só ela tem dignidade para não ser utilizada apenas como meio. O reconhecimento do ser humano, como fim e não como meio, elimina o seu uso como mero objeto na vida econômica, política e profissional! A desconsideração destes axiomas fundamentais é uma demonstração incontestável de atraso, não somente de corrupção institucional ou social, mas principalmente humana.
Concluímos nossa exposição, assinalando alguns pontos que devem ser levados em conta para o exercício da Bioética nos círculos acadêmicos e profissionais, tais como: estímulos para criação da disciplina de Bioética em todas as instituições de ensino (média e superior); meios de formação continuada aos profissionais envolvidos na área; e por último, necessidade de espaços privilegiados para o diálogo interdisciplinar entre todas as áreas do conhecimento, unindo esforços para a consecução de objetivos éticos comuns. São estes alguns pontos do qual a prática e a reflexão bioética se propõe a preencher.